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1 Universidade Estadual de Maringá Departamento de Engenharia Química Assunto: Prática de Laboratório de Engenharia Química II ELUTRIAÇÃO 1. OBJETIVO: Estudo da classificação hidráulica de partículas por intermédio de um elutriador. 2. TEORIA: Elutriação é a classificação e separação de partículas baseada no conceito de velocidade terminal, que é a velocidade de escoamento atingida pela partícula em um fluído, quando a soma das forças que nela atuam são iguais a zero (Sf = 0) e, portanto, a partícula se move em movimento uniforme. A equação do movimento de partícula sólida em um fluído é dada por: ( )M dv dt f V b ms. . r r r r= = - +S r r (1) Onde: M = massa da partícula; rv = velocidade de massa da partícula; V = volume da partícula; r e rs = massa específica do fluido e da partícula respectivamente; r b = vetor campo; rm = força resistiva. Quando S r f = 0 e estamos no campo gravitacional ( ) r rb g= ficamos com: ( )r rs V g m- + =r r 0 (2) Portanto, o problema reside na determinação de expressões para a força ( rm ). Essas expressões são da natureza empírica e válidas apenas para determinados regimes de escoamento (faixas de Re). Por exemplo para o regime Stokes (0 < Re < 0,5) rm = 3pm dp vt. Onde: vt = velocidade terminal, m é a viscosidade do fluido e dp o diâmetro da partícula. Convém salientar que o Re utilizado é o da partícula esférica escoando em um fluido ou seja: Re = r m v dt p Substituindo-se então a expressão da força resistiva do regime de Stokes na equação 2, obteremos: ( ) v d g parat p s = - < 2 18 0 5 r r m Re , (3) Torna-se óbvio então, que tendo-se dp podemos calcular vt ou vice-versa. 2 Para outras faixas de Re encontra-se na literatura, várias expressões para a força resistiva conduzindo-se as diversas expressões para vt, tais como: Para 0,5 < Re < 500, temos: ( ) v g d t p s = -0 153 0 71 1 14 0 71 0 29 0 43 , , , , , , r r r m (4) E para 1000 < Re < 2 x 105, temos: ( ) v g d t s p = -æ è ç ç ö ø ÷ ÷ 3 1 1 2 , / r r r (5) Existem ainda gráficos que nos permitem determinar vt dado dp (C Re2 x Re) (2), e que nos permite calcular dp dado vt (C / ReD x Re) (1). Torna-se óbvio que quando se faz escoar um fluido sobre uma suspensão, as partículas que possuem velocidade terminal menor que a velocidade de escoamento do fluido serão arrastadas enquanto as de velocidade terminal maior ficarão retidas. E é nesse princípio que se baseia o elutriador. 3. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Conjunto de Elutriadores (Figura 01) 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL - Fechar a válvula 04, abrir a válvula 05 e esperar até que a caixa d’água de nível constante se encha. - Encher as três coletores (erlenmeyer) com água e acoplá-los na rolha na parte inferior de cada elutriador. - Abrir as válvulas 01, 02 e 03 para que as três colunas de elutriação se encham com água. - Após regular as vazões, as mesmas devem ser controladas pelos rotâmetros pois é importante mantê-las constante. - Pesar com precisão em torno de 150 g de microesferas de vidro e transferir para 1 litro de hexametafosfato de sódio (0,1 p/v). As partículas em suspensão deverão ser adicionadas cuidadosamente em pequenas porções na parte superior do elutriador 01 com o auxílio do funil. - Deixar o sistema em operação até que todo o material seja separado. - Passado este tempo, fechas as válvulas 01, 02, 03 e 05 e retirar as coletas imediatamente deixando que os elutriadores esvaziem para dentro da pia. Abrir a válvula 4. - Deixar as partículas decantarem e retirar o líquido da parte superior do becker. - Secar em estufa e após, pesar o material sólido. 3 5. CÁLCULO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 5.1- Utilizando-se as expressões (3), (4) e (5) para cada regime, determinar os diâmetros das partículas retidas em cada um dos coletores do elutriador. 5.2- Com as pesagens das partículas retidas em cada coletor do elutriador construir a curva de distribuição de tamanhos. 5.3- Utilizando-se agora o gráfico de CD/Re apresentado na referência (2), determinar novamente os diâmetros das partículas retidas em cada um dos tubos do elutriador. Construíndo-se o diagrama de distribuição de tamanhos compará-lo ao obtido pelas equações. 6. BIBLIOGRAFIA 1. G.G. Brown - “Unit Operations”. 2. G. Massarani - “Problemas em Sistemas Particulados II”. 3. Coulson, J.M. e Richardson, C.H. - “Tecnologia Química”, vol II. 4. Perry, 5ª Edição.
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