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Aluno Desastre Conceitos 2

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Gestão de Desastres
“Toda crise é uma oportunidade...”
INTRODUÇÃO
É sabido que desastre é séria interrupção no funcionamento de uma comunidade ou sociedade, com impactos sobre pessoas, bens, economia e meio ambiente que excede a capacidade dos afetados para lidar com situação mediante o uso de seus próprios recursos.
Tradicionalmente, as pessoas tendem a pensar na Gestão de Desastres só em termos de pós-desastre, ou seja, ações emergenciais tomadas pelos agentes de assistência e reconstrução. Muitas pessoas ainda pensam em desastres como "acidentes" ou eventos que não podem ser antecipados. Isso resulta em um foco na resposta às necessidades imediatas criadas por um desastre em vez de prevenir ou reduzir os efeitos. No entanto, muitos gestores de desastres modernos podem estar muito mais envolvidos nas atividades prédesastres do que em resposta a desastres. Isso acontece porque muitos profissionais trabalham no campo do desenvolvimento econômico, urbano, regional e agrícola. Na verdade, ao lidar com os desastres, a grande maioria das atividades de gestão de desastres está relacionada a projetos de desenvolvimento.
Claro, gestão de desastres abrange também a área de assistência de emergência e manutenção a longo prazo de refugiados e pessoas deslocadas. Portanto, a atividade de gestão de desastres é altamente especializada e requer muitas habilidades não só de desenvolvimento, mas também uma visão geral de política, legislação e assistência humanitária.
A expressão “redução de desastres” concentra-se no conceito e na prática de: “reduzir o risco de desastres mediante esforços sistemáticos dirigidos a análise e a gestão dos fatores causadores dos desastres, o que inclui a redução do grau de exposição às ameaças (perigos), a diminuição da vulnerabilidade das populações e suas propriedades, uma gestão prudente dos solos e do meio ambiente e o melhoramento da preparação diante dos eventos adversos.
O Quadro de Hyogo concentra-se na construção de resiliência nacional e comunitária para desastres. Ele descreve três objectivos estratégicos:
1) Introdução da redução de risco de desastres no planejamento para o desenvolvimento sustentável em nível nacional e local;
2) Instituições, mecanismos e capacidades para construir desenvolvimento e fortalecimento de resistência a riscos;
3) Incorporação sistemática de redução de risco se aproxima para a implementação de preparação para emergências, resposta e recuperação .
Lições tiradas dos desastres
Importância da preparação para desastre /// * Formação adequada de pessoal. /// * Abastecimento de água potável é essencial para controle de uma epidemia ///* Há necessidade de um plano nacional para desastres. /// * Desenvolvimento de sistemas de transporte. /// * Veículos adaptados para resgates /// As necessidades das vítimas são prioritárias /// Planejar a reabilitação a longo prazo ///
* Boas comunicações são essenciais /// * As doações devem ter códigos (cores) /// * Armazenagem de artigos e medicamentos essenciais.
Experiência de Desastre
* Abrigo temporário (dignidade humana) /// * Produtos derivados de sangue (população doa) /// Abastecimentos (descarga, armazenagem, distribuição) /// * Etiquetagem (embalagens corretamente marcadas) /// * Separação (demanda tempo e pessoas) /// * Veículos particulares (congestionam as rodovias) /// * Fadiga (repouso, distração, televisão e jornais) /// * Meios de comunicação (inibir notícias sensacionalistas) /// * Visitantes (não permitir) /// * Sentimento de solidariedade e ajuda mútua. /// * Epidemias não são inevitáveis. /// * Foco na rede de distribuição de água potável /// * Cuidados com despejos e esgotos. /// * Pode haver necessidade vacinação. /// * Pode ocorrer fome.
O foco da Gestão de Desastres
O principal foco da gestão de desastres é prevenir desastres sempre que possível, ou para mitigar aqueles que são inevitáveis.
Definição de Gestão de desastres
A "Gestão de Desastres" pode ser definida como o conjunto de atividades destinadas a manter o controle em situações de desastres e emergências, em quaisquer de suas fases, e, ainda, fornecer um programa de assistência para ajudar as pessoas em situação de risco para evitar ou recuperar-se do impacto de desastres.
Metas da Gestão de Desastres
(1) entender os mecanismos dos fenômenos1Conhecer a ameaça!
 naturais e/ou antrópicos;
(2) aumentar a resistência2Reduzir a vulnerabilidade!
 da sociedade contra esses fenômenos.
Objetivos da gestão de desastres
* prevenir ou minimizar o prejuízo com desastres naturais e/ou antrópico.
* reduzir o impacto ou as consequências negativas de eventos adversos.
* reduzir ou evitar perdas humanas, econômicas e físicas sofridas pela comunidade.
* reduzir o sofrimento das pessoas.
* acelerar a recuperação.
Elementos de Gestão de Desastres 
Um gestor de desastres deve lidar com seis conjuntos distintos de atividades, a fim de alcançar o sucesso no desenrolar dos acontecimentos relacionados com os desastres, esses incluem: a) Gestão de Riscos; b) Gestão de Perdas; c) Controle de Eventos; d) Gestão de Assistência; e) Gestão de Recursos; f) Gestão de Redução de Impacto. 
a) Gestão de Riscos
Consiste em identificar ameaças (susceptíveis de ocorrer), determinar a sua probabilidade de ocorrência, estimar o impacto que a ameaça poderá causar às comunidades em risco, determinando as medidas que podem reduzir o risco e tomar medidas para reduzir a ameaça. A gestão de riscos em desastres naturais inclui: 
• mapeamento de ameaças /// • mapeamento da vulnerabilidade /// • mapeamento de risco
• estimativa das perdas potenciais: perdas de habitações e estruturas físicas; perdas agrícolas; perdas econômicas; prejuízos à infraestrutura física (estradas, linhas elétricas, abastecimento d’água)
• desenvolvimento de prevenção e estratégias de mitigação apropriadas ao desastre. 
A gestão de riscos é realizada para diminuir os efeitos do desastre (natural e/ou antrópico), por meio de ações em projetos de desenvolvimento que irão reduzir os riscos a um nível aceitável. Como exemplo, se a inundação é caracterizada como risco, este pode ser reduzido por meios físicos, medidas estruturais, tais como barragens, diques de controle de enchentes, ou canalização dos córregos. O risco pode também ser reduzido removendo comunidades ameaçadas de planícies de inundação e/ou restringindo atividades econômicas na zona de inundação, só para aquelas não vulneráveis, que poderiam absorver as perdas de inundação (ex. silvicultura ou agricultura). 
b) Gestão de Perdas. 
Perdas em desastre incluem perdas humanas, estrutural e econômica. Assim, Gestão de Perda aborda a concepção de ações pré e pós-desastre a fim de manter as perdas ao mínimo possível. As atividades mais eficazes de gestão de perda pré-desastre estão focadas na redução da vulnerabilidade da sociedade para o desastre. Essas ações incluem:
• melhorar a resistência dos edifícios e estruturas físicas em caso de desastre 
• proporcionar maior segurança para os ocupantes de edifícios ou estabelecimentos situados em áreas de risco 
• aumentar e/ou diversificar a rede de apoio social e os mecanismos para as vítimas e as comunidades em áreas ameaçadas. 
A gestão de perda pós-desastre se concentra em melhorar a resposta e em expandir o apoio às vítimas. Como exemplo, facilitar a entrega de mantimentos e estímulo a uma rápida recuperação.
c) Controle de Eventos 
O elemento crítico da gestão de desastres é o controle de eventos durante e após a emergência. O controle é mantido por meio das seguintes medidas:
. Antecipação de um desastre e as relações de causa e efeito gerado por cada tipo de evento;
. Mitigação, para reduzir os efeitos da desastre.
. planejamento de respostas adequadas. 
. Ocorrido o desastre, coleta de informações precisas e de avaliação das prioridades e resposta.
. A resposta equilibrada ao tipo de desastre;
. A ação de resposta deve começar imediatamente. 
