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ANALISE DOUTRINARIA DOS ARTIGOS 289 E 291.

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ANALISE DOUTRINARIA DOS ARTIGOS 289 E 291.
O Código Penal Brasileiro no seu artigo 289 trata da falsificação, fabricação ou alteração de moeda metálica. Já o artigo 291 trata dos atos preparatórios para a falsificação da moeda, em ambos os casos, falamos de crimes contra a fé pública, visto que, há uma relação de confiança que recai sobre a moeda em curso no país ou no estrangeiro e o bem tutelado é a confiança pública.
No crime de falsificação, o agente age dolosamente com intuito de fraudar o objeto verdadeiro e induzir alguém ao engano, esta conduta pode ser realizada de duas formas: 
Contrafação: fabricando integralmente.
Alteração: são feitas modificações.
Após a fabricação da moeda falsa, onde esta se torne idônea a induzir alguém a erro, esta consumada a tipicidade da ação, não há o que se falar sobre sua circulação ou mesmo na intenção de obter lucro. É possível a tentativa, e nos casos onde houver desistência voluntaria de realizar a falsificação o sujeito respondera somente pelo crime previsto no artigo 291 do CP.
O artigo 291 que tipifica o crime de petrechos para falsificação de moeda, pune o que seria mero ato preparatório para a falsificação, assim diferente do artigo 289 ele não aguarda que o agente inicie a ação de falsificar, imitar, reproduzir. Somente o ato de possuir, fornecer, transportar maquinário apto a reprodução da moeda falsa, já tipifica a conduta.
 Alguns doutrinadores divergem a respeito da aplicabilidade dos dispositivos penais, segundo Fernando Capez petrechos para a falsificação é um crime eminentimente subsidiário, pois a efetiva falsificação da moeda acarreta absorção do delito em tela. O termo "especialmente" é interpretado pelo professor Guilherme de Souza Nucci, in Código Penal Comentado, 10ª edição, às fls. 1048/1049 como: "(...) é o maquinismo, aparelho, instrumento ou objeto que tem por finalidade principal falsificar moeda. Pode até ser utilizado para outros fins, embora se concentre na contrafação da moeda." 
 “Se o agente pratica mais de uma das condutas previstas, responde somente por um crime, pois se trata de crime de ação múltipla ou de conteúdo variado. Quando, no entanto, utiliza objeto e falsifica moeda, responde pelo crime do art. 289 (falsificação).” - Bitencourt
     “Na verdade, tais condutas representariam a simples preparação de moeda falsa (art. 289), configurando-se, com efeito, um exemplo de crime subsidiário, naturalmente absorvido por outro se, por exemplo, vier efetivamente a concretizar o fim sugerido”. - Bitencourt

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