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Principios Fundamentais da Contabilidade

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DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Glória Maite André Magane, declaro que o presente trabalho de fim de curso é fruto do meu trabalho pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes bibliográficas consultadas estão devidamente identificadas ao longo do relatório e na lista bibliográfica.
Declaro ainda que este trabalho nunca foi antes apresentado nesta instituição de ensino nem em nenhuma outra para obtenção de qualquer que seja grau académico.
Beira, aos de Julho de 2017
___________________________________
(Glória Maite André Magane)
DEDICATÓRIA
Dedico à minha família que sempre me incentivou para a realização dos meus ideais, encorajando-me a enfrentar todos os momentos difíceis da vida.
AGRADECIMENTOS
Neste momento tão significante agradeço, primeiramente, a Deus por ter me concedido alcançar mais uma etapa importante em minha vida, ajudando-me a vencer desafios que, em diversas ocasiões, pensei em não conseguir superá-los.
É difícil agradecer e, ao mesmo tempo, não ser injusto, pois até os que duvidaram que esta jornada fosse possível contribuíram para o meu sucesso. Agradeço àquele que me acolheu de braços abertos, conduzindo-me pelos caminhos da pesquisa com paciência e sabedoria: Mestre Jorge Fafetine.
À minha família que sempre me apoiou durante esse período de estudo, dando-me a coragem de enfrentar todos os obstáculos encontrados e chegar ao final.
A todos os colegas de classe e a todos aqueles que me ajudaram, pois a força e a compreensão foram meus sustentáculos nas horas difíceis, na busca da concretização deste sonho. Enfim, obrigada a todos que, directa ou indirectamente, colaboraram para que eu pudesse concluir com êxito este trabalho.
LISTA DE ABREVIATURAS
TFC – Trabalho de fim do curso 
PL – Património Líquido 
PFC’s – Princípios Fundamentais da Contabilidade 
CFC – Conselho Federal de Contabilidade 
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
Como regra geral, em cada uma das ciências, assim como em funções técnico-profissional, são definidos certos princípios que servem de base para orientação e para condução, de forma razoável, de determinados eventos. 
A contabilidade, como ciência social que estuda e prática as funções de orientação, controle e registo de acto e factos, dispõe de seus princípios que, em verdade, têm por objectivo orientar de forma técnica a condução do exercício profissional em todos os aspectos que envolvam de forma directa ou indirecta a doutrina contável.
O conselho federal de contabilidade designou uma comissão de consultores que teve por objectivos fixar os princípios de contabilidade, considerando-se os princípios fundamentais das ciências contáveis, a experiencia técnico-profissional, a legislação fiscal e societária vigente, os usos e costumes consagrados, os actos normativos e planos de contas oficiais baixados pelas autoridades governamentais e as normas interamericanas de contabilidade vigentes.
Com a emissão da nova resolução, a denominação"princípios fundamentais de contabilidade"foi alterada para "princípios de contabilidade". Antes eram Sete os princípios, agora os princípios de contabilidade são seis, foi eliminado o princípio da autorização Monetária. De forma geral, a nova resolução simplificou a relação dos princípios, a do princípio do registo pelo valor original.
O presente TFC tem como objectivo principal descrever os princípios fundamentais usados em contabilidade. 
1.1.OBJECTIVOS
Objectivo Geral
O presente trabalho tem por objectivo apresentar a evolução dos Princípios Contáveis, demonstrando, assim, a sua importância no processo de avaliar, registar, mensurar os factos contáveis, para esse processo evolutivo da contabilidade, diante das exigências dos usuários, gerem informações confiáveis e relevantes.
Objectivos Específicos
Procurar estabelecer a comparação da evolução dos Princípios Contáveis;
Interpretar vos sete princípios da contabilidade.
CAPÍTULO II – METODOLOGIA
O desenvolvimento do trabalho comparativo para estabelecer as diferenças existentes entre os princípios da contabilidade e obedece duas etapas: a pesquisa teórica – livros, jornais, artigos, revistas e internet.
CAPÍTULO III – CONCEITOS
Segundo Iudícibus (2002, p.89), os Princípios Fundamentais da Contabilidade são os conceitos básicos que constituem o núcleo essencial que deve guiar a profissão na consecução dos objectivos da Contabilidade, que consistem em apresentar informação estruturada para os usuários. Já para Lopes de Sá (2000, p. 13), a palavra princípios, em nosso idioma, tem acepções variadas. 
No singular emprega-se com o significado de “origem”, “começo”, e também, “regra a seguir”, “norma”. No plural tem o significado de “elementos, “rudimentos”, convicções”. As palavras têm sentidos comuns (de utilização empírica, usual) e têm os que lhes são atribuídos especialmente, nas tecnologias, nas ciências, nos casos particulares. Logo, o conceito de “Princípios, para fins de uso em contabilidade, tem sentido próprio.
Segundo Lopes de Sá (2000, p.14), a denominação de Princípios Fundamentais de Contabilidade, no Brasil, como órgão de fiscalização do exercício profissional, regulou o conceito a ser reconhecido e adoptado.
Princípios de contabilidade geralmente aceitos são os preceitos resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras.
Os princípios contáveis permitem aos usuários fixar padrões de comparação e de credibilidade em função do reconhecimento dos critérios adoptados para a elaboração das demonstrações financeiras, aumentam a utilidade dos dados fornecidos e facilita a adequada interpretação entre empresas do mesmo sector. 
Preliminarmente, consultando o dicionário Aurélio, obtivemos que princípio é preceito, regra, lei. Consta ainda que preceito é norma, ensinamento, doutrina; e que regra é aquilo que regula, dirige, rege ou governa. Também, diz o dicionário Webster: “Uma verdade fundamental; uma lei ou doutrina abrangente, da qual outras decorrem, ou nas quais outras estão baseadas; uma verdade geral; uma proposição básica ou premissa fundamental; uma máxima; um axioma; um postulado”.
Pode-se então inferir que princípio é aquilo que está determinado pela razão, pela lei ou pelo costume.
Outro conceito bastante interessante obtém-se no dicionário Oxford, que diz: “uma lei ou regra geral adoptada ou considerada como directriz de acção”. Princípios são verdades fundamentais (Byrne); é uma base aceita de conduta ou prática (May).
3.1.CONTABILIDADE COMO CONHECIMENTO
3.1.2. Contabilidade como Ciência Social
Todo e qualquer conhecimento para ser considerado científico necessita de requisitos ou razões científicas que o qualifique. Com a contabilidade não foi diferente, e um dos requisitos fundamentais é possuir objeto de estudo.
Segundo Attie (2000, p. 90): A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com todas as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais. A Contabilidade é uma ciência social com plena fundamentação epistemológica. 
