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Proc Trab Aula 6

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AULA 6
EXECUÇÃO
É a atividade jurisdicional do Estado, de índole coercitiva, desenvolvida, de ofício, por órgão competente ou mediante iniciativa do interessado.
Prática de atos processuais cuja finalidade é compelir o devedor ao pagamento devido ao credor.
1. OBJETIVO
Compelir o devedor ao cumprimento da obrigação contida em título executivo.
2. REGRAS GERAIS SOBRE A EXECUÇÃO
	Como a CLT tem somente 20 artigos sobre execução, evidentemente, torna-se necessário a utilização de outro diploma legal.
Por força do disposto no art. 889, CLT, que assim dispõe:
“Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo de executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal”
* Atenção: O art. 769, CLT dispõe que o CPC será aplicado subsidiariamente. Porém, isso ocorre na FASE DE CONHECIMENTO. Quando estivermos na fase de execução, a LEI DE EXECUÇÃO FISCAL é o diploma legal a ser utilizado subsidiariamente. Portanto, temos que separar as omissões da CLT:
Na fase de conhecimento (caso em que será usado o CPC) 
Na fase de execução (caso em que será usada a LEF)
Ocorre que a LEF (Lei de execução fiscal – Lei nº 6.830/80) também é uma lei pequena (tem cerca de 40 artigos) e, como tal, também apresenta omissões. Por isso é que ela determina, em seu art. 1º, a aplicação subsidiária do CPC.
* EXCEÇÃO: NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA >> Aplicação do CPC
“Na ordem preferencial de NOMEAÇÃO DE BENS será observado o art. 655, CPC e não a lei de executivos fiscais” (Art. 882, CLT)
Em resumo:
Na execução trabalhista, observar-se-á, nesta ordem:
1º) Os 20 (vinte) artigos da CLT.
2º) A Lei 5584/70: é uma lei pequena, porém de grande relevância na JT. Apresenta dispositivos que são aplicados na fase de execução trabalhista.
3º) A LEF (Lei nº 6.830/80), EXCETO no que diz respeito à nomeação de bens à penhora porque nesse caso iremos utilizar o CPC (por força do art. 882, CLT). 
4º) O CPC
* Em razão das controvérsias existentes sobre a ordem de aplicação subsidiária à CLT, nas provas, há uma incidência muito grande do que consta na CLT e no que consta na jurisprudência do TST. E isso ajuda pois não temos muitas Súmulas e OJ´s na fase de execução como temos na fase de conhecimento.
EXERCÍCIO
(FGV/2010.3) Segundo o texto da CLT, é correto afirmar que a lei de execução fiscal:
 a) somente é fonte subsidiária para aplicação das normas na execução trabalhista caso não exista regramento sobre o assunto no Código de Processo Civil, que é a primeira fonte subsidiária da legislação processual do trabalho. 
b) somente é fonte subsidiária do Processo do Trabalho na execução das contribuições previdenciárias e Sindicais.
c) é fonte subsidiária para a aplicação das normas na execução trabalhista. 
d) somente é fonte subsidiária do Processo do Trabalho na execução das contribuições Previdenciárias.
R: c (art. 889, CLT)
3. FASES DA EXECUÇÃO
1ª) QUANTIFICAÇÃO (liquidação)
- É parte da estrutura orgânica da fase de cumprimento da sentença em que será fixado o montante da obrigação devida pelo devedor ao credor. 
- Aqui são feitos os CÁLCULOS, que indicam o valor da obrigação. De uma maneira geral, as sentenças são ILÍQUIDAS, por isso na JT esta fase é usada com bastante frequência.
2ª) CONSTRIÇÃO
1) Liquidado o título executivo, o executado será “citado” para satisfazer a obrigação contida no título no prazo de 48 horas (art. 880 da CLT). Esse termo “citação” não é usado no CPC mas como a CLT fala em “citação”, esse é o termo que empregaremos. 
2) Vencido o prazo, sem o cumprimento da obrigação (devedor não pagou, não nomeou bens à penhora e não garantiu a execução de qq outra forma), o devedor sofre uma constrição em seu patrimônio para saldar o conteúdo obrigacional contido no título executivo. Assim, procede-se À PENHORA (constrição).
3) O devedor poderá opor-se à penhora mediante ação incidental de embargos à execução (art. 884 da CLT).
3ª) EXPROPRIAÇÃO
Se a penhora for mantida pela sentença que julgar os embargos à execução, OS BENS PENHORADOS E AVALIADOS SÃO SUBMETIDOS A PRAÇA OU LEILÃO, para serem expropriados do patrimônio do devedor. 
