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Profa. Ms.Juliana Garcia BIOMEDICNA – UNIP – 2 E 3 SEMESTRE/2014 21/03/14 Email:julianagarcia19@yahoo.com.br 5-Coleta de Material Biológico Tópicos aula anterior Uso Adequado de Torniquete e finalidade do uso do torniquete Procedimentos para Antissepsia e Higienização em Coleta de Sangue Venoso Higienização das mãos Colocando as luvas Antissepsia do local da punção COLETA SANGÜÍNEA SEMIOLOGIA DA COLETA VENOSA: 1. Preparo do material para a coleta, 2. Anamnese, 3. Garroteamento, 4. Pesquisa do sítio de punção, 5. Assepsia da área de punção, 6. Punção, 7. Obtenção da amostra sangüínea, 8. Desgarroteamento, 9. Pressão com algodão no sítio puncionado, 10. Remoção da agulha, 11. Observação da coagulação. 22/03/2014 Hemólise Hemólise Hemólise tem sido definida como a “liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro”, quando ocorre a ruptura das células do sangue,o que pode interferir nos resultados de alguns analitos. Ela é geralmente reconhecida pela aparência avermelhada do soro ou plasma, após a centrifugação ou sedimentação, causada pela hemoglobina liberada durante a ruptura dos eritrócitos. Desse modo, a interferência pode ocorrer mesmo em baixas concentrações de hemoglobina, invisíveis a olho nu. Amostras com diferentes graus de hemólise. Prevenção de hemólise – pré-coleta Evitar usar agulhas de menor calibre. Usar esse tipo de material somente quando a veia do paciente for fina ou em casos especiais. Evitar colher o sangue de área com hematoma. Tubos com volume de sangue insuficiente ou em excesso alteram a proporção correta de sangue/aditivo, levando à hemólise e a resultados incorretos. Ainda em coletas com seringa, descartar a agulha e passar o sangue deslizando-o cuidadosamente pela parede do tubo, cuidando para que não haja contaminação da extremidade da seringa com o anticoagulante ou com o ativador de coágulo contido no tubo. Não executar o procedimento de espetar a agulha na tampa de borracha do tubo para a transferência do sangue da seringa para o tubo, pois poderá criar uma pressão positiva, o que provoca, além da hemólise, o deslocamento da rolha do tubo, levando à quebra da probe de equipamentos. Fatores que propiciam a hemólise durante a coleta Tapinhas Agitação Calor ou frio Garroteamento prolongado Agulhas finas Inserir agulha da seringa na tampa dos tubos A não inversão correta dos tubos pode provocar : –Microcoágulos em tubos com anticoagulante; –Fibrinas em tubos com ativador de coágulo; –Ativação plaquetaria em tubos de citrato de sódio. CENTRIFUGAÇÃO: - Após repouso de 20-30 minutos para coagulação; - Suave; - Tempo determinado para o analito (3500rpm/10min); - Retirar o coágulo rapidamente. Prevenção de hemólise – pós-coleta Homogeneizar a amostra suavemente por inversão de 5 a 10 vezes, de acordo com as instruções do fabricante; não chacoalhar o tubo. Usar, de preferência, um tubo primário; evitar a transferência de um tubo para outro. Não deixar o sangue armazenado por muito tempo refrigerado antes de fazer os exames. Quando utilizar um tubo primário (com gel separador), a centrifugação e a separação do soro devem ser realizadas dentro de, no mínimo, 30 minutos e, no máximo, 2 horas após a coleta. Não usar o freio da centrífuga com o intuito de interromper a centrifugação dos tubos. Essa brusca interrupção pode provocar hemólise. Retração do Coágulo Amostras de pacientes com distúrbio na produção de proteínas podem causar má-formação de barreira de gel e as desordens podem causar mudanças na densidade do soro, gerando a permanência do soro abaixo do gel, após a centrifugação e, algumas vezes, a ausência de movimento do gel. O intervalo necessário para a retração do coágulo deve ser respeitado antes da centrifugação, visando a evitar a formação de fibrina Fibrina Coagulação ineficiente provocada por: Homogeneização incorreta nos tubos com ativador de coágulo; Tempo retração do coagulo inferior a 30 minutos; Centrifugação ineficiente; Baixa temperatura na área em coleta, distribuição e transporte. A fibrina foi responsável por 12,5% das recoletas no laboratório de apoio. GBO. PMC: Diagnostico de situação. 