Enquanto ciência, a contabilidade explica relações de causa e efeito que afetam o patrimônio das entidades. Para isso procura estabelecer Princípios e Normas aplicáveis a todas as entidades.
Assim sendo a contabilidade procura responder de maneira objetiva e concreta o enquadramento enquanto ciência, pois se assim o negar, negaria a própria epistemologia que classificam a natureza do conhecimento científico.
No dizer de Lopes Sá (1998, p.35) “o que faz de uma disciplina qualquer sua elevação à dignidade científica não é o arbítrio, mas suas características dentro das convenções filosóficas”.
Vale salientar que a resolução 750/93 do CFC reconhece a contabilidade como ciência social, cujo objeto é o Patrimôniodas Entidades, encerrando de certo forma uma discussão que apontava a contabilidade como ciência exata e outra corrente como ciência social.
A Contabilidade possui objectos próprios – o património das entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, e busca das causas, em nível qualitativo semelhante as demais ciências sociais. A resolução alicerçar-se na premissa de que a contabilidade é uma ciência social com plena fundamentação epistemológica. Por consequência as demais classificações – método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema, arte para citarmos as demais correntes – referem-se a simples facetas ou aspectos da contabilidade, usualmente a sua aplicação prática, na solução de questões concretas. 
3.1.3. Património Objecto da Contabilidade
O objeto de estudo da contabilidade é o Patrimônio das Entidades, que desenvolvem em sua volta suas funções, como forma de atingir seus objetivos. Esse patrimônio engloba o conjunto dos bens, direitos e obrigações para com terceiros, sendo pertencente a uma pessoa física ou jurídica (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2000, p. 67).
Nesses termos, Attie (2000, p. 90) enfatiza que “o objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, tanto nas ciências formais quanto nas factuais, das quais fazem parte as ciências sociais”. Toda ciência carece possuir um objeto de estudo parafundamentar as suas doutrinas e não seria diferente na contabilidade que no dizer de Coelho e Lins (2010, p. 43) “A contabilidade é a ciência que possibilita a mensuração e o acompanhamento da evolução do patrimônio de uma determinada entidade, que pode ser jurídica (empresa) ou física (pessoa)”. 
A Contabilidade com seu objeto de estudo, procuram analisá-lo de maneira peculiar e particular através do rigor analítico, dos argumentos, contra-argumentos ampliando o fazer científico de toda ciência.
Na contabilidade o objecto é sempre o património de uma entidade, definido como um conjunto de bens, direito e obrigações para com terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode ou não, incluir o lucro.
O essencial é que o património disponha de autonomia em relação aos demais patrimónios, o que significa que a entidade dele pode dispor livremente, claro que nos limites estabelecidos pela ordem jurídica e, sob certos aspectos, da racionalidade económica e administrativa.
O património também é objecto de outras ciências sociais – por exemplo da economia, da administração e do direito – que entretanto, o estudam sob ângulos diversos daquele da contabilidade, que o estuda nos seus aspectos quantitativos e qualitativos. 
A contabilidade busca, primordialmente, aprender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas pelo património, tendo em mira, muitas vezes uma visão prospectiva de possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da acção do homem, quanto embora quase sempre secundariamente, dos efeitos da natureza sobre o património.
Por aspectos qualitativos do património entendem-se a natureza dos elementos que o compõe, como dinheiro, valores a receber ou a pagar expresso em moeda, máquinas, stocks de materiais ou de mercadoria, etc. A delimitação qualitativa, desce em verdade até o grau de particularização que permita a perfeita compreensão do componente patrimonial. Assim, quando falamos em ‘máquinas; ainda estamos a empregar um substantivo colectivo, cuja expressão poderá ser de muita utilização em determinadas análise. 
A compatibilidade quando aplicada a um património particular, não se limitará às ‘máquinas; como categorias, mas se ocupará de cada máquina em particular, em sua condição do componente patrimonial, de forma que não seja confundida com outra máquina, mesmo de tipo idêntico.
O atributo quantitativo refere-se a expressão dos componentes patrimoniais em valores, o que demanda com que contabilidade assuma a posição sobre o que seja ‘valor’, porquanto os conceitos sobre a matéria são extremamente variados.
Do património deriva o conceito de património líquido, mediante a equação considerada como básica na contabilidade: 
(Bens + direitos) – (obrigações) = património líquido.
Quando o resultado da equação é negativo, convencionam-se denominá-lo ‘passivo a descoberto’.
O património líquido não é uma dívida da entidade para com os seus sócios ou accionistas, pois estes não emprestam recursos para que ela possa ter vida própria, mas os que entregam para que com eles forme o património de entidade.
O conhecimento que a contabilidade tem de seu objecto está em constante desenvolvimento como ocorre nas demais ciências em relação aos respectivos objectos. Por essa razão, deve-se aceitar como natural o facto de existência de possíveis componentes do património cuja pressão ou avaliação se apresenta difícil ou inviável em determinado momento. 
CAPÍTULO IV – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE
Falar dos princípios reporta-se inicialmente em definir o seu significado para compreender o contexto no ramo do conhecimento que esteja inserido. A etimologia da palavra Princípios vem de começo ou causa de algum fenômeno, primeiro, alicerce.
Dessa forma “Os Princípios de Contabilidade são o ponto de partida para a compreensão da própria Ciência Contábil, pois são eles que fundamentam os conceitos, a teoria e a prática desta ciência” (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2000, p. 47 apud PARGANOTTO; ROSSONI, FILHO, 2007, p. 100).
No ano de 2010, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) considerando a necessidade de prover fundamentação apropriada para a interpretação das Normas Brasileiras de Contabilidade instituiu a Resolução CFC nº 1.282/10 que atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC nº 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade, passando a ser chamados Princípios de Contabilidade.
Os PFC’s representam o núcleo central da própria contabilidade, em sua condição de ciência social sendo a ela inerentes. Os princípios constituem sempre as vigas – mestras de uma ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em qualquer circunstância.
No caso da contabilidade, presente seu objecto, seus princípios fundamentais de contabilidade vale para todos os patrimónios, independentemente das entidades a que pertencem, as finalidades para as quais são usadas, a forma jurídica da qual estão revestidos, sua localização, expressividade e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condição de autonomia em relação aos demais patrimónios existentes.
Nos princípios científicos jamais pode haver hierarquização formal, dado que eles são os elementos predominantes na constituição de um corpo orgânico, proposições que se colocam no início de uma dedução, e são deduzidos de outras dentro do sistema.
Nas ciências sociais os princípios se colocam como axioma, premissas universais e verdadeiras, assim admitidas sem necessidade de demonstração, ultrapassando pois a condição se simples conceitos.
