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contabilidade social ie 2010 2

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Contabilidade Social
Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias
Aulas referentes ao 2º semestre 
de 2010
Capítulo 1: Introdução à Contabilidade 
Nacional
Curso de Contabilidade Social 
Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias
3
Objetivos da Contabilidade Social
A Contabilidade Social trata da mensuração 
da atividade econômica e social em seu 
múltiplos aspectos.
Assim, a Contabilidade Social apresenta os 
sistemas contábeis de estatísticas econômicas 
oficiais e seus instrumentos de análise. Com 
efeito, deve ser entendida como um sistema 
contábil que permite a avaliação da atividade 
econômica em um determinado período.
Curso de Contabilidade Social 
Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias
4
Macroeconomia X Contabilidade Social
O acompanhamento dos movimentos de 
medidas agregadas em macroeconomia é o 
campo de estudo da teoria macroeconômica. 
A preocupação com a mensuração dos 
agregados macroeconômicos é o objeto da 
Contabilidade Nacional. 
Curso de Contabilidade Social 
Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias
5
Origens keynesianas da Contabilidade 
Nacional
• Contabilidade Nacional se desenvolve a partir 
da obra de John Maynard Keynes – foco na 
macroeconomia.
• Na macroeconomia keynesiana economias 
monetárias não tendem ao pleno emprego.
• Comportamento do todo pode ser diferente do 
que é planejado pelos agentes econômicos.
• A teoria de Keynes define a determinação do 
nível de renda e produto no curto prazo como o 
objeto de estudo da Macroeconomia.
Curso de Contabilidade Social 
Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias
6
Demanda efetiva e demanda agregada
• Teoricamente, o produto gerado em uma 
economia em um período de tempo é
determinado pela demanda efetiva.
• A demanda efetiva é quanto os agentes 
econômicos estão dispostos a gastar em 
determinado período, é a renda esperada ou 
ex-ante.
• A demanda agregada é a que é medida pelas 
Contas Nacionais, é a renda ex-post.
• As transações econômicas mensuráveis em CN 
são registradas em valor monetário.
Curso de Contabilidade Social 
Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias
7
Dados do PIB do Brasil – 1990-2003
5,9 4,9 13 396,91 14 183,11 187 642 6,1 2 513 819 2 661 344 2007
6,1 2,7 12 029,29 12 769,08 185 564 4,0 2 232 206 2 369 484 2006
7,2 1,9 10 921,63 11 709,03 183 383 3,2 2 002 843 2 147 239 2005
8,0 4,3 9 922,69 10 720,25 181 106 5,7 1 797 054 1 941 498 2004
13,7 (-) 0,2 8 362,73 9 510,66 178 741 1,1 1 494 767 1 699 948 2003
10,6 1,2 7 582,07 8 382,24 176 304 2,7 1 336 748 1 477 822 2002
9,0 (-) 0,2 6 875,23 7 491,81 173 808 1,3 1 194 970 1 302 136 2001
6,2 2,8 6 485,64 6 886,28 171 280 4,3 1 110 861 1 179 482 2000
Preços do 
ano
anterior
Preços 
correntes
Preços do 
ano
anterior
Preços
correntes
Variaçã
o anual 
(%)
Variação
real 
anual 
(%)
R$Variaçã
o
real 
anual 
(%)
1 000 000 R$
DeflatorProduto Interno Bruto per capita
Preços
correntes
Produto Interno Bruto
Ano
população residente e deflator - 2000-2007
Tabela 5 - Produto Interno Bruto, Produto Interno Bruto per capita, 
Curso de Contabilidade Social 
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8
O fluxo circular da renda: setores
Numa abordagem simplificada, trabalha-se 
com dois setores institucionais na 
economia:
1) O setor famílias: que consome bens e 
serviços da economia e oferta mão-de-obra; 
2) As empresas (unidades produtoras): 
que produzem todos os bens e serviços da 
economia e empregam toda a mão-de-obra.
Curso de Contabilidade Social 
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9
Fluxo circular da renda: mercados e 
fluxos
• Mercado de bens e serviços: local onde 
é vendida a produção das firmas;
• Mercado de trabalho: oferta e demanda 
de mão-de-obra;
• Fluxo de trocas real: medem 
quantidades;
• Fluxo de trocas monetário: medem 
valores.
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10
O fluxo circular da renda
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11
Inclusão de mais dois mercados
• Mercado de fundos de capital ou 
mercado financeiro: as famílias 
canalizam recursos ao mercado financeiro 
e as empresas demandam recursos 
financeiros.
• Mercado de bens de investimento: 
mercado no qual as empresas demandam 
bens de capital (Y = C + I)
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12
Fluxo circular da renda ampliado
Curso de Contabilidade Social 
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13
Fluxos e estoques
Variáveis em Macroeconomia são de fluxo ou de 
estoque. 
∆K = Kt+1 - Kt = Ilt
Ilt = Ibt - Irt,
∆K - variação de estoque de um período (Kt ) a 
outro (Kt+1 ),
Ilt - fluxo de investimento líquido num período 
e
Ibt e Irt - fluxos de investimento bruto e de 
reposição (depreciação) num período, 
respectivamente.
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14
Abrangência das Contas Nacionais
• Quanto à forma institucional: empresas, 
trabalhadores autônomos, 
governo e instituições privadas sem fins 
lucrativos.
• Quanto à forma de distribuição da 
produção: mercantil e não mercantil.
• Quanto ao cumprimento de 
formalidades legais: formal e informal.
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15
Unidades institucionais
As unidades institucionais residentes na economia 
são:
• Empresas não-financeiras
• Empresas financeiras
• Administrações públicas (previdência social) 
• ISFL ao serviço das famílias
• Famílias
• Resto do mundo
Capítulo 2: Agregados Macroeconômicos 
e Identidades Contábeis
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17
Agregados macroeconômicos
• Agregados macroeconômicos são
construções estatísticas que sintetizam
aspectos relevantes da atividade
econômica em um período de tempo. O 
PIB é o principal desses agregados.
• São derivados de um sistema contábil, 
formalizado em um conjunto de 
identidades.
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18
Produto Interno Bruto (PIB)
• PIB de um país ou região: representa a produção de 
todas as unidades produtoras da economia, num dado 
período a preços de mercado. 
• Produção para as Contas Nacionais: toda produção 
de bens e serviços, mais a produção por conta própria e 
a produção de serviços pessoais e domésticos quando 
remunerados. 
• Produção são as transações econômicas com valor de 
mercado. A valoração em termos monetários permite 
que se agregue quantidades heterogêneas.
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19
O Valor Adicionado (VA)
Consiste em calcular o que cada ramo da 
atividade adicionou ao valor do produto 
final, em cada etapa do processo produtivo.
Com isso, evita-se a dupla contagem. 
Trata-se da diferença entre o Valor da 
Produção (VP) e do Consumo 
Intermediário (CI). Assim:
VA = VP - CI
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20
PIB e Valor Adicionado
Suponha a produção de uma firma no ano de 500 
unidades, vendidas ao preço unitário de R$ 2,00: 
• Valor da Produção (500XR$ 2,00) R$ 1 000,00
• Despesas Operacionais R$ 800,00
Pagamento de salários R$ 500,00
Custo de matérias-primas R$ 300,00
• Receita Líquida de Vendas R$ 200,00
Valor que a firma adiciona ao PIB
– Valor da Produção Menos Produção Intermediária: 
• (R$ 1000,00 – R$ 300,00) = R$ 700,00
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21
PIB per capita
• PIB per capita - referência importante como 
medida síntese de padrão de vida e de 
desenvolvimento econômico dos países.
•É obtido dividindo-se o PIB do ano pela 
população residente no mesmo período.
• Medida fortemente afetada pela distribuição de 
renda.
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22
PIB per capita: Brasil
Brasil: PIB, PIB per capita e População Residente
Taxa de Crescimento %
Ano PIB Pop. Resid. PIB per capita
1991 1,03 1,58 -0,54
1992 -0,54 1,53 -2,04
1993 4,92 1,50 3,37
1994 5,85 1,46 4,33
1995 4,22 1,43 2,75
1996 2,66 1,40 1,24
1997 3,27 1,38 1,87
1998 0,13 1,36 -1,21
1999 0,79 1,34 -0,54
2000 4,36 1,33 2,99
2001 1,42 1,32 0,10
2002 1,52 1,3 0,21
Fonte: IBGE
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23
Conceitos de Interno (PIB) e Nacional (PNB)
O PIB mede o total do valor adicionado 
produzido por firmas operando no Brasil, 
independente da origem do seu capital. 
O PNB (Produto Nacional Bruto) e o RNB 
(Renda Nacional Bruta) são agregados que 
consideram o valor adicionado gerado por 
fatores de produção de propriedade de 
residentes. Há fatores de produção (capital 
e trabalho) produzindo no país e fora deste. 