. Respostas rápidas e oportunas ajudam a dar esperança às pessoas
e incentivá-las a tomar medidas positivas, de modo a ajudar a atender suas necessidades. A resposta atrasada leva à confusão e frustração e pode agravar o desastre.
. Gestores de desastres, sistemas de gestão de desastres e organizações, e todos os pessoal-chave no processo de gestão de desastres deve operar de forma ordenada, precisa, disciplinada e confiante.
d) Gestão de Assistência
Assegurar que todas as vítimas de desastres sejam tratadas com justiça e igualdade é um elemento importante de gestão de desastres. Isto é especialmente importante quando uma variedade de diferentes agências humanitárias, cada uma com diferentes públicos, exigências de gestão e doadores, estão tentando prestar assistência.
e) Gestão de Recursos
Poucos gestores de desastre dispõem de recursos suficientes para atender todas as necessidades decorrentes e sob as exigências de um ambiente pós-desastre. Assim, a gestão de recursos torna-se um elemento essencial da resposta a desastre.
f) Gestão de Redução do impacto
Os desastres podem ter um impacto humano muito além daqueles percebidos imediatamente ao evento natural e/ou antrópico de origem, perdas físicas, ou econômicas. Uma perda de oportunidades, não só para indivíduos, mas também para sociedades inteiras. Eles também podem ser um sério revés para o programa de desenvolvimento do país inteiro.
Momentos da Gestão de Desastres
*Antes: anterior à ocorrência do desastre.
*Durante: o momento de impacto.
*Após: posterior ao impacto.
i) Antes: Prevenção, Mitigação3Mitigação: pretende minimizar o impacto do mesmo, reconhecendo que muitas vezes não é possível evitar sua ocorrência.
, Preparação, Alerta4Alerta: corresponde à notificação formal de um perigo iminente.
Antes de um desastre (pré-desastre). Atividades de pré-desastre são aquelas que são tomadas para reduzir as perdas humanas e os prejuízos causados à prpriedade por um perigo potencial.
* Prevenir para evitar maiores impactos;
* Mitigar para minimizar os impactos;
* Preparar para organizar as ações de resposta;
* Alertar para a presença iminente de um perigo.
ii) Durante: Resposta
* evacuação da comunidade afetada;
* assistência, busca e resgate;
* restauração dos serviços básicos;
* iniciar reparação de infraestrutura vital.
iii) Depois: Reabilitação5Reabilitação: período de transição que se inicia ao final da emergência e no qual se restabelecem os serviços vitais indispensáveis e os sistemas de abastecimento da comunidade afetada.
 e Reconstrução
* Dar início à recuperação e reabilitação de comunidades afetadas.
* Restabelecer os serviços vitais indispensáveis e o sistema de abastecimento da comunidade afetada;
* Reparar a infraestrutura afetada e restaurar o sistema produtivo;
Ciclo de Gestão de Desastre
Gestão de Desastres é um processo cíclico e contínuo. O ciclo completo de gestão de desastres inclui prevenção, mitigação, preparação, alerta, resposta, recuperação (reabilitação/reconstrução). Estas etapas correspondem ao esforço de prevenir a ocorrência do desastre, mitigar as perdas, preparar-se para as consequências, alertar, responder às emergências e recuperar-se dos efeitos dos desastres.
PREVENÇÃO
Engloba o conjunto de ações que visam evitar que o desastre aconteça ou diminuir a intensidade de suas consequências. Dessa forma, a prevenção de desastres expressa o conceito e a intenção de evitar por completo os possíveis impactos adversos, mediante diferentes ações planejadas e realizadas previamente. Consiste na eliminação ou redução da presença de eventos naturais que podem constituir um perigo para o ser humano. Fenômenos naturais como as inundações, alguns tipos de secas, incêndio, etc., que têm um certo grau de participação humana em sua origem, podem ser evitados ou impedidos com uma boa política preventiva. Nem todos os fenômenos naturais/antrópicos ameaçadores podem ser evitados, especialmente os fenômenos naturais ameaçadores, mas o risco de perda de vidas e danos podem ser reduzidos. Com fundamento nesse paradigma se aplica a prevenção (prevenir6Prevenir: preparar e organizar com antecedência as coisas necessárias para um fim; fornecer, ver, saber de antemão ou danos antecedência ou lesão. Prevenir , prevenir, impedir ou evitar alguma coisa. Alertar , informar ou notificar.
). Podem ser incluídos na prevenção: 
* identificação de ameaças (perigos), ações de detecção e vigilância, coleta e análises dos dados sobre as ameaças /// * vigilância das ameaças naturais e elaboração de prognósticos (SIG, preparação de mapas e formulação de situações hipotéticas) /// * avaliação de ameaças à vida e à propriedade (frequência, magnitude e localização) /// * avaliação de vulnerabilidade (população e bens expostos) /// * avaliação de riscos (ameaça e vulnerabilidade simultaneamente) /// * Informação sobre o risco para facilitar as decisões /// * conviver com os riscos atuais /// * evitar a instalação de novas áreas de risco /// * eliminar e/ou reduzir os riscos instalados /// * Planos específicos para a eliminação de ameaças, tais como, inundações, secas e deslizamentos /// * medidas legislativas que controlam o uso do solo e o planejamento urbano /// * Planejamento físico e zoneamento para a localização de indústria e infraestrutura /// * Planos de desenvolvimento urbano, regionais e nacionais /// * medidas para reduzir o potencial de perda de vidas e danos à propriedade e ao meio ambiente /// * medidas de proteção física e de engenharia /// * reforço ou reconstrução de moradias /// relocação de assentamentos /// * normas de construção /// * capacitação e educação /// * reforma institucional e outros /// * Fomento a participação do setor privado /// * mercados de seguros.
. Sistemas nacionais de prevenção e intervenção em casos de desastres: criar legislação específica e programas que reúnam os organismos de planejamento, os governos locais e organizações da sociedade civil, formular estratégias nacionais para reduzir o risco.
. Cultura de prevenção: obter e difundir informação sobre os riscos e medidas de redução dos riscos.
. Redução da vulnerabilidade dos pobres: apoiar as famílias e as comunidades pobres a reduzir sua vulnerabilidade e sua recuperação, mecanismos de proteção depois dos desastres, por meio da assistência na reconstrução.
MITIGAÇÃO
	Mitigação é o conjunto de medidas de prevenção que se toma para diminuir os efeitos potenciais de um evento ameaçador nas sociedades, seja natural ou originado pelo homem. Normalmente estas medidas são orientadas a reduzir a vulnerabilidade do meio, entre elas se encontra: a educação; a capacitação; a legislação; a divulgação de informação; o desenvolvimento de sistemas de alerta antecipado; a organização; e a re-locação de assentamentos humanos (Maskrey, 1989). Restritivamente, o termo mitigação é reservado para delimitar aquelas atividades que tentam reduzir a vulnerabilidade da sociedade frente aos eventos físicos (Lavell, 1996).
	Para que a mitigação seja efetiva deve converter-se em uma atividade imersa no desenvolvimento, que permita acesso da maioria da população às condições de vida e às atividades econômicas seguras e estáveis. Sob esse enfoque, aumentar a renda, redistribuir a terra e melhorar a saúde e a educação se convertem em atividades de mitigação tão válidas como construir defesas ribeirinhas e reforçar moradias (Maskrey, 1989).
É a diminuição ou a limitação dos impactos adversos das ameaças e dos desastres afins. Frequentemente, não é possível prevenir todos os impactos adversos das ameaças, mas se pode diminuir consideravelmente sua escala e severidade mediante estratégias e ações. Por isso, as tarefas preventivas acabam por se transformar em ações mitigatórias (de minimização dos desastres). Algumas vezes, os termos prevenção e mitigação (diminuição ou limitação) são usados indistintamente.