O atributo da universalidade permite concluir que os princípios não exigiram adjectivação, pois sempre por definição se referem a ciência da contabilidade em seu todo. Dessa forma, o qualificativo ‘fundamental’ visa, tão – somente, a enfatizar sua magna condição. Esta igualdade elimina a possibilidade de existência de princípios identificados, em seus enunciados, com técnicas ou procedimentos específicos. Assim não pode existir princípios relativos ao registo, as demonstrações ou a terminologia contáveis, mas somente ao objecto desta, o património. 
Os princípios na condição de verdades primeiras de uma ciência, jamais serão directivas de natureza operacional, característica essencial das normas – expressões de direito positivo que a partir dos princípios estabelecem ordenamentos sobre o ‘como fazer’, isto é, técnica, procedimento, método, critérios, etc., tanto nos aspectossubstantivos quanto nos formais. Dessa maneira, alcança-se um todo organicamente integrado, em que com base nas verdades gerais, se chega ao detalhe aplicado, mantidas harmonia e coerência do conjunto.
Os princípios simplesmente são e portanto precisem as normas, fundamentando e justificando a acção enquanto aquelas a dirigem da prática. 
Os princípios reflectem o estágio em que se encontra a ciência da contabilidade, isto é, a essência dos conhecimentos, doutrinas e teorias que contam com o rescaldo da maioria dos estudiosos da contabilidade. É evidente que, em muitos aspectos não há como se falar em unanimidade de entendimento, mas até em desacordo sobre muitos temas teóricos – doutrinários. Temos uma única ciência, mas diversas doutrinas. Entretanto, cumpre ressaltar que tal situação também ocorre nas demais ciências sociais e, muitas vezes, até mesmo nas ciências ditas exactas.
Em termos de conteúdos, os princípios dizem respeito a caracterização da entidade e do património, a avaliação dos componentes desde e ao conhecimento das mutações e dos seus efeitos diante do património líquido. Como os princípios alcançam o património em sua globalidade, sua observância nos procedimentos aplicados resultará automaticamente em informações de utilidade para decisões sobre situações concretas. Esta é a razão pela qual os objectivos plasmáticos da contabilidade são caracterizados pela palavra informação.
4.1. PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Conforme menciona o Artigo 4º da Resolução 750/93, o Princípio da ENTIDADE, visa reconhecer o Patrimônio como objecto maior da Contabilidade consolidando a autonomia patrimonial, a necessidade de estabelecer a devida diferença entre o Patrimônio particular no universo dos demais patrimônios existentes independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
O património pertence a entidade mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contável de patrimónios autónomos não resultam em nova entidade, mas numa unidade de natureza económico – contável. 
Para Iudícibus (2004, p. 56), Entidade é um postulado o qual considera que as transações económicas são levadas a termo por entidades e a Contabilidade é mantida comodistinta das entidades dos sócios que a compõem.
4.1.2. Autonomia Patrimonial
O cerne do princípio da entidade está na autonomia do património a ela pertencente. O princípio em exame afirma que o património deve revestir-se do atributo de autonomia em relação a todos os outros patrimónios existentes, pertencendo a uma entidade, no sentido de sujeito susceptível a aquisição de direitos e obrigações. A autonomia tem por corolário o facto de que o património de uma entidade jamais pode confundir-se com aqueles que seus sócios ou proprietários. Por consequência a entidade poderá ser desde uma pessoa física ou qualquer tipo de sociedade, instituição ou mesmo conjunto de pessoas, tais como:
Famílias;
Empresas;
Governos, nas diferentes esferas do poder;
Sociedades beneficentes, religiosas, culturais, desportivas, de laser, técnicas;
Sociedades cooperativas;
Fundos de investimentos e outras modalidades afins. 
No caso de sociedades, não importa que sejam sociedades de factos ou que estejam revestidas de forma jurídica, embora que esta última circunstância seja a mais usual. 
O património em sua condição de objecto da contabilidade é no mínimo aquele juridicamente formalizado como pertencente a entidade com ajustes quantitativos e qualitativos realizados em consonância com os princípios da própria contabilidade. A garantia jurídica de propriedade, embora as vezes suscitem interrogações de pare daqueles que não situam a autonomia patrimonial no cerne do princípio da entidade, é indissociável desse princípio, pois é a única forma de caracterização do direito ao exercício de poder sobre o mesmo património, válida perante terceiros.
Cumpre ressaltar que sem autonomia patrimonial fundada na propriedade, os demais patrimónios fundamentais perdem os seus sentidos, pois passariam a referir-se a um universo de limites imprecisos.
A autonomia patrimonial apresenta sentidos unívocos. Como consequência, o património pode ser decomposto em partes segundo os mais variados critérios, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Mas nenhuma classificação, mesmo que dirigida sob ética sectorial, resultará em novas entidades. Parece, pois de sentido a ideia de que as divisões ou departamentos de uma entidade possa constituir novas entidades, ou ‘microentidades’, precisamente porque lhes faltará o atributo da autonomia. A única circunstância em que poderá surgir nova entidade será aquela em que a propriedade de pare do património de uma entidade for transferida para uma outra unidade, eventualmente até criada naquele momento. 
Mas no caso teremos novo património autónomo pertencente a outra entidade. Na contabilidade aplicada, especialmente nas áreas de custo e de orçamento, trabalha-se muitas vezes, com controlos divisionais, que podem ser extraordinariamente úteis, porem não significa a criação de novas entidades precisamente pela ausência de autonomia patrimonial. 
4.1.3. Da Soma ou da Agregação de Patrimónios
O princípio da entidade apresenta corolários de notável importância nomeadamente pelas suas repercussões de natureza prática: as somas e agregações de patrimónios de diferentes entidades não resultam em nova entidade. Tal facto assume especial relevo por abrangir as demonstrações contáveis consolidadas e entidades pertencentes a um mesmo grupo económico, isto é, de um conjunto de entidades sob controlo único.
A razão básica é a de que as entidades cujas demonstrações contáveis são consolidadas mantêm suas economias patrimoniais, pois seus patrimónios permanecem de sua propriedade. Como não há transferência de propriedade, não pode haver formação de novo património, condição primeira da existência jurídica de uma entidade.
O segundo ponto a ser considerado é o de que a consolidação se refere as demonstrações contáveis mantendo-se a observância dos princípios fundamentais de contabilidade no âmbito das entidades consolidadas, resultando em uma unidade de natureza económico contável, em que os qualificativos ressaltam os dos aspectos de maior relevo: o atributo de controlo económico e a fundação contável de sua estruturação. 
As demonstrações contáveis consolidadas apresentando a posição patrimonial e financeira, resultado das operações, as origens e aplicações de recursos ou os fluxos financeiros de um conjunto de entidades sob controlo único são pelas demonstrações contáveis consolidadas apresentando a posição patrimonial e financeira, resultado das operações, as origens e aplicações de recursos ou os fluxos financeiros de um conjunto de entidades sob controlo único são peças contáveis de grande valor informativo para determinados usuários, embora isso não elimine o facto de que outras informações possam ser obtidas nas demonstrações que foram consolidadas.
5. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
De acordo com Reis ( 2004, p. 157), o fundamento deste princípio baseia-se na idéia de que, para a Contabilidade, as entidades jurídicas, têm vida ilimitada, até que fato qualquer venha provocar a sua descontinuidade.
Conforme dispõe o Artigo 5º da Resolução 750/93 do CFC, a CONTINUIDADE ou não da Entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser considerada quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor de vencimento dos passivos, especialmente quando a cessação das atividades da Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
Este princípio é denominado pelo IBRACON como sendo “O Postulado da Continuidade das Entidades”, sobre o qual faz o seguinte enunciado: “Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá viver (operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que surjam fortes evidênciasem contrário . . .”.
Observa-se que o IBRACON apresenta uma conotação mais operacional para a Continuidade, quando diz: O Postulado da Continuidade tem outro sentido mais profundo que é o de encarar a entidade como algo capaz de produzir riqueza e gerar valor continuadamente sem interrupções. Na verdade, o exercício financeiro anual ou semestral é uma ficção determinada pela necessidade de se tomar o pulso do empreendimento de tempos em tempos. 
Mas as operações produtivas da entidade têm uma continuidade fluidificante: do processo de financiamento ao de estocagem de fatores de produção, passando pelo uso desse no processo produtivo, até a venda que irá financiar novo ciclo e assim por diante.
Segundo Iudícibus (2004, p. 53) a CONTINUIDADE é outro postulado ambiental daContabilidade e enuncia:
“As entidades, para efeito de contabilidade, para efeito de contabilidade, são consideradas como empreendimentos em andamento (going concern), até circunstância esclarecedora em contrário, e seus ativos devem ser avaliados de acordo com a potencialidade que têm de gerar benefícios futuros para a empresa, na continuidade de suas operações, e não pelo valor que poderíamos obter se fossem vendidos como então... (no estado em que se encontram)’’.
5.1. Aspectos Conceituais
O princípio da continuidade afirma que o património da entidade, em sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que provavelmente se desenvolverão as operações da entidade. A suspensão de suas actividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados activos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes. 
As modificações no estado de coisas citado podem ocorrer por diversas causas, entre as quais ressaltam as seguintes: 
Modificações na conjuntura económico que provoquem alterações na amplitude do mercado em que actua a entidade. Exemplo neste sentido e a queda de poder aquisitivo da população, que provoca redução no consumo de bens, o que, a sua vez resulta na redução do grau de ocupação de muitas entidades;
Mudanças de política governamental, como por exemplo, na área cambial, influenciando directamente o volume das exportações de determinados ramos económicos, com efeito directos nos níveis de produção de determinadas entidades; 
Problemas internos das próprias entidades, consubstanciado em envelhecimentos tecnológicos de seus processos ou produtos, superação mercadólogica deste, exigência de protecção ambiental, falta de liquidez, incapacidade administrativa, dimensões entre os controladores da entidade e outras causas quaisquer que levam a entidade a perder suas condições de competitividade, sendo gradativamente alijada do mercado; 
Causas naturais ou fortuitas que afectem a manutenção da entidade no mercado, tais como inundações, incêndios, ausência, de materiais primários por quebras de safras.
 A situação-limite na aplicação do princípio da continuidade e aquela em que há a completa cessação das actividades da entidade. Nessa situação, determinados activos, como por exemplo, os valores diferidos, deixarão de ostentar tal condição passando a condição de despesas, em face da impossibilidade de sua recuperação mediante as actividades operacionais usualmente dirigidas a geração de receitas. Mas até mesmo activos matérias, como stocks, ferramentas ou máquinas, podem ter seu valor modificado substancialmente. As causas da limitação da vida da entidade não influenciam o conceito da continuidade; entretanto, como constituem informação de interesse para muitos usuários, quase sempre são de divulgação obrigatório, segundo norma específica. No caso de provável cessação da vida da entidade, também o passivo e afectado, pois além do registo das exigibilidades, com fundamentação jurídica também devem ser contemplados os prováveis desembolsos futuros, advindos da extinção em si. 
Na condição de princípio, em que avulta o atributo da universalidade, a continuidade aplica-se não somente a situação de cessação integral das actividades da entidade, classificada como situação-limite mas também aqueles casos em que há modificação no volume operações, de forma afectar o valor de alguns componentes patrimoniais, obrigando ao ajuste destes, de maneira a ficarem registados por valores líquidos de realização. 
O princípio da continuidade a semelhança da prudência, está intimamente ligado com o da competência, como já vimos, diz respeitos directamente ao valor económico dos bens em despesa. Mas a continuidade também alcança reapresentação quantitativa e qualitativa do património de outras maneiras, especialmente quando há previsão de encerramento das actividades da entidade, com o vencimento antecipado ou surgimento de exigibilidade. Nesta ultima circunstância, sua ligação será com o princípio da oportunidade. 
O princípio da continuidade considera-se que a empresa opera continuadamente, com duração limitada. Desta forma, entende-se que a empresa não tem intenção nem necessidade de entrar em liquidação ou de reduzir significativamente o volume das suas operações.
6. PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
onforme enunciado no Artigo 6º da Resolução 750/93 do CFC, o Princípio da Oportunidade diz respeito à tempestividade, ao mesmo tempo que à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que esse registro seja feito de imediato e com aextensão correta, qualquer que sejam as causas que os originaram.
O princípio da oportunidade refere-se simultaneamente a tempestividade e a integridade do registo do património e das suas mutações determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correcta independentemente das causas que a originaram.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contável pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 
Como resultado do princípio da oportunidade: 
Desde que tecnicamente estimável, o registo das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável a cerca de sua ocorrência;
O registo compreende os elementos quantitativos e qualitativos contemplando os aspectos físicos e monetários;
O registo deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no património da entidade em um período de tempo determinado base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
6.1. Aspectos Conceituais
O Princípio da Oportunidade exige a apreensão, o registo e o relato de todas variações sofridas pelo património de uma entidade, no momento em que elas ocorrem. Cumprido tal preceito chega-se ao acervo máximo de dados primários sob o património, fonte de todos os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou seja o princípio da oportunidade é a base indispensável a fidedignidade das informações sobre o património da entidade, relativa a determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos. É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam ‘representação fiel’ pela informação, ou seja que esta espelhe com precisão e objectividade as transacções e eventos a que concerne. Tal atributo é outrossim exigível em qualquer circunstância, a começar sempre nos registos contáveis, embora as normas tendam e enfatizá-lo nas demonstrações contáveis.