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24
Produto Nacional Bruto (PNB) e Renda 
Nacional Bruta (RNB)
Valor da Produção R$ 1 000,00
Despesas Operacionais R$ 800,00
Pagamento de Salários R$ 500,00
a brasileiros R$ 400,00
a argentinos R$ 100,00
Custo das Matérias Primas
(nacional e importada) R$ 300,00
Receita Líquida de Vendas R$ 200,00
paga a brasileiros R$ 100,00
paga a argentinos R$ 100,00
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25
Pagamentos e recebimentos de fatores
• Juros
• Lucros
• Dividendos
• Royalties
• Aluguéis
• Salários
• Se Recebimentos > Pagamentos, então tem-se 
uma Renda Líquida Recebida do exterior (RLR);
• Se Recebimentos < Pagamentos, então tem-se 
uma Renda Líquida Enviada ao exterior (RLE)
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26
PNB e RNB (conclusão do exemplo)
PIB = R$ 700,00
Pela ótica do Produto: PNB = 500 = (1 000 – 300) – 200 
Pela ótica da renda: RNB = 500 = 400 + 100 
PNB = PIB + RLR, 
RLR é a Renda Líquida Recebida do exterior, PNB>PIB.
PNB = PIB – RLE
RLE é a Renda Líquida Enviada ao Exterior, PIB>PNB. 
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27
Exemplo do Brasil
Brasil: Produto Interno e Nacional Bruto 1995 (1000R$)
Produto Interno Bruto 646 191 517
Menos rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo
10 153 742
Produto Nacional Bruto 636 037 775
Fonte:IBGE.
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28
Renda Nacional Bruta (RNB) e Renda 
Disponível Bruta (RDB)
• RNB engloba: rendas dos setores público e 
privado e as transferências de recursos entre o 
país e o resto do mundo. 
• Renda Disponível Bruta (RDB): considera o 
saldo das transferências correntes recebidas 
e enviadas ao exterior. 
RDB = RNB + Tr
Tr = Transferências correntes líquidas recebidas. 
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29
RNB e RDB: Brasil, 1995
(1.000R$)
Produto Interno Bruto 646 191 517
Menos rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo
10 153 742
Produto Nacional Bruto 636 037 775
Transferências unilaterais, líquidas, ao resto do mundo
(+) 3 324 649
Renda Disponível Bruta 639 362 424
Fonte: IBGE
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30
Renda Disponível Bruta: subdivisões
Pode-se subdividir a Renda Disponível em 
Renda Líquida do Governo (RLG) e Renda 
Privada Disponível (RPD). Assim:
RDB = RLG + RPD
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31
RLG e RPD
Renda Líquida do Governo (RLG):
Soma dos impostos diretos e indiretos arrecadados pelo governo e
outras receitas correntes
menos
As transferências e subsídios pagos pelo governo.
Renda Privada Disponível (RPD): 
– salários, 
– juros, lucros e aluguéis pagos a indivíduos,
– transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre renda 
e patrimônio e
– lucros retidos nas empresas e reserva para depreciação.
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32
Produto bruto X líquido
O produto líquido desconta a depreciação do 
capital utilizado no esforço de produção num 
determinado período. A depreciação é o desgaste 
ou o consumo dos bens de capital (máquinas, 
equipamentos, prédios, etc.). O conceito de líquido 
se aplica à ótica de mensuração do produto, pois 
a depreciação representa um custo de produção e 
não uma renda de fator. Trata-se de um fundo 
para as empresas reporem seu capital.
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33
Bruto e Líquido: exemplo
Valor da Produção R$ 1 000,00
Despesas Operacionais R$ 810,00
– Pagamento de Salários R$ 500,00
– Custo de Matérias-primas R$ 300,00
– Reserva para Depreciação R$ 10,00
Receita Líquida de Vendas R$ 190,00
PIB = R$ 700,00 
PIL - Produto Interno Líquido = R$ 690,00. 
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34
PIB a preços correntes e constantes
Para se acompanhar a evolução dos agregados 
ao longo do tempo é necessário isolar o quanto o 
crescimento ocorreu por força de variação de 
preço e quanto se deveu à variação de 
quantidade. Para tanto é preciso estudar a 
variável em dois períodos de tempo.
PIB corrente (PIB)= Produto medido aos preços 
médios do ano corrente (p x q do ano)
PIB a preços constantes (PIBRt) = Produto 
medido a preços constantes de um determinado 
ano.
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35
Brasil: PIB e deflator implícito
5,9 6,1 2 513 819 2 661 344 2007
6,1 4,0 2 232 206 2 369 484 2006
7,2 3,2 2 002 843 2 147 239 2005
8,0 5,7 1 797 054 1 941 498 2004
13,7 1,1 1 494 767 1 699 948 2003
10,6 2,7 1 336 748 1 477 822 2002
9,0 1,3 1 194 970 1 302 136 2001
6,2 4,3 1 11 861 1 179 482 2000
Preços do ano
anterior
Preços
correntes
Variação 
anual 
(%)
Variação
real anual 
(%)
1 000 000 R$
DeflatorProduto Interno Bruto
Ano
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36
Variação em volume






−=∆
−
1100
1t
t
t PIB
PIBRVOL
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37
Deflator implícito






−=∆ 1.100
t
t
t PIBR
PIB
DI
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38
Preços constantes e correntes
A evolução do PIB corrente entre dois anos consecutivos, 
exemplo, 2001 e 2002:
PIB (2001) X Variação de Volume entre 2002 e 2001 = 
PIB (2002 a preços de 2001)
EX: PIB (2002 a preços de 2001) = 1.200.060 X 1,01524 = 
1.218.348
PIB (2002 a preços de 2001) X Variação dos preços entre 
2002 e 2001 = PIB (2002)
EX: 1.218.348 X 1,08466 = 1.321.490
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39
Identidades contábeis
O produto bruto da economia pode ser 
obtido de três formas distintas: pela ótica do 
produto, da renda e da despesa. Assim:
PRODUTO = RENDA = DESPESA
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40
Produto Interno Bruto (PIB) – Óticas
Ótica do produto
PIB = Valor da Produção – Consumo Intermediário
Ótica da renda
PIB = soma das remunerações aos fatores de 
produção (salários, juros, lucros e aluguéis)
Ótica da despesa
PIB = Soma dos gastos finais na economia em 
bens e serviços nacionais e importados (consumo, 
investimento (FBCF + ∆E), e saldo comercial)
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41
PIB nas três óticas: exemplo
INSUMOS DEMANDA FINAL TOTAL
Atividades TOTAL ConsumoFormação deVariação de TOTAL Demanda
Agro Indust Serviços Insumos Pessoal Capital Fixo Estoque DF
Agricultura 5 10 10 25 40 5 10 55 80
Indústria 10 30 30 70 40 30 10 80 150
Serviços 0 40 60 100 60 10 0 70 170
Total Insumos 15 80 100 195 140 45 20 205 400
SALÁRIOS 15 25 35 75
Renda de Autônomos 15 0 0 15
LUCROS 35 45 35 115
Valor Adicionado 65 70 70 205
 Valor da Produção 80 150 170 400
Economia Fechada sem Governo
Atividades Econômicas
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42
Identidade Contábil
PIB = ÓTICA DA PRODUÇÃO: VALOR ADICIONADO
PRODUÇÃO (-) INSUMOS
400 - 195 = 205
PIB = ÓTICA DA RENDA
SALÁRIOS (+) Autônomos (+) LUCROS
75 + 15 + 115 = 205
PIB = ÓTICA DA DEMANDA FINAL
CONSUMO (+) FORMAÇÃO DE CAPITAL
140 + 45 + 20 = 205
ECONOMIA FECHADA
CÁLCULO DO PIB: IDENTIDADE CONTÁBIL
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43
PIB: níveis de valoração
• Mensuração a preço básico equivale a considerar 
os preços na porta da fábrica. 
• Adicionando a este nível de valoração os impostos 
líquidos de subsídios sobre produtos, tem-se a 
valoração a nível de preços de produtor. 
• Acrescentando as margens de comércio e 
transporte e os impostos sobre o valor adicionado 
chega-se ao preço de consumidor. Este é o nível 
de valoração do PIB sob a ótica do produto e da 
despesa. 
• O produto medido pela ótica da renda é a preços 
do consumidor.
Conclusão do capítulo 2
Exercícios
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45
Economia fechada sem governo
Yp =C+ Ip (1)
• Yp é o Produto ou Renda Privada,
• C são os gastos de Consumo das Famílias, 
• Ip são os gastos em Investimento Privado.
Yp = C + S (2)
• S é Poupança Privada
S = Yp – C
C + S = C + Ip
S = Ip (3)
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46
Economia fechada com governo
Yn = C + I + G (4)
Yn = C + S + RLG (5)
• Yn é Produto ou Renda Nacional 
• G são os Gastos Correntes do Governo, 
• I são os gastos em Investimento Privado e Público
• RLG é a Receita Líquida do Governo, como definida 
anteriormente (Id + Ii + ORC – Tr – sub)
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47
Poupança do governo
S + RLG = I + G (6)
Poupança do Governo Sg expressa como:
Sg = RLG – G , logo (6a)
S + Sg = I
Uma outra forma de escrever (6) é:
S = I + (G – RLG) (6b)
RLG<G - parte da poupança privada é destinada a cobrir 
despesas correntes das Administrações Públicas.
RLG>G - poupança pública se soma à poupança privada 
para financiar os investimentos.
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48
Economia aberta com governo
Y = C + I + G + Xnf - Mnf (7)
Y = C + S + RLG + RLE (8)
– Y é Produto ou Renda Interna
– Xnf- Mnf é o saldo das exportações de bens e serviços de não fatores 
– RLE é a renda líquida enviada ao exterior.
S + RLG + RLE = I + G + Xnf – Mnf (9)
(Mnf – Xnf) + RLE = (I - S) + (G – RLG) (10)
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49
Poupança externa e absorção doméstica
Sext = (Mnf – Xnf) + RLE = 
saldo do Balanço de Pagamentos em Transações 
Correntes (com sinal trocado).
