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DAS PROVAS NO PROCESSO DO TRABALHO
1 – IMPORTÂNCIA DO TEMA:
 1.1 – É através da prova que a parte comprova a veracidade de suas alegações, fato não provado, se não reconhecido pela parte contrária expressa ou implicitamente, e não existindo presunção legal, é fato inexistente, não provado, e, portanto, improcedente.
1.2 – Face ao principio inquisitivo típico ao nosso sistema legal, o Juiz moderno tem ampla liberdade na condução do processo, inclusive, podendo determinar a produção de prova a depender do caso concreto, entretanto, ele é um “escravo” das provas produzidas nos autos, a rigor tem que se basear nelas para prolatar a decisão, não julga por “achismo”, mas pelo que foi provado nos autos, e se contrariar a prova dos autos, a sentença poderá ser reformada em instância superior. 
1.3 - A arte de bem advogar na Justiça do Trabalho é justamente a arte de se conhecer para o caso concreto os meios de prova adequados, o modo como expor a prova e especialmente o conhecimento a respeito de ônus da prova.
1.4 –“As provas são o coração do processo, pois é por meio delas que se definirá o destino da relação processual”. Carnelutti, citado por Mauro Schiavi.
1.5 – “A prova é o pedestal da sentença”. Mozart Victor Russomano. 
1.6 – “A arte do processo não é essencialmente outra coisa senão a arte de administrar as provas”. Jeremias Bentham. 
2 – PROBLEMAS RELATIVOS AO TEMA “PROVA” NO PROCESSO DO TRABALHO
2.1 – A CLT, na Seção IX, do Título X, pouco sistematiza a matéria, somente destinando 13 artigos, quais sejam do artigo 818 ao 830 da CLT, tratando-se, muitas vezes, de conceitos imprecisos, a exemplo da distribuição do ônus da prova. 
2.2 – O estudo a respeito do tema “prova”, portanto, necessariamente deve abordar os avanços da teoria da prova trazidos pelo CPC, pelo CC e pelo CDC, como veremos adiante, nos termos do artigo 769 da CLT, em seu conceito atual, bem como levados em consideração a existência de lacunas não somente normativas, mas axiológicas e ontológicas. 
3 – DO CONCEITO DE PROVA
3.1 – Acepção ampla da palavra “prova”, que pode significar tanto a demonstração específica de um fato alegado, os meios de prova, ou o que foi efetivamente provado pela parte.
3.2 – “Demonstração, segundo as normas legais específicas, da verdade dos fatos relevantes, controvertidos e possíveis no processo”. Manoel Antônio Teixeira Filho. 
3.3 – No conceito moderno de prova, ela não mais se destina para a prova da VERDADE DOS FATOS, pois esta é impossível, trata-se de utopia, em verdade a prova destina-se a evidenciar a VERDADE DA ALEGAÇÃO DA PARTE. 
3.4 – “Prova é todo meio retórico, regulado por lei, dirigido a, dentro dos parâmetros fixados pelo direito e dos critérios racionais, o Estado-juiz da validade das proposições, objeto da impugnação, feitas no processo”. Luiz Guilherme Maninoni e Sérgio Cruz Arenhart. 
3.5 – Dos meios de prova, vide artigo 332 do CPC: todos os meios de prova legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. Principio da atipicidade dos meios de prova. A previsão a respeito das provas no processo existe tanto no Direito Material (artigos 212 a 232 do CC), como no Direito Processual, sendo que o DM pode estabelecer meios de prova específicos, a exemplo do conceito de prova legal, onde a forma solene do negócio jurídico estabelece o seu meio de prova – escritura pública, no DT em relação a insalubridade e periculosidade. O DPC cuida da questão do procedimento a respeito da prova, com vista à comprovação das alegações das partes. 
4 – DO DIREITO FUNDAMENTAL À PROVA
4.1 – Haveria um direito fundamental à prova?
4.2 – “Na visão moderna, considera-se o direito à prova como direito fundamental, derivado dos direitos fundamentais do devido processo legal, do contraditório e o da ampla defesa, e do acesso à justiça”. Fredie Didier Jr. 
4.3 – Trata-se também de direito fundamental implícito, nos termos do artigo 5º, § 2º, da CF, os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Republica Federativa do Brasil seja parte.
4.4 – E de direito reconhecido em Tratados Internacionais dos quais o Brasil é signatário: Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), incorporado pelo Decreto n. 678/69, artigo 8º, II, e Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, incorporados pelo Decreto nº. 592/92, no seu artigo 14.1, alínea ‘e”. (Vide artigo 5º, § 3º, da CF).