O princípio da oportunidade deve ser observado como já foi dito sempre que haja variação patrimonial, cujas origens principais são, de forma geral, as seguintes:
Transacções realizadas com outras entidades, formalidades mediante acordo de vontades, independentemente da forma ou documentação de suporte como compram ou venda de bens e serviço;
Eventos de origem externa, de ocorrência alheia a vontade da administração mas com efeito sobre o património, como modificações nas taxas de câmbio, quebras de clientes, efeitos de catástrofes naturais, etc;
Movimento interno que modifica predominantemente a estrutura qualitativa como a transformaçãode materiais produtos sem fabricados ou destes em produtos prontos, mas também a estrutura quantitativo e qualitativo, como no saqueamento de bens insensíveis. 
O princípio da oportunidade abarca dois aspectos distintos, mas complementares: a integridade e expressividade, razão pela qual muitos autores preferem denomina-lo de principio da universalidade.
O princípio da oportunidade tem sido confundido algumas vezes com o da competência, embora os dois apresentem conteúdos manifestantemente diversos. Na oportunidade, o objectivo está na complexa da apreensão das variações do seu oportuno reconhecimento, enquanto na competência, o fulcro está na qualificação das variações diante do património líquido, isso é, na decisão sobre se esta o altera ou não. 
Em síntese, no primeiro caso, temos o conhecimento da avariarão, e, na competência, a determinação de sua natureza.
6.1.2. Integridades das Variações
A integridade diz respeito a necessidade de as variações serem reconhecidas em sua totalidade, isto è, sem qualquer falta ou excesso. Concerne, pois a completeza da apreensão, que não admite a exclusão de quaisquer variações monetariamente qualificável. Como as variações incluem elemento quantitativo e qualitativo, bem como os aspectos físicos pertinentes, e ainda que a variação è regida por princípios próprios, a integridade diz respeito fundamentalmente as variações em si. 
Tal fato não elimina a necessidade do reconhecimento desta, mesmo nos casos em que não há certeza definitiva da sua ocorrência, mas somente alto grau de possibilidade. Bons exemplos neste sentido fornecem as depreciações, pois a vida útil de um bem será sempre uma hipótese, mais ou menos fundada tecnicamente, porquanto dependente de diversos factores de ocorrência aleatória. 
Naturalmente, pressupõem-se que, na hipótese do uso de estimativas, estas tenham fundamentação estatística e económica suficiente. 
6.1.3. Tempestividade do Registo
A tempestividade obriga a que as variações sejam registadas no momento em que ocorrerem, mesmo na hipótese de alguma incerteza, sem o registo no momento da ocorrência, ficarão incompletos os registos sobre o património até aquele momento e, em decorrência insuficientes quaisquer demonstrações ou relatos, falseadas as conclusões, diagnósticos e prognóstico. 
7. PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Menciona o Artigo 7º da Resolução 750/93 que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valorpresente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da Entidade.
Segundo o entendimento de Iudícibus (2004, p. 113), o Princípio do Registro pelo Valor Original ordena que os componentes do patrimônio tenham seu registro inicial efetuado pelos valores ocorridos na data das transações havidas com o mundo exterior à entidade, estabelecendo, pois, a viga-mestra da avaliação patrimonial: a determinação do valor monetário de um componente do patrimônio.
Quando a art. 7º da Resolução 750/93 menciona: “. . . expressos a valor presente na moeda do País”, fica implícita a necessidade de homogeneização quantitativa do registro do patrimônio e das suas mutações, com vista a facilitar a comparabilidade e agrupamento de valores. Esta particularidade da lei visa assegurar que os registros dos fatos contábeis sejam realizados somente na moeda vigente no país.
Iudícibus (2000) considera que este princípio seja uma seqüência natural do postulado da continuidade. Afirma o autor que os ativos são incorporados pelo preço pago para adquirilos ou fabricá-los, mais todos os gastos incluindo-se todos aqueles necessários para colocá-los em condições de gerar benefícios para a empresa.
Por tudo isso, pode-se então afirmar que este princípio fundamenta-se no registro das transações da entidade na data e pelo valor da sua realização. Fica então implícito que os ativos serão registrados pelo valor de aquisição, de construção ou de fabricação, conforme o caso, e os passivos pelos valores correspondentes nos documentos ou títulos que comprovem a dívida.
Do princípio do registo pelo valor original resulta:
A avaliação dos componentes patrimoniais considerando-se como tais os resultados do consenso com os gerentes externos ou da imposição destes;
Uma vez integrado no património, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterado seus valores intrínsecos, admitindo-se tão-somente, sua decomposição em elementos ou sua agregação, parcial ou integral, e outros elementos patrimoniais;
O valor original será mantido enquanto o componente permanecer como par do património, inclusive quando da saída deste;
Os princípios da actualização monetária e do registo pelo valor original são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas actualiza e mantém actualizado o valor de entrada; 
O uso da moeda do país na redução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo dos mesmos.
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
Custo histórico. Os activos são registados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao património, os componentes patrimoniais, activos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes factores:
Custo corrente. Os activos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses activos ou activos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contáveis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contáveis; 
Valor realizável. Os activos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
Valor presente. Os activos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;
Valor justo. É o valor pelo qual um activo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transacção sem favorecimentos; e 
Actualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registos contáveis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
São resultantes da adopção da actualização monetária:
A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
Para que a avaliação do património possa manter os valores das transacções originais, é necessário actualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente correctos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Património Líquido; e
A actualização monetária não representa nova avaliação, mas tão-somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadoresou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.
7.1. Elementos Essenciais do Princípio
O princípio do registo pelo valor original ordena que os componentes do património tenham seu registo inicial efectuado pelos valores ocorridos na data das transacções havidas com o mundo exterior a entidade, estabelecendo pois viga-mestra da avaliação patrimonial: a determinação do valor monetário de um componente do património.
Ao adoptar a ideia de que a avaliação deve ser realizada com fundamento no valor de entrada, o princípio consagra o uso dos valores monetários decorrentes do consenso entre os agentes económicos externos e a entidade – contabilmente, outras entidades ou da imposição destes. Não imporá, pois se o preço resultou de livre negociação em condições de razoável igualdade entre as partes, ou de imposição de uma delas em vista de sua posição de superioridade.
 Generalizando o nível dos preços pode derivar de quaisquer das situações estudadas na análise microeconómica.
Pressupõe-se que o valor de roca, aquele decorrente da transacção, configure o valor económico dos activos no momento de sua ocorrência. Naturalmente, se com o passar do tempo, houver a modificação do valor em causa, seja por que razão for, os ajustes serão realizados, mas ao abrigo do princípio da competência.
 Os ajustes somente serão para menos, em razão a essência do próprio princípio.
A rigorosa observância do princípio é do mais alto interesse da sociedade como um todo e, especificamente do mercado de capitais por resultar na unificação da metodologia da avaliação, factor essencial na comparabilidade dos dados, relatos e demonstrações contáveis e, consequentemente na qualidade da informação gerada, impossibilitando critérios alternativos de avaliação.