A expropriação visa à satisfação integral da obrigação constante no título executivo. 
4. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA REALIZAR QUALQUER EXECUÇÃO (art. 580, caput, CPC)
1) Inadimplemento do devedor
2) Obrigação certa, líquida e exigível
3) Título executivo (judicial ou extrajudicial)
- O art. 876, CLT discrimina os títulos executivos judiciais e os extrajudiciais.
 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS:
a) SENTENÇA CONDENATÓRIA: pode ser uma (I) sentença que já transitou em julgado como também pode ser uma (II) sentença que ainda não tenha transitado em julgado. Como assim uma sentença que ainda não transitou em julgado? Já vimos que na JT os recursos têm efeito meramente devolutivo, o que quer dizer que quando o juiz prolata a sentença, já é possível promover a execução provisória
b) ACORDO JUDICIAL INADIMPLIDO
 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS
a) TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA
- O MP do Trabalho possui diversas atribuições, dentre as quais a de fiscal da lei. Muitas vezes, o MP do Trabalho recebe denúncias de irregularidades praticadas por empresas >> O que ele vai fazer? Vai apurar as irregularidades >> Em razão disso, ele pode tomar diversas medidas. Uma delas é firmar um documento chamado de termo de ajuste de conduta (documento no qual a empresa se compromete a ajusta sua conduta em conformidade com a lei). 
- Exemplo: MP do Trabalho recebe a denúncia de que a empresa X contrata diversas pessoas por intermédio de uma cooperativa (que não é uma verdadeira cooperativa), porém, essas pessoas trabalhavam para aquela como se empregados fossem. Como se sabe, quem trabalha por intermédio de uma cooperativa tem que trabalhar como autônomo, tendo liberdade, autonomia >> Burla dos direitos do trabalhador >> A empresa pode concordar em firmar com o MP do Trabalho um termo para ajustar sua conduta à lei: ou seja, deixar de contratar empregados por meio de cooperativa para contratar diretamente.
- No próprio TAC é prevista uma penalidade (previsão de multa no caso de descumprimento) >> Com esse documento, o MP do Trabalho executa a multa prevista no TAC.
b) TERMOS DE CONCILIAÇÃO FIRMADOS PERANTE AS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (art. 625-E § único)
- É o acordo firmado na CCP. Havendo consenso entre as partes, é lavrado um termo de conciliação >> Se o acordo não for cumprido, o empregado terá que ajuizar uma ação executiva para cobrar o valor ajustado no termo
c) CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA (art. 585, VII, CPC)
- Abordado no tema da competência material da JT >> Como visto, o art. 114, VII, CF prevê que, após a EC45, a JT passou a ser competente para as ações que versam sobre penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho >> é a situação em que a empresa é autuada por descumprimento das normas da CLT (por ex, porque não assinou a CT, porque contratou empregado ao invés de cooperativa e o sujeito trabalhava como se empregado fosse, etc ) >> Em razão dessa autuação, a empresa é obrigada ao pagamento de multa e, se não o fizer, a multa vira uma dívida ativa
- Art. 876 c/c art. 485, VII, CPC (prevê que essa certidão é um título executivo extrajudicial) c/c art. 114, VII
5. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
A execução para cobrança de crédito fundar-se á, sempre em título líquido, certo e exigível
PORTANTO
A liquidação deve ser realizada quando a sentença não determinar o valor ou não individualizar o objeto da condenação.
5.1. CÁLCULOS
- Liquidação + comum e + usada na JT
- Quando depender apenas de CÁLCULOS ARITMÉTICOS - (art. 475-B do CPC).
- Nesse caso, todos os dados estão no processo
- Ex: Empregado requereu hs extraordinárias de acordo com os controles de ponto >> Como no processo constarãoos controles de ponto, será possível a contagem de quantas hs extras foram realizadas pelo empregado durante período X >> No processo também constam os comprovantes de pagamento salarial para saber a evolução salarial naquele período >> Os dados estão no processo, bastará fazer a conta para chegar ao quantum devido.