5 – DO OBJETO DA PROVA
5.1 – O que provar?
5.2 - Fatos relevantes, pertinentes, controvertidos e possíveis alegados pela parte.
5.3 – Artigo 334, do CPC – Não dependem de prova os fatos: 1) notórios; 2) afirmados por uma parte e confessados pela parte contraria; 3) admitidos, no processo, como incontroversos; 4) em cujo favor milita presunção legal de existência ou veracidade. 
5.3.1 – NOTORIOS: fato inerente a cultura mediana de determinado meio social e regional no momento do julgamento da causa. Conceito relativo que exige generalidade do conhecimento a respeito do fato. Não se confunde com o conhecimento pessoal (máxima de experiência). Pode ou não ser de conhecimento do Juiz. Se houver impugnação da parte em relação à notoriedade ou se o Juiz dele não conhecer, deverá ser provado. 
5.3.2 – AFIRMADOS POR UMA PARTE E CONFESSADOS PELA PARTE CONTRÁRIA: refere-se a um meio de prova que é a confissão extrajudicial e judicial (provocada ou espontânea). Em se tratando de meio de prova, refere-se à confissão real, espontânea ou provocada, não se refere à confissão ficta; em verdade, fato confessado trata-se de meio de prova, que passa a não depender de outro meio de prova.
5.3.3 – ADMITIDOS NO PROCESSO COMO INCONTROVERSOS: trata-se de fatos não contestados pela parte contrária ante o principio da impugnação específica inerente a defesa. Vide artigo 302 do CPC. Exceções legais previstas no artigo 302 do CPC (inadmissível a confissão, falta de instrumento público, estiverem em contradição considerada a defesa em seu conjunto). Admite exceções a critério do magistrado: a) questão da revelia: o juiz moderno, ante o principio inquisitivo e da tentativa de busca da verdade real, pode e deve instruir a causa; b) artigo 129 do CPC, quando houver conluio entre as partes. 
5.3.4 – PRESUNÇÃO LEGAL DE EXISTÊNCIA OU DE VERACIDADE: trata-se do estabelecimento de verossimilhança de um fato pelo exame de indícios relativos à existência do mesmo. Não se trata de meio de prova, não obstante o artigo 212 do CC. Podem ser classificadas em presunções simples (o juiz as examina no caso concreto), legais (absolutas ou relativas) e jurisprudenciais (relativas). A lei estabelece somente as presunções legais. 
5.3.5 - No Direito Material do Trabalho, é razoável se entender que não existem presunções absolutas em face do principio da realidade fática. 
5.3.6 - Presunções legais no DT: vide artigo 456, parágrafo único da CLT (a falta de prova ou inexistindo clausula expressa a tal respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição pessoal); artigo 447, da CLT (na falta de acordo ou prova sobre a condição essencial ao contrato verbal esta se presume existente, como se a tivessem estatuído os interessados na conformidade dos preceitos jurídicos adequados a sua legitimidade) e artigo 460 da CLT (na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para o serviço semelhante).
5.3.7 - Presunções jurisprudenciais: Súmulas 12 (CTPS), 16 (NOTIFICAÇÃO), 43 (TRANSFERÊNCIA ABUSIVA) e 212 (DESPEDIMENTO) do c. TST. 
5.4 – A prova do direito não é necessária. Vide artigos 3º, da LICC, artigo 126 doCPC, artigo 337 do CPC (iura novit curia), a exceção de direito municipal, estadual, estrangeiro e consuetudinário. As convenções da OIT devem ser conhecidas pelo magistrado trabalhista, pois se trata de tratado incorporado ao ordenamento jurídico, os instrumentos normativos devem ser apresentados pelas partes, podendo ensejar em inépcia ou improcedência do pedido, a depender do entendimento se se trata de documento indispensável para a propositura da ação.
5.5 - Prova de fato negativo: não é necessário a prova, cabe a outra parte provar o fato positivo. Para a doutrina mais atualizada, existe diferença entre a negativa absoluta e a negativa mediante alegação de outro fato, levando em consideração que este última também enseja em afirmação, para quem afirma em contrário haverá determinação de provar. Exemplo: o empregado alega que não gozou férias e o empregador argumenta que as mesmas foram gozadas. 
6 – DAS MÁXIMAS DE EXPERIÊNCIA
6.1 – Previsão legal no artigo 335 do CPC: em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de experiência comum ou subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e ainda as regras de experiência técnica, ressalvando, quanto a esta, o exame pericial. 