• Absorção Doméstica é o somatório dos gastos 
com Consumo, Investimento e Gastos do 
Governo. 
Y = A + (Xnf – Mnf) (7a)
A = C+ I + G.
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50
Igualdade entre poupança e investimento
Demanda pelo Produto = C + I + G + (Xnf – Mnf)
Alocação da Renda = C + S + RLG + RLE
S + RLG + RLE = I + G + (Xnf –Mnf) 
Sr = S + (RLG – G)
Sr = I + (Xnf – Mnf) – RLE
(Mnf – Xnf ) + RLE = Sext,
Sr + Sext, = I
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51
Comparações internacionais
Forma direta: aplicar uma taxa de câmbio.
Problemas: 
– A) taxas de câmbio flutuam influenciando fortemente 
a medida do PIB. 
– B)a estrutura produtiva e de consumo variam 
significativamente entre as nações.
• A prática internacional tem sido a de se ajustar o PIB per 
capita a um índice de Paridade do Poder de Compra. 
• Este índice é construído para um conjunto comum de 
bens e serviços produzidos em cada economia 
ajustados a um preço padrão. 
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52
PPC
Paridade do poder de compra - Em 
economia, a Paridade do Poder de Compra 
(PPC), é um método alternativo à taxa de 
câmbio para se calcular o poder de compra 
de dois países. A PPC mede quanto é que 
uma determinada moeda pode comprar em 
termos internacionais (normalmente dólar), 
já que bens e serviços têm diferentes 
preços de um país para outro. 
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53
Ranking PPC - 2005
Capítulo 3: O Sistema de Contas 
Nacionais do Brasil
As Contas Econômicas Integradas e 
as Tabelas de Recursos e Usos
Uma comparação dos resultados das 
bases de 1985 e 2000
Fonte: Conac, IBGE, março de 
2007
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56
PIB: diferenças de valores e taxas de 
crescimento
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57
PIB corrente e PIB constante
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58
Comparação das bases do PIB
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59
Comparação das bases – principais 
agregados
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60
PIB pela ótica do produto
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61
PIB pela ótica da renda
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62
PIB pela ótica da despesa
O Sistema de Contas Nacionais do 
Brasil
Feijó et al. (2003) – Capítulo 3
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64
Uma visão geral das Contas Nacionais
• A Contabilidade Nacional oferece uma síntese 
da realidade econômica de um país em um 
determinado momento no tempo. 
• As Contas Nacionais (CN) oferecem as 
referências básicas de classificação de 
atividades e de setores institucionais, definições 
sobre a fronteira econômica e conceitos para 
definir e classificar unidades estatísticas e suas 
transações. 
• IBGE é a fonte de referência das CN do Brasil, 
desde 1986. Antes era a FGV/RJ.
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65
Contas Nacionais e ONU
• O Sistema de Contas Nacionais das Nações 
Unidas (System of National Accounts, SNA, 
1993) é centrado nas Contas Econômicas 
Integradas (CEIs) e nas Tabelas de Recursos e 
Usos (TRUs). 
• A integração entre as partes (CEIs e TRUs) na 
versão de 1993 garante que os saldos obtidos 
pela classificação de setores institucionais, nas 
CEIs, sejam idênticos aos obtidos pela 
classificação de atividades nas TRUs.
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66
Sobre estrutura e terminologia
• Não se utiliza mais o registro de contas em T, dos 
sistemas contábeis convencionais, mas as rubricas 
são descritas no corpo central.
• O novo sistema utiliza a terminologia usos e 
recursos no lugar de débito e crédito. O termo 
recursos (lançados no lado direito) é utilizado para 
designar aumentos no valor econômico de um setor 
e o termo usos (lançados no lado esquerdo) éutilizado para as operações que reduzem o valor 
econômico de um setor. O saldo é residual sendo 
obtido a partir de diferença entre recursos e usos.
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67
Contas Econômicas Integradas
A Abordagem das Contas Nacionais, a partir das 
Atividades Econômicas permite identificar no 
circuito econômico o processo de geração da 
renda. Entretanto, esta abordagem, ao privilegiar o 
estudo da geração da renda pelas atividades 
econômicas não possibilita a análise de vários 
outros fluxos que ocorrem ao longo do circuito 
econômico, tais como: redistribuição da renda, 
formação da renda nacional, utilização da renda 
em consumo e poupança, acumulação de capital e 
outros fluxos. Tais fluxos, para serem entendidos, 
requerem a análise dos setores institucionais.
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68
Contas Econômicas Integradas
Bens e Serv. Resto do 
Mundo
Resto do 
Mundo
Bens e Ser.
(Rec) (Rec.) Total da 
Economia
Setores 
Institucionai
Setores 
Institucionai
Total da 
Economia
(Usos) (Usos)
Passivos e Patrimônio 
Líquido
Contas de 
Patrimônio
Ativos
Variação de passivos e 
patrimônio líquido
Contas de 
Acumulação
Variação de ativos
Recursos
Operações, 
Saldos, 
Ativos e 
Passivos
Contas 
Correntes
Usos
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69
Contas Econômicas Integradas
1. Contas correntes
• Conta de produção
• Conta de geração da renda
• Conta de distribuição primária da renda
• Conta de distribuição secundária da renda
• Conta de uso da renda
2. Contas de acumulação
• Conta de capital
• Conta financeira
• Conta de variação dos ativos
• Conta de reavaliação
3. Contas de patrimônio
• Conta de patrimônio inicial
• Conta de variação patrimonial
• Conta de patrimônio final
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70
Seqüência das contas (1)
1. Contas correntes
• Registram a atividade de produção de bens e serviços, a 
criação de rendimentos através da produção, a subseqüente 
distribuição e redistribuição dos rendimentos pelas unidades 
institucionais e a utilização dos rendimentos em consumo ou 
poupança.
1.1 Conta de produção
• Registra a atividade de produção de bens e serviços. O saldo da 
Conta de produção é o valor adicionado bruto (valor da 
produção menos o valor do consumo intermediário). O VAB 
constitui uma medida da contribuição para o PIB de um produtor 
individual, de uma atividade ou de um setor institucional.
• O VAB é a fonte dos rendimentos primários, sendo, por isso, 
transportado para a conta de distribuição primária da renda. O 
VA pode também ser determinado em termos líquidos, através 
da dedução do consumo de capital fixo (depreciação).
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71
Seqüência das contas (2)
1.2 Conta de distribuição e utilização da renda
Conjunto articulado de contas que mostram como os rendimentos são:
• Gerados pela produção
• Distribuídos pelas unidades institucionais que participaram do processo de 
geração do VA criado durante a produção
• Redistribuídos entre as unidades institucionais, principalmente pelas 
unidades da administração pública, através das contribuições para a 
seguridade social, subsídios e impostos
• Utilizados pelas famílias, administração pública e IPSFL para o consumo 
final ou a poupança.
• O saldo proveniente do conjunto completo das contas de renda é a 
poupança.
• As contas de renda ajudam a explicar o comportamento das unidades 
institucionais enquanto consumidores finais - isto é, enquanto utilizadores 
dos bens e serviços emanados da produção para a satisfação das 
necessidades individuais e coletivas e desejos das famílias e da 
comunidade.
• O saldo, a poupança, é transportado para a conta de capital, a primeira das 
contas de acumulação, na seqüência do Sistema de Contas Nacionais.
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72
Contas correntes
Contas Correntes Saldo da Conta
1.Conta de Produção PIB*
2.1.1Conta de Geração
da Renda
Excedente Operacional Bruto
2.1.2.Conta de Alocação
da Renda
Renda Nacional
2.2.C.Distr.Secundária da
Renda
Renda Nacional Disponível
 2.3.Conta de uso da Renda Poupança
Resumo das Contas Correntes
2. Conta de Renda
 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda
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73
Contas de acumulação
3. Conta de 
Acumulação
Saldo da Conta
3.1 Conta de
Capital
Capacidade ou Necessidade de
Financiamento 
3.2 Conta
Financeira
Igual ao da Conta de Capital com
sinal trocado
3.3.1. Conta de
Outras Variações
nos Ativos
Financeiros
Mudanças no patrimônio líquido
resultantes de outras variações no
volume dos ativos
3.3.2. Conta de
Reavaliação 
Mudanças no patrimônio líquido
resultantes de ganhos/perdas de
detenção nominais
Resumo das Contas de Acumulação
3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos e
Contas de Reavaliação
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74
Contas de patrimônio
4. Conta de
Patrimônio
Saldo da Conta
4.1 Conta de
Patrimônio 
Inicial
Patrimônio Líquido
4.2. Conta de
variação do
Patrimônio
Variação do Patrimônio Líquido total. Registra 
saldos das contas de Capital (Variações do
Patrimônio líquido resultante de poupança e
transferência líquida de capital) e Conta de
Outras Variações no Volume dos Ativos e Conta
de Reavaliação (3.31 e 3.3.2).
4.3. Conta de
Patrimônio Final
Patrimônio Líquido
Resumo das Contas de Patrimônio
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75
Tabela de recursos e usos
• Tabela de Recursos de Bens e Serviços 
apresenta a oferta total de Bens e Serviços da 
economia (produção e importação); 
• Tabela de Usos de Bens e Serviços apresenta o 
Consumo Intermediário e a Demanda Final 
totalizando o demanda da economia;
• Componentes do Valor Adicionado por setor de 
atividade.