Mitigação significa tomar ações que irão diminuir as consequências de um desastre e riscos subsequentes, para reduzir o sofrimento humano e a perda de propriedade resultante de fenômenos
naturais e/ou antrópicos extremos. Ou ainda, é o resultado da aplicação de um conjunto de medidas com vista a reduzir o risco e a eliminar a vulnerabilidade física, social e econômica.
É o conjunto de medidas para minimizar ou eliminar o impacto das ameaças naturais, mediante a redução da vulnerabilidade do contexto social, funcional ou físico. A mitigação se associa a um tipo de ameaça, e se realiza em maior ou menor grau segundo seja o risco que esta origina; também influi o estado das estruturas. Obras de mitigação física e estrutural; ordenamento territorial e códigos de construção (obras); incentivos econômicos para a mitigação; educação, capacitação e conscientização sobre riscos e prevenção. 
As estratégias de mitigação são diretamente influenciadas por dois aspectos:
1 - identificação de ameaças e análise de vulnerabilidade;
A proposição das medidas de mitigação dos riscos deve ser realizada em seguida à fase de identificação e análise dos riscos (ameaças e vulnerabilidade);
2 - Várias estratégias de mitigação e medidas.
Quatro conjuntos de ferramentas que podem ser utilizadas para evitar ou mitigar os desastres incluem:
a) gestão de ameaças/perigos e redução da vulnerabilidade;
b) diversificação econômica;
c) intervenção política e compromisso;
d) sensibilização do público.
As medidas de mitigação podem ser estruturais, que modificam ou reforçam a exposição do lugar ao perigo ou, podem ser não estruturais de minimização do perigo.
Medidas estruturais
. programas de construção de obras de engenharia, barragens, quebra-ventos, terraceamento e edifícios resistentes perigo, contenção em taludes; diques, obras de controle a inundações e erosões, fortalecer as barragens, construção de pontes sísmica resistentes
. Adaptação de edifícios públicos para suportar ventos de furacão-força ou chão tremer 
. Aquisição de casas ou empresas danificadas em áreas sujeitas a inundações, mudar as estruturas, e retornando a propriedade para abrir espaço, zonas úmidas ou usos recreativos
. Construir abrigos comunitários e espaços seguros para ajudar a proteger as pessoas em suas residencias, edifícios públicos e escolas.
. Recondicionamento de estruturas existentes, para que sejam menos vulneráveis aos perigos naturais;
. Reforço dos sistemas de serviços públicos urbanos e apoio industrial
infra-estruturas é um objectivo comum de projetos de desenvolvimento.
. Sistemas de drenagem melhorada e medidas de protecção contra inundações pode proteger pessoas e instalações em áreas perigosas. 
. Investimentos em melhorar a administração e fortalecer a base de recursos das instituições públicas;
. programas agrícolas e florestais fornecem uma gama de oportunidades para mitigação.
. Programas de reflorestamento para reduzir os riscos de erosão, deslizamentos de terra e enchentes; mudanças nos padrões de cultivo também pode amenizar os problemas e as perdas por inundações e secas de erosão; O introdução de culturas resistentes a pragas pode reduzir os impactos econômicos das infestações.
. Os programas para a conservação do solo, da água colheita e melhoria de armazenamento on- fazenda pode atenuar os efeitos da seca. 
. Reflorestar para reduzir ou prevenir deslizamentos de terra.
. Reflorestamento e manejo de pastagens em bacias hidrográficas 
. Realização de obras de infraestrutura de contenção de encostas;
. Construção de barragens e outras obras;
. Construção de residências mais seguras e em locais adequados;
. Reflorestamento do solo em áreas degradadas e margem de rios;
. Conservação de solos, estabilização de taludes
. Projetar edifícios resistentes a desastres naturais.
. Construção de defesas costeiras (quebra-mar) para proteção das comunidades costeiras.
. Construção de canais, diques e barragens para controlar inundações
. Dragagem de rios
. Construção de dispositivos de proteção
. Reforço de instalações ou mesmo construção de novas instalações
. Barreiras naturais, drenagem, valetas e sarjetas
. Dispositivos de proteção, tais como diques e muros de arrimo.
. Controles de incêndio.
. Barreiras e piscinas receptoras para conter derrames de hidrocarbonetos.
. Sistemas de irrigação e adução de águas, para evitar secas.
. Sistema de fechamento automático de válvulas para impedir escapes e derrames de substâncias químicas ou radioativas,
. Sistemade extinção rápida para evitar incêndios.
. Sistema de interrupção de falhas sequenciadas em indústrias e usinas nucleares.
. Relocação da população residente em áreas sujeitas a desastres naturais
. Relocação permanente de moradias, de infraestrutura ou de centros de produção das zonas de alto risco.
. Relocação de armazéns de alimentos e medicamentos
. A aquisição de casas ou empresas danificadas em áreas sujeitas a inundações, mudar as estruturas e 
devolver o imóvel para abrir espaço, zonas húmidas, ou usos recreativos.
. Manutenção de áreas de escape para as águas de inundação;
Medidas não estruturais
São as políticas e práticas, incluindo as políticas de uso do solo, zoneamento, a diversificação de culturas, códigos de construção, e os procedimentos de previsão e aviso. Num amplo contexto, a mitigação não estrutural também podem incluir a educação, consciência, compreensão do meio ambiente, organização comunitária e estratégias de empoderamento social.
. Conhecimento e investigação dos fenômenos perigosos;
. Identificação de ameaças
. Buscar informações a respeito das áreas de perigo e riscos de desastres naturais;
. Elaboração de mapas de risco; identificação e mapeamento de elementos ameaçados,
. Mapeamento de risco ou potenciais zonas de risco, usando técnicas geoespaciais 
. Avaliação de vulnerabilidade e perdas potenciais.
. Expedição de normas sobre conservação e manejo dos recursos naturais e fiscalização;
. Análises/atualização de vulnerabilidades
. Implantação dos sistemas de aviso de inundações;
. Educação da população, campanhas de esclarecimentos;
. As políticas e práticas que elevem consciência de perigos;
. Informação pública, educação e capacitação acerca dos riscos a desastres;
. Promover a educação e o desenvolvimento de uma cultura de Prevenção de Desastres;
. Treinar pessoas/comunidades para a gestão de desastre;
.Distribuição de cartilhas educativas para situações de desastre, com destaque para o aprendizado de técnicas básicas para enfrentar urgências;
. Educação pública acerca das medidas simples que podem tomar para reduzir perdas ou danos.
. Seminários e cursos, e ampla campanha de conscientização pública que visa preparar as comunidades para o início de um desastre.
. Campanhas de sensibilização da comunidade para aumentar o conhecimento de como lidar com situações de desastre
. programas de cinema, rádio e vídeo acerca de perigos e riscos, prevenção e mitigação de perdas.
. currículos escolares e folhetos que incluem aulas e projetos sobre perigo e mitigação 
. Estórias em quadrinhos disponibilizados para uso geral distribuição 
. cartazes colocados em torno da comunidade para agir como um lembrete geral das questões 
. apresentações sobre o tema feito para grupos públicos ou organizações privadas (por exemplo, conselhos de bairro) 
. brochuras e folhetos distribuídos porta-a-porta ou em eventos públicos, feiras, etc 
. recursos ou artigos nos meios de comunicação locais, especialmente periódicos. 
. Campanha com a população para não ocupar as áreas de risco;
. campanhas de imunização para reduzir a ameaça da doença. 
. Atividades de educação e sensibilização do público destinadas a reduzir a perda de vidas e destruição de propriedade.
. Difundir informações acerca das rotas alternativas de evacuação em caso de
inundações;
. Capacitação profissional do pessoal da administração de desastres;
. Treinamento de potenciais parceiros de gestão de desastres.
. Ordenamento urbano e territorial, zoneamento de uso dos solos;
. Programas de localização e relocalização de assentamentos humanos;
. Evitar a ocupação de áreas de risco, cortes em terrenos
inclinados e derrubada de árvores nas encostas dos morros; Fiscalização da ocupação irregular do solo.
. Dificultar a aquisição de propriedades de terras em áreas de alto risco.