6.2 – Previsão legal do artigo 852 – D, da CLT: o juiz dirigirá o processo com ampla liberdade para determinar as provas a serem produzidas, consideradas o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. 
6.3 – Trata-se do conhecimento adquirido pelo Juiz durante a sua vida e também pelo que normalmente acontece, considerando-se o padrão médio da sociedade. Trata-se de conhecimento individual do magistrado, serve como auxílio, complemento, não substitui prova pericial, no que pode ser de natureza técnica ou comum. 
6.4 – Não se confundem com o fato notório, pois enquanto este é de conhecimento generalizado, as máximas de experiência pertencem ao conhecimento interno, interior do magistrado. 
6.5 – Exercem as seguintes funções no processo: apuração dos fatos, a partir dos indícios; valoração da prova pelo magistrado; aplicação nos conceitos jurídicos abertos, a exemplo do preço vil; limite ao livro convencimento motivado, não se julga contrariamente às regras de experiência. 
6.6 – A lei não pode prever todas as situações, portanto, as regras de experiência suprem tais lacunas, e atuam simultaneamente com a norma jurídica geral, aliás, fato bem explicitado no referido artigo 852 – D, da CLT. 
7 - FINALIDADE DA PROVA: PROVAS DEVEM DEMONSTRAR A EXISTÊNCIA OU INEXISTÊNCIA DO FATO ALEGADO PELA PARTE– TENDO COMO OBJETIVO PRIMÁRIO O CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO A RESPEITO DA MATÉRIA, E SECUNDÁRIO O CONVENCIMENTO DA PARTE CONTRÁRIA. Questão da busca da verdade real. 
8 – PRINCIPIOS DA PROVA:
a) CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA: DIREITO FUNDAMENTAL, ARTIGO 5º, LV, da CF – ampla defesa é relativo aos meios – contraditório – direito a manifestação em relação aos argumentos e provas produzidos pela parte contrária, bilateralidade, o processo moderno é dialético. 
b) NECESSIDADE DA PROVA – as partes devem comprovar suas alegações, alegação não provada não é aceita no processo como verdadeira
c) UNIDADE DA PROVA – prova deve ser examinada no seu conjunto, e não de forma isolada, não se pode pinçar detalhes da prova, ela é analisada em seu conjunto individual e no contexto com as demais provas apresentadas nos autos.
d) PROIBIÇÃO DA PROVA OBTIDA POR MEIO ILÍCITO – artigo 5º, LVI, da CF. Conceito amplo. Provas ilegais (d. material) e ilegítimas (d. processual). Quatro correntes – principio da proporcionalidade, POIS ESTÃO EM CONFRONTO DOIS DIREITOS FUNDAMENTAIS, O DIREITO À PROVA E O DIREITO A NÃO ACEITAÇÃO DE PROVA OBTIDA POR MEIO ILÍCITO – quando estiver em jogo um bem jurídico superior, quando a prova não poderia ter sido produzida de outro modo e não existiram outros meios de prova à disposição; quando foi produzida por este fim. PRINCIPIO DA FRUITS OF THE POISONOUS TREE – prova ilícita por derivação. Ex. questão da vida íntima e privada; questão da gravação telefônica por escuta ou e interceptação telefônica; questão do e-mail corporativo e privado. 
e) LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO OU PERSUASÃO RACIONAL – ordálias, prova legal, livre convencimento absoluto. Não existe mais categoria de provas, o juiz julga de acordo com livre aferição da prova existente nos autos, desde que fundamente sua decisão nas provas existentes nos autos, resquícios no tribunal do júri (livre convencimento) e do sistema da prova legal para a prova de determinados atos, a exemplo da limitação de prova exclusivamente testemunhal e necessidade de prova pericial. Artigo 131 do CPC – O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, mas deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento. 
f) ORALIDADE – as provas são produzidas em audiência, irrecorribilidade das decisões interlocutórias .
g) IMEDIAÇÃO – o juiz aprecia e colhe pessoalmente a prova, em audiência; irrecorribilidade das decisões interlocutórias.
h) AQUISIÇÃO PROCESSUAL – uma vez produzida a prova no processo, ela passa a pertencer ao processo, e não a parte que a produziu, pode ser utilizada contrariamente à parte que o produziu. 
i) IN DUBIO PRO MISERO – controvertido em sede de processo, alguns o defendem nos casos de paridade de provas.
g) VERDADE REAL – seria considerado principio face ao nosso sistema inquisitivo? 