2011 Tempo e rotação para centrifugação da amostra Para evitar hemólise e fibrina: A relação velocidade/tempo pode variar de um fornecedor para outro; por exemplo, alguns tubos com gel separador podem ser centrifugados em tempos reduzidos, aproximadamente 4 a 5 minutos, aumentando a produtividade e otimizando a rotina laboratorial. O laboratório deve consultar seu fornecedor sobre as recomendações de centrifugação. Atenção: Tubos com gel separador não podem ser centrifugados em baixas temperaturas, uma vez que as propriedades de fluxo do gel relacionam-se com a temperatura. A formação da barreira de gel pode ser comprometida caso o tubo seja resfriado antes ou durante a centrifugação. Para otimizar o fluxo e evitar aquecimento, ajustar as centrífugas refrigeradas a 25°C. Alguns parâmetros necessitam ser transportados e centrifugados sob refrigeração para a manutenção da estabilidade, tais como: amônia, catecolaminas, paratormônio, ácido láctico, piruvato, ácidos graxos livres, atividade da renina, acetonas e ACTH. Outros necessitam de proteção contra a ação da luz (bilirrubina, beta-caroteno, vitamina B12, ácido fólico). Lipemia É importante avaliar o aspecto final da amostra após a centrifugação, particularmente em relação à presença de fibrina, lipemia e hemólise. A lipemia é causada pela presença de grande quantidade de lipídeos no sangue. Pode ser identificada a olho nu pela observação do aspecto turvo (leitoso) do soro ou plasma. Sequência de coleta para tubos plásticos de coleta de sangue recomendadas pela SBPC/CLSI 1. Frascos para hemocultura.(branca) 2. Tubos com citrato (tampa azul-claro). 3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador (tampa vermelha ou amarela). 4. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde). 5. Tubos com EDTA (tampa roxa). 6. Tubos com fluoreto (tampa cinza). 1.Hemocultura ou Tubo sem aditivo* 2.Tubo para Coagulação 3.Tubo para Sorologia 4.Tubo de Heparina 5.Tubo EDTA-K3/K2 (hematologia) 6.Tubo com fluoreto de sódio Anticoagulante Tubo de Tampa Roxa: Anticoagulante EDTA Exames: Hemograma, Tipagem Sanguínea, Teste de Coombs Direto, Hemoglobina Glicada, VHS, Reticulócito. Anticoagulante Tubo de Tampa Vermelha: Sem Anticoagulante Exames: Dosagens Bioquímicas, Imunologia, Hormônios, Teste de Coombs Indireto. Obs.: Quando houver solicitação de lactato colher em tubo cinza; Quando tiver solicitação de vit. B12, cobrir o tubo; Anticoagulante Tubo de Tampa Azul: Anticoagulante Citrato de Sódio Exames: Exames de Coagulação (TAP, TTPA, Fibrinogênio, Proteína C, S, Anticoagulante Lúpico). Sistema de Coleta com Vácuo OBTENÇÃO DE SORO E PLASMA: SORO - tubo sem gel separador: tampa vermelha Aguardar a completa coagulação à temperatura ambiente seguida de centrifugação a 3.000 rpm, por um período de 10 minutos. Os tubos com as amostras devem ser centrifugadoscom tampa para evitar evaporação, formação de aerossóis bem como evitar o risco de contaminação tanto da amostra como do técnico. OBTENÇÃO DE SORO E PLASMA: SORO - tubo com gel separador: tampa amarela. Contém ativador de coágulo. Deve-se imediatamente após a coleta homogeneizar, o tubo por