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76
Tabela de Recursos e Usos, Brasil: 1999
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77
Conta de operações de bens e serviços
• É uma conta que é apresentada separada das 
CEIs (conta 0), sendo considerada a base de todo 
o sistema, pois retrata a atividade de produção 
(oferta de bens e serviços) e o destino da 
produção pelas categorias de demanda final;
• Essa conta deve ser interpretada como uma 
representação agregada das operações que se 
encontram nas contas dos setores institucionais e 
nos setores de atividade;
• Por convenção, os recursos são lançados do lado 
esquerdo e os usos do lado direito.
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78
Conta de Operação de Bens e Serviços: Brasil, 
1995 - em R$ 1.000
Recursos Operações Usos
1.113.351.626 Produção
 61.314.054 Importação de bens e serviços
 74.373.434 Impostos sobre produtos
 4.875.955 Imposto de importação
 69.497.479 Demais impostos sobre produtos
Consumo intermediário 541.533.543
Consumo final 513.561.741
Formação bruta de capital fixo 132.753.432
Variação de estoque 11.273.743
Exportação de bens e serviços 49.916.655
1.249.039.114 Total 1.249.039.114
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79
Oferta e demanda de bens e serviços
VP pb + Mcif + Ip = CIpc + Cpc + FBCFpc + VE + Xfob
VP pb = Valor da Produção a preços básicos,
Mcif = Importações de bens e de serviços de não-fatores (CIF –
cost + insurance+ freight)
Ip = Impostos sobre Produtos (impostos indiretos), 
CIpc= Consumo Intermediário a preço de consumidor,
Cpc = Consumo Final a preço de consumidor, 
FBCFpc= Formação Bruta de Capital Fixo a preço de 
consumidor
VE = Variação de Estoque
Xfob= Exportação de bens e de serviços de não fatores, 
valoradas a preço FOB (exclui seguros e fretes).
Contas Econômicas Integradas
Contas correntes
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81
Conta de Produção: Brasil, 1995
Fonte IBGE, Em R$ 1000
Usos Operações e Saldos Recursos
Produção 1.113.351.626
541.533.543 Consumo Intermediário
Impostos sobre Produtos 74.373.434
Imposto de importação 4.875.955
Demais impostos sobre 
produtos
69.497.479
646.191.517 Produto Interno Bruto – 
PIB
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82
Equação da conta de produção
• Objetivo da Conta de Produção (conta 1) é
deduzir o Valor Adicionado Interno Bruto, ou 
seja, o PIB.
• O Valor da Produção a preço básico é lançado 
como recurso e acrescido dos impostos sobre 
produtos (imposto de importação e demais 
impostos) para ser comparado com o consumo 
intermediário a preço de consumidor, lançado 
como um uso. 
(VP pb + Ip) – CIpc = PIB
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83
Conta da renda
Conta da Renda: 
– Conta de Distribuição Primária da Renda, 
– Conta de Distribuição Secundária da Renda 
– Conta de Uso da Renda. 
Conta de Distribuição Primária da Renda:
– Conta de Geração da Renda 
– Conta de Alocação da Renda.
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84
Conta de Geração da Renda: Brasil, 1995 
Fonte: IBGE, em R$ 1000
Usos Operações e Saldos Recursos
PIB 646.191.517
247.277.244 Remuneração dos 
empregados
247.075.857 Residentes
201,387 Não-residentes
104.115.611 Impostos sobre a 
produção e de importação
(–) 3.575.363 Subsídios à produção (–)
298.374.025 Excedente operacional 
bruto inclusive rendimento 
de autônomos (EOB)
 38.128.990 Rendimento de autônomos 
(rendimento misto)
260.245.035 Excedente operacional bruto
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85
Equação da conta de geração da renda
PIB - [(W + Wnr) + (Im – Sb)] = EOB
W = Remunerações, inclusive encargos sociais e 
contribuições parafiscais pagos a residentes,
Wnr = Remunerações, inclusive encargos sociais e 
contribuições parafiscais pagos a não-residentes por 
produtores residentes,
(W + Wnr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive 
encargos sociais e contribuições parafiscais pagos no país,
Im = Impostos sobre Produção e a Importação, que incluem 
os impostos sobre produtos (Ip) e outros impostos ligados 
`a produção 
Sb = Subsídios à produção,
EOB = Excedente Operacional Bruto.
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86
Conta de Alocação da Renda: Brasil, 1995 
Fonte: IBGE, Em R$ 1000
Usos Operações e Saldos Recursos
Excedente operacional 
bruto inclusive 
rendimento de autônomos
298.374.025
Rendimento de 
autônomos (rendimento 
misto)
 38.128.990
 Excedente operacional 
bruto
260.245.035
Remuneração dos 
empregados
247.133.039
Residentes 247.075.857
Não-residentes 57.182
Impostos sobre a 
produção e de importação
104.115.611
Subsídios à produção (–) (–) 3.575.363
13.135.440 Rendas de propriedade 
enviadas e recebidas do 
resto do mundo
 3.125.903
636.037.775 Renda Nacional Bruta 
RNB
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87
Conceito de residência
O IBGE define como unidade residente a 
“unidade que mantém o centro de interesse 
econômico no território econômico, 
realizando, sem caráter temporário, 
atividades econômicas nesse território”. 
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88
Equação da Conta de Alocação da Renda
EOB + (W + Wr ) + (Im – Sb) + RLP = RNB
• Wr = Remunerações, inclusive encargos sociais e 
contribuição parafiscais, recebida por residentes, paga por 
não-residente,
• (W + Wr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive 
encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a 
residentes no país e no exterior (classificados como não-
residentes).
• RLP = remuneração líquida dos fatores de produção, 
constituída por: rendas de capitais, composta por juros, lucros 
e dividendos e outros serviços de fatores constituído por 
royalties, patentes e direitos autorais (enviadas e recebidas)
• RNB = Renda Nacional Bruta.
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89
Conta de Distribuição Secundária da 
Renda: Brasil, 1995 - Fonte: IBGE, em R$ 1000
Usos Operações e Saldos Recursos
Renda Nacional Bruta 636.037.775
669.595 Transferências correntes 
enviadas e recebidas do 
resto do mundo(1)
 3.994.244
639.362.424 Renda Disponível 
Bruta(1) RDB
(1) Inclui as transferências de capital.
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90
Equação da Conta de Distribuição 
Secundária da Renda
RNB + Tr = RDB
• Tr = Transferências líquidas correntes, ou seja, 
transferências de recursos sem contrapartida no 
processo produtivo, como o pagamento e 
recebimento de imposto sobre a renda e o 
patrimônio, de operações de seguro, de 
contribuições e benefícios previdenciários e 
transferências entre governos e entre 
residentes,
• RDB = Renda Disponível Bruta.
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91
Conta de Uso da Renda: Brasil, 1995 
Fonte: IBGE, em R$ 1000
Usos Operações e Saldos Recursos
Renda Disponível 
Bruta(1)
639.362.424
513.561.741 Consumo final
125.800.683 Poupança Bruta(1) Sr
(1) Inclui as transferências de capital.
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92
Equação da Conta de Uso da Renda
RDB – Cpc = Sr
• Cpc = Consumo Final (Famílias e 
Administrações Públicas), 
• Sr = Poupança Bruta. 
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93
Conta de Capital: Brasil, 1995 
Fonte: IBGE, em R$ 1000
Usos Operações e Saldos Recursos
Poupança bruta(1) 125.800.683
 132.753.432 Formação bruta de 
capital fixo
 11.273.743 Variação de estoque
Capacidade (+) ou 
necessidade (–)
de financiamento.(1)
(1) Inclui as transferências de capital.
(–)18.226.492
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94
Equação da Conta de Capital
Sr – ( FBCFpc + VE) = +- Sext
Sext = Capacidade ou Necessidade de 
Financiamento, que equivale à Poupança 
Externa. 
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95
Conta de operações com o resto do mundo
• Traduz as operações que compõem as 
Transações Correntes do BP;
• É apresentada sob a ótica do resto do 
mundo. Por exemplo, uma importação do 
Brasil, significa um recurso do Resto do 
Mundo (o Brasil gera um crédito ao RM).
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96
Operações Correntes com o Resto do 
Mundo: Brasil, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000
49.916.655 Exportação de bens e 
serviços
Importação de bens e 
serviços
 61.314.054
11.397.399 Saldo externo de bens e 
serviços
Saldo externo de bens e 
serviços
11.397.399
57,182 Remuneração dos 
empregados não-
residentes
201,387
Rendas de propriedade 
enviadas e recebidas
do resto do mundo
Transferências correntes 
enviadas e recebidas
do resto do mundo(1)
18.226.492 Saldo externo corrente 
(1)
(1) Inclui as transferências de capital.