No caso de doações recebidas pela entidade, também existe a transacção com o mundo exterior e, mais ainda com efeito quantitativo e qualitativo sobre o património.
Como a doação resulta em inegável aumento do património líquido, cabe o registo pelo valor efectivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor de mercado. Mantém-se, no caso intocado o princípio em exame, com a única diferença em relação as situações usuais: uma das partes envolvidas – caso daquela representativa do mundo externo – abre mão da contraprestação, que se transfere em aumento do património líquido da entidade recebedora da doação.
 Acessoriamente, pode-se lembrar que o facto de o activo ter-se originado de doação não repercute em sua capacidade futura de contribuir a realização dos objectos da entidade.
7.1.2. Expressão em Moeda Nacional
A expressão do valor dos componentes patrimoniais em moeda nacional decorre da necessidade de homogeneização quantitativa do registo do património e de suas mutações, a fim de se obter a necessária comparabilidade e se possibilitar agrupamentos de valores. Ademais, este aspecto particular, no âmbito do património do registo pelo valor original, visa afirmar a prevalência da moeda do país e, consequentemente, o registo somente nela. O corolário é o de quaisquer transacções em moeda estrangeira devem ser transformadas em moeda nacional no momento do seu registo.
7.1.3. Manutenção dos Valores Originais nas Variações Internas
O princípio em análise, como não poderia ser diferente, em ermos lógicos mantém-se plenamente nas avaliações patrimoniais que ocorrem no inferior da entidade, quando acontece a agregação ou decomposição de valores. 
Os agregados de valores – cuja expressão usual são os stocks de produtos semifabricados e prontos, os serviços em andamentos ou terminados, as culturas em formação, etc., representam quantitativamente, o somatório de inúmeras variações patrimoniais qualitativas, formando conjuntos de valores constituídos com bases em valores atinentes a insumos de materiais, depreciações, mão-de-obra, cargos sociais, energia, serviços de terceiros, tributos, e outras classes de insumos que, em verdade, configuram a consumpção de sócios, como stocks, equipamentos ou, directamente, recursos pecuniários. 
Os agregados são, pois, activos resultantes da transformação de ouros activos, e em alguns casos, deixam ligo tal condição, como aqueles referentes e funções como as de administração geral, comercialização no país, exportação e outras.
A formação dos agregados, implica o uso de decomposições, como acontece no caso das depreciações geradas por uma máquina em particular: a transacção com o mundo exterior resultou na activação na máquina, mas a consumpção desta dar-se-á gradativamente, ao longo do tempo, mediante as depreciações. Todavia, estas, mesmo quando relativas a um espaço curto de tempo – um mês, por hipótese, normalmente são alocadas em diversos componentes do património como por exemplo, aos diferentes produtos em elaboração.
Os factos mencionados comprovam a importância do princípio em exame na contabilidade aplicada a área de custos, por constituir-se na directiva principal de avaliação das variações que ocorrem no ciclo operacional interno das entidades, em que não existe a criação de valores, mas a simples redistribuição daqueles originais.
Finalmente, cabe ressaltar que os valores originais devem ser ajustados, segundo sua perda de valor económico. Mesmo tal ajuste porém não implica, em essência, modificação do valor original.
8. PRINCÍPIO DA ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Em seu artigo 8º, a Resolução 750/93 diz o seguinte: “Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais”. 
O entendimento de Sá (1999, p. 142) é de que esse princípio parte do conceito de que a moeda é instável e que os valores, nela sendo expressos, devem reajustar-se a uma
atualidade que possa sempre traduzir maior expressividade ou proximidades máximas de realidades.
Hendriksen e van Breda (1999) apud Moura (2003, p. 56), destaca a relevância dada por esses ao se reportarem à importância e à limitação da unidade monetária como medida de valor, utilizada nas demonstrações contábeis, quando mencionam:
‟Em muitos casos a unidade monetária é a unidade de medida, principalmente quando a agregação de valor é necessária ou desejável. Entretanto, a unidade monetária possui suas limitações como método de comunicação da informação, sendo a mais séria o fato do valor da unidade monetária não permanecer estável com o passar do tempo. A limitação causada pela instabilidade da unidade de medida requer certas modificações no uso de preços de troca de períodos diferentes, expressos em termos monetários”.
São resultantes da adopção do princípio da actualização monetária:
A moeda embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidades constantes em termo de poder aquisitivo;
Para a avaliação do património possa manter os valores das transacções originais é necessário actualizar sua expressão formal em moeda nacional a fim de que permaneçam substantivamente correctos os valores dos componentes patrimoniais e por consequência o do património líquido;
A anualização monetária não representa nova avaliação mas tão-somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante aplicação de indexadores, ou outros elementos após a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.
8.1. Aspectos Conceituais
O princípio da actualização monetária existe em função do facto de que a moeda embora universalmente aceita como medida de valor – não representa unidades constantes de poder aquisitivo. Por consequência, sua expressão formal deve ser ajustada, a fim de que permaneçam substancialmente correctos – isto é, segundo as transacções originais – os componentes patrimoniais e, via de decorrência, o património líquido. Como se observa, o princípio em causa constitui seguimentos lógicos daquele do registo pelo valor original, pois preceitua o ajuste formal dos valores fixados segundo este, buscando a manutençãoda substância original, sem que isso aplique qualquer modalidade de reavaliação.
Em diversas oportunidades no passado o princípio foi denominado “correcção monetária”, expressão inadequada, pois ele não estabelece correcção de valor, mas apenas actualiza o que, em tese não deveria ter variado: o poder aquisitivo da moeda.
Esta é a razão pela qual o principio, quando aplicado a prática, manifesta-se por meio de índice que expressa a modificação da capacidade geral de compra da moeda, e não da avaliação particular do preço de determinado bem. 
O princípio diz respeito, dada sua condição da universalidade a todos os componentes patrimoniais e suas mutações, e não somente as demonstrações contáveis, que representam apenas uma das modalidades de expressão concreta da contabilidade, aplicada a uma entidade em particular. Mas como as demonstrações contáveis são, em geral a forma mais usual de comunicação entre entidade e o usuário, as normas contáveis alicerçadas no princípio em exame contém sempre ordenamentos sobre como deve ser realizado o ajuste, o indexador utilizado e a periodicidade de aplicação.
8.1.2. Dos Indexadores da Actualização
A actualização monetária deve ser realizada mediante o emprego de meios – indexadores, moedas referenciais reais ou não – que reflictam a variação apontada por índice geral de preço da economia. A utilização de um único parâmetro de carácter geral e de forma uniforme por todas entidades é indispensável a fim de que sejam possíveis comparações validas entre elas.