. Evitar a implementação de programas de desenvolvimento em áreas de alto risco.
. Zoneamento e gestão de uso do solo, planos diretores das cidades e do campo, com indicação das áreas de risco.
. Remoção das pessoas das áreas de risco.
. Identificação e Mapeamento das áreas de risco e de seus usos;
. Seleção criteriosa (segurança) de novas áreas residenciais;
. planejamento do uso e ocupação do solo, em função da definição das áreas de risco (medidas de convivência com o risco)
. Cumprir os regulamentos de gestão de várzea de rios
. Placas com identificação dos níveis de inundação;
. observação de instrumentos legais e normativos existentes.
. Aperfeiçoamento da legislação de segurança contra desastres;
. Segurança industrial e de manejo de resíduos contaminantes;
. Regulamentação de transporte de substâncias químicas e perigosas e rotas utilizadas;
. Códigos de construção e de especificação de materiais;
. Revisão de códigos de segurança, regulamentos de uso de construção; melhoria dos códigos de construção
. Códigos de construção e zoneamento, dirigidos a projetos de construção em áreas propensas a desastres, que reduzam os impactos sociais e econômicos.
. Código de obras de edificações e de serviços básicos para reduzir vulnerabilidade física;
. Regulamentação e limitação do uso de terrenos em áreas de risco;
. Estabelecer e reforçar a legislação e planejamento para um bom uso da terra, para regular e inibir a ocupação urbano em áreas de alto risco;
. Aplicação dos códigos de construção rigorosos, os requisitos à prova de inundação, padrões de projeto sísmico e os requisitos para novas construções ou recuperação de edifícios existentes;
. Adotando portarias de zoneamento que orientam o desenvolvimento longe de áreas sujeitas a inundações, tempestade ou erosão costeira;
. Desenvolver tecnologia com baixo custo para reforçar a infraestrutura existente 0bras de engenharia para contenção dos desastres;
. Formação e qualificação de construtores de edificações para melhorar a qualidade e resistência das mesmas;
. Implementação preventiva medidas de saúde.
. Expedição de normas sobre conservação e manejo dos recursos naturais e fiscalização;
. Organizar sistema de seguro de vida, propriedade e atividades;
. Estímulos fiscais e financeiros; criação de incentivos econômico;
. Incentivar inovações para reduzir o impacto de desastres
. Manutenção de fontes de energia de reserva;
. armazenamento de medicamentos essenciais;
. abrigos de emergência (com cobertores/estações do ano);
. disponibilidade e funcionamento dos sistemas de comunicação de emergência.
. Gerenciamento de dados sobre incidentes históricos para apoiar análise e o planejamento estratégico, planos preventivos, planos de contingência.
. Sistema de alertas, seguros e confiáveis;
. Criar centros para integração de estações telemétricas, sistema de previsão e de alerta;
. Desenvolvimento e manutenção de serviço de meteorologia eficaz, com estrutura para previsão do tempo (radares e estações meteorológicas).
. Decisões de planejamento com o fim de evitar o desenvolvimento vulnerável;
. Ajustamento de programas de desenvolvimento para reduzir as perdas inundação ou seca.
. Diversificação econômica, em áreas onde a principal ou única fonte da renda pode ser vulnerável a uma ameaça.
. Desenvolvimento de atividades econômicas resistentes desastres. alguns econômico atividades são relativamente pouco afetado por catástrofes.
. Reconhecer que as economias locais vibrantes são essenciais 
. incentivos econômicos 
. Realizar pesquisas para melhorar o conhecimento da prevenção pós-desastre.
. gestão ambiental;
. Desenvolvimento de rotas de evacuação específicas de perigo;
. Evitar o depósito de lixo em canais pluviais/fluviais ou encostas;
. implementar limpeza urbana, coleta seletiva e reciclagem do lixo;
. Planejamento de medidas emergenciais;
. Treinamentos, preparar a população através de simulações.
PREPARAÇÃO
Preparação: Compreende umas série de atividades cujo objetivo é organizar, educar, capacitar e treinar a população a fim de facilitar as ações para um efetivo e oportuno controle, aviso, evacuação, salvamento, socorro e ajuda da população, assim como uma ação rápida e eficaz quando se produz o impacto, permitindo a restauração dos serviços o mais breve possível. Para isso se deve formular e por em prática os planos de operação de emergência, treinar o pessoal e equipar as unidades de emergência. Sistemas de alerta antecipado e de comunicações - planos para imprevistos (água, energia elétrica, comunicações e transporte); implementação de redes de instituições que respondem em situações em situações de emergência (locais e nacionais); identificação de refúgios e e elaboração de planos de evacuação
São os conhecimentos e capacidades desenvolvidas pelos governos, profissionais, organizações de resposta e recuperação, comunidades e pessoas para prever, responder e se recuperar de forma efetiva dos impactos dos eventos ou das condições prováveis, iminentes ou atuais que se relacionam com uma ameaça. A preparação inclui atividades como o planejamento de contingências, a reserva de equipamentos e suprimentos, o desenvolvimento de rotinas para a comunicação de riscos, capacitações e treinamentos, exercícios simulados de campo, etc. A preparação é uma ação que ocorre no contexto da gestão do risco de desastres. Seu objetivo principal é desenvolver capacidades necessárias para gerenciar de forma eficiente e eficaz todos os tipos de emergências e alcançar uma transição ordenada desde a resposta até uma recuperação sustentável. A preparação se baseia numa análise sensata dos riscos de desastres e no estabelecimento de vínculos apropriados com sistemas de alerta antecipados.
A preparação é a segunda fase do processo. Reúne o conjunto de ações que visam melhorar a capacidade da comunidade frente aos desastres (incluindo indivíduos, organizações governamentais e não governamentais) para atuar no caso da ocorrência destes.
Conjunto de medidas e ações que se tomam para reduzir ao mínimo a perda de vidas humanas e outros danos, a partir da organização oportuna e eficaz das ações de resposta e reabilitação. É o planejamento de como responder. Envolve atividades destinadas a minimizar a perda de vidas e danos, para organizar o afastamento temporário de pessoas e bens de um local ameaçado e facilitar o resgate oportuno e eficaz, ajuda e reabilitação.
O objectivo de programas de preparação de emergência é conseguir um nível satisfatório de prontidão para responder a qualquer situação de emergência por meio de programas que fortaleçam a técnica e capacidade gerencial dos governos, organizações e comunidades. Estas medidas podem ser descritas como prontidão logística para lidar com desastres e podem ser ampliadas por meio dos mecanismos e procedimentos de resposta , ensaios, desenvolvimento de estratégias de longo prazo e de curto prazo, sistemas públicos de alerta precoce de educação e construção.
Primeiro passo
É identificar quem é responsável pela gestão de desastres na unidade administrativa específica ou área do governo local. Geralmente, a pessoa responsável será apoiada por um comitê ou conselho de gestão de desastres.
Aspectos básicos da preparação
. Coerência com a legislação nacional de gestão de desastres
. Organização institucional e a definição de funções operativas a nível nacional, regional e local.
. Organização comunicação e supervisão.
. Funções e responsabilidades precisam ser estabelecidas
. planejamento e coordenação de atividades de acordo com procedimentos preestabelecidos.
Instrumentos da Preparação
. Inventário de recursos físicos humanos e financeiros.
. Listas de pessoal de emergência
. Estabelecer políticas de resposta de emergência, normas organizacionais e planos operacionais a serem seguidos
pelos agentes de emergência e outras entidades de resposta após um desastre;
. Simulações para comprovar a capacidade de resposta das instituições e da comunidade contribuir para seu aperfeiçoamento.
. Estabelecimento de políticas e planejamento para emergência;
. Planos de preparação,
. Capacitação de pessoal para a atenção de emergências.
. Treinamento e exercícios para o pessoal de emergência
. Sistemas de alerta
. Desenvolvimento de planos de evacuação;
. Treinos de evacuação durante um desastre.