9 – A PROVA EMPRESTADA NO PROCESSO DO TRABALHO – admissível, desde que compatível – será analisada como prova, seja documental, testemunhal ou pericial – poderá ser questionada pela parte contrária – questão do processo penal no caso de gravações telefônicas – questão do processo penal – ato de improbidade do empregado (autoria ou materialidade – suspensão do processo)
10 – ONUS DA PROVA NO PROCESSO DO TRABALHO – 
10.1 – Ônus subjetivo (partes, necessidade de provar suas alegações de acordo com o ônus previamente estabelecido) e ônus objetivo (serve para juiz, como regra de julgamento, nos casos das provas existentes nos autos não estarem claras, não haver prova do fato, prova diabólica, etc.). 
10.1 – Artigo 818 da CLT (a prova das alegações incumbe à parte que as fizer).
10.2 – Artigo 333, I, e II, do CPC (o autor prova os fatos constitutivos, o réu prova os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos). Aplicação da teoria estática a respeito do ônus da prova, que já está previamente estabelecido, ope legis. Outro exemplo seria o artigo 38 do CDC. 
10.3 – Trata-se de regra de julgamento, a ser utilizada nos casos das partes não terem apresentado prova suficiente a respeito de suas alegações, non liquet ou não provado. 
10.4 – No processo do trabalho, razoável a utilização do artigo 818 da CLT, combinado com o artigo 333, I e II, do CPC, por se tratar de norma mais técnica, que enseja em distribuição razoável do ônus da prova. 
10.5 – Questão da aplicação da Teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova – a parte que tem mais condições de provar deve apresentar provas a respeito da alegação – inversão a critério do magistrado – ope iudicis.
10.6 – No Direito Processual do Consumidor existe a referida previsão legal, no que cito o artigo 6º, VIII, do CDC (a facilitação da defesa dos seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências).
10.7 – É aplicável fora das relações de consumo? Para o DPC existe posição favorável da doutrina, no que cito Fredie Didier Jr, até por se tratar o direito à prova de direito fundamental, no que ressalvo a aplicação da Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova. Entretanto, trata-sede regra de exceção, a depender do caso concreto.
10.8 – E para o Processo do Trabalho? a) deve-se entender o artigo 769 da CLT de forma atualizada, especialmente no que se refere à expressão “processo comum”, que deve ser todo aquele não trabalhista; b) deve-se entender pela existência de lacunas normativas, axiológicas e ontológicas do processo. 
10.9 - Da inversão do ônus da prova no processo do trabalho – por determinação judicial, exemplo Súmula 338. Existem outras? 
10.7 - Quando seria aplicável – em audiência ou na sentença, trata-se de regra de julgamento ou de procedimento?
11 - DA REVELIA E DA PRODUÇÃO DE PROVAS – ARTIGO 322, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC (o revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontra) – SÚMULA 231 DO STF (o revel em processo civil, pode produzir provas, desde que compareça em momento oportuno) – nova visão do processo, o revel pode produzir provas, desde que o momento processual não esteja precluso. 
12 - PODERES INSTRUTÓRIOS DO MAGISTRADO TRABALHISTA – ARTIGO 765 DA CLT – ARTIGO 852 – D, da CLT – AMPLOS, DECORRENTES DO SISTEMA INQUISITIVO. 
13 - DAS PROVAS EM ESPÉCIE: DEPOIMENTO PESSOAL DAS PARTES, INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS, DOCUMENTOS, PERÍCIA, INSPEÇÃO JUDICIAL.
13.1 – DEPOIMENTO PESSOAL E INTERROGATÓRIO DAS PARTES: questão do depoimento por provocação e interrogatório, tratam-se de institutos diferentes, no primeiro a parte adversária provoca o depoimento da outra, que deve comparecer e depor sob pena de confissão ficta, podendo ocorrer, este é o objetivo, a confissão real; no segundo, o interrogatório é determinado pelo magistrado, em qualquer fase do processo, e a falta da parte intimada não enseja em confissão ficta, mas somente em litigância de má-fé, não e considerado meio de prova. 
13.1.1 – Vide artigos 342 (ato do juiz, interrogatório) e 343 (requerimento da parte) do CPC - no processo do trabalho seria faculdade – artigo 848 da CLT – aparente diferença em relação ao CPC, entretanto, a doutrina majoritária inclina-se pela negativa, ou seja, entende que existe depoimento das partes no DPT. 
