Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias Aulas referentes ao 2º semestre de 2010 Capítulo 1: Introdução à Contabilidade Nacional Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 3 Objetivos da Contabilidade Social A Contabilidade Social trata da mensuração da atividade econômica e social em seu múltiplos aspectos. Assim, a Contabilidade Social apresenta os sistemas contábeis de estatísticas econômicas oficiais e seus instrumentos de análise. Com efeito, deve ser entendida como um sistema contábil que permite a avaliação da atividade econômica em um determinado período. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 4 Macroeconomia X Contabilidade Social O acompanhamento dos movimentos de medidas agregadas em macroeconomia é o campo de estudo da teoria macroeconômica. A preocupação com a mensuração dos agregados macroeconômicos é o objeto da Contabilidade Nacional. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 5 Origens keynesianas da Contabilidade Nacional • Contabilidade Nacional se desenvolve a partir da obra de John Maynard Keynes – foco na macroeconomia. • Na macroeconomia keynesiana economias monetárias não tendem ao pleno emprego. • Comportamento do todo pode ser diferente do que é planejado pelos agentes econômicos. • A teoria de Keynes define a determinação do nível de renda e produto no curto prazo como o objeto de estudo da Macroeconomia. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 6 Demanda efetiva e demanda agregada • Teoricamente, o produto gerado em uma economia em um período de tempo é determinado pela demanda efetiva. • A demanda efetiva é quanto os agentes econômicos estão dispostos a gastar em determinado período, é a renda esperada ou ex-ante. • A demanda agregada é a que é medida pelas Contas Nacionais, é a renda ex-post. • As transações econômicas mensuráveis em CN são registradas em valor monetário. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 7 Dados do PIB do Brasil – 1990-2003 5,9 4,9 13 396,91 14 183,11 187 642 6,1 2 513 819 2 661 344 2007 6,1 2,7 12 029,29 12 769,08 185 564 4,0 2 232 206 2 369 484 2006 7,2 1,9 10 921,63 11 709,03 183 383 3,2 2 002 843 2 147 239 2005 8,0 4,3 9 922,69 10 720,25 181 106 5,7 1 797 054 1 941 498 2004 13,7 (-) 0,2 8 362,73 9 510,66 178 741 1,1 1 494 767 1 699 948 2003 10,6 1,2 7 582,07 8 382,24 176 304 2,7 1 336 748 1 477 822 2002 9,0 (-) 0,2 6 875,23 7 491,81 173 808 1,3 1 194 970 1 302 136 2001 6,2 2,8 6 485,64 6 886,28 171 280 4,3 1 110 861 1 179 482 2000 Preços do ano anterior Preços correntes Preços do ano anterior Preços correntes Variaçã o anual (%) Variação real anual (%) R$Variaçã o real anual (%) 1 000 000 R$ DeflatorProduto Interno Bruto per capita Preços correntes Produto Interno Bruto Ano população residente e deflator - 2000-2007 Tabela 5 - Produto Interno Bruto, Produto Interno Bruto per capita, Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 8 O fluxo circular da renda: setores Numa abordagem simplificada, trabalha-se com dois setores institucionais na economia: 1) O setor famílias: que consome bens e serviços da economia e oferta mão-de-obra; 2) As empresas (unidades produtoras): que produzem todos os bens e serviços da economia e empregam toda a mão-de-obra. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 9 Fluxo circular da renda: mercados e fluxos • Mercado de bens e serviços: local onde é vendida a produção das firmas; • Mercado de trabalho: oferta e demanda de mão-de-obra; • Fluxo de trocas real: medem quantidades; • Fluxo de trocas monetário: medem valores. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 10 O fluxo circular da renda Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 11 Inclusão de mais dois mercados • Mercado de fundos de capital ou mercado financeiro: as famílias canalizam recursos ao mercado financeiro e as empresas demandam recursos financeiros. • Mercado de bens de investimento: mercado no qual as empresas demandam bens de capital (Y = C + I) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 12 Fluxo circular da renda ampliado Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 13 Fluxos e estoques Variáveis em Macroeconomia são de fluxo ou de estoque. ∆K = Kt+1 - Kt = Ilt Ilt = Ibt - Irt, ∆K - variação de estoque de um período (Kt ) a outro (Kt+1 ), Ilt - fluxo de investimento líquido num período e Ibt e Irt - fluxos de investimento bruto e de reposição (depreciação) num período, respectivamente. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 14 Abrangência das Contas Nacionais • Quanto à forma institucional: empresas, trabalhadores autônomos, governo e instituições privadas sem fins lucrativos. • Quanto à forma de distribuição da produção: mercantil e não mercantil. • Quanto ao cumprimento de formalidades legais: formal e informal. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 15 Unidades institucionais As unidades institucionais residentes na economia são: • Empresas não-financeiras • Empresas financeiras • Administrações públicas (previdência social) • ISFL ao serviço das famílias • Famílias • Resto do mundo Capítulo 2: Agregados Macroeconômicos e Identidades Contábeis Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 17 Agregados macroeconômicos • Agregados macroeconômicos são construções estatísticas que sintetizam aspectos relevantes da atividade econômica em um período de tempo. O PIB é o principal desses agregados. • São derivados de um sistema contábil, formalizado em um conjunto de identidades. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 18 Produto Interno Bruto (PIB) • PIB de um país ou região: representa a produção de todas as unidades produtoras da economia, num dado período a preços de mercado. • Produção para as Contas Nacionais: toda produção de bens e serviços, mais a produção por conta própria e a produção de serviços pessoais e domésticos quando remunerados. • Produção são as transações econômicas com valor de mercado. A valoração em termos monetários permite que se agregue quantidades heterogêneas. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 19 O Valor Adicionado (VA) Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. Com isso, evita-se a dupla contagem. Trata-se da diferença entre o Valor da Produção (VP) e do Consumo Intermediário (CI). Assim: VA = VP - CI Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 20 PIB e Valor Adicionado Suponha a produção de uma firma no ano de 500 unidades, vendidas ao preço unitário de R$ 2,00: • Valor da Produção (500XR$ 2,00) R$ 1 000,00 • Despesas Operacionais R$ 800,00 Pagamento de salários R$ 500,00 Custo de matérias-primas R$ 300,00 • Receita Líquida de Vendas R$ 200,00 Valor que a firma adiciona ao PIB – Valor da Produção Menos Produção Intermediária: • (R$ 1000,00 – R$ 300,00) = R$ 700,00 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 21 PIB per capita • PIB per capita - referência importante como medida síntese de padrão de vida e de desenvolvimento econômico dos países. •É obtido dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. • Medida fortemente afetada pela distribuição de renda. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 22 PIB per capita: Brasil Brasil: PIB, PIB per capita e População Residente Taxa de Crescimento % Ano PIB Pop. Resid. PIB per capita 1991 1,03 1,58 -0,54 1992 -0,54 1,53 -2,04 1993 4,92 1,50 3,37 1994 5,85 1,46 4,33 1995 4,22 1,43 2,75 1996 2,66 1,40 1,24 1997 3,27 1,38 1,87 1998 0,13 1,36 -1,21 1999 0,79 1,34 -0,54 2000 4,36 1,33 2,99 2001 1,42 1,32 0,10 2002 1,52 1,3 0,21 Fonte: IBGE Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 23 Conceitos de Interno (PIB) e Nacional (PNB) O PIB mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no Brasil, independente da origem do seu capital. O PNB (Produto Nacional Bruto) e o RNB (Renda Nacional Bruta) são agregados que consideram o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. Há fatores de produção (capital e trabalho) produzindo no país e fora deste. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 24 Produto Nacional Bruto (PNB) e Renda Nacional Bruta (RNB) Valor da Produção R$ 1 000,00 Despesas Operacionais R$ 800,00 Pagamento de Salários R$ 500,00 a brasileiros R$ 400,00 a argentinos R$ 100,00 Custo das Matérias Primas (nacional e importada) R$ 300,00 Receita Líquida de Vendas R$ 200,00 paga a brasileiros R$ 100,00 paga a argentinos R$ 100,00 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 25 Pagamentos e recebimentos de fatores • Juros • Lucros • Dividendos • Royalties • Aluguéis • Salários • Se Recebimentos > Pagamentos, então tem-se uma Renda Líquida Recebida do exterior (RLR); • Se Recebimentos < Pagamentos, então tem-se uma Renda Líquida Enviada ao exterior (RLE) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 26 PNB e RNB (conclusão do exemplo) PIB = R$ 700,00 Pela ótica do Produto: PNB = 500 = (1 000 – 300) – 200 Pela ótica da renda: RNB = 500 = 400 + 100 PNB = PIB + RLR, RLR é a Renda Líquida Recebida do exterior, PNB>PIB. PNB = PIB – RLE RLE é a Renda Líquida Enviada ao Exterior, PIB>PNB. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 27 Exemplo do Brasil Brasil: Produto Interno e Nacional Bruto 1995 (1000R$) Produto Interno Bruto 646 191 517 Menos rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo 10 153 742 Produto Nacional Bruto 636 037 775 Fonte:IBGE. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 28 Renda Nacional Bruta (RNB) e Renda Disponível Bruta (RDB) • RNB engloba: rendas dos setores público e privado e as transferências de recursos entre o país e o resto do mundo. • Renda Disponível Bruta (RDB): considera o saldo das transferências correntes recebidas e enviadas ao exterior. RDB = RNB + Tr Tr = Transferências correntes líquidas recebidas. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 29 RNB e RDB: Brasil, 1995 (1.000R$) Produto Interno Bruto 646 191 517 Menos rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo 10 153 742 Produto Nacional Bruto 636 037 775 Transferências unilaterais, líquidas, ao resto do mundo (+) 3 324 649 Renda Disponível Bruta 639 362 424 Fonte: IBGE Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 30 Renda Disponível Bruta: subdivisões Pode-se subdividir a Renda Disponível em Renda Líquida do Governo (RLG) e Renda Privada Disponível (RPD). Assim: RDB = RLG + RPD Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 31 RLG e RPD Renda Líquida do Governo (RLG): Soma dos impostos diretos e indiretos arrecadados pelo governo e outras receitas correntes menos As transferências e subsídios pagos pelo governo. Renda Privada Disponível (RPD): – salários, – juros, lucros e aluguéis pagos a indivíduos, – transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre renda e patrimônio e – lucros retidos nas empresas e reserva para depreciação. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 32 Produto bruto X líquido O produto líquido desconta a depreciação do capital utilizado no esforço de produção num determinado período. A depreciação é o desgaste ou o consumo dos bens de capital (máquinas, equipamentos, prédios, etc.). O conceito de líquido se aplica à ótica de mensuração do produto, pois a depreciação representa um custo de produção e não uma renda de fator. Trata-se de um fundo para as empresas reporem seu capital. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 33 Bruto e Líquido: exemplo Valor da Produção R$ 1 000,00 Despesas Operacionais R$ 810,00 – Pagamento de Salários R$ 500,00 – Custo de Matérias-primas R$ 300,00 – Reserva para Depreciação R$ 10,00 Receita Líquida de Vendas R$ 190,00 PIB = R$ 700,00 PIL - Produto Interno Líquido = R$ 690,00. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 34 PIB a preços correntes e constantes Para se acompanhar a evolução dos agregados ao longo do tempo é necessário isolar o quanto o crescimento ocorreu por força de variação de preço e quanto se deveu à variação de quantidade. Para tanto é preciso estudar a variável em dois períodos de tempo. PIB corrente (PIB)= Produto medido aos preços médios do ano corrente (p x q do ano) PIB a preços constantes (PIBRt) = Produto medido a preços constantes de um determinado ano. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 35 Brasil: PIB e deflator implícito 5,9 6,1 2 513 819 2 661 344 2007 6,1 4,0 2 232 206 2 369 484 2006 7,2 3,2 2 002 843 2 147 239 2005 8,0 5,7 1 797 054 1 941 498 2004 13,7 1,1 1 494 767 1 699 948 2003 10,6 2,7 1 336 748 1 477 822 2002 9,0 1,3 1 194 970 1 302 136 2001 6,2 4,3 1 11 861 1 179 482 2000 Preços do ano anterior Preços correntes Variação anual (%) Variação real anual (%) 1 000 000 R$ DeflatorProduto Interno Bruto Ano Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 36 Variação em volume −=∆ − 1100 1t t t PIB PIBRVOL Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 37 Deflator implícito −=∆ 1.100 t t t PIBR PIB DI Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 38 Preços constantes e correntes A evolução do PIB corrente entre dois anos consecutivos, exemplo, 2001 e 2002: PIB (2001) X Variação de Volume entre 2002 e 2001 = PIB (2002 a preços de 2001) EX: PIB (2002 a preços de 2001) = 1.200.060 X 1,01524 = 1.218.348 PIB (2002 a preços de 2001) X Variação dos preços entre 2002 e 2001 = PIB (2002) EX: 1.218.348 X 1,08466 = 1.321.490 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 39 Identidades contábeis O produto bruto da economia pode ser obtido de três formas distintas: pela ótica do produto, da renda e da despesa. Assim: PRODUTO = RENDA = DESPESA Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 40 Produto Interno Bruto (PIB) – Óticas Ótica do produto PIB = Valor da Produção – Consumo Intermediário Ótica da renda PIB = soma das remunerações aos fatores de produção (salários, juros, lucros e aluguéis) Ótica da despesa PIB = Soma dos gastos finais na economia em bens e serviços nacionais e importados (consumo, investimento (FBCF + ∆E), e saldo comercial) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr.João Felippe Cury M. Mathias 41 PIB nas três óticas: exemplo INSUMOS DEMANDA FINAL TOTAL Atividades TOTAL ConsumoFormação deVariação de TOTAL Demanda Agro Indust Serviços Insumos Pessoal Capital Fixo Estoque DF Agricultura 5 10 10 25 40 5 10 55 80 Indústria 10 30 30 70 40 30 10 80 150 Serviços 0 40 60 100 60 10 0 70 170 Total Insumos 15 80 100 195 140 45 20 205 400 SALÁRIOS 15 25 35 75 Renda de Autônomos 15 0 0 15 LUCROS 35 45 35 115 Valor Adicionado 65 70 70 205 Valor da Produção 80 150 170 400 Economia Fechada sem Governo Atividades Econômicas Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 42 Identidade Contábil PIB = ÓTICA DA PRODUÇÃO: VALOR ADICIONADO PRODUÇÃO (-) INSUMOS 400 - 195 = 205 PIB = ÓTICA DA RENDA SALÁRIOS (+) Autônomos (+) LUCROS 75 + 15 + 115 = 205 PIB = ÓTICA DA DEMANDA FINAL CONSUMO (+) FORMAÇÃO DE CAPITAL 140 + 45 + 20 = 205 ECONOMIA FECHADA CÁLCULO DO PIB: IDENTIDADE CONTÁBIL Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 43 PIB: níveis de valoração • Mensuração a preço básico equivale a considerar os preços na porta da fábrica. • Adicionando a este nível de valoração os impostos líquidos de subsídios sobre produtos, tem-se a valoração a nível de preços de produtor. • Acrescentando as margens de comércio e transporte e os impostos sobre o valor adicionado chega-se ao preço de consumidor. Este é o nível de valoração do PIB sob a ótica do produto e da despesa. • O produto medido pela ótica da renda é a preços do consumidor. Conclusão do capítulo 2 Exercícios Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 45 Economia fechada sem governo Yp =C+ Ip (1) • Yp é o Produto ou Renda Privada, • C são os gastos de Consumo das Famílias, • Ip são os gastos em Investimento Privado. Yp = C + S (2) • S é Poupança Privada S = Yp – C C + S = C + Ip S = Ip (3) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 46 Economia fechada com governo Yn = C + I + G (4) Yn = C + S + RLG (5) • Yn é Produto ou Renda Nacional • G são os Gastos Correntes do Governo, • I são os gastos em Investimento Privado e Público • RLG é a Receita Líquida do Governo, como definida anteriormente (Id + Ii + ORC – Tr – sub) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 47 Poupança do governo S + RLG = I + G (6) Poupança do Governo Sg expressa como: Sg = RLG – G , logo (6a) S + Sg = I Uma outra forma de escrever (6) é: S = I + (G – RLG) (6b) RLG<G - parte da poupança privada é destinada a cobrir despesas correntes das Administrações Públicas. RLG>G - poupança pública se soma à poupança privada para financiar os investimentos. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 48 Economia aberta com governo Y = C + I + G + Xnf - Mnf (7) Y = C + S + RLG + RLE (8) – Y é Produto ou Renda Interna – Xnf- Mnf é o saldo das exportações de bens e serviços de não fatores – RLE é a renda líquida enviada ao exterior. S + RLG + RLE = I + G + Xnf – Mnf (9) (Mnf – Xnf) + RLE = (I - S) + (G – RLG) (10) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 49 Poupança externa e absorção doméstica Sext = (Mnf – Xnf) + RLE = saldo do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes (com sinal trocado). • Absorção Doméstica é o somatório dos gastos com Consumo, Investimento e Gastos do Governo. Y = A + (Xnf – Mnf) (7a) A = C+ I + G. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 50 Igualdade entre poupança e investimento Demanda pelo Produto = C + I + G + (Xnf – Mnf) Alocação da Renda = C + S + RLG + RLE S + RLG + RLE = I + G + (Xnf –Mnf) Sr = S + (RLG – G) Sr = I + (Xnf – Mnf) – RLE (Mnf – Xnf ) + RLE = Sext, Sr + Sext, = I Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 51 Comparações internacionais Forma direta: aplicar uma taxa de câmbio. Problemas: – A) taxas de câmbio flutuam influenciando fortemente a medida do PIB. – B)a estrutura produtiva e de consumo variam significativamente entre as nações. • A prática internacional tem sido a de se ajustar o PIB per capita a um índice de Paridade do Poder de Compra. • Este índice é construído para um conjunto comum de bens e serviços produzidos em cada economia ajustados a um preço padrão. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 52 PPC Paridade do poder de compra - Em economia, a Paridade do Poder de Compra (PPC), é um método alternativo à taxa de câmbio para se calcular o poder de compra de dois países. A PPC mede quanto é que uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais (normalmente dólar), já que bens e serviços têm diferentes preços de um país para outro. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 53 Ranking PPC - 2005 Capítulo 3: O Sistema de Contas Nacionais do Brasil As Contas Econômicas Integradas e as Tabelas de Recursos e Usos Uma comparação dos resultados das bases de 1985 e 2000 Fonte: Conac, IBGE, março de 2007 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 56 PIB: diferenças de valores e taxas de crescimento Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 57 PIB corrente e PIB constante Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 58 Comparação das bases do PIB Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 59 Comparação das bases – principais agregados Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 60 PIB pela ótica do produto Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 61 PIB pela ótica da renda Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 62 PIB pela ótica da despesa O Sistema de Contas Nacionais do Brasil Feijó et al. (2003) – Capítulo 3 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 64 Uma visão geral das Contas Nacionais • A Contabilidade Nacional oferece uma síntese da realidade econômica de um país em um determinado momento no tempo. • As Contas Nacionais (CN) oferecem as referências básicas de classificação de atividades e de setores institucionais, definições sobre a fronteira econômica e conceitos para definir e classificar unidades estatísticas e suas transações. • IBGE é a fonte de referência das CN do Brasil, desde 1986. Antes era a FGV/RJ. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 65 Contas Nacionais e ONU • O Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas (System of National Accounts, SNA, 1993) é centrado nas Contas Econômicas Integradas (CEIs) e nas Tabelas de Recursos e Usos (TRUs). • A integração entre as partes (CEIs e TRUs) na versão de 1993 garante que os saldos obtidos pela classificação de setores institucionais, nas CEIs, sejam idênticos aos obtidos pela classificação de atividades nas TRUs. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 66 Sobre estrutura e terminologia • Não se utiliza mais o registro de contas em T, dos sistemas contábeis convencionais, mas as rubricas são descritas no corpo central. • O novo sistema utiliza a terminologia usos e recursos no lugar de débito e crédito. O termo recursos (lançados no lado direito) é utilizado para designar aumentos no valor econômico de um setor e o termo usos (lançados no lado esquerdo) éutilizado para as operações que reduzem o valor econômico de um setor. O saldo é residual sendo obtido a partir de diferença entre recursos e usos. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 67 Contas Econômicas Integradas A Abordagem das Contas Nacionais, a partir das Atividades Econômicas permite identificar no circuito econômico o processo de geração da renda. Entretanto, esta abordagem, ao privilegiar o estudo da geração da renda pelas atividades econômicas não possibilita a análise de vários outros fluxos que ocorrem ao longo do circuito econômico, tais como: redistribuição da renda, formação da renda nacional, utilização da renda em consumo e poupança, acumulação de capital e outros fluxos. Tais fluxos, para serem entendidos, requerem a análise dos setores institucionais. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 68 Contas Econômicas Integradas Bens e Serv. Resto do Mundo Resto do Mundo Bens e Ser. (Rec) (Rec.) Total da Economia Setores Institucionai Setores Institucionai Total da Economia (Usos) (Usos) Passivos e Patrimônio Líquido Contas de Patrimônio Ativos Variação de passivos e patrimônio líquido Contas de Acumulação Variação de ativos Recursos Operações, Saldos, Ativos e Passivos Contas Correntes Usos Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 69 Contas Econômicas Integradas 1. Contas correntes • Conta de produção • Conta de geração da renda • Conta de distribuição primária da renda • Conta de distribuição secundária da renda • Conta de uso da renda 2. Contas de acumulação • Conta de capital • Conta financeira • Conta de variação dos ativos • Conta de reavaliação 3. Contas de patrimônio • Conta de patrimônio inicial • Conta de variação patrimonial • Conta de patrimônio final Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 70 Seqüência das contas (1) 1. Contas correntes • Registram a atividade de produção de bens e serviços, a criação de rendimentos através da produção, a subseqüente distribuição e redistribuição dos rendimentos pelas unidades institucionais e a utilização dos rendimentos em consumo ou poupança. 1.1 Conta de produção • Registra a atividade de produção de bens e serviços. O saldo da Conta de produção é o valor adicionado bruto (valor da produção menos o valor do consumo intermediário). O VAB constitui uma medida da contribuição para o PIB de um produtor individual, de uma atividade ou de um setor institucional. • O VAB é a fonte dos rendimentos primários, sendo, por isso, transportado para a conta de distribuição primária da renda. O VA pode também ser determinado em termos líquidos, através da dedução do consumo de capital fixo (depreciação). Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 71 Seqüência das contas (2) 1.2 Conta de distribuição e utilização da renda Conjunto articulado de contas que mostram como os rendimentos são: • Gerados pela produção • Distribuídos pelas unidades institucionais que participaram do processo de geração do VA criado durante a produção • Redistribuídos entre as unidades institucionais, principalmente pelas unidades da administração pública, através das contribuições para a seguridade social, subsídios e impostos • Utilizados pelas famílias, administração pública e IPSFL para o consumo final ou a poupança. • O saldo proveniente do conjunto completo das contas de renda é a poupança. • As contas de renda ajudam a explicar o comportamento das unidades institucionais enquanto consumidores finais - isto é, enquanto utilizadores dos bens e serviços emanados da produção para a satisfação das necessidades individuais e coletivas e desejos das famílias e da comunidade. • O saldo, a poupança, é transportado para a conta de capital, a primeira das contas de acumulação, na seqüência do Sistema de Contas Nacionais. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 72 Contas correntes Contas Correntes Saldo da Conta 1.Conta de Produção PIB* 2.1.1Conta de Geração da Renda Excedente Operacional Bruto 2.1.2.Conta de Alocação da Renda Renda Nacional 2.2.C.Distr.Secundária da Renda Renda Nacional Disponível 2.3.Conta de uso da Renda Poupança Resumo das Contas Correntes 2. Conta de Renda 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 73 Contas de acumulação 3. Conta de Acumulação Saldo da Conta 3.1 Conta de Capital Capacidade ou Necessidade de Financiamento 3.2 Conta Financeira Igual ao da Conta de Capital com sinal trocado 3.3.1. Conta de Outras Variações nos Ativos Financeiros Mudanças no patrimônio líquido resultantes de outras variações no volume dos ativos 3.3.2. Conta de Reavaliação Mudanças no patrimônio líquido resultantes de ganhos/perdas de detenção nominais Resumo das Contas de Acumulação 3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos e Contas de Reavaliação Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 74 Contas de patrimônio 4. Conta de Patrimônio Saldo da Conta 4.1 Conta de Patrimônio Inicial Patrimônio Líquido 4.2. Conta de variação do Patrimônio Variação do Patrimônio Líquido total. Registra saldos das contas de Capital (Variações do Patrimônio líquido resultante de poupança e transferência líquida de capital) e Conta de Outras Variações no Volume dos Ativos e Conta de Reavaliação (3.31 e 3.3.2). 