- A liquidação deverá abranger também o cálculo das CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS devidas. (art. 879, § 1º-A, da CLT )	
 Lembrar que a JT é competente para EXECUTAR, DE OFÍCIO, AS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
- As partes deverão ser intimadas para APRESENTAÇÃO DO CÁLCULO DE LIQUIDAÇÃO, inclusive a contribuição previdenciária incidente (art. 879, § 1º-B, da CLT) 
5.2. LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS (art. 475-E do CPC)
- Não é muito usada na JT. Mas é possível ocorrer porque há previsão na CLT e no CPC
- Quando houver necessidade de ALEGAR E PROVAR FATO NOVO 
 Fato novo não significa violação à CJ. Se a sentença julgou procedente para o pagamento de adicional de hs extras de 1000%, a execução terá que se limitar ao adicional de hs extras de 1000%. Se o Reclamante ficou insatisfeito com a sentença proferida, o momento para impugnar não é na execução. A execução deve se limitar à sentença (ou ao acórdão) do jeito que ficou estabelecido na decisão exeqüenda. 
 Fato novo, diz a doutrina, é um fato que já foi previsto na sentença mas não completamente investigado. 
 Ex: O Reclamante requereu hs extras em sua RT >> Alega que trabalhou em jornada extraordinária e marcou corretamente o horário no cartão de ponto, só que o empregador não pagou a totalidade das hs extraordinárias >> As horas estão computadas no cartão de ponto e é o empregador que terá que trazer a prova (cartões de ponto), já que é ele quem detém os documentos pertinentes ao contrato de trabalho (obs: o Reclamante pode até requerer ao juiz que intime o Reclamante para que proceda à entrega dos cartões de ponto; inclusive há previsão no CPC: quando a prova do que a parte está alegando está com a parte contrária, aquela pode requerer ao juiz que determine a entrega da prova por esta, sob pena de CONFISSÃO FICTA) >> Imaginemos que, no dia da audiência, o empregador alegue que só fora possível trazer uma parte dos cartões de ponto, haja vista a ocorrência de um incêndio na empresa que destruiu a outra parte dos documentos. Contudo, o Reclamado alega que poderá recuperar os cartões de ponto destruídos, necessitando, porém, de um lapso de tempo. Para não atrasar o processo, o juiz pode transferir essa juntada de documentos para a fase de liquidação, para que naquela fase possa ser apurado o quantitativo de horas extras. No momento de liquidar, a empresa juntará os cartões. Caso ela não tenha logrado êxito na recuperação total dos cartões, proceder-se-á à LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS, em que poderão ser ouvidas testemunhas e produzidas outras provas. É COMO SE TIVÉSSEMOS UMA FASE DE CONHECIMENTO NA PRÓPRIA EXECUÇÃO.
5.3. LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO
- Ocorre quanto DETERMINADO PELA SENTENÇA
- É nomeado um PERITO, que APURA O VALOR DEVIDO
- Também é usado quando (art. 475-C do CPC):
a) Convencionado pelas partes;
 b) A natureza do objeto da liquidação o exigir 
EXEMPLO 
DECISÃO EXEQÜENDA ILÍQUIDA >> As partes são INTIMADAS PARA APRESENTAÇÃO DO CÁLCULO DE LIQUIDAÇÃO >> O Reclamante apresenta o valor de R$10.000,00 como sendo o valor devido >> A executada é intimada para manifestar-se, indicando se concorda ou não com os cálculos apresentados pelo Reclamante >> Normalmente, o que ocorre é que, QUANDO A RECLAMADA FAZ SUAS MANIFESTAÇÕES, ELA APRESENTA SEUS PRÓPRIOS CÁLCULOS >> Suponhamos que a Reclamada apresente o valor de R$ 6.000,00 >> Mas como, consoante o art. 879, CLT, pode haver 2 cálculos diferentes se o cálculo deve observar o que consta na sentença exeqüenda? Porque às vezes o pedido ou a sentença não é claro.
Por exemplo, suponha que o Reclamado, em sua inicial, tenha pedido somente “férias”. Contudo, em seus cálculos, o Reclamante, acrescenta ao valor das verbas salariais o 1/3 das férias e o Reclamado não o faz, pelo fato do 1/3 das férias não ter sido requerido na inicial. 
Outro exemplo: o Reclamado requer somente “horas extras”, ao invés de “Horas extras + acréscimo de 50%”. Daí, no momento dos cálculos, o Reclamado computa o acréscimo de 50% e a Reclamada, não.
Mais um exemplo: o Reclamado requer “horas extras e reflexos” e o juiz, em sua sentença, julga procedente o “horas extras e reflexos”. Quais são os reflexos? Vão refletir em quais parcelas?
Vê-se que, para que não ocorram tais controvérsias, é imprescindível que tanto o pedido como a sentença sejam os mais claros possíveis.