13.1.2 Existe o direito da parte de requerer o depoimento da outra, nulidade em caso de indeferimento. Pressuposto ou objetivo do depoimento da parte: produzir confissão real, ou seja, reconhecimento dos fatos alegados pela parte, que goza de presunção absoluta. Confissão real não se confunde com reconhecimento da procedência do pedido ou da admissão pela parte adversa do fato alegado, que se trata de conduta omissa da parte em não se defender. 
13.1.3 – Questões do depoimento da parte: a) em caso de suspensão da sessão da audiência e posterior fracionamento, tem que haver cominação da ata de audiência de que a parte deve comparecer para depor sob pena de confissão , que no caso vai ser ficta; b) se comparece, tem que ter poderes de representação da parte, no caso do reclamado, previstos no artigo 12 do CPC ou 843, § 1º, da CLT; c) no início do depoimento um parte não pode assistir o depoimento da outra, nos termos do artigo 344, parágrafo único, da CLT, no caso do DPT tal fato é aplicado, a exceção do preposto ou do reclamado encontrar-se sem advogado, pois permanece na sala de audiência; d) o reclamado ou seu preposto devem ter conhecimento dos fatos da lide, do contrário, o Juiz, por exegese dos artigos 345 e 343, § 1º, do CPC, declarará que houve recusa em depor ou emprego de evasivas, aplicando-se a pena de confissão ficta em relação a matéria fática; e) a confissão real dispensa a realização de prova a respeito do fato admitido pela parte, nos termos do artigo 334, II, do CPC, entretanto, o Juiz, caso queira, analisando as demais provas dos autos, pode desconsiderar, vide artigo 129 do CPC. 
13.1.4 – Confissão real pode ser extrajudicial ou judicial, e a judicial pode ser espontânea ou provocada, vide artigo 349 do CPC. 
13.1.5 – Nos termos do artigo 213 do CC, a confissão real somente pode ser considerada por aquele que pode dispor dos direitos confessados, no caso trabalhista, inteligência do artigo 843, § 1º, da CLT, em relação ao preposto. CONFISSÃO FEITA POR AGENTE CAPAZ É INDIVISSIVEL E IRREVOGÁVEL, salvo caso previsto nos artigos 353 do CPC e 214 do CC, ou seja, erro de fato, dolo, ou coação da parte, podendo ser ajuizada ação anulatória em caso de processo em tramite, ou ação rescisória em caso de sentença já prolatada com transito em julgado. 
13.1.6 – A parte pode se recusar a depor? Sim, por inteligência dos artigos 347 do CPC (fatos criminosos, torpes e sigilo profissional) e 229 do CC (mais completo: profissão, desonra própria sua e de outros familiares ou amigo intimo, perigo de vida ou ao patrimônio seu e dos referidos). 
13.1.7 – Crítica a Súmula 74, II, do c. TST (não implica em cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores requeridas pela parte confessa?) – depoimento do menor de 18 anos – assistência ou representação– construção jurisprudencial (ele é parte).
13.2 – DA PROVA DOCUMENTAL – particularidade do direito processual do trabalho que persegue a prova documental– principio da realidade fática inerente ao Direito do Trabalho. 
13.2.1- Conceito de documento – conceito amplo, que não se confunde somente com documento escrito, trata-se de materialização de um fato através de registro produzido pelo homem, que poderá ser escrito, digital, fotográfico, etc. 
13.2.2 – “Coisa capaz de representar um fato”. Carnelutti. 
13.2.3 – Prova documental não se confunde com prova documentada. 
13.2.4 - Documentos públicos e particulares – força probante dos documentos públicos devido a fé pública, faz prova em relação a terceiros, o outro somente faz prova em relação ao signatário, fazendo-se importante nos autos caso não seja impugnado. Caso trabalhista – artigo 830 da CLT – documentos comuns às partes, a exemplo de instrumentos normativos. – provas tecnológicas (DVD, filmes, material fotográfico e apresentação dos negativos, vide os termos do artigo 223 e 225 do CC – fazem prova plena dos fatos, se a parte contrária não as impugna).
13.2.5 - Incidente de falsidade documental previsto no artigo 390 do CPC – exibição de documento ou coisa – artigo 355 e seguintes do CPC, especialmente o do artigo 359 do CPC – documento digital – Lei 11.419/2006 – presunção de validade via assinatura eletrônica – pode ser questionado – artigo 365, IV, do CPC.
13.2.6 – Questão da falsidade material e ideológica – prática trabalhista, sem realização de incidente de falsidade documental.