. Identificação de abrigos de emergência;
. Instalação de sistema de monitorização dos perigos conhecidos na região.
. Monitoramento e vigilância de fenômenos perigosos.
. Informação à comunidade acerca do risco e da forma de reagir em caso de desastre.
. sistemas de alerta , sistemas de comunicação de emergência 
. Definição de estado de alerta e de aviso para a população e a comunidade institucional.
. Determinação e sinalização de rotas de evacuação e zonas de refúgio.
. Localização estratégica de recursos e meios.
	. Implementação de redes de comunicação e de informação pública.
	. Exercícios de simulação de busca, resgate, socorro, assistência, isolamento, bloqueio e segurança.
	. Programas educativos para funcionários públicos, profissionais e voluntários da população.
. Atividades de educação e treinamento.
. Desenvolvimento Institucional;
. Desenvolvimento de Recursos Humanos;
. Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
. Mudança Cultural;
. Motivação e Articulação Empresarial;
. Informações e Estudos Epidemiológicos sobre Desastres;
. Monitoramento, Alerta e Alarme;
. Planejamento Operacional e de Contingência;
. Planejamento de Proteção de Populações contra Riscos de Desastres;
. Mobilização;
. Aparelhamento e Apoio Logístico.
. Manter um inventário dos recursos necessários para uma resposta adequada em situações de emergência, incluindo socorristas voluntários, equipamentos, veículos, abrigos e outros.
. Planejar ações de evacuação e outras operações de resposta adequadas durante uma emergência.
. Planejar medidas recuperação e reabilitação, incluindo a avaliação dos danos e as medidas preventivas a serem consideradas durante a reconstrução.
. Desenvolver sistemas de divulgação de advertência.
. Educar o público sobre evacuação e outras ações de resposta durante uma emergência.
. Realizar exercícios ou treinos.
. construir abrigos.
. Educar o público sobre a importância das medidas de prevenção.
. Criar de programas que visam a aumentar a conscientização, sensibilização, para a população em todos os níveis de perigo de natural e tecnológico, sobre as medidas preventivas específicas e criar uma cultura de prevenção.
. Incentivar seminários, fóruns , workshops , conferências organizadas participação pública.
. Realizar pesquisas para melhorar o conhecimento de preparação pós-desastre e educação.
. Desenvolver sistemas de alerta e planos de medidas a serem tomadas durante um período de alerta de desastres;
. Educar e treinar funcionários e da população em risco de responder à desastre.
. Treinar equipes De primeiros socorros e de resposta a emergências.
A ferramenta de preparação mais importante é o plano de desastre e emergências e seus vários componentes. O desenvolvimento do plano de de desastre possibilita:
. organizar a resposta 
. estabelecer uma estrutura organizacional para cada fase do desastre 
. estabelecer os objetivos, prioridades e metas 
. avaliar recursos 
Organização de uma resposta local
Planos e procedimentos 
Planos e procedimentos são os instrumentos mais importantes da gestão de desastres, porque eles estruturam e guiam a ação de emergência. Os planos são baseados na premissa de que é preferível fazer suas decisões muito antes de um desastre que, no rescaldo de um desastre, quando a informação é imprecisa e a situação é confusa e muitas vezes desconhecida. Os principais tipos de planos e procedimentos são os seguintes: 
• Planos de Desastres - Estes incluem planos de preparação, tais como aviso e planos de evacuação; planos de abrigo; planos de avaliação, planos de busca e resgate e planos de operações de serviços de emergência. Planos de desastres são preparadas com base nos riscos conhecidos, áreas de impacto estimado, e previsão de necessidades.
. Planos de emergência - É a sistematização de um conjunto de normas e regras de procedimentos, destinadas a minimizar os efeitos dos desastres que se prevê que venham a ocorrer em determinadas áreas, sob determinadas condições, com o fim gerir de forma otimizada o emprego de recursos e a participação de pessoal técnico-especializado para lidar com os impactos do desastre.
• Planos de Contingência . Os planos de contingência são ações previstas na expectativa de que algo inesperado pode ocorrer.
Planos de Contingência : mapeando cenários
O Plano de Contingência tem como base o cenário de risco, ou seja, o espaço observado que possui características de vulnerabilidade.
Plano de Contingência é o documento que registra o planejamento elaborado a partir do estudo de determinado cenário de risco de desastre. Os cenários de risco, ou seja, os espaços com probabilidade de ocorrer um evento adverso, a estimativa de sua magnitude e a avaliação dos prováveis danos e prejuízos são elaborados a partir da análise de risco.
Então, como se dá na prática a elaboração de um Plano de Contingência?
Uma das atividades da COMDEC em período de normalidade é a elaboração de planos baseados em cenários de risco, ou seja, em estimativas de como um determinado evento, possível de ocorrer, vai afetar a comunidade. Antes de desenvolver o plano, junto com a comunidade a COMDEC pode elaborar um mapa de riscos, sinalizando os riscos específicos de cada local, incluindo os riscos sociais, e definindo níveis de probabilidade de ocorrência e de intensidade de danos previstos. É o Plano de Contingência que facilita a resposta inicial aos desastres, pois quando o evento ocorre, as informações básicas já foram reunidas e organizadas previamente; a divisão de autoridade e responsabilidade entre os órgãos já foi combinada; as estratégias, as táticas e alguns aspectos operativos já foram definidos e, se o plano tiver sido adequadamente divulgado e treinado, todos conhecem o seu papel. Esse plano também pode ter vários formatos e componentes, dependendo de peculiaridades locais ou escolha de metodologias. Mesmo assim, alguns componentes podem ser considerados essenciais, pois fornecem indícios de que serão importantes para que as pessoas envolvidas nas ações previstas no plano saibam o que se espera delas.
Os componentes do plano estão relacionados:
. À introdução: descreve a competência legal para a elaboração do plano (se for o caso), relacionando os participantes do processo de planejamento, enumerando quem receberá cópias do plano e orientando quanto ao seu uso e atualização.
. À finalidade: uma breve descrição dos resultados esperados
com o plano, ou seja, para que serve.
. À situação e aos cenários de risco: a descrição dos cenários de risco que foram identificados na avaliação de risco. Esse tópico ajuda a compreender o foco do planejamento, pois esclarece o cenário de risco, tal como foi considerado pela equipe de planejamento.
. Ao conceito de operação: descrição de quando e como os vários recursos previstos serão ativados, desde o alerta inicial e ao longo de toda a evolução do desastre, explicando as suas responsabilidades.
. À estrutura de resposta: aqui é registrado como as agências e instituições envolvidas na resposta aos desastres serão organizadas, na medida em que forem acionadas, definindo quem organizará as ações, quais as responsabilidades de cada organização, quais as linhas de comunicação e de autoridade.
. À administração e logística: neste espaço são descritos quais os recursos materiais e financeiros que provavelmente serão necessários ao longo da evolução do desastre, desde o alerta até o início da reconstrução, indicando de que maneira tais recursos
serão mobilizados junto ao governo, às organizações não governamentais e às agências voluntárias.
. À atualização: este campo estabelece quem terá a responsabilidade pela atualização do plano e seus anexos, além de determinar como esse processo será conduzido por meio de treinamentos, exercícios, estudo de caso e atualização da Análise de Riscos.
Esse plano básico pode ser aumentado com anexos que somam informações sobre os recursos cadastrados, com estudos existentes a respeito daquele cenário de risco, com a legislação pertinente àquele tipo de desastre considerado e com outras medidas julgadas convenientes. O plano não pode ficar tão complexo que dificulte a sua principal função, que é a de esclarecer às pessoas dos órgãos envolvidos quais são suas responsabilidades, objetivos e tarefas, de uma maneira rápida e clara.
O Plano de Contingência é, portanto, uma ferramenta de gestão de risco que contribui para atuação em diferentes momentos, entre eles, nas situações de emergência e/ou de calamidade pública.