O uso de indexador único, embora indispensável, não resolve inteiramente o problema da actualização monetária, pois não alcança a questão da fidedignidade de que se reveste o dito indexador, na expressão do poder aquisitivo da moeda. Todavia no caso não se trata de questão atinente aos princípios contáveis, mas de problema pertencente a ciência económica, no campo teórico – doutrinário, e a política, em termos aplicados.
9. PRINCÍPIOS DA COMPETÊNCIA
Este princípio é tratado no Artigo 9º da Resolução 750 do CFC, sobre o qual diz: “As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
O Princípio da Competência determina quando as alterações no
ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição do patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade. O reconhecimento simultâneo das receitas e das despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração”.
Comentando este Princípio, Reis (2004) cita que as receitas das entidades governamentais provêm de várias fontes, ou seja, de atividades próprias, de várias naturezas, e de mandamentos legais, tais como os tributos de várias espécies, atividades de natureza econômica, prestação de serviços, fruição do patrimônio e transferências constitucionais, conveniadas e voluntárias.
O princípio da competência determina quando as alterações no activo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no património líquido, estabelecendo directrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do princípio da oportunidade. 
O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
As receitas consideram-se realizadas:
Nas transa com terceiros, quando estes efectuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efectivá-lo, quer pela fruição de serviços por esta prestados;
Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um activo de valor igual ou maior; 
Pela geração natural de novos activos independentemente da intervenção de terceiros;
No recebimento efectivo de doações e subvenções. 
Consideram-se incorridas as despesas: 
Quando deixar de existir o correspondente valor activo, por transferência de sua propriedade para técnico; 
Pela diminuição ou extinção do valor económico de um activo; 
Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente activo. 
9.1. Variação Patrimonial e o Princípio da Competência
A compreensão do cerne do princípio da competência, este directamente ligado entendimento das variações patrimoniais e sua natureza. Nestas encontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificaram a qualidade ou a natureza dos componentes patronais, sem repercutiram no montante do património líquido, e a das que o modificam. 
As primeiras são denominadas de " qualitativa" ou "permutativas" enquanto as segundas são chamadas de " quantitativas" ou " modificativas". Cumpre salientar que estas últimas sempre implicam a existência de alterações qualitativas no património, a fim de que permaneça inalterado o equilíbrio patrimonial. A competência é o princípio que estabelece quando determinado componente deixa de integrar o património, para transformar-se em elemento modificador do património líquido. Da confrontação entre o valor final do aumento do património líquido. 
Usualmente denominados "receitas" - e das suas diminuições normalmente chamadas de "despesas" - emerge conceito de "resultado do período" positivo, se as receitas forem maiores do que as despesas; ou negativo, quando ocorrer o contrário. Observa-se que o princípio da competência não esta relacionado com recebimentos ou pagamentos, mesmo com desvinculação temporal receitas e despesas, respectivamente do recebimento e do desembolso, a longo prazo ocorre a equalização entre os valores resultado contável e o fluxo de caixa derivado das receitas e despesas, em razão dos princípios referentes avaliação dos componente patrimoniais. 
O princípio da competência é aplicado a situações concretas altamente variadas, pois são muito diferenciadas as transacções que ocorrem nas entidades, em função dos objectivos destas. Por esta razão é a competência o princípio que tende a suscitando, sublinhar que tal fato não resulta em posição de supremacia hierárquica em relação aos demais princípios, pois o status de todos é o mesmo, precisamente pela sua condição científica. 
9.1.2. Alguns Comentários sobre as Despesas
As despesas, na maioria das vezes representam consumo de activo, que tanto podem ter sido pagos em períodos passados no próprio, ou ainda virem a ser pagas no futuro. De outra parte, não é necessário que o desaparecimento do activo seja integral, pois muitas vezes a consumação é somente parcial, como no caso das depreciações ou nas perdas de parte do valor de um componente patrimonial do activo, por aplicação do princípio da prudência à prática de que nenhum activo pode permanecer avaliado por valor superior ao de sua recuperação por alienação ou utilização nas operações em carácter corrente. Mas a despesa também pode decorrer do surgimento de uma exigibilidade sem a concomitante geração de um bem ou de um direito, como acontece, por exemplo, nos juros moratórios e nas multas de qualquer natureza. 
Entre as despesas do tipo em referência localizam-se também as que se contrapõem a determinada receita, como é o caso dos custos directos com vendas, nos quais se incluem comissões, imposto e taxas e até royalties. A aplicação correcta da competência exige mesmo que se provisionem, com base em fundamentação enfática, certas despesas por ocorrer, mas indiscutivelmente ligadas a venda em análise, como as despesas futuras com garantias assumidas em relação a produtos.
Nos casos de entidade em período pré-operacional, em seu o ou em algum sector os custos incorridos são activados, para se transformarem posteriormente em despesas, quando da geração das receitas, mediante depreciação ouamortização, tal circunstância está igualmente presente em projectos de pesquisa e desenvolvimento de produtos muito frequentes nas indústrias químicas e farmacêuticas, bem como naqueles que empregam alta tecnologia – quando a amortização dos custos activados é feita segundo a vida mercadólogica estimada dos produtos ligados as citadas pesquisas e projectos.
9.1.3. Alguns Detalhes sobre a Receita e seu Reconhecimento
A receita é considerada realizada no momento em que há venda de bens e direitos da entidade – entendida a palavra bem em sentido amplo, incluindo toda sorte de mercadorias, produtos, serviços, inclusive equipamento e imóveis – com a transferência de sua propriedade para terceiros, efectuando este o pagamento em dinheiro ou assumindo compromisso firme de fazê-lo no prazo qualquer. 
Normalmente a transacção é formalizada mediante a emissão de notas fiscais ou documentos equivalentes em se consta a quantificação e a formalização de venda, pressupostamente o valor da mercadoria da coisa ou do serviço. 
Embora esta seja a forma mais usual de geração de receitas, também há uma segunda possibilidade materializa na extensão parcial ou total de uma exigibilidade, como no caso do perdão de multa fiscal da amnistia total ou parcial de uma divida, da eliminação de passivo pelo desaparecimento de credor, pelo ganho de caso em acção em que se discutia uma dívida ou o seu montante, já devidamente provisionado, ou outras circunstâncias semelhantes.
Firmemente, há ainda uma terceira possibilidade: a de geração de novos activos sem a interveniência de terceiros, como ocorre correntemente no sector pecuário quando dos nascimentos de novos animais.
A última possibilidade está também representada pela geração de receias por doações recebidas, já comentadas anteriormente.
Mas as diversas receitas representam a negativa do conhecimento da formação destas por valorização dos activos porque em sua essência, o conceito de receita está indissoluvelmente ligado a existência de transacção com terceiros, excepção feita a situação referida no qual ela existe mas de forma indirecta. 