 
13.2.7 - PROVA DOCUMENTAL TÍPICA NOS PROCESSOS TRABALHISTAS: a) CTPS; b) recibos de pagamento de salários e férias e cartões de ponto; c) TRCT; d) nos casos de acidente de trabalho – PPRA, PCMCO e LCCAT. 
13.2.8 – Oportunidade de juntada de documentos: artigo 787 da CLT, com a inicial e a defesa; artigo 845 da CLT, no curso da audiência trabalhista. Aplicação do artigo 397 do CPC?
13.3 – PROVA TESTEMUNHAL – Prova por excelência no DPT, sem vedações do CPC e do CC em relação a aceitabilidade da prova testemunhal para todas as questões da lide, exceção feita, pelo menos em regra, a questão da insalubridade ou periculosidade, ante o teor do artigo 195, § 2º, da CLT. 
13.3.1 - Artigo 400 do CPC (a prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso. O juiz indeferirá a inquirição da prova testemunhal sobre os fatos: já provados por documento ou confissão da parte; que só por documento ou por exame pericial poderem ser provados) - número de testemunhas em cada processo – no DPT temos variações em relação ao número de testemunhas e o procedimento adotado, quais sejam o sumário (3), o ordinário (3 e no inquérito 6) e o sumaríssimo (2). Questão da testemunha referida determinada a oitiva pelo Juízo como exceção à regra. 
13.3.2 – Procedimento na Justiça do Trabalho face ao artigo 825 e 845 da CLT, na regra, ela deve comparecer ao chamado da parte, que a apresenta perante o Juízo, caso não queira, será intimida sob pena de condução coercitiva, sendoque no procedimento de rito sumaríssimo, cabe a parte que pretende a oitiva comprovar a realização do convite. A parte em ambas as situações tem que ter convidado a testemunha, não pode simplesmente requerer a oitiva. CABE ARROLAMENTO PRÉVIO OU ROL DE TESTEMUNHAS NO PROCESSO DO TRABALHO? Pode haver substituição de prova testemunhal? 
13.3.3 – O artigo 412, § 1º, do CPC, pode ser aplicado de forma subsidiária ao processo do trabalho? Em caso de não comparecimento da testemunha, pode haver suspensão da audiência no caso de motivo justificado de ausência da testemunha? O que a parte que entender pela exclusividade do rito trabalhista deve fazer?
13.3.4 - Qualificação da testemunha (nome completo, residência e domicilio profissão, não existência de impedimento ou suspeição, nos termos do artigo 414 do CPC) – compromisso (o de dizer a verdade e não omitir a verdade) – advertência a respeito do crime do artigo 342 do CP. Qual seria o momento da contradita? Existe preclusão? Qual a matéria da contradita, vide artigo 829 da CLT (amizade intima, inimizade, parentesco até o terceiro grau não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples afirmação). E os casos de incapacidade, suspeição e impedimento, não se aplicam, o artigo 405 do CPC e o artigo 228 do CC podem ser aplicados? 
13.3.5 – Artigo 405 do CPC: são incapazes o interdito por demência; acometido por enfermidade ou debilidade mental; menor de 16 anos; o cego e o surdo em relação a ciência do fato que depende dos seus sentidos; são impedidos o cônjuge, ascendente e descendente em qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau, salvo interesse público ou causa relativa ao estado da pessoa; parte da causa; tutor, juiz, advogado e outros que tenham assistidos às partes; são suspeitos o condenado por crime de falso testemunho; por seus costumes não for digno de fé; o inimigo capital da parte ou amigo intimo; o que tiver interesse no litígio. Sendo estritamente necessário o Juiz pode ouvir testemunha impedida ou suspeita, mas sem lhes tomar o compromisso e lhe atribuirá o valor que possam merecer. 
13.3.6 – Artigo 228 do CC: os menores de 16; acometidos de enfermidade ou retardamento mental; cegos e surdos; interessado no litígio, amigo ou inimigo da parte; cônjuges, ascendentes e descendentes e os colaterais, até o terceiro grau civil. Para a prova dos fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo. 
13.3.7 – Da prova da contradita – da instrução da contradita – do julgamento da contradita, natureza jurídica de decisão interlocutória. Da questão da testemunha que também litiga em face da empresa – da Súmula 357 do c. TST – da jurisprudência da troca de favores – contradita em relação a menor de 18 anos, menoridade penal, sempre será ouvido como informante – CASO SE ACOLHA A CONTRADITA, O JUIZ PODERÁ OUVI-LA COMO MERO INFORMANTE, E LHE DARÁ A ENFASE QUE BEM ENTENDER NO EXAME DA LIDE. 