Plano de Contingência
O plano de contingência, em situações de desastres, representa uma ferramenta fundamental para o trabalho de um jornalista. Porém, o comunicador deve ter acesso a esse documento antes do desastre acontecer. Por meio dele, será possível identificar quais as responsabilidades e ações das entidades envolvidas no gerenciamento de desastres. Verifique junto à Defesa Civil se em sua cidade existe um plano de contingência.
• Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). são desenvolvidos dentro de uma organização para fornecer respostas normais a situações esperadas. O objetivo de um procedimento padrão é ajudar a tornar a rotina de resposta e para eliminar a necessidade de um longo processo de retomada de processo de fabricação. O POPs para os tipos de desastres específicas em certas regiões muitas vezes podem ser compilados e apresentados em um manual de ação de emergência.
ALERTA
É o estado anterior à ocorrência de um desastre, declarado com o fim de tomar precauções específicas, devido à provável e próxima ocorrência de um evento ameaçador.
Declaração de Alerta
* Clara e compreensível
* Difusão por todos os meios disponíveis
* Imediata, sem demoras * Não deve haver contradições
* Fonte autorizada ou confiável
Instrumentos de Alerta
* Pluviômetros e sensores de nível e vazão para inundações.
* Redes de vigilância e monitoramento de vulcões.
* Detectores de fluxo de lodo e avalanches.
* Redes sismológicas para terremotos e Tsunamis.
* Extensômetros, piezômetros e inclinômetros para deslizamentos.
* Sistemas de detecção de incêndios e escapes de substâncias.
* Redes hidrometeorológicas para o comportamento do clima.
* Imagens satélite, sensores remotos e teledetecção.
* sistemas de sirenes, autofalantes e luzes.
* Meios de comunicação com mensagens pré-gravadas.
* Redes de comunicação sem fio (rádio, celular).
* Sistema telefônico, fax, internet.
Alarme
Aviso ou sinal emitido para que se cumpram instruções específicas devido à presença real ou iminente de um evento adverso. 
RESPOSTA:
Compreende busca, resgate, socorro e assistência de pessoas, comunicações e serviços de operação e manutenção no caso dos sistemas (elétricos, abastecimento d'água, esgotos, transporte. As ações de resposta deverão ser executadas segundo o previsto no plano de emergência, o qual compreenderá o manejo dos recursos humanos, materiais e econômicos, tais como o pessoal técnico, maquinaria e equipamentos, e dotações financeiras para contingências. Paralelamente, estará estruturada a sequência de operações a realizar, desde a avaliação de danos até a reparação e retorno ao funcionamento dos componentes dos sistemas, tudo oficializado por meio de uma normativa legal e estratégica. assistência humana; limpeza, reparação provisória e restabelecimento dos serviços;; avaliação dos danos; mobilização de recursos para a recuperação (públicos, multilaterais, seguros).
Socorro, Assistência humanitária e Reabilitação, esses 3 elementos constituem os eixos da ação de Resposta aos Desastres Socorro: alerta e alarme para a comunidade; informar sobre o evento (Comunicação em Desastre – Mídias Diversas); socorrer a população atingida(Trabalho interdisciplinar coordenado)
Assistência humanitária: acolher os desabrigados Necessidades (direitos humanitários) x Possibilidades); assistir de forma humanitária (Curto, médio e longo prazo)
; logística de desastre (Desenvolvimento de Conceitos e Tecnologias para as ações em situação desfavorável)
Reabilitação: reabilitar cenários atingidos: Trazer a cidade para uma rotina diária possível, reabilitar os acessos aos serviços essenciais. Importante: Reabilitar não é reconstruir. 
A resposta envolve o conjunto de ações que visam socorrer e auxiliar as pessoas atingidas, reduzir danos e prejuízos e garantir o funcionamento dos sistemas essenciais da comunidade.
É a prestação de serviços de emergência e de assistência pública durante ou imediatamente após a ocorrência de um desastre, com o propósito de salvar vidas, reduzir impactos sobre a saúde, garantir a segurança pública e satisfazer necessidades básicas de subsistência da população afetada. A resposta diante de um desastre se concentra predominantemente nas necessidades de curto prazo e, por vezes, é difícil definir uma divisão entre a etapa de resposta e a fase seguinte de recuperação/reconstrução. Por isso, algumas ações de resposta, como o suprimento de água potável, a provisão de alimentos, a oferta e instalação de abrigos temporários, podem acabar se ampliando até a fase seguinte.
São as ações que se levam a efeito frente a um desastre e que tem por objeto salvar vidas, reduzir o sofrimento e diminuir perdas na propriedade, assistência às pessoas afetadas por um desastre. A fim de minimizar os seus efeitos faz-se evacuações, alívio e ajuda. Em quase todos os desastres , as comunidades locais desempenham o primeiro e, muitas vezes o papel mais importante na resposta ao resgatar as pessoas afetadas, prestação de primeiros socorros e abrigos de emergência.
A resposta a desastre é a soma total das ações tomadas por pessoas e instituições em face do desastre. Essas ações começam com a aviso de um evento ameaçador que se aproxima ou com o próprio evento se esse ocorre sem aviso prévio.
Os objectivos gerais da resposta a desastres são:
1 - Para garantir a sobrevivência do maior número possível de vítimas , mantê-los na melhor saúde possível nas circunstâncias.
2 - Para restabelecer a auto-suficiência e serviços essenciais , o mais rapidamente possível para todos os grupos da população, com especial atenção para aqueles cujas necessidades são maiores : os mais vulneráveis e desfavorecidos.
3 - Para reparar ou substituir infraestruturas danificadas e regenerar viável atividades econômicas. Para fazer isso de uma forma que contribui para a longo prazo metas de desenvolvimento e reduz a vulnerabilidade a qualquer futuro recorrência de riscos potencialmente prejudiciais.
4 - Em situações de conflito civil ou internacional, o objetivo é proteger e ajudar a população civil , em estreita colaboração com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV ) e em conformidade com as convenções internacionais.
5 - Em casos que envolvem deslocamentos populacionais (devido a qualquer tipo de desastres) o objetivo é encontrar soluções duradouras o mais rápido possível, garantindo simultaneamente a protecção e assistência.
Exemplo de resposta a desastre:
* Socorro às vítimas; busca e salvamento, atender as necessidades humanitárias da população afetada.
* Divulgar e implementar as disposições legais em vigor.
* Difusão de aviso, dependendo do tipo de perigo.
* Assistência médica
* Evacuação de pessoas e bens de zonas de risco
* Alojamento temporário, fornecimentos alimentos e vestimentas
* Isolamento e segurança;
* Proteção de bens e pessoas
* levantamento (registro) dos danos e avaliação preliminar de danos
* Sistemas de comunicação
* logística e manejo de abastecimentos;
* restabelecimento dos serviços essenciais e das instalações críticas;
* Auxílios continuados até o total restabelecimento dos serviços essenciais.
* ampliar ou diversificar a assistência prestada às vítimas de desastres.
* Abrigo, água, alimentos, remédios e roupas assistência médica;
* assistência financeira, reagrupamento familiar, apoio às pequenas empresas,
* fornecimento de alimentos para animais de produção;
* aconselhamento psicossocial e social.
• Reabilitação do cenário do desastre: compreende as atividades de avaliação de danos; vistoria e elaboração de laudos técnicos; desobstrução e remoção de escombros; sepultamento, limpeza, descontaminação, desinfecção e desinfestação do ambiente; reabilitação de serviços essenciais; recuperação de unidades habitacionais de baixa renda.
Doações - medida certa
Se a resposta não for corretamente coordenada, a bem intencionada comunidade doadora pode acabar por fornecer quantidades excessivas de certos tipos de artigos, ignorando outros que possam ser mais necessários.
Atividades de resposta a desastres:
1 - Aviso - Refere-se às informações relativas à natureza do perigo e ameaças de desastre iminente. As advertências devem ser rapidamente disseminada para funcionários do governo, das instituições e da população em geral, nas áreas de risco imediato de modo que possam ser tomadas as medidas adequadas, ou seja, tanto para evacuar ou evitar mais danos a propriedade. O aviso pode ser divulgado via rádio, televisão, imprensa escrita, internet, telefone e celular.