Voltando ao exemplo inicial: 
Diante do impasse entre os cálculos apresentados pelas partes, o juiz convocará o auxílio do CONTADOR DO JUÍZO: toda Vara conta com a ajuda de um servidor, chamado de contador do juízo, que é responsável pela conferência desses valores. Embora em algumas Varas e tribunais ele seja chamado como tal, ele não é, necessariamente, um contador. Não existe um concurso para contador do juízo na JT (basta fazer um cursinho, como o que os tribunais oferecem). Ele está, na verdade, auxiliando o juiz na conferência dos cálculos e na atualização dos valores apresentados pelas partes (por meio da planilha disponibilizada pela JT). Se o cálculo for muito complexo, o juiz nomeará um contador (perito).
	Promoção da contadoria: O servidor fará um relatório, no qual atestará que conferiu o cálculo e dará seu parecer (por exemplo, que o cálculo apresentado pelo Reclamante não está de acordo com o que foi estabelecido pela sentença). O Juiz, observando a ressalva dada pelo contador e a ele dando razão, determinará que as partes refaçam as contas para ajustar à promoção da contadoria. E isso pode demorar muito. 
	Imaginemos que o valor estabelecido pela contadoria tenha sido de R$ 8.000,00. Assim, o juiz fixa o valor como sendo de R$ 8.000,00 e bate o martelo em uma decisão chamada de “SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO” (ou sentença homologatória de cálculo). Essa é a decisão que fixa o valor devido (quantum debeatur).
	Será que dessa decisão cabe recurso? 
	A pegadinha é que NÃO CABE RECURSO porque o art. 884 §3º, CLT diz que A SENTENÇA QUE JULGAR A LIQUIDAÇÃO SÓ PODE SER IMPUGNADA por intermédio dos EMBARGOS À EXECUÇÃO (se quem impugnar for o executado) ou IMPUGNAÇÃO DO EXEQUENTE (se quem impugnar for o credor). 
Veja: Tanto o executado como o exequente podem IMPUGNAR a sentença de liquidação, porém, NÃO POR MEIO DE RECURSO (isto é, eles não podem recorrer porque o meio que a lei estabelece para impugnar não é recurso). Essa sentença é IRRECORRÍVEL, porém ela não é INIMPUGNÁVEL. Como é cediço, há vários meios de impugnação e um deles é o recurso (daí a importância de se saber a diferença entre recurso e ação). Portanto, há o recurso e há outros meios de impugnação (que têm natureza jurídica de ação). É isso o que acontece aqui: a sentença de liquidação pode ser atacada? Pode. Pode ser impugnada? Pode. Mas o meio não é recurso. O meio de impugnação chama-se embargos à execução (pelo executado) ou impugnação do exequente (pelo exequente). Natureza jurídica dos embargos e da impugnação: ação (ação incidental na execução)
	O que muitas vezes ocorre na prática é que, quando o juiz fixa o valor devido, muitas Varas intimam as partes para que elas tomem ciência do valor fixado pelo juiz, outras intimam seus advogados (por meio de publicação no DO) e algumas intimam via postal. Contudo, a profª entende que não seria caso de intimação. Trata-se, na verdade, de uma notificação informal (que ocorre por determinação do TST), que não se presta à contagem de prazo algum mas, tão-somente, para informar às partes acerca do valor estabelecido pelo juiz.
	O que o advogado do exequente vai fazer assim que receber a notificação postal informando acerca do valor de R$ 8.000,00 fixado pelo juiz? Não vai fazer nada.
	E o executado, por meio de seu advogado, o que deve fazer? Ele terá que:
a) garantir o juízo ou
b) pagar ovalor ou
c) simplesmente, esperar sem fazer nada. 
	
Neste momento nada é feito pois, como foi dito, essa notificação informal apenas informa as partes sobre o valor. A apresentação dos embargos à execução / da impugnação só será feita APÓS A GARANTIA DO JUÍZO (pois somente após a garantia do juízo é que começa a contagem). 
- Liquidação de sentença: Art. 879
- Citação do executado: art. 880 >> “Requerida a execução...” = só vou requerer a execução quando já tiver o quantum debeatur (já vimos que até o juiz, de ofício, pode dar início à execução).
	Fixado o valor, o juiz determinará a expedição de MANDADO DE CITAÇÃO, PENHORA e AVALIAÇÃO ao executado >> O executado será citado para que ele cumpra a decisão ou acordo
* Obs. Art. 880 - “contribuição social devida à União” = contribuição previdenciária
	Se o devedor não pagar e nem garantir a execução?