Conta de bens e serviços do resto do mundoConta 2 – Conta de distribuição primária da renda e 
transferências correntes do resto do mundo com a economia 
 3.125.903 13.135.440
 3.994.244 669,595
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97
Equação da Conta de Operações com o 
Resto do Mundo
Xfob – Mcif + (Wr - Wnr) + RLP + Tr = + - Sext
• (Wr - Wnr) = Saldo das remunerações a não-
residentes (pagas por não-residentes – Wr- - e 
pagas por residentes – Wnr) 
• RLP = rendimentos de propriedade, juros, 
dividendos
• (Wr - Wnr) + RLP + Tr = RLE ou BSF + TU = RLE
Tabelas de Recursos e Usos
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99
Tabela de Recursos e Usos
I. Tabela de recursos de bens e serviços
Oferta 
Total
Produção Importação
Quadrante 
A=
Quadrante A1+ Quadrante A2
II. Tabela de usos de bens e serviços
Oferta 
Total
Consumo Intermediário Demanda Final
Quadrante 
A=
Quadrante B1 + Quadrante B2
Componentes do Valor Adicionado
Quadrante C
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100
Estimativa do valor de produção
• Estimativa do Valor da Produção dos setores: 
baseado no valor das receitas de venda dos 
bens e serviços, acrescido da variação dos 
estoques, quando aplicável.
Tratamentos especiais: 
– margens de Comércio e Transportes, 
– imputação de valores de serviços financeiros 
e 
– setor de Aluguéis. 
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101
Tratamentos especiais (1)
• O setor de atividade Comércio equivale ao 
valor da produção do produto Margem de 
Comércio, que é estimado pela diferença entre 
o valor de compra e valor de venda das 
mercadorias adquiridas para revenda;
• A produção de Transporte equivale ao serviço 
de transporte realizado por terceiros.
• Os produtos gerados pelas atividades de 
Comércio e Transportes não são consumidos de 
maneira convencional, mas são incorporados 
ao preço final de cada produto. 
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102
Tratamentos especiais (2)
• A produção das empresas financeiras consiste em 
captar recursos e emprestar a terceiros. Trata-se da 
soma de receitas por prestação de serviços 
bancários, receitas de aluguéis de imóveis, 
diferencial entre juros recebidos e pagos e a 
diferença entre prêmios de seguros e indenizações 
pagas.
• Já o setor de Aluguéis é considerado pois, por 
convenção, todo bem de capital gera uma renda. 
Inclui os imóveis ocupados pelos proprietários 
(aluguel imputado), para conciliar esta atividade 
com a FBCF.
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103
Oferta de Bens e Serviços – Fonte: IBGE
A1 + A2
Oferta Total a 
Preço de 
Consumidor 
(A)
Margem 
de 
Comércio
Margem 
de 
Transporte
Impostos 
sobre 
Produto
Oferta Total a 
Preço Básico 
(A1 + A2)
Total 1.249.039.114 0 0 74.373.434 1.174.665.680
Brasil: Oferta de Bens e Serviços – 1995 – R$1.000
Tabela de recursos de bens e serviços
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104
Oferta de Bens e Serviços
• Quadrante A – apresenta a oferta total a 
preços de consumidor por produto. 
• Oferta total (produção mais importação) é
transformada para preço de consumidor, 
acrescentando-se as margens de 
comércio e transporte e os impostos sobre 
produtos. 
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105
Recursos de Bens e Serviços: Brasil, 1995 –
Fonte: IBGE, em R$ 1000
Total da Produção Total das 
Importações
Oferta Total a 
Preços Básicos
A1 (total das linhas) A2 A1+ A2
Agropecuária 78.433.497 2.289.139 80.722.636
Extrativa Mineral 10.936.436 3.661.864 14.598.300
Indústria de Transformação 414.350.374 45.806.357 460.156.731
Serviços Industriais de Utilidade 
Pública
28.627.561 922,439 29.550.000
Construção Civil 91.330.688 0 91.330.688
Comércio 67.588.224 355,475 67.943.699
Transporte 39.003.860 2.505.314 41.509.174
Comunicações 10.155.185 49,784 10.204.969
Instituições Financeiras 61.999.911 322,195 62.322.106
Aluguéis 65.509.806 966 65.510.772
Administração Pública 126.658.919 0 126.658.919
Outros Serviços 118.757.165 5.400.521 124.157.686
Total 1.113.351.626 61.314.054 1.174.665.680
Descrição do produto
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106
Recursos de Bens e Serviços
• A Tabela de Recursos de Bens e Serviços 
apresenta os totais da oferta de produtos dos 
setores de atividade (quadrantes A1 e A2). 
• Mostra por setor de atividade a primeira parte 
da conta de Operação de Bens e Serviços. 
• Quadrante A1 apresenta como a produção dos 
produtos se distribui entre os setores. 
• Nas colunas está a distribuição dos valores de 
produção dos setores de atividade. 
• Nas linhas está a distribuição dos produtos 
pelas atividades que o produzem. 
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107
Usos de Bens e Serviços: Brasil, 1995 
Fonte: IBGE, em R $ 1000
Descrição do 
Produto
Oferta Total a 
Preço de 
Consumidor A
Total do 
Consumo 
Intermediário B1
Demanda Final 
B2
Agropecuária 92.509.232 58.565.931 33.943.301
Extrativa Mineral 16.831.150 13.594.484 3.236.666
Indústria de 
Transformação
578.349.832 295.597.010 282.752.822
Serviços Industriais 
de Utilidade Pública
32.727.170 22.191.627 10.535.543
Construção Civil 91.644.544 8.992.036 82.652.508
Comércio 8.145.799 7.806.773 339,026
Transporte 31.632.172 15.658.495 15.973.677
Comunicações 12.114.967 6.491.769 5.623.198
Instituições 
Financeiras
64.961.742 51.494.674 13.467.068
Aluguéis 65.513.443 8.690.821 56.822.622
Administração 126.658.919 0 126.658.919
Outros Serviços 127.950.144 52.449.923 75.500.221
Total 1.249.039.114 541.533.543 707.505.571 
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108
Usos de Bens e Serviços
• Tabela de Usos de Bens e Serviços - apresenta
o destino da produção de cada setor de 
atividade.
• Quadrantes B1 e B2 mostram:
Oferta total (por produto) a preços de consumidor =
(CIpc)+(Cpc) +(FBCFpc) + (VE) + (Xfob).
• Quadrante B1 - linhas informam como os bens 
produzidos num setor são consumidos pelos 
demais setores. Colunas totalizam o consumo 
intermediário de cada setor de atividade.
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109
Valor Adicionado por Setor: Brasil, 1995 –
Fonte: IBGE, em R$ 1000
Descrição do 
Produto
Valor 
Adicionado C
Total do Valor 
da Produção 
do Setor A1
Total do 
Consumo 
Intermediário por 
Setor B1
Agropecuária 51.492.824 83.299.692 31.806.868
Extrativa Mineral 4.944.839 10.181.425 5.236.586
Indústria de 
Transformação
136.739.102 395.685.039 258.945.937
Siup 15.295.495 27.771.930 12.476.435
Construção Civil 52.708.207 91.348.289 38.640.082
Comércio 51.077.975 82.121.621 31.043.646
Transporte 19.628.211 40.071.847 20.443.636
Comunicações 8.684.995 10.631.222 1.946.227
Instituições 
Financeiras
45.855.743 62.255.777 16.400.034
Aluguéis 59.558.985 63.093.075 3.534.090
Administração 
Pública
93.367.860 140.339.186 46.971.326
Outros Serviços 69.034.137 106.552.523 37.518.386
Dummy 
Financeiro
– 36.570.290 0 36.570.290
Total (1) 571.818.083 1.113.351.626 541.533.543
Imp.Líq.Subs. S/ 
Produto (Ip) (2)
74.373.434 
PIB (1) + (2) 646.191.517
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110
Componentes do VA por Setor: Brasil, 1995 
Fonte: IBGE, em R$ 1000
Valor adicionado 
C
Remuneraçõe
s
EOB + 
rend.autônomo
Imp. Liq. 
Subs.s/
(W + Wnr) + 
(EOB) + (Im – 
Sb)
(W + Wnr) (EOB)(Im – Sb) – 
Ip
Agropecuária 51.492.824 7.094.380 46.326.789 – 1.928.345
Ext. Min. 4.944.839 1.296.249 3.315.001 333,589
Ind.de Transf. 136.739.102 39.316.418 84.768.202 12.654.482
SIUP 15.295.495 7.784.153 6.570.962 940,38
Const.Civil 52.708.207 6.819.152 43.009.131 2.879.924
Comércio 51.077.975 19.445.830 29.097.621 2.534.524
Transporte 19.628.211 9.098.233 9.954.834 575,144
Comunicações 8.684.995 2.903.083 5.451.085 330,827
Instituições 
Financeiras
45.855.743 24.935.923 18.465.217 2.454.603
Aluguéis 59.558.985 1.121.795 57.986.087 451,103
Administração 
Pública
93.367.860 92.182.527 0 1.185.333
Out.Serviços 69.034.137 35.279.501 29.999.386 3.755.250
Dummy 
Financeiro
– 36.570.290 0 – 36.570.290 0
Total (1) 571.818.083 247.277.244 298.374.025 26.166.814
Imp. Líq. 
Subs.s/Produto 
(Ip) (2) 
74.373.434
Valor adicionado 
da economia
646.191.517
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111
TRU - Planilhas de trabalho
Contas Econômicas Integradas por 
Setor Institucional
Feijó et. al. (2003)
Capítulo 4
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113
CEI e setores institucionais
• A análise da CEI por setores institucionais é
mais rica e detalhada e permite visualizar o 
mecanismo pelo qual empresas, administração 
pública, famílias e resto do mundo contribuem 
no processo de geração, apropriação, 
distribuição e uso da Renda Nacional. 
• A abordagem das Contas Nacionais pela ótica 
dos setores institucionais foi originalmente 
criada por Keynes nos anos 40, a qual deu 
origem à primeira versão do Manual de Contas 
Nacionais das Nações Unidas em 1953.