2 - Evacuação e migração - Evacuação envolve a deslocalização de uma população de zonas em risco de um desastre iminente para um local mais seguro. A principal preocupação é a proteção da vida da comunidade e tratamento imediato daqueles que podem estar feridos. A evacuação é mais comumente associada com tempestades tropicais, mas é também uma exigência frequente com riscos tecnológicos ou industriais. Para a evacuação ocorrer em segurança, deve existir:
* Um sistema de alerta rápido e preciso
* Uma clara identificação das saídas de emergência
* Uma política estabelecida que exige que todos obedeçam a ordem de evacuação dado.
* Um programa de educação pública para sensibilizar a comunidade acerca do plano de evacuação.
3 - Busca e Salvamento - Busca e Salvamento é o processo de identificação da localização de vítimas de desastres que possam estar presas ou isoladas e traze-las para segurança e atendimento médico. Na sequência das tempestades tropicais e inundações, geralmente inclui de localização vítimas isoladas das enchentes, que podem ser ameaçadas pela elevação do nível das águaa, trazê-las para a segurança ou fornecendo-lhes comida e primeiros socorros até que eles possam ser evacuadas ou devolvidas às suas casas.
4 - Avaliação pós-desastre - O principal objetivo da avaliação é o de fornecer uma imagem clara, concisa da situação pós-desastre, para identificar as necessidades de socorro, as opções para a assistência humanitária, a melhor forma de utilizar os recursos existentes e para desenvolver estratégias para a recuperação. 
5 - Socorro - é a prestação de forma humanitária de ajuda material e atendimento médico de emergência necessário para salvar e preservar vidas humanas. Ele Também permite que as famílias para satisfazer as suas necessidades básicas de cuidados médicos e de saúde, abrigo, roupas , água e alimentos (incluindo o meio de preparar alimentos).
6 - Logística e abastecimento - A entrega de ajuda de emergência exigirá instalações, transportes, logística e capacidade. Um serviço de alimentação bem organizado é fundamental para lidar com a aquisição ou recebimento, armazenamento e expedição de suprimentos de emergência para distribuição às vítimas do desastre .
7 - Comunicação e gestão da informação - Todas as atividades acima são dependentes da comunicação. O equipamento é essencial para o fluxo de informações, tais como rádios, telefones e seus sistemas repetidores, satélites e linhas de transmissão de apoio. O outroaspecto é a gestão da informação: o protocolo de saber quem comunica, que informação a quem, que prioridade é dada a ela, e como é disseminada e interpretada.
8 – Lidar com resposta - Na corrida para planejar e executar uma operação de socorro é fácil ignorar as reais necessidades e recursos dos sobreviventes. A avaliação deve levar em conta os mecanismos de enfrentamento sociais existentes que anulam a necessidade de trazer assistência externa. Por outro lado, os sobreviventes da catástrofe podem ter novas necessidades especiais para serviços sociais, de forma a ajustar-se ao trauma e perturbação causada pelo desastre. A Participação no processo de resposta a desastres por indivíduos e organizações da comunidade é fundamental para a recuperação.
9 – Segurança - A proteção dos direitos humanos e de segurança das populações deslocadas pode ser de extrema importância que requer monitoramento de instituições independentes.
Análise pós – desastre
O momento mais importante para a aprendizagem de uma resposta a desastres é quando os eventos são recentes na mente das pessoas afetadas e das pessoas envolvidas na resposta. Uma organizado avaliação do que correu bem, o que falhou e lacunas na resposta deve ser conduzida imediatamente após o desastre. A partir desta informação a abordagem de gestão de desastres pode ser reforçada para se preparar para o próximo desastre.
‘Uma resposta eficaz ao desastre começa com o planejamento eficaz.’
RECUPERAÇÃO
A restauração é o melhoramento, se necessário, das plantas, instalações, meios de sustento e das condições de vida das comunidades afetadas por desastres, incluindo esforços para reduzir os fatores de risco de desastres.
As tarefas de reabilitação e de reconstrução dentro do processo de recuperação iniciam imediatamente após a finalização da fase de emergência e devem se basear em estratégias e políticas previamente definidas que facilitem o estabelecimento de responsabilidades institucionais claras e permitam a participação pública. Os programas de recuperação, juntamente com uma maior conscientização e participação pública depois de um desastre, representam uma oportunidade valiosa para desenvolver e executar medidas de redução de risco de desastres com base no princípio de “reconstruir melhor”. A redução de desastres, ou seja, a redução das consequências decorrentes de eventos adversos, seja evitando que eles aconteçam, seja diminuindo a sua intensidade ou mesmo aumentando a capacidade das comunidades ou cidades para resistir a eles, é o principal objetivo da Defesa Civil e deve ser prioridade para todos os que atuam na gestão de desastres. Isso inclui você. Essa atuação compreende os quatro aspectos anteriormente descritos (prevenção, preparação, resposta e reconstrução) que devem ocorrer de forma multissetorial e nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal), a partir de uma ampla participação comunitária.
A recuperação é o processo pelo qual uma comunidade afetada é assistida com vista a recuperar um nível adequado de funcionamento após o desastre. Compreende a recuperação inicial, que satisfaz as necessidades pessoais e comunitárias e restaura serviços para o nível onde o governo local e as agências responsáveis normais podem gerenciar a continuidade do processo. Atividades de recuperação incluem a reconstrução de infraestrutura, saúde e reabilitação.
A recuperação e a reconstrução pode e deve começar imediatamente após a passagem da emergência. Informações precisas e oportunas podem ajudar a reduzir os atrasos. É importante lembrar também que os programas de recuperação e de reconstrução devem encorajar a mitigação de desastres futuros.
O processo de recuperação deve ser claramente entendido e é importante ter um plano geral de recuperação , que deve ser anexado à emergência planos de operação. O objetivo principal do plano é o de explicitar as principais etapas para gestão recuperação bem sucedida. O plano geral de recuperação deve
ter, pelo menos, os seguintes sete passos :
1 - Informações básicas ; 2 - Organizar recuperação; 3 - Mobilização de recursos para a recuperação;
4 - Administração da recuperação; 5 - Regulação da recuperação; 6 - Coordenação de atividades de recuperação; 7 - Avaliação da recuperação
Objetivo
O objetivo imediato da fase de recuperação é trazer a zona afectada de volta a algum grau de normalidade.
Reabilitação
É o processo de restabelecimento das condições normais de vida mediante a reparação, adequação e funcionamento dos serviços vitais que tenham sido interrompidos ou deteriorados pelo desastre. 
É a recuperação a curto prazo dos serviços básicos e início da reparação do dano físico, social e econômico. A fase de reabilitação é uma transição, quando as pessoas começam a retornar ao trabalho, para reparar infraestruturas, edifícios danificados e instalações críticas, e tomar outras medidas necessárias para ajudar a comunidade a voltar ao normal. É formada pelas ações e decisões tomadas após o desastre, a fim de recuperar as condições de vida da população. A reabilitação se concentra em capacitar as populações afetadas (comunidade local) para retorno a padrões mais ou menos normais (pré- desastre) de vida.
Instrumentos de Reabilitação
- Estabelecimento dos serviços de saúde.
- Necessidade de fornecer alimento e abrigo para os desabrigados pelo desastre.
- Estabelecimento dos centros escolares.
- Estabelecimento dos sistemas de comunicação.
- Avaliação antecipada de danos potenciais sobre os serviços básicos.
- Recuperação de instalações danificadas pelo desastre
- Identificar as prioridades da população afetada. 
- Identificar os danos de desastres e as necessidades que enfrentam reabilitação existente. 
- Identificar os recursos locais e nacionais, bem como as políticas governamentais para a reabilitação. 
- Estimar o auxílio que, para além das capacidades e recursos disponíveis para as comunidades e famílias, eles precisam de organismos nacionais e internacionais. 
