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Ambiental Aula 6

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UNIDADE 4 – AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL
AULA 6: AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 
1. O QUE É IMPACTO AMBIENTAL?
Considerado pelo art. 1º da Resolução normativa do CONAMA no 001/86 como “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
II - as atividades sociais e econômicas; 
III - a biota; 
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
V - a qualidade dos recursos ambientais.
2. O QUE É AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL? 
Instrumento de política ambiental, formado por um conjunto de procedimentos capazes de assegurar, desde o início do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e cujos resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis pela tomada da decisão, e por eles considerados. Além disso, os procedimentos devem garantir adoção das medidas de proteção do meio ambiente, determinada no caso de decisão da implantação do projeto. 
Veremos cada um deles a seguir.
2.1 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
- É um instrumento constitucional da Política Ambiental um dos elementos do processo de avaliação de impacto ambiental. Trata-se da execução, por equipe multidisciplinar, das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar, sistematicamente, as conseqüências da implantação de um projeto no meio ambiente, por métodos de AIA e técnicas de previsão dos impactos ambientais. O estudo de impacto ambiental desenvolverá no mínimo as seguintes atividades técnicas:
I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto: completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando: 
a) Meio físico (o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos de água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas; 
b) Meio biológico (os ecossistemas naturais - a fauna e a flora - destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente); 
c) Meio socio-econômico (o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e o potencial de utilização desses recursos); 
II- Descrição do projeto e suas alternativas; 
III- Etapas de planejamento, construção, operação; 
IV- Delimitação e diagnóstico ambiental da área de influência: definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; 
V- Identificação, medição e valorização dos impactos: identificar a magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médios e longos prazos, temporários e permanentes, seu grau de reversibilidade, suas propriedades cumulativas e sinérgicas, distribuição de ônus e benefícios sociais; 
VI - Identificação das medidas mitigadoras: aquelas capazes de diminuir o impacto negativo, sendo, portanto, importante que tenham caráter preventivo e ocorram na fase de planejamento da atividade; 
VII - Programa de monitoramento dos impactos; 
VIII - Preparação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
2.2. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA
- Documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental. Constitui um documento do processo de avaliação de impacto ambiental e deve esclarecer todos os elementos da proposta em estudo, de modo que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão.
- O relatório refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental:
I - objetivos e justificativas do projeto;
II - descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias-primas e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnicas operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados; 
III - síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto; 
IV- descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;
V- caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando-as; 
VI - diferentes situações da adoção dos projetos e suas alternativas, bem como a hipótese de sua não realização;
VII- descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderem ser evitados e o grau de alteração esperado;
VIII - programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
IX - recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões).
2.3. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL - PCA
- O Plano de Controle Ambiental reúne, em programas específicos, todas as ações e medidas minimizadoras, compensatórias e potencializadoras aos impactos ambientais prognosticados pelo Estudo de Impacto Ambiental - EIA. 
- A sua efetivação se dá por equipe multidisciplinar composta por profissionais das diferentes áreas de abrangência, conforme as medidas a serem implementadas.
INFRAÇÃO
- A realização de audiências públicas está intimamente ligada às práticas democráticas que se dão através de um instituto de participação administrativa aberta a indivíduos e a grupos sociais determinados, visando à legitimação administrativa, formalmente disciplinada em lei, pela qual se exerce o direito de expor tendências, preferências e opções que possam conduzir o Poder Público a uma decisão de maior aceitação conceitual.
RÉU
- A audiência pública é uma parte do procedimento administrativo para o licenciamento de uma atividade ou aplicação de infrações administrativas. É a fase conciliatória entre os interessados, as vítimas em potencial e as associações.
PÚBLICOS
- A audiência pública permite a participação popular, com base no princípio constitucional do acesso à informação. Ocorrerá sempre que o órgão licenciador achar necessário, ou quando for solicitado por entidade civil, pelo MP ou por, no mínimo, 50 cidadãos. A ocorrência é sempre em local acessível e, dependendo da localização e dimensão do empreendimento, poderá ocorrer mais que uma audiência pública. A licença não terá validade, caso não ocorra a audiência pública, apesar da solicitação de quaisquer dos legitimados a requerer.
JUIZ
- É um instrumento que leva a uma decisão política ou legal com legitimidade e transparência. Cuida-se de uma instância no processo de tomada da decisão administrativa ou legislativa, através da qual a autoridade competente abre espaço para que todas as pessoas que possam sofrer os reflexos dessa decisão tenham oportunidade de se manifestar antes do desfecho do processo. É através dela que o responsável pela decisão tem acesso, simultaneamente e em condições de igualdade, às mais variadas opiniões sobre a matéria debatida, em contato direto com os interessados. Tais opiniões não vinculam a decisão, visto que têm caráter consultivo, e a autoridade, embora não esteja obrigada a segui-las,deve analisá-las segundo seus critérios, acolhendo-as ou rejeitando-as.