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114
Setores institucionais: definição
• Setores Institucionais são unidades 
institucionais capazes de possuir bens e 
ativos; contrair responsabilidades e de se 
envolver em atividades econômicas e 
operações com outras unidades 
econômicas, sejam estas residentes ou 
não residentes no território nacional.
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115
Classificação dos Setores Institucionais (1)
• Empresas Não-financeiras: produzem bens e 
serviços através da transformação de insumos 
e da contratação de mão-de-obra.
• Empresas Financeiras: criam meios de 
pagamentos e/ou fazem intermediação de 
recursos de setores superavitários para os 
setores demandantes de recursos financeiros.
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116
Classificação dos Setores Institucionais (2)
• Administrações Públicas: prestam serviços de 
natureza pública e obtêm recursos via taxação 
de seus serviços ou cobrança de impostos;
• Famílias: têm por objetivo adquirir bens de 
consumo. São as unidades de produção não 
incluídas no setor empresas não-financeiras, 
como unidades rurais, algumas microempresas, 
IPSFL;
• Resto do Mundo: corresponde às transações 
econômicas de um país com as demais nações.
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117
Unidades institucionais
As unidades institucionais podem ser:
• Pessoas físicas ou grupos de pessoas 
agrupadas em famílias.
As famílias podem compreender unidades de 
consumo, ou unidades produtivas sem a 
necessária constituição legal de uma empresa.
• Pessoas jurídicas ou sociedades legalmente 
constituídas.
As pessoas jurídicas compõem as empresas, 
administrações públicas, ou instituições sem fins 
lucrativos.
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118
Famílias: informações adicionais
• Se uma unidade produtiva pertencente à família não é
legalmente (formalmente) constituída em empresa 
(sociedade, ou pessoa jurídica), é considerada como 
parte integrante do setor institucional família.
• Embora sejam primordialmente unidades consumidoras, 
as famílias também realizar qualquer tipo de atividade 
econômica: podem oferecer mão-de-obra e capital às 
empresas, e podem gerir as suas próprias unidades de 
produção na forma de empresas não constituídas 
legalmente.
• Nas Contas Nacionais do Brasil, a produção familiar 
compreende o setor informal.
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119
Empresas não-financeiras privadas
• Âmbito - Cadastro de empresas do IBGE 
x SRF, exceto empresas públicas, APU’s, 
empresas financeiras e de seguros;
• Fonte de dados - IRPJ, pesquisas do 
IBGE (indústria, comércio e serviços) e 
balanços.
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120
Empresas não-financeiras públicas
• Âmbito - empresas não-financeiras em nível 
federal, estadual e municipal, cujo controle 
acionário pertence ao governo
• Fonte de dados: Pesquisa Estatísticas 
Econômicas das Empresas Públicas Não-
Financeiras - EPU
• Empresas reclassificadas como APU
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121
CEI com SI empresa não-financeira
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122
Conta Operações de Bens e Serviços e 
Operações Correntes com o Resto do Mundo
• São apresentadas como duas colunas no lado direito e 
esquerdo.
Conta de Bens e Serviços:
– lado esquerdo: recursos ou a oferta de bens e serviços -
importação e produção, juntamente com os impostos líquidos de 
subsídios sobre produtos. 
– lado direito: usos do total da economia e do resto do mundo -
exportações, consumo intermediário. 
• Conta Resto do Mundo, do lado esquerdo (recurso) 
estão registradas as importações e do lado direito (uso) 
as exportações.
• Ver Planilha em Excel.
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123
CEI com setores institucionais
 Bens e Serv. Resto do 
Mundo
Resto do 
Mundo
Bens e 
Ser.
(Rec) (Rec.) Total da 
Economia
Setores 
Institucion
ais
Setores 
Institucionais
Total da 
Economia
(Usos) (Usos)
Operações, 
Saldos, 
Ativos e 
Passivos
Contas 
Correntes
Usos Recursos
Contas de 
Acumulação
Variação de ativos Variação de passivos e 
patrimônio líquido
Contas de 
Patrimônio
Ativos Passivos e Patrimônio 
Líquido
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124
CEI com SI: Conta de Produção
Setores 
Institucionais
Uso Saldo da 
Conta
Valor da 
Produção
Impostos 
sobre 
Produtos
Consumo 
Intermediário
Total da 
Economia
VPpb Ip Cipc PIB
Emp. Não
Financeiras1
VPpb 1 CIpc 1 PIB1
Empresas 
Financeiras2
VPpb 2 CIpc 2 PIB2
Administrações 
Públicas3
VPpb 3 CIpc 3 PIB3
Famílias4 VPpb 4 CIpc 4 PIB4
Recurso
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125
Conta de Geração da Renda com SI
Saldo da 
Conta
Setores 
Institucionais
Excedente 
Operacional 
Bruto
Total da 
Economia
PIB (W + Wnr ) (Im – Sb) EOB
Imposto 
sobreProduto e 
Importação
Ip Ip
Empresas Não 
Financeiras1 
PIB1 (W + Wnr )1 (Im – Sb ) 1 EOB1
Empresas 
Financeiras 2
PIB2 (W + Wnr )2 (Im – Sb ) 2 EOB2
Administrações 
Públicas3 
PIB3 (W + Wnr )3 (Im – Sb ) 3
Famílias4 PIB4 (W + Wnr )4 (Im – Sb ) 4 EOB4
RemuneraçõesPIB
Recurso Uso
Outros 
Impostos 
Líquidos sobre a 
Produção
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126
Conta de Geração da Renda
PIB – ( W + Wnr) + (Im – Sb) = EOB
• Remunerações e Impostos sobre a Atividade 
são lançados como uso.
• Excedente Operacional Bruto obtido por 
diferença.
• Administrações Públicas têm Excedente 
Operacional Bruto nulo. 
• Impostos sobre Produtos não são identificados 
por setor institucional.Curso de Contabilidade Social 
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127
Conta de Alocação da Renda
Setores 
Institucionais
Excedent
e 
Operacio
nal Bruto
Remuneraç
ões
Outros 
Impostos 
Líquidos 
sobre a 
Produção
Renda 
Nacional 
Bruta
Total da 
Economia
EOB (W + Wr ) (Im – Sb) RLP RNB
Emp. Não 
Financeiras1 
EOB1 RLP1 RPrB1
Empresas 
Financeiras 2
EOB2 RLP2 RPrB2
Adm. 
Públicas 3
(Im – Sb ) 3 RLP3 RPrB3
Famílias4 EOB4 (W + W r )4 RLP4 RPrB4
Saldo da 
Conta
Recurso Saldo das 
Rendas 
Líquidas de 
Propriedade 
(recebimentos 
– pagamentos).
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128
Rendimentos de propriedade (RLP)
• Juros efetivos (contratos);
• Juros imputados (famílias): FGTS, 
PIS/Pasep;
• Rendas recebidas pelo aluguel da terra;
• Dividendos;
• Participação nos lucros;
• Prêmios de seguro e indenizações.
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129
Conta de Alocação da Renda
EOB + ( W + Wr) + (Im – Sb) + RLP = RNB 
• Conta de ajustes entre os setores institucionais 
referentes ao pagamento e recebimento de 
rendas de propriedade.
• O saldo desta conta é a Renda Nacional Bruta 
ou Renda Primária dos setores institucionais
(RPrB).
• Considera-se o somatório das rendas primárias 
(como recurso) mais o saldo dos rendimentos 
referentes à remuneração do capital. 
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130
Conta de Distribuição Secundária da Renda
Set. Instituc. Recurso SaldoIR 
e Pat.
Saldo 
Cont.S.
Saldo 
Ben. S.
Renda 
Nac. Br.
(IReP) (CS) (BS)
Tot. Econ. RNB 0 0 0 Tr RDB
Emp. Não
Fin.1
RPrB1 IReP1 Tr1 RDB1
Emp.Fin2 RPrB2 IReP2 CS2 BS2 Tr2 RDB2
Adm. Púb.3 RPrB3 IReP3 CS3 BS3 Tr3 RDB3
Famílias4 RPrB4 IReP4 CS4 BS4 Tr4 RDB4
Saldo 
de 
Outras 
Transf.
Saldo 
da 
Conta
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131
Conta de Distribuição Secundária da Renda
RNB + Tr = RDB
• Conta mostra como a renda é redistribuída para se 
chegar ao agregado Renda Nacional Disponível. 
Agregados de interesse:
– RDB1 + RDB2 = Renda Bruta Disponível das Empresas.
– RDB1+RDB2 + RDB4 = Renda Disponível Privada 
– RDB3 = Renda Líquida do Governo 
– Renda Disponível Bruta Privada - impostos diretos 
= Renda Pessoal Disponível Bruta. 
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132
Conta de Uso da Renda
Setores 
Instituc.
Recurso Uso Saldo da
Conta:
RDB Consumo 
Final
Poupança 
Bruta
Total da 
Economia
RDB C Sr
Emp.Não Fin1 RDB1 S 1
Empresas 
Financeiras2
RDB2 S 2
Administrações 
Públicas3
RDB3 C3 S 3
Famílias4 RDB4 C4 S 4
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133
Conta de Uso da Renda
RDB – C = Sr
• OBSERVAÇÃO: Ajuste à Renda Disponível dos 
setores institucionais = a parcela equivalente ao 
Ajustamento pela Variação das Participações 
Líquidas das Famílias em Fundos de Pensões, 
FGTS e PIS/PASEP (não são transferências). 