inversão de 5 a 8 vezes, manter em repouso, verticalmente, por 30 minutos para retrair o coágulo e seguir a centrifugação a 3.000 rpm por 10 minutos. PLASMA: amostras colhidas com anticoagulantes específicos para evitar a coagulação. Qual é a temperatura ideal? Ambiente: 18 a 22º C Refrigerada: 2 a 8º C evitar contato com o gelo Congelada: abaixo de 20º C negativos- Hemólise Armazenamento e transporte da amostra Hemocultura Para a realização de hemocultura, faz-se a coleta e a transferência de sangue para as garrafas de hemocultura, que contêm meios de cultura próprios para o crescimento de micro-organismos. A qualidade da coleta de sangue é fator limitante, tanto para a positividade quanto para a agilidade dos resultados. Momento adequado para coleta de hemocultura Até hoje, poucos estudos foram realizados tentando estabelecer o momento ideal para coleta de hemocultura. Dados experimentais mostram que, geralmente, as bactérias caem na corrente sanguínea em torno de 1 hora antes do desenvolvimento de calafrios e febre. Uma prática comum obter hemoculturas em intervalos de 30 a 60 minutos, existem estudos mostrando que não há diferenças significativas quando as amostras são coletadas simultaneamente ou em intervalos de tempo. Por outro lado, há um estudo mostrando que não há diferença significativa na positividade das hemoculturas coletadas em pico febril (Strand, 1988; Li et al., 1994; Thompson et al., 1991). Número de hemoculturas a ser coletado Em adultos, recomenda-se a coleta de 20 a 30 mL por amostra. O mesmo manual enfatiza que nunca deve ser coletada apenas uma hemocultura de pacientes adultos. Para crianças, como há poucos trabalhos publicados com relação ao volume de amostra e também como há dificuldades na coleta dessas amostras, recomenda- se coletar não mais do que 1% do volume total de sangue (calculado pelo peso da criança) (CLSI, 2007). Atualmente, a recomendação atual do CLSI é coletar o par de garrafas aeróbio/anaeróbio. Passo-a-passo para coleta fechada de hemocultura A coleta fechada de hemocultura, utilizando-se escalpe e adaptador para coleta de sangue a vácuo, torna esse procedimento mais seguro, diminuindo os riscos de acidente com perfurocortantes. Antes da coleta da hemocultura Inspecionar todas as garrafas e descartar aquelas que apresentarem evidência de contaminação, danos ou deterioração. Preparar o sítio de punção: Realizar a antisepsia adequada; Esperar secar naturalmente; Não tocar a área; Não apalpar; Não esfregar; Não assoprar. Preparar as garrafas Preparar o kit de coleta de sangue. Abrir a embalagem e remover o escalpe. Realizar a punção segurando as abas do escalpe. Selecionar a garrafa aeróbia em primeiro lugar. Manter a garrafa na posição vertical. Ajustar e pressionar o adaptador sobre a tampa de borracha da garrafa para perfurá-la . Coletar o volume necessário de sangue. Monitorar o volume e o fluxo de sangue. Remover o adaptador da garrafa. Imediatamente ajustar e pressionar o adaptador na segunda garrafa. Coletar o volume de sangue desejado na segunda garrafa. Remover o adaptador da garrafa. Assim que o último frasco ou tubo for preenchido, retirar a agulha do braço do paciente. Cobrir o sítio da punção com gaze e pressionar levemente. Sistema de coleta à vácuo - Agulhas Agulhas para coleta múltipla 25 x 7 mm (22 G1), em geral, preta: Usualmente indicada para pacientes geriátricos, pediátricos e com acesso venoso difícil. 25 x 8 mm (21 G1), em geral, verde: Usualmente indicada para pacientes com bom acesso venoso, é a agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo mais utilizada.
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