Consequência: PENHORA
	
Obs. 1: O CPC prevê o processo sincrético (sincretismo processual = quando tenho, em um único processo, atos de cognição e atos de execução), isto é, PARA A EXECUÇÃO DE SENTENÇA, O PROCESSO É UM SÓ (antigamente, havia um livro próprio para a execução de sentença). O que existe ainda, no CPC, como processo autônomo de execução, é quando a execução for de título extrajudicial. E assim o é porque não temos aqui fase de conhecimento em razão da natureza do título. Assim, para a execução de sentença, não temos mais a utilização da expressão “citação” porque não é outro processo, é o mesmo processo. Pelas regras do CPC, o executado é intimado para cumprir a sentença. E a CLT, o que dispõe a respeito? Como a CLT não é omissa a respeito, utilizaremos a expressão “citação” empregada pela legislação trabalhista. Por esse motivo, há muita controvérsia na literatura. Contudo, devemos utilizar o que consta na CLT. 
Obs. 2: Cabe a aplicação da multa do art. 475-J prevista no CPC? (é a multa aplicada quando o devedor não cumpre espontaneamente a sentença no prazo de 15 dias; paga o valor devido + acréscimo de 10%). Essa multa serve para compelir o executado ao cumprimento da sentença, caindo como uma luva no Processo do Trabalho, já que as verbas salariais têm natureza alimentícia. O que tem ocorrido na prática? Muitos juízes têm aplicado essa multa, contudo, os tribunais a retiram. Por que? Relembrando a ordem de aplicação de leis na execução trabalhista: CLT, LEF e CPC. A CLT aqui não é omissa. O que ela diz no art. 880? Ela diz que será expedido mandado de citação para o executado pagar no prazo de 48hs. Ou ele paga ou ele garante a execução. Se ele não pagar nem garantir a execução, procede-se à penhora. Onde vamos encaixar essa multa na tramitação processual se a CLT diz que, não pagando em 48hs (veja que o prazo da CLT difere do CPC), a conseqüência será a PENHORA? É justamente em razão do que consta no art. 880 que os tribunais, de uma maneira geral, têm tirado a multa do art. 475-J, porque a CLT não abre a possibilidade de sua aplicação.
6. DO EXECUTADO - (ART. 880, CLT) 
“Requerida a execução o juiz mandará expedir mandado de citação ao executado a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e as cominações estabelecidas, ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuição social devida à União, para que o faça em 48 horas, ou garanta a execução, sob pena de penhora.”
CITADO, O EXECUTADO PODERÁ:
1) DEPOSITAR O VALOR EM JUÍZO: Garantido o juízo, o executado tem 5 dias para opor os EMBARGOS À EXECUÇÃO e o exeqüente também tem 5 dias para impugnação (art. 884, caput da CLT)
2) PAGAR O VALOR DA EXECUÇÃO >> Fim da execução >> O juiz determina a expedição do alvará para que o credor (o trabalhista e o previdenciário) receba o valor devido
3) NOMEAR BENS À PENHORA: A citação, na execução trabalhista, ocorre por meio de oficial de justiça. Como ocorre? O oficial de justiça, juntamente com a cópia da sentença de liquidação, leva o mandado de citação, penhora e avaliação até a residência do devedor >> Certifica que entregou a cópia do mandado para o executado >> O oficial vai aguardar o decurso do prazo e depois volta para o mesmo lugar, com o mesmo mandado e indaga ao devedor se ele pagou:
I) SE O DEVEDOR TIVER PAGO, apresenta o recibo de pagamento do depósito em juízo e então o Oficial certifica mediante a cópia, que ele irá anexar ao processo, juntamente com o mandado
II) SE O DEVEDOR PROCEDEU AO DEPÓSITO EM JUÍZO >> O Oficial também certifica isso
III) SE O DEVEDOR NOMEOU BENS À PENHORA >> O credor deverá ser intimado para manifestar se concorda ou não com essa nomeação. Se concordar, teremos o aperfeiçoamento da penhora e, com isso, o Oficial lavrará o auto de penhora, discriminará o bem da penhora e, uma vez tendo sido as partes intimadas daquela penhora, começa a correr o prazo para apresentação das impugnações (embargos do executado e impugnação do exeqüente).
IV) SE O DEVEDOR QUEDA-SE INERTE >> O Oficial de justiça penhora tantos bens quantos sejam suficientes para garantir a execução >> O próprio Oficial avalia os bens (obs.: de acordo com a CLT, o oficial de justiça na JT é oficial de justiça avaliador - é ele quem avalia os bens por ele penhorados caso o devedor não pague) >> Constrição >> O Oficial lavra o auto de penhora >> Após a constrição, tomando as partes ciência desta, começa a contagem do prazo para os EMBARGOS À EXECUÇÃO.