Ver item D8 da planilha.
• Contribuições aos fundos privados de pensões 
e Receitas de pensões são aquisição e cessão 
de ativos. São adicionadas à renda antes de 
subtrair os gastos com consumo.
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134
Conta de Acumulação: Conta de Capital
Recurso
Poupança 
Bruta
Formação de 
Capital (2)
Variação de 
Estoques (3)
Total da Economia Sr FBCFpc VE -+ Sext
Empresas não 
Financeiras1
S 1 FBCFpc 1 VE1 -+ Sext 1
Empresas 
Financeiras2
S 2 FBCFpc 2 0 -+ Sext 2
Administrações 
Públicas3
S 3 FBCFpc 3 0 -+ Sext 3
Famílias4 S 4 FBCFpc 4 VE4 -+ Sext 4
Setores Institucionais Uso Saldo da Conta 
Transferências líquidas 
de capital (4):
Capacidade/necessidade 
de financiamento[(1)+(4)]-
[(2)+(3)]
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135
Conta de Acumulação: Conta de Capital
Sr - (FBCFpc + VE ) = -+ Sext
• OBSERVAÇÃO: Na Conta de Capital são 
identificadas as transferências de capital que 
apresentam a variação do patrimônio líquido 
resultante das operações financeiras como 
contrapartida dos empréstimos e das dívidas 
contraídas. Por convenção, os lançamentos das 
transferências de capital a receber e a pagar 
aparecem ambas no lado dos recursos 
• Recursos da Poupança são recursos à disposição 
da aquisição de bens de capital, através de 
operações no mercado financeiro. 
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136
Conta de Capital: Administrações Públicas
• A necessidade de financiamento das 
Administrações Públicas corresponde ao 
déficit do governo, segundo as Contas 
Nacionais. 
• Método “acima da linha”* (diferença entre 
recursos e usos):
-Sext 3 = Déficit do Governo = (FBCF3) – (RDB3 - C3) + Saldo das Transferências Líquidas de Capital
* Só em CN. No BC é abaixo da linha, com o 
endividamento líquido do governo.
O Balanço de Pagamentos
Paulani & Braga, 2000, cap. 5
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138
Introdução
• Economias abertas têm uma série de 
relações econômicas com outros países, 
envolvendo trocas de mercadorias, fatores 
de produção e ativos financeiros,
• Com a globalização, tais relações 
econômicas se aprofundam;
• O Brasil e o Balanço de Pagamentos (BP).
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139
BP: conceitos
• No BP são registradas todas as transações 
econômicas que o país realiza com o resto do 
mundo;
• O BP registra todas as transações entre 
residentes e não residentes de um país num 
determinado período de tempo;
• Os registros do BP são efetuados em dólar 
norte-americano.
• No BP também vale o princípio das partidas 
dobradas.
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140
Definição de residência
• Define-se como residentes de um país todas as 
pessoas, físicas ou jurídicas, que tenham esse país 
como seu principal centro de interesse. 
• Todas as pessoas que moram permanentemente 
no país (residência fixa);
• Pessoas que moram no país, mas estão 
temporariamente fora por turismo ou negócio;
• Empresas sediadas no país, inclusive filiais de 
multinacionais.
• Embaixadas e consulados que se encontram em 
outros países.
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141
Estrutura do BP (parte I)
1. Balança comercial
1.1 Exportações
1.2 Importações
2. Balança de serviços
2.1 Transportes: fretes, seguros, etc.
2.2 Turismo e viagens internacionais
2.3 Rendas de capital (remessa de lucros, lucros reinvestidos 
e juros)
2.4 Serviços governamentais
2.5 Diversos
3. Transferências unilaterais
4. Saldo do BP em transações correntes (1 + 2 + 3)
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142
Estrutura do BP (parte II)
5. Movimento de capitais
5.1 Investimentos diretos
5.2 Reinvestimentos
5.3 Empréstimos e financiamentos
5.4 Amortizações de empréstimos
5.5 Capitais de curto prazo
5.6 Outros capitais
6. Erros e omissões
7. Saldo total do BP (4 + 5 + 6)
8. Transações compensatórias
8.1 Variação de reservas
8.2 Operações de regularização
8.3 Atrasados
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143
Algumas relações importantes
T = Transações correntes
STBP = Saldo total do BP
Kc = capitais (transações) compensatórios
Ka = capitais autônomos (movimento de capitais)
K = Ka + Kc
Assim:
T = - K, ou T = T = - (Ka + Kc)
e
STBP = - Kc
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144
Lançamentos contábeis no BP (I)
1. Balança comercial
• Exportações (+)
• Importações (-)
2. Balança de serviços
• Entrada de recursos (+)
• Saída de recursos (-)
• Lucros reinvestidos (-)
3. Transferências unilaterais
• Entradas de recursos ($) e mercadorias (+)
• Saídas de recursos ($) e mercadorias (-)
• Mercadorias: alimentos, medicamentos, roupas
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145
Lançamentos contábeis no BP (II)
5. Movimento de capitais
• Entrada de recursos (+)
• Saída de recursos (-)
• Reinvestimentos (+) (contrapartida de 
lucros reinvestidos)
8. Transações compensatórias
• Variação positiva de reservas (-)
• Variação negativa de reservas (+)
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146
Dicas sobre lançamentos
• Os registros de um BP são realizados com base no 
princípio contábil das partidas dobradas e portanto, do 
ponto de vista contábil, o BP está sempre equilibrado
• Operações que indicam entradas e saídas de recursos 
monetários têm como contrapartida a variação de 
reservas;
• Operações que indicam entradas e saídas de 
mercadorias, máquinas e equipamentos, etc., têm como 
contrapartida a Balança Comercial.
• A contrapartida de lucros reinvestidos (-) são os 
reinvestimentos (+).
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147
Exemplo, p. 136-137
• O país exporta, recebendo à vista 
US$ 350 milhões;
• O país exporta mercadorias no valor 
de US$ 50 milhões, financiadas a longo 
prazo;
• O país importa mercadorias, pagando 
à vista US$ 250 milhões;
• O país paga, à vista, fretes no valor 
de US$ 20 milhões;
• O país gasta US$ 20 milhões com 
viagens ao exterior;
• O país recebe US$ 5 milhões 
provenientes de turismo;
• O país remete ao exterior US$ 50 
milhões de lucro;
• Lucros de US$ 20 milhões são 
reinvestidos no país.
• O país paga amortizações no valor de 
US$ 35 milhões
• O país paga juros num total de US$ 
50 milhões;
• Ingressam no país US$ 20 milhões 
sob a forma de IDE;
• O país importa máquinas e 
equipamentos no valor de US$ 65 
milhões, financiados a longo prazo;
• O país recebe US$ 5 milhões 
provenientes de envio de recursos de 
não residentes a familiares no país;
• O país recebe donativos, em 
mercadorias, no valor de US$ 5 mi;
• O país obtém US$ 35 milhões de 
empréstimos;
• O país recebe capitais de curto 
prazo no valor de US$ 30 milhões;
• O país paga atrasados no valor de 
US$ 10 milhões.
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148
RLEE e TLRE (Simonsen, 1995)
RLEE = BSF + TU
RLEE = Renda liquida enviada ao exterior
BSF = Balança de serviços fatores
TU = Transferências unilaterais
TLRE = BC + BSNF
TLRE = Transferência liquida de recursos ao 
exterior
BC = Balança comercial
BSNF = Balança de serviços não-fatores
STC = RLEE + TLRE
Números-índice
Feijó et alii (2003), capítulo 11
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150
Números-índice: definição
• É uma medida que sintetiza, em uma 
expressão quantitativa, a variação média, 
entre duas situações, de todos os elementos de 
um conjunto. As situações comparadas por um 
número-índice podem ser períodos de tempo, 
regiões geográficas ou conjuntos de pessoas.
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151
A importância da referência temporal
PIB cresce 1,51% em 2002
• A afirmação indica que a variação do PIB entre a média 
de 2001 e a média de 2002 é de 1,5%. 
• Qualquer variação deve ter sua referência temporal 
explicitada.
• Podemos ter, por exemplo, variações entre médias, 
entre pontos, acumuladas no ano, acumuladas em 12 
meses.
• Os números índices são uma ferramenta auxiliar no 
cálculo dessas diversas variações.
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152
Números-índice: aplicações na Economia
• Objetiva-se medir variações no tempo de 
determinadas operações econômicas. 
• Estas operações podem ser mensuradas 
de três maneiras:
- Unidades monetárias - VALOR,
- Unidades físicas - QUANTIDADE 
- Valor unitário - PREÇO.
VALOR = QUANTIDADE X PREÇO
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153
Números-índice: produtos e atividades
• Em economia, a unidade de informação são os bens e 
serviços transacionados.
• São chamados genericamente de produtos e 
caracterizados pelo tipo de operação econômica ao qual 
estão associados.
Exemplo: 
– O valor da produção de uma empresa é calculado pela soma do 
valor dos produtos que produz. 
– O gasto mensal de uma família é medido pelo valor dos bens e 
serviços consumidos.
• NÚMEROS-ÍNDICE são calculados a partir dos produtos
transacionados.
• CNAE: 4 níveis (Seção, divisão, grupo e classe)
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154
O Período de Coleta 
• Um número-índice apresenta a variação de um conjunto 
de produtos entre dois períodos de tempo. Qual o 
momento da coleta?