13.3.8 – O depoimento é prestado perante o Juiz da causa e na sede da VT, vide artigos 410/411 para exceções (depoimento antecipado; inquiridas por carta; por doença ou motivo relevante estão impossibilitadas de comparecer em juízo; autoridades Presidente, Ministros de Estado, Senadores e deputados federais e estaduais, Governadores, Ministros dos Tribunais Superiores, Desembargadores do TJ e TRT, Conselheiros, membros de embaixada, depõe em sua residência ou no local onde exercem suas funções). Não indicou Juízes dos TRF e Juízes Federais. Prazo é de trinta dias para indicar o local onde prestará o depoimento, após isso, é perante o Juízo. 
13.3.9 - É mantida a incomunicabilidade da testemunha nos termos do artigo 413 do CPC. No curso do interrogatório o Juiz pode indeferir perguntas formuladas pelas partes desde que as entenda impertinentes, capciosas ou vexatórias, nos termos do artigo 416 do CPC, devendo transcrevê-las na ata de audiência. A testemunha pode requerer ao Juiz da parte que o apresentou o ressarcimento de sua despesa para vir até o Fórum, no que ela terá 3 dias para efetuar o pagamento, nos termos do artigo 419 do CPC. Depoimento prestado em Juízo é considerado serviço publico, a testemunha terá direito a abono de um dia de trabalho. 
13.3.10 – Questão da valoração da prova testemunhal e o principio da livre persuasão racional, imediatidade e unidade da prova – da acareação com outra prova testemunhal – do direito da testemunha ficar calada em relação a determinados fatos previstos em lei, vide artigo 406 do CPC (que lhe acarretem grave dano, bem como seu cônjuge e parentes consangüíneos ou afins, em linha reta, ou na colateral em segundo grau; cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo), e artigo 229 do CC ( segredo de profissão; não possa responder sem desonra própria; de seu cônjuge, parente e amigo intimo; que o exponha a perigo de vida, de demanda ou de dano patrimonial imediato).
13.3.11 – DA IMPUGNAÇÃO DA PROVA TESTEMUNHAL – momento oportuno é nas razões finais, após produzida a prova e quando a parte tem o direito de se manifestar a respeito das provas produzidas no processo, na 19ª Região os advogados simplesmente ignoram tais impugnações. 
13.4 – PROVA PERICIAL – artigo 420 do CPC – exames (perícia médica), vistoria (insalubridade e periculosidade) , avaliação (móvel ou imóvel, perícias contábeis) . 
13.4.1– Do procedimento de perícia – compromisso legal ou termo de compromisso, o que impera na Justiça do Trabalho – mera necessidade de intimação a respeito do encargo, do objeto e dos prazos para realização do laudo que pode ser renovado uma única vez – o perito pode recusar o encargo? Quem pode ser perito perante a Justiça do Trabalho? 
13.4.2 - Do procedimento da perícia – questão da perícia simples e da perícia completa, nos termos do artigo 421 do CPC, pois pode se traduzir a perícia em mera opinião do perito no curso da audiência de instrução a respeito da prova técnica requerida, não se faz laudo, sua opinião fica transcrita em ata de audiência, ou então se fazer perícia complexa, com todo o procedimento regulado pelo CPC, com regular nomeação e posterior intimação do perito para realizar laudo. 
13.4.3 – No caso de perícia completa, que não se confunde com perícia complexa (mais de uma perícia) então, nomeia-se o perito. Após a nomeação do perito, deferimento de prazo para partes apresentarem assistentes técnicos e quesitos, geralmente o prazo é de dez dias para nomeação e para entrega dos quesitos. Juiz pode apresentar quesitos? Poderão as partes realizar quesitos complementares? Os assistentes técnicos não se sujeitam a impedimento e suspeição e devem entregar o laudo 10 dias após a entrega do laudo pelo perito. 