7. CONSTRIÇÃO (PENHORA): 2ª parte da execução
- O devedor sofre uma constrição em seu patrimônio para saldar o conteúdo obrigacional contido no título executivo (art.880, CLT) 
PENHORA ON-LINE
- O Convênio Bacen Jud (firmado entre o Banco Central e o TST) é um sistema de solicitação de informações, via internet, que visa agilizar a execução, eliminando o uso de ofícios e tornando mais simples o acesso às informações bancárias para efeito de penhora. 
- Facilita pois é muito melhor para o empregado receber em dinheiro do que em bens
8. EXECUÇÃO 
8.1. EXECUÇÃO PROVISÓRIA: Súm. 417, III TST c/c art. 620, CPC
Art. 899, CLT: “Os recursos são interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora”.
- Até a penhora > Art. 899, CLT
- Sentença impugnada mediante recurso recebido só no efeito devolutivo (art. 876, CLT). 
 Se o recurso tem efeito meramente devolutivo, isso significa que quando o juiz prolata a sentença, já é possível iniciar a execução provisória. Então esta sentença condenatória poderá ser uma sentença que já transitou em julgado como tb poderá ser uma sentença que ainda não transitou em julgado.
Súm. 417, III, TST: Em se tratando de EXECUÇÃO PROVISÓRIA, fere direito líquido e certo do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos do art. 620 do CPC. 
Essa Súmula diz que, QUANDO A EXECUÇÃO FOR PROVISÓRIA, PREVALECE O BEM NOMEADO PELO EXECUTADO. 
Por que razão? 
Porque, nesse caso, aplicar-se-á o art. 620, CPC (“Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor”). Então, a execução deverá ser processada de forma menos gravosa para o devedor.
* Já caiu em prova: Em sede de execução provisória, o devedor nomeou para penhora 2 automóveis de sua propriedade >> O credor, quando foi intimado para dizer se concordava ou não, manifestou-se contra essa nomeação, requerendo ao juiz o bloqueio on-line >> O juiz, diante da solicitação do credor, substituiu os automóveis pela penhora on-line (por dinheiro) >> Você, na qualidade de advogado da executada, adotaria qual meio para impugnar essa decisão? >> Veja primeiro: trata-se de uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA e, como tal, é IRRECORRÍVEL (como regra) >> Quando da decisão não couber recurso e houver lesão a direito líquido e certo, impetra-se MANDADO DE SEGURANÇA.
Portanto: Quando nomeados outros bens, fere direito líquidoe certo a penhora em dinheiro do executado.
Mas atenção!!! 
Só aplicaremos tal determinação se a execução for PROVISÓRIA. Porque se a execução for definitiva, prevalecerá a PENHORA EM DINHEIRO (entendimento do TST: não fere direito líquido e certo prosseguir na penhora em direito, haja vista prevalecer, neste caso, a ORDEM DE BENS do art. 655, CPC).
8.2. EXECUÇÃO DEFINITIVA (art. 876, CLT)
* Súm. 417, I, TST: Não fere direito líquido e certo a penhora em dinheiro do executado, pois a garantia do crédito exequendo obedece à gradação prevista no art. 655, CPC. 
9. MEIOS IMPUGNATIVOS DE EXECUÇÃO
9.1. EMBARGOS À EXECUÇÃO E IMPUGNAÇÃO DO EXEQUENTE (art. 884, caput e §§ da CLT)
- Garantida a execução ou penhorados os bens, SOMENTE NOS EMBARGOS À PENHORA (= EMBARGOS À EXECUÇÃO) PODERÁ O EXECUTADO IMPUGNAR A SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO >> Terá o executado 5 dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.
 O prazo começa a partir do momento em que devedor e credor tomam CIÊNCIA DA GARANTIA DO JUÍZO 
- Natureza jurídica de ambos: AÇÃO DE COGNIÇÃO
 Por que tem natureza de ação? Porque o art. 884 §4º diz que serão julgados em uma única sentença os embargos como também as impugnações (aquelas apresentadas tanto pelo credor trabalhista como pelo credor previdenciário – a União). Se eles serão julgados em uma sentença, não se pode denominá-los de recurso (já que não se julga recurso por meio de sentença). Se a lei diz que eles serão julgados por SENTENÇA, é porque a natureza de ambos é de AÇÃO.