• Dois tipos de coleta:
NO MESMO DIA - chamado de ponto a ponto:
Os dados são coletados em um mesmo dia: a variação é obtida 
pela relação de um vetor de dados (por produto) referenciado a 
um dia com um outro vetor referenciado a um dia anterior. 
AO LONGO – chamado de ao longo
Dados são coletados durante um período. Para obter-se um 
vetor de dados calcula-se a média dos dados para cada período 
e a comparação é feita entre esses vetores. 
EX: Diversos IGP.
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155
Percentual/ Multiplicador/ Número-índice
Período 0 - preço de 400,00 $/ton e
Período 1 - preço de 600,00 $/ton.
Variação de preços: 600 / 400 = 1,50 
=> variação percentual de (1,50-1) x 100 = 50%;
=> um número-índice de 1,50 x 100 = 150;
=> um multiplicador de 1,50.
Relações entre representações:
número-índice = variação percentual + 100 
número-índice = multiplicador x 100
multiplicador = (variação percentual / 100 ) + 1
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156
Exemplo: p. 346 (Feijó et alii, 2003)
No Brasil, o preço de um produto passou de R$ 
5.000,00 para R$ 97.000,00 entre dois períodos. 
Calcule a variação percentual, o número-índice e 
o multiplicador que representam essa variação:
Variação do preço = 97.000/5.000 = 19,4
• Percentual = (19,4 – 1) X 100 = 1.840%
• Número-índice = 19,4 X 100 = 1.940
• Multiplicador = 19,4
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157
Outro exemplo (p. 346)
Sabendo-se que um produto teve um aumento 
de 367% entre dois períodos e que seu preço 
no período inicial era de 720 $/unidade, calcule 
seu preço no período final.
Variação de preços = 367%
Multiplicador de (367/100) + 1 = 4,67
Preço do período final = 720 X 4,67 = 3.362,70
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158
O conceito de relativo
• É associado à variação do valor, preço ou 
quantidade de um único produto para uma 
dada operação econômica (consumo, 
exportação, produção, etc.). Seu cálculo é
feito diretamente pela razão dos valores 
entre o período final e inicial.
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159
O conceito de relativo: variação de preços
100
 
0
i
p
 
t
i
p
p 
i
t 0, x=
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160
O conceito de relativo: variação de 
quantidades
100
 
0
i
q
 
t
i
q
q 
i
t 0, x=
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161
Período-base
• É o período ao qual todosos relativos de 
uma série estão associados (escolhe-se 
um ano ou mês de referência).
• p01 – número-índice entre o período 0 e 1
• p02 – número-índice entre o período 0 e 2
• p03 – número-índice entre o período 0 e 3
• p0n – número-índice entre o período 0 e n
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162
Um exemplo: p. 348 (planilha Excel)
Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $
1985 2 2 4
1986 3 5 15
1987 9 7 63
1988 29 15 435
Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $
1985 100 100 100 
1986 150 250 375 
1987 450 350 1.575 
1988 1.450 750 10.875 
Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $
1985 22,22 28,57 6,35 
1986 33,33 71,43 23,81 
1987 100,00 100,00 100,00 
1988 322,22 214,29 690,48 
Informações de preço e quantidade (1985-1988)
Número-indice: base 1985
Número-indice: base 1987
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163
Elos relativos e relativos em cadeia
• A seqüência seguir representa os relativos de 
preços (variação de preços do período 2 em 
relação a 1, 3 em relação a 2, etc.):
p12, p23, p34, p45, p56
• O encadeamento dos elos permite o cálculo da 
variação total do período. Por exemplo, a 
variação entre o período 4 e o período 1 pode 
ser calculada da seguinte forma:
Ip14 = (Ip12 x Ip23 x Ip34)
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164
Bases de uma série de números-índice
• BASE FIXA - a série de números - índice é toda 
referenciada ao mesmo período (fixo).
Exemplo: v01, v02, v03, v04,..........,v0n
• BASE MÓVEL - o período de referência (base) 
muda para cada elo relativo calculado.
Exemplo: base no período anterior
p01, p12, p23, p34,..., pn-1n
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165
Critérios de avaliação de um número-índice
• IDENTIDADE Ia , a = 1,0 ou 100
• PROPORCIONALIDADE Ia , b = λ quando todos os 
produtos tiverem variação constante e igual a λ
• MUDANÇA DE UNIDADE Ia , b é invariante à mudanças 
na unidade de medida adotada
• REVERSIBILIDADE Ia , b x Ib , a = 1,0 ou 100
• CIRCULAR Ia , b x Ib , c x Ic , a = 1,0 ou 100
• CIRCULAR MODIFICADA Ia , b x Ib , c x Ic , d = Ia , d
Ver exemplo na planilha de Excel.
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166
Decomposição das causas
• Trata-se de uma propriedade desejável para um 
número-índice, em que a variação em valor de 
determinada variável pode ser obtida 
diretamente a partir de sua variação de preço 
multiplicada pela variação de quantidade.
Variação de preço x Variação de quantidade = 
Variação de valor
Ip x Iq = Iv
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167
Decomposição de causas: exemplo
Ver planilha de Excel.
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168
Emprego de médias para o cálculo de 
números-índice
• Diferentemente da análise de um produto 
isolado, para um conjunto de produtos 
utilizam-se médias, de forma a sintetizar a 
variação de todos os produtos em uma única 
variação. São os índices agregativos:
1. Razão da média aritmética dos preços e das 
quantidades para cada período (Bradstreet);
2. Média aritmética dos relativos de cada produto 
(Sauerbeck). Resolve o problema de adicionar 
unidades diferentes.
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169
Definições para as fórmulas
• Período de tempo: 0 ... t
• n = número de produtos
• i = produto
• Σ = somatório
• p = preços
• q = quantidades
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170
Índice de Bradstreet - Preços
100
 p i0
 p it100
n
 p i0
n
 p it
I p t0, xx
∑
∑
=
∑
∑
=
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171
Índice de Bradstreet - Quantidade
100
 q i0
 q it100
n
 q i0
n
 q it
 t0, I
q
xx
∑
∑
=
∑
∑
=
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172
Índice de Sauerbeck – Preços
100
n
 p i t0,100
n
 p i0
 p it
 I p t0, xx
∑
=
∑
=
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173
Índice de Sauerbeck – Quantidades
100
n
 q i t0,100
n
 q i0
 q it
 I
q
t0, xx
∑
=
∑
=
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174
Números-índice em CN
QUADRO 4 - SÉRIE ENCADEADA DO ÍNDICE TRIMESTRAL
Índice de volume - média de 1990 = 100
Agropecuária Indústria Serviços VApb PIB pm
1991.I 89,49 85,12 93,47 91,21 91,01
1991.II 111,09 103,67 101,06 103,44 103,21
1991.III 106,57 112,82 105,06 108,65 108,41
1991.IV 98,34 99,44 101,74 101,73 101,50
....... 132,28 122,30 115,35 126,28 127,26
1999.IV 121,96 119,81 115,47 124,73 125,69
2000.I 127,72 115,64 114,80 123,31 123,96
2000.II 150,81 121,51 117,62 128,88 130,08
Fonte: IBGE, Diretoria de P esquisas, Departamento de Contas Nacionais
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175
Um exemplo: taxa de crescimento do 
volume (trimestre contra trimestre)
• Taxa calculada a partir da série observada 
(Quadro 4)
• No 2º trimestre de 1996 esta comparação seria: 
NI 1996.II / NI 1995.II 
Para o PIB pm
Multiplicador = (119,08 / 116,56) =1,02162
1,02162 x 100 = 102,16
Percentual = 102,16-100 = 2,16%
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176
Taxa acumulada em 4 trimestres
=> Calculada a partir da série observada (Quadro 4)
No 2º tri mestre de 1996 esta comparação seria: 
(NI 1996.II + NI 1996.I + NI 1995.IV + NI 1995.III) /
(NI 1995.II + NI 1995.I + NI 1994.IV + NI 1994.III) 
Para o PIB pm
(119,08 + 113,44 + 115,85 + 117,84) /
(116,56 + 115,01 + 116,69 + 116,25) =1,09743
1,09743 x 100 = 109,74
109,74 - 100 = 9,74%
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177
Trimestre contra o 
trimestre (imediatamente) anterior
=> Calculada a partir da série ajustada 
sazonalmente (Quadro 5)
No 2º trimestre de 1996 esta comparação 
seria: NI 1996.II / NI 1996.I 
Para o PIB pm
(118,05 / 117,32) =1,0062
1,0062 x 100 = 100,62
100,62-100 = 0,62%
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178
Números-índice ponderados
• A importância relativa dos produtos (pesos) 
deve ser captada pelos números-índice. 
Portanto, deve ser considerada uma base de 
ponderação (ver planilha de Excel).
Sejam:
• ωit o peso do produto i no total das transações, 
no período t.
• vit o valor transacionado do produto i, no 
período t.
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179
Estrutura de pesos
=ω
i
t
=
∑
 v it
 v it
∑ q it p
i
t
 q it p
i
t
x
x
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180
Índice de Laspeyres
• Média aritmética ponderada das variações 
de cada produto.
• Período inicial do índice é escolhido 
como referência para o cálculo dos pesos.
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181
Índice de Laspeyres - Preços
∑
∑
 q i0 p
i
0
 q i0 p
i
t
x

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