Todas as vezes que a Administração Pública resolve limitar o exercício de direitos individuais, deve assegurar ao interessado o direito de ser previamente ouvido, relacionando-se essa garantia com o direito de defesa, o princípio do contraditório e com o devido processo legal. Esse princípio clássico da audiência prévia se projeta para a audiência pública, como regra de validade quase universal, expressando a garantia constitucional do devido processo legal em sentido substantivo, visto que ela deve se realizar antes de ser adotada uma providência de caráter geral, tal a edição de normas jurídicas administrativas ou mesmo legislativas e a aprovação de projetos de grande impacto ambiental.
Com efeito, além de efetivar a garantia de receber informações da Administração e de ser ouvido por ela, a audiência pública também possibilita o pleno exercício da defesa e do contraditório pelo cidadão, individualmente ou através de associações.
Mas, além de servir ao exercício da função administrativa, a audiência pública no Brasil se presta, também, para subsidiar o desempenho da função legislativa, conforme art. 58, §2º, II, da Constituição da República de 1988, da função judiciária (art. 9º, § 1º, da Lei nº 9.868/1999) e da missão institucional do Ministério Público (art. 27, parágrafo único, IV, da Lei nº 8.625/1993).
Disciplina a Audiência Pública a Resolução Conama 09/87.
Além de realizar audiência pública o Ministério Público também preside o Inquérito Civil, que será estudado na aula 13.
* ATIVIDADE PROPOSTA
Clique em Trabalhos a Concluir para baixar o arquivo com as questões relativas à Atividade I e enviar as respostas ao professor.
Não esqueça de fundamentar e justificar suas respostas! 
Acesse o Fórum de Discussão e visite o tópico Orientação da Atividade I. Ali você terá todas as informações sobre esta atividade (como elaborar, valoração, prazo de entrega, tema etc.), além de poder tirar as suas dúvidas com o professor e seus colegas de turma.
* SAIBA MAIS
Ata de Audiência Pública. Disponível em 
http://www.iema.es.gov.br/download/Atas/rp_30_08_05_STALEO.pdf 
Licenciamento ambiental: uma visão simplificada. Disponível em: 
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2523 
1. Prevê a Resolução do CONAMA 01/86 que dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente. Partindo desta idéia, informe, quanto ao diagnóstico ambiental da área do projeto a ser licenciado constante do EIA/RIMA, o que ele deverá considerar:
Parte superior do formulário
a) Os meios físico e biológico; 
b) Os meios biológico e social;
c) Os meios físico e econômico; 
d) Os meios físico, biológico e socioeconômico. 
R: c
Art. 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas:
I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:
a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;
c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.
Parte inferior do formulário
2. Certamente o Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EIA-RIMA - é o instrumento mais importante na implementação da Política Nacional do Meio Ambiente. Considerando suas principais características, aponte a alternativa CORRETA:
Parte superior do formulário
a) É o estudo que deverá verificar o dano existente e apontá-lo de forma a possibilitar o processo indenizatório;
b) Determina a verificação da atuação culposa do agente, sendo importante instrumento na imputação da responsabilidade;
c) Pela sua estrutura e forma, possibilita a verificação do dano no que tange às alternativas de imputação civil, administrativa e penal; 
d) Determina que seja verificada de forma multidisciplinar a possibilidade de danos e possíveis propostas de medidas mitigadoras. 
R: d
Parte inferior do formulário
3. Considerando as diretrizes gerais do EIA, qual ele não precisa obedecer?
Parte superior do formulário
a) contemplar as alternativas tecnológicas e de localização; 
b) avaliar os impactos ambientais;
c) definir a área de influência do projeto sem a bacia hidrográfica; 
d) considerar os planos e programas governamentais.
R: c
Art. 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais:
I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade ;
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;
lV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.
Parte inferior do formulário
4. O art. 2º da Resolução CONAMA no. 001/86 prevê casos nos quais o Licenciamento Ambiental das atividades impactantes ou modificadoras do meio ambiente exige EIA e RIMA. Com relação ao licenciamento de atividades potencialmente poluidoras e a relação do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e Relatório de Impacto Meio Ambiente - RIMA, para análise dos órgãos licenciadores, podemos afirmar que:
Parte superior do formulário
a) O EIA e o RIMA não são exigidos para obras de grande porte de interesse relevante para a União; 
b) O EIA e o RIMA não são exigidos para projetos urbanísticos, qualquer que seja a área de influência, visto tratar de obra de interesse relevante para o Município;
c) O EIA e o RIMA possuem sua estrutura mínima que deve ser rigorosamente obedecida sob pena de não serem aprovados e por conseqüência disto haverá a possibilidade da obra não ser licenciada; 
d) O estudo de impacto ambiental - EIA - deverá ser informado ao público sem qualquer restrição.
R: c
* Obs:
b)
Parte inferior do formulário
Art. 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:
XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes

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