Ex. Levando em consideração a necessidade de realização de prova técnica, DETERMINO a realização de perícia que terá por objeto o seguinte: 1) o de se saber se a moléstia alegada pelo reclamante pode ser considerada doença profissional, 2) em caso positivo, que o senhor perito indique as atuais condições laborativas do reclamante, se houve perde total, parcial ou inexistente da capacidade para o trabalho; 3) se a moléstia tem cura e qual seria os custos do tratamento. Nomeio como perito o médico do trabalho Sr. -----------------------------------. Estabeleço como prazo para entrega do laudo o de 30 dias contados da intimação do senhor perito, podendo ser revogado uma única vez, pelo mesmo prazo, nos termos da Lei. Prazo legal para que as partes nomeiem assistência técnico e quesitos, podendo ser aceitos quesitos complementares no curso da perícia. Os honorários periciais serão fixados aos final e irão ser pagos pela parte sucumbente no objeto da pericia. O senhor perito está autorizado a requisitar do reclamado quaisquer documentos relacionados ao objeto da presente perícia, bem como deverá informar as partes, através de seus advogados, no prazo mínimo de 5 dias antes do exame pericial, valendo a ressalva que em caso de perícia médica somente podem assisti-la, por questão de sigilo médico, o perito eos assistentes técnicos médicos. Para facilitar o contato, o advogado do autor indica o seguinte telefone------------------, e o advogado da empresa indica o seguinte telefone-------------------------, para fins de serem avisados do dia e hora da realização da pericia.”
13.4.4 – O perito pode ser destituído do encargo quando não entregar o laudo no prazo legal ou carecer de conhecimento técnico. 
13.4.5 – O perito ou a VT deverão informar as partes a respeito do dia, hora e local da perícia, sob pena de nulidade da prova, questão da perícia médica e suas particularidades em relação à presença das partes. 
13.4.6 – O laudo pode ser questionado, impugnado pela parte, mas deve apresentar quesitos com antecedência, que poderão ser respondidos quando da presença do perito em audiência – o procedimento da Justiça do Trabalho do TRT 19º Região é diferente, com impugnação da parte e envio direto para que o perito apresente resposta à impugnação. 
13.4.7 – O juiz não está adstrito ao laudo, pode julgar de outra forma, desde que com base das provas dos autos, ou determinar a realização de uma segunda perícia, em detrimento da primeira. 
13.4.8 – Da sucumbência, estipulação do valor e da parte que arcará com os custos – não pode haver adiantamento de honorários periciais a ser imposto por Juiz do Trabalho em caso de relação de emprego, salvo, nos termos do Provimento da Corregedoria do TRT, no valor de R$ 350,00 adiantados pelo reclamado – problema existe se o reclamante for o beneficiário dos benefícios da justiça gratuita, ocasião em que a União Federal arcará com os custos da pericia ao final. 
13.5 – DA INSPEÇÃO JUDICIAL – ARTIGO 440 DO CPC – a pedido das partes ou de ofício, o magistrado pode determinar a inspeção em pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer a existência de um fato de interesse para decisão da causa. O FATO DEVE SER RELEVANTE E CONTROVERTIDO, PARA JUSTIFICAR A REALIZAÇÃO DE INSPEÇÃO JUDICIAL. 
13.5.1 – A inspeção poderá ser direta, ou seja, realizada pelo JUIZ, ou então determinada pelo magistrado, hipótese de inspeção indireta. No caso de inspeção direta, nos termos do artigo 441 do CPC o Juiz poderá ser assistido por um ou mais peritos. DEVEM SER NOMEADOS ESPECIFAMENTE PARA AQUELE ATO OU JÁ PODEM SER PERITOS DO JUIZO, SE NOMEADOS, ENTENDO QUE OS HONORÁRIOS SERÃO PAGOS PELA PARTE SUCUMBENTE NO OBJETO DA INSPEÇÃO. 
13.5.2 – De qualquer forma, o juiz sempre será acompanhado do secretario de audiência, que deve relatar os fatos, já que a inspeção será documentada em ata própria, que será juntada aos autos e terá presunção relativa de veracidade a respeito dos fatos. 
13.5.3 – HIPÓTESES DE REALIZAÇÃO DE INSPEÇÃO: melhor interpretação ou verificação a respeito do fato; a coisa não puder ser apresentada em juízo sem graves conseqüências; reconstituição dos fatos da lide. (Artigo 442 do CPC)
13.5.4 – Exemplos na Justiça do Trabalho: CASOS DE TRANSPORTE DE FUNCIONÁRIOS e HORAS DE PERCUSO; MEIO AMBIENTE DO TRABALHO INSEGURO, etc. 
13.5.5 – PRESENÇA DAS PARTES E ADVOGADOS – CUIDADO NA REALIZAÇÃO DA PROVA, EXIGÊNCIA DO ARTIGO 442 DA CLT. FACE À POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO, DEVE SER DESIGNADA AUDIÊNCIA DE INSPEÇÃO COM BREVIDADE ENTRE A DATA DA CIÊNCIA DAS PARTES E A DE SUA REALIZAÇÃO.

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