- São AÇÕES INCIDENTAIS À EXECUÇÃO
- Finalidade: Anular, reduzir, impugnar o cálculo previsto na sentença de liquidação
- Da sentença na execução cabe AGRAVO DE PETIÇÃO
 Relembrando: 
Se estamos na FASE DE CONHECIMENTO e temos uma SENTENÇA, o recurso cabível é o RO
Se estamos na FASE DE EXECUÇÃO e temos uma SENTENÇA, o recurso cabível é o AGRAVO DE PETIÇÃO
 EMBARGOS À EXECUÇÃO E IMPUGNAÇÃO DO EXEQUENTE E UNIÃO (art. 884, § 4º, CLT)
- Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário
9.2. EMBARGOS DE TERCEIROS (art. 1046, CPC)
- Meio de impugnação destinado a permitir que o 3º (aquele que não é parte na relação jurídica processual) que sofre penhora dos seus bens, possa defender-se. 
- Usaremos todas as regras constantes no CPC, por não haver previsão na CLT
- PRAZO: art. 1048, CPC
Fase de conhecimento = cabe enquanto não transitada em julgado a sentença (esta não é comum na JT). 
Fase de execução = a partir da APREENSÃO JUDICIAL começa o prazo para apresentação dos embargos de terceiros até 5 dias após a arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
- Contestação: prazo de 10 dias (art. 1053, CPC) 
- É decidido por SENTENÇA. 
- Em fase de execução, o juiz prolatou uma sentença em embargos de terceiros. Qual o recurso cabível?
 AGRAVO DE PETIÇÃO
- Art. 896, §2º, CLT c/c Art. 897, “a”, CLT
9.3. EXCEÇÃO (OBJEÇÃO) DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
- Consiste na POSSIBILIDADE DE O DEVEDOR ALEGAR DETERMINADAS MATÉRIAS, SEM QUE PARA ISSO NECESSITE EFETUAR A GARANTIA PATRIMONIAL DA EXECUÇÃO, tais como: nulidade da execução, pagamento, transação, inexigibilidade do título executivo, etc. 
 Finalidade: A CLT prevê que, para poder se manifestar, o devedor precisa, antes, GARANTIR O JUÍZO. Assim, em tese, o executado não poderia se manifestar. Porém, a lei permite que, em algumas situações excepcionais, ele se manifeste nos embargos à execução sem a necessidade de garantir o juízo. 
- É mais um MEIO DE IMPUGNAÇÃO na execução (é um incidente na execução), porém, NÃO É UMA AÇÃO (como os embargos à execução ou a impugnação do exequente ou os embargos de terceiro) 
- Já caiu em prova de 2ª fase da OAB
- Evidente que o devedor usará este incidente quando ainda não há penhora (no momento anterior à penhora) pois se já tiver ocorrido a penhora, ele fará uso dos EMBARGOS À EXECUÇÃO para poder se manifestar
9.3.1. INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO (art. 884, § 5º, CLT)
Art. 884, § 5º, CLT: “Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo STF ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a CF.
Vamos imaginar que nós tenhamos uma sentença baseada em uma lei que o STF considerou INCONSTITUCIONAL. Se isso ocorreu, a lei deixou de existir no mundo jurídico. O mesmo se se tratar de uma interpretação incompatível com a CF. Essa previsão é a mesma existente no CPC.
Ex: Supondo que o devedor alegue isso em EMBARGOS À EXECUÇÃO (isto é, alega que o título judicial é inexigível pelo fato da sentença estar baseada em lei inconstitucional), garantindo o juízo >> Mas ele também pode falar isso em EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (também pode pois não haveria sentido dele garantir o juízo para poder falar isso) >> O que pode acontecer aqui? 
(1º) O JUIZ ACOLHE A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (entende que o devedor tem razão) e, assim, DECLARA EXTINTA A EXECUÇÃO >> Qual a natureza jurídica dessa decisão? É uma SENTENÇA pois implica na extinção da execução. E da sentença na execução cabe AGRAVO DE PETIÇÃO
(2º) O JUIZ REJEITA A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (entende que o devedor não tem razão) >> Qual a natureza jurídica dessa decisão? DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, motivo pelo qual, NÃO CABE RECURSO (DECISÃO IRRECORRÍVEL). Por não caber recurso, a decisão só será impugnável mediante MANDADO DE SEGURANÇA se, efetivamente, existir o direito líquido e certo com a PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA.