4.3. Conta de Patrimônio Final Patrimônio Líquido Resumo das Contas de Patrimônio Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 75 Tabela de recursos e usos • Tabela de Recursos de Bens e Serviços apresenta a oferta total de Bens e Serviços da economia (produção e importação); • Tabela de Usos de Bens e Serviços apresenta o Consumo Intermediário e a Demanda Final totalizando o demanda da economia; • Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 76 Tabela de Recursos e Usos, Brasil: 1999 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 77 Conta de operações de bens e serviços • É uma conta que é apresentada separada das CEIs (conta 0), sendo considerada a base de todo o sistema, pois retrata a atividade de produção (oferta de bens e serviços) e o destino da produção pelas categorias de demanda final; • Essa conta deve ser interpretada como uma representação agregada das operações que se encontram nas contas dos setores institucionais e nos setores de atividade; • Por convenção, os recursos são lançados do lado esquerdo e os usos do lado direito. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 78 Conta de Operação de Bens e Serviços: Brasil, 1995 - em R$ 1.000 Recursos Operações Usos 1.113.351.626 Produção 61.314.054 Importação de bens e serviços 74.373.434 Impostos sobre produtos 4.875.955 Imposto de importação 69.497.479 Demais impostos sobre produtos Consumo intermediário 541.533.543 Consumo final 513.561.741 Formação bruta de capital fixo 132.753.432 Variação de estoque 11.273.743 Exportação de bens e serviços 49.916.655 1.249.039.114 Total 1.249.039.114 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 79 Oferta e demanda de bens e serviços VP pb + Mcif + Ip = CIpc + Cpc + FBCFpc + VE + Xfob VP pb = Valor da Produção a preços básicos, Mcif = Importações de bens e de serviços de não-fatores (CIF – cost + insurance+ freight) Ip = Impostos sobre Produtos (impostos indiretos), CIpc= Consumo Intermediário a preço de consumidor, Cpc = Consumo Final a preço de consumidor, FBCFpc= Formação Bruta de Capital Fixo a preço de consumidor VE = Variação de Estoque Xfob= Exportação de bens e de serviços de não fatores, valoradas a preço FOB (exclui seguros e fretes). Contas Econômicas Integradas Contas correntes Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 81 Conta de Produção: Brasil, 1995 Fonte IBGE, Em R$ 1000 Usos Operações e Saldos Recursos Produção 1.113.351.626 541.533.543 Consumo Intermediário Impostos sobre Produtos 74.373.434 Imposto de importação 4.875.955 Demais impostos sobre produtos 69.497.479 646.191.517 Produto Interno Bruto – PIB Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 82 Equação da conta de produção • Objetivo da Conta de Produção (conta 1) é deduzir o Valor Adicionado Interno Bruto, ou seja, o PIB. • O Valor da Produção a preço básico é lançado como recurso e acrescido dos impostos sobre produtos (imposto de importação e demais impostos) para ser comparado com o consumo intermediário a preço de consumidor, lançado como um uso. (VP pb + Ip) – CIpc = PIB Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 83 Conta da renda Conta da Renda: – Conta de Distribuição Primária da Renda, – Conta de Distribuição Secundária da Renda – Conta de Uso da Renda. Conta de Distribuição Primária da Renda: – Conta de Geração da Renda – Conta de Alocação da Renda. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 84 Conta de Geração da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000 Usos Operações e Saldos Recursos PIB 646.191.517 247.277.244 Remuneração dos empregados 247.075.857 Residentes 201,387 Não-residentes 104.115.611 Impostos sobre a produção e de importação (–) 3.575.363 Subsídios à produção (–) 298.374.025 Excedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos (EOB) 38.128.990 Rendimento de autônomos (rendimento misto) 260.245.035 Excedente operacional bruto Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 85 Equação da conta de geração da renda PIB - [(W + Wnr) + (Im – Sb)] = EOB W = Remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a residentes, Wnr = Remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a não-residentes por produtores residentes, (W + Wnr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos no país, Im = Impostos sobre Produção e a Importação, que incluem os impostos sobre produtos (Ip) e outros impostos ligados `a produção Sb = Subsídios à produção, EOB = Excedente Operacional Bruto. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 86 Conta de Alocação da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, Em R$ 1000 Usos Operações e Saldos Recursos Excedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos 298.374.025 Rendimento de autônomos (rendimento misto) 38.128.990 Excedente operacional bruto 260.245.035 Remuneração dos empregados 247.133.039 Residentes 247.075.857 Não-residentes 57.182 Impostos sobre a produção e de importação 104.115.611 Subsídios à produção (–) (–) 3.575.363 13.135.440 Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo 3.125.903 636.037.775 Renda Nacional Bruta RNB Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 87 Conceito de residência O IBGE define como unidade residente a “unidade que mantém o centro de interesse econômico no território econômico, realizando, sem caráter temporário, atividades econômicas nesse território”. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 88 Equação da Conta de Alocação da Renda EOB + (W + Wr ) + (Im – Sb) + RLP = RNB • Wr = Remunerações, inclusive encargos sociais e contribuição parafiscais, recebida por residentes, paga por não-residente, • (W + Wr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a residentes no país e no exterior (classificados como não- residentes). • RLP = remuneração líquida dos fatores de produção, constituída por: rendas de capitais, composta por juros, lucros e dividendos e outros serviços de fatores constituído por royalties, patentes e direitos autorais (enviadas e recebidas) • RNB = Renda Nacional Bruta. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 89 Conta de Distribuição Secundária da Renda: Brasil, 1995 - Fonte: IBGE, em R$ 1000 Usos Operações e Saldos Recursos Renda Nacional Bruta 636.037.775 669.595 Transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo(1) 3.994.244 639.362.424 Renda Disponível Bruta(1) RDB (1) Inclui as transferências de capital. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 90 Equação da Conta de Distribuição Secundária da Renda RNB + Tr = RDB • Tr = Transferências líquidas correntes, ou seja, transferências de recursos sem contrapartida no processo produtivo, como o pagamento e recebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio, de operações de seguro, de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entre governos e entre residentes, • RDB = Renda Disponível Bruta. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 91 Conta de Uso da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000 Usos Operações e Saldos Recursos Renda Disponível Bruta(1) 639.362.424 513.561.741 Consumo final 125.800.683 Poupança Bruta(1) Sr (1) Inclui as transferências de capital. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 92 Equação da Conta de Uso da Renda RDB – Cpc = Sr • Cpc = Consumo Final (Famílias e Administrações Públicas), • Sr = Poupança Bruta. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 93 Conta de Capital: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000 Usos Operações e Saldos Recursos Poupança bruta(1) 125.800.683 132.753.432 Formação bruta de capital fixo 11.273.743 Variação de estoque Capacidade (+) ou necessidade (–) de financiamento.(1) (1) Inclui as transferências de capital. (–)18.226.492 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 94 Equação da Conta de Capital Sr – ( FBCFpc + VE) = +- Sext Sext = Capacidade ou Necessidade de Financiamento, que equivale à Poupança Externa. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 95 Conta de operações com o resto do mundo • Traduz as operações que compõem as Transações Correntes do BP; • É apresentada sob a ótica do resto do mundo. Por exemplo, uma importação do Brasil, significa um recurso do Resto do Mundo (o Brasil gera um crédito ao RM). Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 96 Operações Correntes com o Resto do Mundo: Brasil, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000 49.916.655 Exportação de bens e serviços Importação de bens e serviços 61.314.054 11.397.399 Saldo externo de bens e serviços Saldo externo de bens e serviços 11.397.399 57,182 Remuneração dos empregados não- residentes 201,387 Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo Transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo(1) 18.226.492 Saldo externo corrente (1) (1) Inclui as transferências de capital. Conta de bens e serviços do resto do mundoConta 2 – Conta de distribuição primária da renda e transferências correntes do resto do mundo com a economia 3.125.903 13.135.440 3.994.244 669,595 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 97 Equação da Conta de Operações com o Resto do Mundo Xfob – Mcif + (Wr - Wnr) + RLP + Tr = + - Sext • (Wr - Wnr) = Saldo das remunerações a não- residentes (pagas por não-residentes – Wr- - e pagas por residentes – Wnr) • RLP = rendimentos de propriedade, juros, dividendos • (Wr - Wnr) + RLP + Tr = RLE ou BSF + TU = RLE Tabelas de Recursos e Usos Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 99 Tabela de Recursos e Usos I. Tabela de recursos de bens e serviços Oferta Total Produção Importação Quadrante A= Quadrante A1+ Quadrante A2 II. Tabela de usos de bens e serviços Oferta Total Consumo Intermediário Demanda Final Quadrante A= Quadrante B1 + Quadrante B2 Componentes do Valor Adicionado Quadrante C Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 100 Estimativa do valor de produção • Estimativa do Valor da Produção dos setores: baseado no valor das receitas de venda dos bens e serviços, acrescido da variação dos estoques, quando aplicável. Tratamentos especiais: – margens de Comércio e Transportes, – imputação de valores de serviços financeiros e – setor de Aluguéis. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 101 Tratamentos especiais (1) • O setor de atividade Comércio equivale ao valor da produção do produto Margem de Comércio, que é estimado pela diferença entre o valor de compra e valor de venda das mercadorias adquiridas para revenda; • A produção de Transporte equivale ao serviço de transporte realizado por terceiros. • Os produtos gerados pelas atividades de Comércio e Transportes não são consumidos de maneira convencional, mas são incorporados ao preço final de cada produto. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 102 Tratamentos especiais (2) • A produção das empresas financeiras consiste em captar recursos e emprestar a terceiros. Trata-se da soma de receitas por prestação de serviços bancários, receitas de aluguéis de imóveis, diferencial entre juros recebidos e pagos e a diferença entre prêmios de seguros e indenizações pagas. • Já o setor de Aluguéis é considerado pois, por convenção, todo bem de capital gera uma renda. Inclui os imóveis ocupados pelos proprietários (aluguel imputado), para conciliar esta atividade com a FBCF. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 103 Oferta de Bens e Serviços – Fonte: IBGE A1 + A2 Oferta Total a Preço de Consumidor (A) Margem de Comércio Margem de Transporte Impostos sobre Produto Oferta Total a Preço Básico (A1 + A2) Total 1.249.039.114 0 0 74.373.434 1.174.665.680 Brasil: Oferta de Bens e Serviços – 1995 – R$1.000 Tabela de recursos de bens e serviços Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 104 Oferta de Bens e Serviços • Quadrante A – apresenta a oferta total a preços de consumidor por produto. • Oferta total (produção mais importação) é transformada para preço de consumidor, acrescentando-se as margens de comércio e transporte e os impostos sobre produtos. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 105 Recursos de Bens e Serviços: Brasil, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000 Total da Produção Total das Importações Oferta Total a Preços Básicos A1 (total das linhas) A2 A1+ A2 Agropecuária 78.433.497 2.289.139 80.722.636 Extrativa Mineral 10.936.436 3.661.864 14.598.300 Indústria de Transformação 414.350.374 45.806.357 460.156.731 Serviços Industriais de Utilidade Pública 28.627.561 922,439 29.550.000 Construção Civil 91.330.688 0 91.330.688 Comércio 67.588.224 355,475 67.943.699 Transporte 39.003.860 2.505.314 41.509.174 Comunicações 10.155.185 49,784 10.204.969 Instituições Financeiras 61.999.911 322,195 62.322.106 Aluguéis 65.509.806 966 65.510.772 Administração Pública 126.658.919 0 126.658.919 Outros Serviços 118.757.165 5.400.521 124.157.686 Total 1.113.351.626 61.314.054 1.174.665.680 Descrição do produto Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 106 Recursos de Bens e Serviços • A Tabela de Recursos de Bens e Serviços apresenta os totais da oferta de produtos dos setores de atividade (quadrantes A1 e A2). • Mostra por setor de atividade a primeira parte da conta de Operação de Bens e Serviços. • Quadrante A1 apresenta como a produção dos produtos se distribui entre os setores. • Nas colunas está a distribuição dos valores de produção dos setores de atividade. • Nas linhas está a distribuição dos produtos pelas atividades que o produzem. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 107 Usos de Bens e Serviços: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R $ 1000 Descrição do Produto Oferta Total a Preço de Consumidor A Total do Consumo Intermediário B1 Demanda Final B2 Agropecuária 92.509.232 58.565.931 33.943.301 Extrativa Mineral 16.831.150 13.594.484 3.236.666 Indústria de Transformação 578.349.832 295.597.010 282.752.822 Serviços Industriais de Utilidade Pública 32.727.170 22.191.627 10.535.543 Construção Civil 91.644.544 8.992.036 82.652.508 Comércio 8.145.799 7.806.773 339,026 Transporte 31.632.172 15.658.495 15.973.677 Comunicações 12.114.967 6.491.769 5.623.198 Instituições Financeiras 64.961.742 51.494.674 13.467.068 Aluguéis 65.513.443 8.690.821 56.822.622 Administração 126.658.919 0 126.658.919 Outros Serviços 127.950.144 52.449.923 75.500.221 Total 1.249.039.114 541.533.543 707.505.571 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 108 Usos de Bens e Serviços • Tabela de Usos de Bens e Serviços - apresenta o destino da produção de cada setor de atividade. • Quadrantes B1 e B2 mostram: Oferta total (por produto) a preços de consumidor = (CIpc)+(Cpc) +(FBCFpc) + (VE) + (Xfob). • Quadrante B1 - linhas informam como os bens produzidos num setor são consumidos pelos demais setores. Colunas totalizam o consumo intermediário de cada setor de atividade. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 109 Valor Adicionado por Setor: Brasil, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000 Descrição do Produto Valor Adicionado C Total do Valor da Produção do Setor A1 Total do Consumo Intermediário por Setor B1 Agropecuária 51.492.824 83.299.692 31.806.868 Extrativa Mineral 4.944.839 10.181.425 5.236.586 Indústria de Transformação 136.739.102 395.685.039 258.945.937 Siup 15.295.495 27.771.930 12.476.435 Construção Civil 52.708.207 91.348.289 38.640.082 Comércio 51.077.975 82.121.621 31.043.646 Transporte 19.628.211 40.071.847 20.443.636 Comunicações 8.684.995 10.631.222 1.946.227 Instituições Financeiras 45.855.743 62.255.777 16.400.034 Aluguéis 59.558.985 63.093.075 3.534.090 Administração Pública 93.367.860 140.339.186 46.971.326 Outros Serviços 69.034.137 106.552.523 37.518.386 Dummy Financeiro – 36.570.290 0 36.570.290 Total (1) 571.818.083 1.113.351.626 541.533.543 Imp.Líq.Subs. S/ Produto (Ip) (2) 74.373.434 PIB (1) + (2) 646.191.517 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 110 Componentes do VA por Setor: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000 Valor adicionado C Remuneraçõe s EOB + rend.autônomo Imp. Liq. Subs.s/ (W + Wnr) + (EOB) + (Im – Sb) (W + Wnr) (EOB)(Im – Sb) – Ip Agropecuária 51.492.824 7.094.380 46.326.789 – 1.928.345 Ext. Min. 4.944.839 1.296.249 3.315.001 333,589 Ind.de Transf. 136.739.102 39.316.418 84.768.202 12.654.482 SIUP 15.295.495 7.784.153 6.570.962 940,38 Const.Civil 52.708.207 6.819.152 43.009.131 2.879.924 Comércio 51.077.975 19.445.830 29.097.621 2.534.524 Transporte 19.628.211 9.098.233 9.954.834 575,144 Comunicações 8.684.995 2.903.083 5.451.085 330,827 Instituições Financeiras 45.855.743 24.935.923 18.465.217 2.454.603 Aluguéis 59.558.985 1.121.795 57.986.087 451,103 Administração Pública 93.367.860 92.182.527 0 1.185.333 Out.Serviços 69.034.137 35.279.501 29.999.386 3.755.250 Dummy Financeiro – 36.570.290 0 – 36.570.290 0 Total (1) 571.818.083 247.277.244 298.374.025 26.166.814 Imp. Líq. Subs.s/Produto (Ip) (2) 74.373.434 Valor adicionado da economia 646.191.517 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 111 TRU - Planilhas de trabalho Contas Econômicas Integradas por Setor Institucional Feijó et. al. (2003) Capítulo 4 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 113 CEI e setores institucionais • A análise da CEI por setores institucionais é mais rica e detalhada e permite visualizar o mecanismo pelo qual empresas, administração pública, famílias e resto do mundo contribuem no processo de geração, apropriação, distribuição e uso da Renda Nacional. • A abordagem das Contas Nacionais pela ótica dos setores institucionais foi originalmente criada por Keynes nos anos 40, a qual deu origem à primeira versão do Manual de Contas Nacionais das Nações Unidas em 1953. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 114 Setores institucionais: definição • Setores Institucionais são unidades institucionais capazes de possuir bens e ativos; contrair responsabilidades e de se envolver em atividades econômicas e operações com outras unidades econômicas, sejam estas residentes ou não residentes no território nacional. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 115 Classificação dos Setores Institucionais (1) • Empresas Não-financeiras: produzem bens e serviços através da transformação de insumos e da contratação de mão-de-obra. • Empresas Financeiras: criam meios de pagamentos e/ou fazem intermediação de recursos de setores superavitários para os setores demandantes de recursos financeiros. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 116 Classificação dos Setores Institucionais (2) • Administrações Públicas: prestam serviços de natureza pública e obtêm recursos via taxação de seus serviços ou cobrança de impostos; • Famílias: têm por objetivo adquirir bens de consumo. São as unidades de produção não incluídas no setor empresas não-financeiras, como unidades rurais, algumas microempresas, IPSFL; • Resto do Mundo: corresponde às transações econômicas de um país com as demais nações. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 117 Unidades institucionais As unidades institucionais podem ser: • Pessoas físicas ou grupos de pessoas agrupadas em famílias. As famílias podem compreender unidades de consumo, ou unidades produtivas sem a necessária constituição legal de uma empresa. • Pessoas jurídicas ou sociedades legalmente constituídas. As pessoas jurídicas compõem as empresas, administrações públicas, ou instituições sem fins lucrativos. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 118 Famílias: informações adicionais • Se uma unidade produtiva pertencente à família não é legalmente (formalmente) constituída em empresa (sociedade, ou pessoa jurídica), é considerada como parte integrante do setor institucional família. • Embora sejam primordialmente unidades consumidoras, as famílias também realizar qualquer tipo de atividade econômica: podem oferecer mão-de-obra e capital às empresas, e podem gerir as suas próprias unidades de produção na forma de empresas não constituídas legalmente. • Nas Contas Nacionais do Brasil, a produção familiar compreende o setor informal. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 119 Empresas não-financeiras privadas • Âmbito - Cadastro de empresas do IBGE x SRF, exceto empresas públicas, APU’s, empresas financeiras e de seguros; • Fonte de dados - IRPJ, pesquisas do IBGE (indústria, comércio e serviços) e balanços. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 120 Empresas não-financeiras públicas • Âmbito - empresas não-financeiras em nível federal, estadual e municipal, cujo controle acionário pertence ao governo • Fonte de dados: Pesquisa Estatísticas Econômicas das Empresas Públicas Não- Financeiras - EPU • Empresas reclassificadas como APU Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 121 CEI com SI empresa não-financeira Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 122 Conta Operações de Bens e Serviços e Operações Correntes com o Resto do Mundo • São apresentadas como duas colunas no lado direito e esquerdo. Conta de Bens e Serviços: – lado esquerdo: recursos ou a oferta de bens e serviços - importação e produção, juntamente com os impostos líquidos de subsídios sobre produtos. – lado direito: usos do total da economia e do resto do mundo - exportações, consumo intermediário. • Conta Resto do Mundo, do lado esquerdo (recurso) estão registradas as importações e do lado direito (uso) as exportações. • Ver Planilha em Excel. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 123 CEI com setores institucionais Bens e Serv. Resto do Mundo Resto do Mundo Bens e Ser. (Rec) (Rec.) Total da Economia Setores Institucion ais Setores Institucionais Total da Economia (Usos) (Usos) Operações, Saldos, Ativos e Passivos Contas Correntes Usos Recursos Contas de Acumulação Variação de ativos Variação de passivos e patrimônio líquido Contas de Patrimônio Ativos Passivos e Patrimônio Líquido Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 124 CEI com SI: Conta de Produção Setores Institucionais Uso Saldo da Conta Valor da Produção Impostos sobre Produtos Consumo Intermediário Total da Economia VPpb Ip Cipc PIB Emp. Não Financeiras1 VPpb 1 CIpc 1 PIB1 Empresas Financeiras2 VPpb 2 CIpc 2 PIB2 Administrações Públicas3 VPpb 3 CIpc 3 PIB3 Famílias4 VPpb 4 CIpc 4 PIB4 Recurso Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 125 Conta de Geração da Renda com SI Saldo da Conta Setores Institucionais Excedente Operacional Bruto Total da Economia PIB (W + Wnr ) (Im – Sb) EOB Imposto sobreProduto e Importação Ip Ip Empresas Não Financeiras1 PIB1 (W + Wnr )1 (Im – Sb ) 1 EOB1 Empresas Financeiras 2 PIB2 (W + Wnr )2 (Im – Sb ) 2 EOB2 Administrações Públicas3 PIB3 (W + Wnr )3 (Im – Sb ) 3 Famílias4 PIB4 (W + Wnr )4 (Im – Sb ) 4 EOB4 RemuneraçõesPIB Recurso Uso Outros Impostos Líquidos sobre a Produção Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 126 Conta de Geração da Renda PIB – ( W + Wnr) + (Im – Sb) = EOB • Remunerações e Impostos sobre a Atividade são lançados como uso. • Excedente Operacional Bruto obtido por diferença. • Administrações Públicas têm Excedente Operacional Bruto nulo. • Impostos sobre Produtos não são identificados por setor institucional.Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 127 Conta de Alocação da Renda Setores Institucionais Excedent e Operacio nal Bruto Remuneraç ões Outros Impostos Líquidos sobre a Produção Renda Nacional Bruta Total da Economia EOB (W + Wr ) (Im – Sb) RLP RNB Emp. Não Financeiras1 EOB1 RLP1 RPrB1 Empresas Financeiras 2 EOB2 RLP2 RPrB2 Adm. Públicas 3 (Im – Sb ) 3 RLP3 RPrB3 Famílias4 EOB4 (W + W r )4 RLP4 RPrB4 Saldo da Conta Recurso Saldo das Rendas Líquidas de Propriedade (recebimentos – pagamentos). Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 128 Rendimentos de propriedade (RLP) • Juros efetivos (contratos); • Juros imputados (famílias): FGTS, PIS/Pasep; • Rendas recebidas pelo aluguel da terra; • Dividendos; • Participação nos lucros; • Prêmios de seguro e indenizações. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 129 Conta de Alocação da Renda EOB + ( W + Wr) + (Im – Sb) + RLP = RNB • Conta de ajustes entre os setores institucionais referentes ao pagamento e recebimento de rendas de propriedade. • O saldo desta conta é a Renda Nacional Bruta ou Renda Primária dos setores institucionais (RPrB). • Considera-se o somatório das rendas primárias (como recurso) mais o saldo dos rendimentos referentes à remuneração do capital. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 130 Conta de Distribuição Secundária da Renda Set. Instituc. Recurso SaldoIR e Pat. Saldo Cont.S. Saldo Ben. S. Renda Nac. Br. (IReP) (CS) (BS) Tot. Econ. RNB 0 0 0 Tr RDB Emp. Não Fin.1 RPrB1 IReP1 Tr1 RDB1 Emp.Fin2 RPrB2 IReP2 CS2 BS2 Tr2 RDB2 Adm. Púb.3 RPrB3 IReP3 CS3 BS3 Tr3 RDB3 Famílias4 RPrB4 IReP4 CS4 BS4 Tr4 RDB4 Saldo de Outras Transf. Saldo da Conta Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 131 Conta de Distribuição Secundária da Renda RNB + Tr = RDB • Conta mostra como a renda é redistribuída para se chegar ao agregado Renda Nacional Disponível. Agregados de interesse: – RDB1 + RDB2 = Renda Bruta Disponível das Empresas. – RDB1+RDB2 + RDB4 = Renda Disponível Privada – RDB3 = Renda Líquida do Governo – Renda Disponível Bruta Privada - impostos diretos = Renda Pessoal Disponível Bruta. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 132 Conta de Uso da Renda Setores Instituc. Recurso Uso Saldo da Conta: RDB Consumo Final Poupança Bruta Total da Economia RDB C Sr Emp.Não Fin1 RDB1 S 1 Empresas Financeiras2 RDB2 S 2 Administrações Públicas3 RDB3 C3 S 3 Famílias4 RDB4 C4 S 4 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 133 Conta de Uso da Renda RDB – C = Sr • OBSERVAÇÃO: Ajuste à Renda Disponível dos setores institucionais = a parcela equivalente ao Ajustamento pela Variação das Participações Líquidas das Famílias em Fundos de Pensões, FGTS e PIS/PASEP (não são transferências). Ver item D8 da planilha. • Contribuições aos fundos privados de pensões e Receitas de pensões são aquisição e cessão de ativos. São adicionadas à renda antes de subtrair os gastos com consumo. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 134 Conta de Acumulação: Conta de Capital Recurso Poupança Bruta Formação de Capital (2) Variação de Estoques (3) Total da Economia Sr FBCFpc VE -+ Sext Empresas não Financeiras1 S 1 FBCFpc 1 VE1 -+ Sext 1 Empresas Financeiras2 S 2 FBCFpc 2 0 -+ Sext 2 Administrações Públicas3 S 3 FBCFpc 3 0 -+ Sext 3 Famílias4 S 4 FBCFpc 4 VE4 -+ Sext 4 Setores Institucionais Uso Saldo da Conta Transferências líquidas de capital (4): Capacidade/necessidade de financiamento[(1)+(4)]- [(2)+(3)] Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 135 Conta de Acumulação: Conta de Capital Sr - (FBCFpc + VE ) = -+ Sext • OBSERVAÇÃO: Na Conta de Capital são identificadas as transferências de capital que apresentam a variação do patrimônio líquido resultante das operações financeiras como contrapartida dos empréstimos e das dívidas contraídas. Por convenção, os lançamentos das transferências de capital a receber e a pagar aparecem ambas no lado dos recursos • Recursos da Poupança são recursos à disposição da aquisição de bens de capital, através de operações no mercado financeiro. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 136 Conta de Capital: Administrações Públicas • A necessidade de financiamento das Administrações Públicas corresponde ao déficit do governo, segundo as Contas Nacionais. • Método “acima da linha”* (diferença entre recursos e usos): -Sext 3 = Déficit do Governo = (FBCF3) – (RDB3 - C3) + Saldo das Transferências Líquidas de Capital * Só em CN. No BC é abaixo da linha, com o endividamento líquido do governo. O Balanço de Pagamentos Paulani & Braga, 2000, cap. 5 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 138 Introdução • Economias abertas têm uma série de relações econômicas com outros países, envolvendo trocas de mercadorias, fatores de produção e ativos financeiros, • Com a globalização, tais relações econômicas se aprofundam; • O Brasil e o Balanço de Pagamentos (BP). Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 139 BP: conceitos • No BP são registradas todas as transações econômicas que o país realiza com o resto do mundo; • O BP registra todas as transações entre residentes e não residentes de um país num determinado período de tempo; • Os registros do BP são efetuados em dólar norte-americano. • No BP também vale o princípio das partidas dobradas. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 140 Definição de residência • Define-se como residentes de um país todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que tenham esse país como seu principal centro de interesse. • Todas as pessoas que moram permanentemente no país (residência fixa); • Pessoas que moram no país, mas estão temporariamente fora por turismo ou negócio; • Empresas sediadas no país, inclusive filiais de multinacionais. • Embaixadas e consulados que se encontram em outros países. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 141 Estrutura do BP (parte I) 1. Balança comercial 1.1 Exportações 1.2 Importações 2. Balança de serviços 2.1 Transportes: fretes, seguros, etc. 2.2 Turismo e viagens internacionais 2.3 Rendas de capital (remessa de lucros, lucros reinvestidos e juros) 2.4 Serviços governamentais 2.5 Diversos 3. Transferências unilaterais 4. Saldo do BP em transações correntes (1 + 2 + 3) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 142 Estrutura do BP (parte II) 5. Movimento de capitais 5.1 Investimentos diretos 5.2 Reinvestimentos 5.3 Empréstimos e financiamentos 5.4 Amortizações de empréstimos 5.5 Capitais de curto prazo 5.6 Outros capitais 6. Erros e omissões 7. Saldo total do BP (4 + 5 + 6) 8. Transações compensatórias 8.1 Variação de reservas 8.2 Operações de regularização 8.3 Atrasados Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 143 Algumas relações importantes T = Transações correntes STBP = Saldo total do BP Kc = capitais (transações) compensatórios Ka = capitais autônomos (movimento de capitais) K = Ka + Kc Assim: T = - K, ou T = T = - (Ka + Kc) e STBP = - Kc Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M.Mathias 144 Lançamentos contábeis no BP (I) 1. Balança comercial • Exportações (+) • Importações (-) 2. Balança de serviços • Entrada de recursos (+) • Saída de recursos (-) • Lucros reinvestidos (-) 3. Transferências unilaterais • Entradas de recursos ($) e mercadorias (+) • Saídas de recursos ($) e mercadorias (-) • Mercadorias: alimentos, medicamentos, roupas Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 145 Lançamentos contábeis no BP (II) 5. Movimento de capitais • Entrada de recursos (+) • Saída de recursos (-) • Reinvestimentos (+) (contrapartida de lucros reinvestidos) 8. Transações compensatórias • Variação positiva de reservas (-) • Variação negativa de reservas (+) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 146 Dicas sobre lançamentos • Os registros de um BP são realizados com base no princípio contábil das partidas dobradas e portanto, do ponto de vista contábil, o BP está sempre equilibrado • Operações que indicam entradas e saídas de recursos monetários têm como contrapartida a variação de reservas; • Operações que indicam entradas e saídas de mercadorias, máquinas e equipamentos, etc., têm como contrapartida a Balança Comercial. • A contrapartida de lucros reinvestidos (-) são os reinvestimentos (+). Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 147 Exemplo, p. 136-137 • O país exporta, recebendo à vista US$ 350 milhões; • O país exporta mercadorias no valor de US$ 50 milhões, financiadas a longo prazo; • O país importa mercadorias, pagando à vista US$ 250 milhões; • O país paga, à vista, fretes no valor de US$ 20 milhões; • O país gasta US$ 20 milhões com viagens ao exterior; • O país recebe US$ 5 milhões provenientes de turismo; • O país remete ao exterior US$ 50 milhões de lucro; • Lucros de US$ 20 milhões são reinvestidos no país. • O país paga amortizações no valor de US$ 35 milhões • O país paga juros num total de US$ 50 milhões; • Ingressam no país US$ 20 milhões sob a forma de IDE; • O país importa máquinas e equipamentos no valor de US$ 65 milhões, financiados a longo prazo; • O país recebe US$ 5 milhões provenientes de envio de recursos de não residentes a familiares no país; • O país recebe donativos, em mercadorias, no valor de US$ 5 mi; • O país obtém US$ 35 milhões de empréstimos; • O país recebe capitais de curto prazo no valor de US$ 30 milhões; • O país paga atrasados no valor de US$ 10 milhões. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 148 RLEE e TLRE (Simonsen, 1995) RLEE = BSF + TU RLEE = Renda liquida enviada ao exterior BSF = Balança de serviços fatores TU = Transferências unilaterais TLRE = BC + BSNF TLRE = Transferência liquida de recursos ao exterior BC = Balança comercial BSNF = Balança de serviços não-fatores STC = RLEE + TLRE Números-índice Feijó et alii (2003), capítulo 11 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 150 Números-índice: definição • É uma medida que sintetiza, em uma expressão quantitativa, a variação média, entre duas situações, de todos os elementos de um conjunto. As situações comparadas por um número-índice podem ser períodos de tempo, regiões geográficas ou conjuntos de pessoas. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 151 A importância da referência temporal PIB cresce 1,51% em 2002 • A afirmação indica que a variação do PIB entre a média de 2001 e a média de 2002 é de 1,5%. • Qualquer variação deve ter sua referência temporal explicitada. • Podemos ter, por exemplo, variações entre médias, entre pontos, acumuladas no ano, acumuladas em 12 meses. • Os números índices são uma ferramenta auxiliar no cálculo dessas diversas variações. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 152 Números-índice: aplicações na Economia • Objetiva-se medir variações no tempo de determinadas operações econômicas. • Estas operações podem ser mensuradas de três maneiras: - Unidades monetárias - VALOR, - Unidades físicas - QUANTIDADE - Valor unitário - PREÇO. VALOR = QUANTIDADE X PREÇO Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 153 Números-índice: produtos e atividades • Em economia, a unidade de informação são os bens e serviços transacionados. • São chamados genericamente de produtos e caracterizados pelo tipo de operação econômica ao qual estão associados. Exemplo: – O valor da produção de uma empresa é calculado pela soma do valor dos produtos que produz. – O gasto mensal de uma família é medido pelo valor dos bens e serviços consumidos. • NÚMEROS-ÍNDICE são calculados a partir dos produtos transacionados. • CNAE: 4 níveis (Seção, divisão, grupo e classe) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 154 O Período de Coleta • Um número-índice apresenta a variação de um conjunto de produtos entre dois períodos de tempo. Qual o momento da coleta? • Dois tipos de coleta: NO MESMO DIA - chamado de ponto a ponto: Os dados são coletados em um mesmo dia: a variação é obtida pela relação de um vetor de dados (por produto) referenciado a um dia com um outro vetor referenciado a um dia anterior. AO LONGO – chamado de ao longo Dados são coletados durante um período. Para obter-se um vetor de dados calcula-se a média dos dados para cada período e a comparação é feita entre esses vetores. EX: Diversos IGP. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 155 Percentual/ Multiplicador/ Número-índice Período 0 - preço de 400,00 $/ton e Período 1 - preço de 600,00 $/ton. Variação de preços: 600 / 400 = 1,50 => variação percentual de (1,50-1) x 100 = 50%; => um número-índice de 1,50 x 100 = 150; => um multiplicador de 1,50. Relações entre representações: número-índice = variação percentual + 100 número-índice = multiplicador x 100 multiplicador = (variação percentual / 100 ) + 1 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 156 Exemplo: p. 346 (Feijó et alii, 2003) No Brasil, o preço de um produto passou de R$ 5.000,00 para R$ 97.000,00 entre dois períodos. Calcule a variação percentual, o número-índice e o multiplicador que representam essa variação: Variação do preço = 97.000/5.000 = 19,4 • Percentual = (19,4 – 1) X 100 = 1.840% • Número-índice = 19,4 X 100 = 1.940 • Multiplicador = 19,4 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 157 Outro exemplo (p. 346) Sabendo-se que um produto teve um aumento de 367% entre dois períodos e que seu preço no período inicial era de 720 $/unidade, calcule seu preço no período final. Variação de preços = 367% Multiplicador de (367/100) + 1 = 4,67 Preço do período final = 720 X 4,67 = 3.362,70 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 158 O conceito de relativo • É associado à variação do valor, preço ou quantidade de um único produto para uma dada operação econômica (consumo, exportação, produção, etc.). Seu cálculo é feito diretamente pela razão dos valores entre o período final e inicial. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 159 O conceito de relativo: variação de preços 100 0 i p t i p p i t 0, x= Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 160 O conceito de relativo: variação de quantidades 100 0 i q t i q q i t 0, x= Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 161 Período-base • É o período ao qual todosos relativos de uma série estão associados (escolhe-se um ano ou mês de referência). • p01 – número-índice entre o período 0 e 1 • p02 – número-índice entre o período 0 e 2 • p03 – número-índice entre o período 0 e 3 • p0n – número-índice entre o período 0 e n Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 162 Um exemplo: p. 348 (planilha Excel) Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $ 1985 2 2 4 1986 3 5 15 1987 9 7 63 1988 29 15 435 Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $ 1985 100 100 100 1986 150 250 375 1987 450 350 1.575 1988 1.450 750 10.875 Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $ 1985 22,22 28,57 6,35 1986 33,33 71,43 23,81 1987 100,00 100,00 100,00 1988 322,22 214,29 690,48 Informações de preço e quantidade (1985-1988) Número-indice: base 1985 Número-indice: base 1987 Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 163 Elos relativos e relativos em cadeia • A seqüência seguir representa os relativos de preços (variação de preços do período 2 em relação a 1, 3 em relação a 2, etc.): p12, p23, p34, p45, p56 • O encadeamento dos elos permite o cálculo da variação total do período. Por exemplo, a variação entre o período 4 e o período 1 pode ser calculada da seguinte forma: Ip14 = (Ip12 x Ip23 x Ip34) Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 164 Bases de uma série de números-índice • BASE FIXA - a série de números - índice é toda referenciada ao mesmo período (fixo). Exemplo: v01, v02, v03, v04,..........,v0n • BASE MÓVEL - o período de referência (base) muda para cada elo relativo calculado. Exemplo: base no período anterior p01, p12, p23, p34,..., pn-1n Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 165 Critérios de avaliação de um número-índice • IDENTIDADE Ia , a = 1,0 ou 100 • PROPORCIONALIDADE Ia , b = λ quando todos os produtos tiverem variação constante e igual a λ • MUDANÇA DE UNIDADE Ia , b é invariante à mudanças na unidade de medida adotada • REVERSIBILIDADE Ia , b x Ib , a = 1,0 ou 100 • CIRCULAR Ia , b x Ib , c x Ic , a = 1,0 ou 100 • CIRCULAR MODIFICADA Ia , b x Ib , c x Ic , d = Ia , d Ver exemplo na planilha de Excel. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 166 Decomposição das causas • Trata-se de uma propriedade desejável para um número-índice, em que a variação em valor de determinada variável pode ser obtida diretamente a partir de sua variação de preço multiplicada pela variação de quantidade. Variação de preço x Variação de quantidade = Variação de valor Ip x Iq = Iv Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 167 Decomposição de causas: exemplo Ver planilha de Excel. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 168 Emprego de médias para o cálculo de números-índice • Diferentemente da análise de um produto isolado, para um conjunto de produtos utilizam-se médias, de forma a sintetizar a variação de todos os produtos em uma única variação. São os índices agregativos: 1. Razão da média aritmética dos preços e das quantidades para cada período (Bradstreet); 2. Média aritmética dos relativos de cada produto (Sauerbeck). Resolve o problema de adicionar unidades diferentes. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 169 Definições para as fórmulas • Período de tempo: 0 ... t • n = número de produtos • i = produto • Σ = somatório • p = preços • q = quantidades Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 170 Índice de Bradstreet - Preços 100 p i0 p it100 n p i0 n p it I p t0, xx ∑ ∑ = ∑ ∑ = Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 171 Índice de Bradstreet - Quantidade 100 q i0 q it100 n q i0 n q it t0, I q xx ∑ ∑ = ∑ ∑ = Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 172 Índice de Sauerbeck – Preços 100 n p i t0,100 n p i0 p it I p t0, xx ∑ = ∑ = Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 173 Índice de Sauerbeck – Quantidades 100 n q i t0,100 n q i0 q it I q t0, xx ∑ = ∑ = Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 174 Números-índice em CN QUADRO 4 - SÉRIE ENCADEADA DO ÍNDICE TRIMESTRAL Índice de volume - média de 1990 = 100 Agropecuária Indústria Serviços VApb PIB pm 1991.I 89,49 85,12 93,47 91,21 91,01 1991.II 111,09 103,67 101,06 103,44 103,21 1991.III 106,57 112,82 105,06 108,65 108,41 1991.IV 98,34 99,44 101,74 101,73 101,50 ....... 132,28 122,30 115,35 126,28 127,26 1999.IV 121,96 119,81 115,47 124,73 125,69 2000.I 127,72 115,64 114,80 123,31 123,96 2000.II 150,81 121,51 117,62 128,88 130,08 Fonte: IBGE, Diretoria de P esquisas, Departamento de Contas Nacionais Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 175 Um exemplo: taxa de crescimento do volume (trimestre contra trimestre) • Taxa calculada a partir da série observada (Quadro 4) • No 2º trimestre de 1996 esta comparação seria: NI 1996.II / NI 1995.II Para o PIB pm Multiplicador = (119,08 / 116,56) =1,02162 1,02162 x 100 = 102,16 Percentual = 102,16-100 = 2,16% Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 176 Taxa acumulada em 4 trimestres => Calculada a partir da série observada (Quadro 4) No 2º tri mestre de 1996 esta comparação seria: (NI 1996.II + NI 1996.I + NI 1995.IV + NI 1995.III) / (NI 1995.II + NI 1995.I + NI 1994.IV + NI 1994.III) Para o PIB pm (119,08 + 113,44 + 115,85 + 117,84) / (116,56 + 115,01 + 116,69 + 116,25) =1,09743 1,09743 x 100 = 109,74 109,74 - 100 = 9,74% Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 177 Trimestre contra o trimestre (imediatamente) anterior => Calculada a partir da série ajustada sazonalmente (Quadro 5) No 2º trimestre de 1996 esta comparação seria: NI 1996.II / NI 1996.I Para o PIB pm (118,05 / 117,32) =1,0062 1,0062 x 100 = 100,62 100,62-100 = 0,62% Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 178 Números-índice ponderados • A importância relativa dos produtos (pesos) deve ser captada pelos números-índice. Portanto, deve ser considerada uma base de ponderação (ver planilha de Excel). Sejam: • ωit o peso do produto i no total das transações, no período t. • vit o valor transacionado do produto i, no período t. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 179 Estrutura de pesos =ω i t = ∑ v it v it ∑ q it p i t q it p i t x x Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 180 Índice de Laspeyres • Média aritmética ponderada das variações de cada produto. • Período inicial do índice é escolhido como referência para o cálculo dos pesos. Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias 181 Índice de Laspeyres - Preços ∑ ∑ q i0 p i 0 q i0 p i t x
Compartilhar