Ademais aceita-se por exemplo a valorização de stocks significaria o reconhecimento de aumento do património líquido, quando se quer a certeza de que venha a realizar-se e, mais ainda, por valor de reavaliação, configurando-se manifesta afronta ao princípio de prudência.
As valorizações internas variassem em seu bojo sempre que um convier a especulação e consequentemente ao desrespeito a esse princípio.
10. PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Objeto do Artigo 10 da Resolução 750/93 do CFC, “o Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a qantificação das mutações patrimoniais que alteram o patrimônio líquido.
Iudícibus (2004) destaca que a aplicação do Princípio da Prudência – de forma a obterse o menor Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais posteriores às transações originais como mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes. Esta é a razão pela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorrerá concomitantemente com a do Princípio da Competência, conforme assinalado no §2º, quando resultará, sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é, redutora do Patrimônio Líquido.
O princípio da prudência pressupõe o emprego de certo grau precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que activos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. 
O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor património líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de contabilidade.
Observado o disposto no património da prudência somente se aplica as mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável a correcta aplicação do princípio da contabilidade. 
 Aplicações do princípio da prudência ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável.
10.1. Aspectos Conceituais
A aplicação do princípio da prudência - de forma a obter-se o menor património líquido, dentre aqueles possíveis diante dos procedimentos alternativos de avaliação está restrita às variações patrimoniais posteriores às transacções originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com as agentes económicos externos ou da imposição deste. Esta é a razão pela qual a aplicação do princípio da prudência ocorrerá concomitantemente com a do princípio da competência, quando resultará, sempre, na variação patrimonial quantitativa negativa, isto é redutora do património líquido. 
A prudência deve ser observada quando, existindo um activo ou um passivo já escriturados por determinados valores segundo os princípios do registo pelo valor original e da actualização monetária, surge dúvida sobre ainda correcção deles. Havendo formas alternativas de se calcularam os novos valores deve-se optar sempre pelo que for menor do que o inicial, no caso de activos e maior, no caso de componentes patrimoniais integrantes do passivo. 
Naturalmente, é necessário que as alternativas mencionadas configurem, pelo menos a primeira vista, hipóteses igualmente razoáveis. A provisão para créditos de liquidação duvidosa constitui exemplo da aplicação do princípio da prudência, pois sua constituição determina o ajuste, para menos, de valor decorrente de transacções com o mundo exterior, das duplicatas ou de contas a receber. 
A escolha não está no reconhecimento ou não dá provisão, indispensável sempre que houver risco de não-recebimento de alguma parcela, mas no cálculo do seu montante.
Cabe observa que o atributo incerteza, com grande frequência, nas situações concretas que demandam a observância do património da prudência. 
Em procedimentos institucionalizados por exemplo em relação aos "métodos" de avaliação de stocks, o princípio da prudência raramente encontra aplicação. 
No reconhecimento de exigibilidade, o princípio da prudência envolve sempre o elemento incerteza em algum grau, pois havendo certeza, cabe simplesmente o reconhecimento delas segundo o princípio da oportunidade para melhor entendimento da aplicação do princípio da prudência cumpre lembrar que: 
Os custos activados devem ser considerados como despesa no período em que ficar caracterizada a impossibilidade de eles contribuírem para a realização dos objectivos operacionais da entidade. 
Todos os custos relacionados à venda inclusive aqueles de publicidade mesmo que instrucional devem ser classificados como despesa;
Os encargos financeiros decorrentes do financiamento de activos de longa maturação devem ser activados no período pré-operacional com amortização a partir do momento em que o activo entra em operação. 
CAPÍTULO V – CONCLUSÃO
Enfim, o que se pode dizer é que a contabilidade é governada por um conjunto de leis de formação, as chamadas de Princípios da contabilidade, que servem para deixarmos mais fácil a utilização da contabilidade no dia-a-dia.
As leis da Contabilidade representam as teorias da ciência da contabilidade facilitando a utilização da mesma, no seu objectivo que é estudar os bens e direitos de uma empresa.
Os 07 princípios fazem com que já de inicio se tenha uma visão bem ampla da contabilidade em si: O Principio da Entidade reconheceo património como o objecto da contabilidade;
O Principio da Continuidade são as diferenças, as situações pelas quais passam o património. A continuidade da contabilidade é um aspecto a ser observado cuidadosamente para que se tenha um controle da situação.
O Principio da Oportunidade esse se refere ao mesmo tempo, a um todo e um e a cada fase do património, determinando o que deve ser feito de imediato independente do que possa ocorrer.
O Principio do Registo è através dele que registarmos as transacções do património, para que possa se ter um controle desde o inicio do património dos valores originais.
O Principio da Actualização Monetária é o compatível com o valor original, sendo que o 1° apenas utiliza e mantém actualizado o valor de entrada, qualquer alteração que entra em acção com o Principio da Actualização Monetária, que ajusta os valores.
O Principio da Competência tem o objectivo de decidir quando as alterações patrimoniais vão aumentar ou diminuir o património líquido.
O Princípio da Prudência impacta de forma positiva na Contabilidade Governamental, à medida que oferece instrumentos para proporcionar uma melhor evidenciação dos demonstrativos contábeis, como no provisionamento de um valor para equacionar a questão da apresentação da dívida ativa no balanço, na criação de uma reserva de contingência para atender os riscos fiscais ou o passivo contingente, no debate sobre a constituição de um fundo especial para recomposição dos bens móveis e imóveis e desperta, nesse ramo da contabilidade, a necessidade de um planejamento visando evidenciar a incerteza que rodeia os demonstrativos. O Princípio da Prudência Reforça ainda as necessidades de apresentar informações que reflictam o património liquido, gera precauções por parte do contador, impõe escolha da hipótese de que resulte menos PL.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ARAÚJO, I.; ARRUDA, D. Contabilidade Pública: da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2004.	
BORGES, António et all, Elementos de Contabilidade Geral, 17ª Edição, São Paulo, Áreas Editora, Dezembro 2000. 
COLECÇÃO: FORMAÇÃO TÉCNICA E PROFISSIONAL, Contabilidade Geral I, Maputo, Alcance Editores, Outubro 2008.
Contabilidade Introdutória.  Equipe de professores da FEA da USP. Editora Atlas – 9ª edição.
HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. van Teoria da contabilidade. Tradução da 5 ed. americana. São Paulo: atlas, 1999.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade, 7ª edição, São Paulo: ed. Atlas, 2004
IUDÍCIBUS, Sérgio de / MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade. 3ª edição, São Paulo : ed. Atlas, 2002
SÁ, Antônio Lopes de. Princípios Fundamentais de Contabilidade. 3ª edição, São Paulo : ed. Atlas, 2000.
ANEXO:

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