* Portanto: Da decisão de exceção de pré-executividade, só caberá RECURSO se o juiz ACOLHER A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 
10. RECURSOS NA EXECUÇÃO
10.1. AGRAVO DE PETIÇÃO
- É o recurso cabível das decisões nas EXECUÇÕES (art. 897, alínea “a” da CLT) 
- Prazo: 8 dias. 
- Tem EFEITO SUSPENSIVO em relação ao que foi objeto da controvérsia deduzida no apelo (art. 897, 1º, CLT). Quanto à PARTE INCONTROVERSA, faculta-se sua execução desde logo. 
 Ex: O executado está impugnando as hs extras (delimitou a matéria), sob o fundamento de que elas não foram calculadas corretamente >> Se o executado entende que ele só deve R$ 6.000,00 (delimitou o valor), então ele tem que indicar esse valor >> Quanto ao restante (R$ 2.000,00), a execução fica suspensa
- Possui um pressuposto específico de admissibilidade: DELIMITAÇÃO JUSTIFICADA DAS MATÉRIAS E VALORES IMPUGNADOS (art. 897, §1º, CLT) – imprescindível sua observância, sob pena do agravo não ser apreciado 
			
Caso o Juiz de 1º grau 
 negue seguimento ao 	--> cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO
* Cuidado porque se quem negou seguimento foi o RELATOR --> Cabe AGRAVO 
(que não é de instrumento)
* DO ACÓRDÃO DO TRT EM SEDE DE AGRAVO DE PETIÇÃO CABE RECURSO?
 SIM
10.2. AGRAVO DE INSTRUMENTO
- Cabível da decisão que denegar seguimento a recurso 
- Da decisão que nega seguimento ao agravo de petição cabe agravo de instrumento no prazo de 8 (dias) 
 (art. 897, b, CLT)
10.3. RECURSO DE REVISTA
- Cabimento: SOMENTE NA HIPÓTESE DE OFENSA DIRETA E LITERAL À CF (art. 896, §2º, CLT)
- Na prática, é raro ocorrer
No exemplo que nós vimos, o juiz fixou, em sua SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA DE CÁLCULOS, o valor em R$ 8.000,00. 
As partes são informadas pela Vara a respeito dessa decisão e o juiz determina a expedição de MANDADO DE CITAÇÃO, PENHORA e AVALIAÇÃO (MCTA).
	Garantido o juízo, o devedor tem 5 dias para ajuizar os EMBARGOS À EXECUÇÃO e o credor, por sua vez, também: tomando ciência da garantia do juízo tem igual prazo de 5 dias para impugnar a sentença por meio da IMPUGNAÇÃO DO EXEQUENTE.
	Como tais impugnações têm natureza jurídica de ação, a parte contrária será citada para contestar. 
Sobrevém, então, uma sentença única que julga ambas as impugnações: SENTENÇA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO e IMPUGNAÇÃO DO EXEQUENTE, fixando o valor devido em R$ 8.000,00.
Dessa sentença, cabe AGRAVO DE PETIÇÃO.
Não podemos esquecerque aqui ocorre o mesmo visto no processo de conhecimento: o juiz pode receber o agravo de petição, dar vista para a parte contrária, cabe agravo de petição adesivo, enfim, todo o caminho já visto.
Se o juiz negar seguimento, cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO.
- Decisão monocrática do Relator: dando ou negando seguimento. Se o Relator decidir sozinho, cabe AGRAVO
- Decisão do colegiado: Do acórdão em agravo de petição, cabe RECURSO DE REVISTA para o TST
Chegando ao TST, o processo para pelo mesmo trâmite: 
- Decisão monocrática do Relator: dando ou negando seguimento. Se o Relator decidir sozinho, cabe AGRAVO
- Decisão do colegiado: 
Da decisão complementar do acórdão, cabem EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA, se a decisão for divergente da de uma outra Turma (ou de uma OJ ou uma Súmula).
Se a violação à CF continuar, teremos o RExtr para o STF, caso em que a tramitação obedecerá às regras do STF.
Ao final, transitarão em julgado a decisão:
- dos embargos à execução, 
- da impugnação do credor e 
- dos embargos de terceiro.
ADJUDICAÇÃO
- O exequente aceita ficar com os bens penhorados, como forma de pagamento total ou parcial de seu crédito
- O credor trabalhista tem preferência na adjudicação, sobre a arrematação (art. 888, §1º, CLT) 
EMBARGOS À ARREMATAÇÃO E EMBARGOS À ADJUDICAÇÃO
- Fundamento: nulidade da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à penhora, no prazo são de 5 dias contados da adjudicação, alienação ou arrematação (art. 746 do CPC)

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