- Para acompanhar os resultados e a eficácia das intervenções de emergência e reabilitação.
- o retorno dos sistemas vitais às normas mínimas de funcionamento;
- alojamento temporário ;
- educação para a saúde e segurança ; 
- aconselhamento programas e estudos de impacto econômico.
- Informações recursos e serviços, coleta de dados relacionados com a reconstrução e documentação das lições aprendidas.
- Promoção de atividades produtivas na comunidade afetada
A reabilitação dos cenários após a constatação de um desastre foi dividida nos seguintes sub-temas: 
a) Avaliação dos danos - Os desastres não produzem apenas efeitos facilmente perceptíveis, como aqueles relacionados a terremotos, tempestades e inundações, mas têm conseqüências que se desenvolvem lentamente e se manifestam muito tempo depois de ocorrido o desastre. Em termos esquemáticos, os efeitos de um desastre se classificam em:
a) Aqueles que alteram o patrimônio (danos diretos);
b) Os que se produzem sobre os fluxos de produção de bens e serviços (danos indiretos);
c) Os que se refletem no comportamento dos grandes agregados macroeconômicos (efeitos macroeconômicos).
Danos Diretos - São aqueles sofridos pelos ativos imobilizados, destruídos ou danificados e os infligidos aos estoques (tanto de bens finais quanto de bens de processo, matérias-primas, materiais e reposições). Entre os principais itens dessa categoria, contam-se a destruição total ou parcial da infra-estrutura física, edifícios, instalações, maquinaria, equipamentos, meios de transporte e armazenagem, mobiliário; prejuízo nas terras de cultivo, em obras de irrigação, açudes.
Danos Indiretos - Referem-se basicamente aos bens e serviços que deixam de ser produzidos ou prestados durante um lapso de tempo, que se inicia depois de ocorrido o desastre e que pode se prolongar durante a fase de reabilitação e reconstrução.
Os desastres geram também alguns efeitos indiretos importantes que são difíceis de identificar e impossíveis de quantificar. São efeitos “intangíveis”, como o sofrimento humano, a insegurança, o sentimento de admiração ou rejeição pela forma com que as autoridades enfrentaram as conseqüências do desastre, a solidariedade, a participação desinteressada, os efeitos sobre a segurança nacional e muitos outros fatores do mesmo teor que influenciam o bem-estar e a qualidade de vida.
Efeitos macroeconômicos - Referem-se a influência do desastre no comportamento das principais variáveis econômicas, na hipótese de que as autoridades nacionais não tenham feito ajustes. Por conseguinte, estes efeitos refletem as repercussões dos danos diretos e indiretos, razão pela qual não devem se juntar a estes últimos. Os efeitos macroeconômicos mais relevantes de um desastre são os que se projetam sobre o nível e a taxa de crescimento do produto bruto global e setorial, sobre a balança comercial; sobre o nível de endividamento e as reservas monetárias e, finalmente sobre as finanças públicas e o investimento bruto.
b) Vistoria e laudos técnicos - vistoria técnica e avaliação dos danos causados às estruturas e às fundações de edificações e de obras-de-arte danificadas por desastres e do nível de risco das mesmas para desastres subseqüentes; emissão de laudos técnicos relacionados com às estruturas e às fundações de edificações e de obras-de-arte, afetadas por desastres, com as conseqüentes recomendações;
c) Recuperação e reconstrução – desmontagem de edificações e de obras-de-arte com fundações e estruturas danificadas e definitivamente comprometidas, após a competente aprovação dos laudos técnicos, com a finalidade de evitar desastres secundários futuros;
d) Desobstrução e Remoção de Escombros - Esta atividade costuma anteceder as demais, pelos seguintes motivos:
– facilita o acesso das equipes responsáveis pelas outras atividades;
– restabelece o aspecto de normalidade das áreas afetadas;
– facilita o desenvolvimento das demais ações.
Quando se suspeita que existam pessoas desaparecidas, soterradas pelos escombros, esta atividade assume uma importância muito grande, e deve ser desencadeada por equipes experientes e capacitada. Nestas condições, a remoção dos escombros, associada às operações de busca e salvamento, passam a ser as mais importantes das ações de resposta aos desastres.
– definição ou redefinição de áreas non-aedificandi nas áreas de riscos intensificados de desastres;
– propostas de desapropriações de propriedades privadas, localizadas em áreas non-aedificandi.
e) Sepultamentos;
O sepultamento de pessoas e de animais é uma atividade de grande prioridade, porque a permanência de restos insepultos nos cenários dos desastres, além de ser chocante, pode contribuir para disseminar odores e doenças.
O sepultamento de cadáveres e restos mortais humanos compreende a busca, coleta, identificação, evacuação e inumação dos mesmos. Compreende também a coleta e identificação dos espólios encontrados com os corpos e a identificação das sepulturas. 
O pessoal encarregado do sepultamento deve ser educado para compreender a importância e a grandeza de sua missão e para conviver com a mortalidade, de forma respeitosa e sem traumas.
f) Limpeza, descontaminação, desinfecção e desinfestação;
Nas inundações urbanas, as atividades de limpeza, descontaminação, desinfecção e desinfestação das residências e do ambiente peridomiciliar assumem papel preponderante e costumam ocorrer de forma espontânea.
g) Reabilitação dos serviços essenciais;
Podemos definir os serviços essenciais como os imprescindíveis a permanência da população em sua região de origem, por exemplo, fornecimento de água, energia elétrica, transporte, etc. Após a constatação do desastre, uma equipe multidisciplinar com experiência e conhecimento técnico, deverá iniciar a quantificação dos danos e prejuízos, determinando então o planejamento operacional para a reabilitação dos serviços essenciais, a exemplo de:
a) suprimento e distribuição de energia elétrica; b) abastecimento
de água potáve c) esgoto sanitário; d) limpeza urbana, recolhimento e destinação do lixo; e) macrossaneamento e esgotamento das águas pluviais; f) transportes coletivos; e g) comunicações. 
Portanto, podemos afirmar que o restabelecimento dos serviços essenciais deve ser uma prioridade em caso de um desastre, haja vista que postura minimizará maiores prejuízos a população, principalmente em relação a saúde pública
h) Recuperação dos edifícios - Só devem ser recuperadas as habitações localizadas em áreas de risco moderado e classificadas como áreas aedificandi com restrições. Em nenhuma hipótese devem ser recuperadas as habitações localizadas em áreas de riscos intensificados e classificadas como áreas non-aedificandi. Nos casos de reconstrução em áreas aedificandi com restrições, as equipes técnicas da defesa civil devem definir, muito claramente, quais as melhorias técnicas, no projeto de arquitetura, nas fundações e nas estruturas, para que estas residências tornem-se mais seguras e resistentes aos desastres.
RECONSTRUÇÃO
a reconstrução é a última fase da redução dos riscos de desastres. Abrange o conjunto de ações destinadas a reconstruir a comunidade atingida, propiciando o seu retorno à condição de normalidade, sempre levando em conta a minimização de novos desastres
Caracteriza-se pelos esforços para reparar a infraestrutura danificada e restaurar o sistema de produção, revitalizar a economia, buscando alcançar ou superar o nível de desenvolvimento prévio ao desastre. A reconstrução envolve o reordenamento físico da comunidade e do meio físico. Para isso é necessário recuperar os ecossistemas, reduzir as vulnerabilidades, promover o ordenamento do uso e ocupação do solo, realocar as populações em áreas de menor risco, modernizar as instalações e reforçar as estruturas. A reconstrução além de restabelecer a normalidade, visa à prevenção a novos desastres, caracterizando assim a sequência cíclica das etapas de gerenciamento dos desastres.
Reconstrução – É o processo de recuperação a médio e longo prazo dos elementos, componentes e estruturas afetadas pelo desastre.
	Reabilitação e reconstrução de infraestrutura danificada; revitalização de setores afetados (exportações, turismo, agricultura, etc); incorporação de componentes de mitigação de desastres em atividades de reconstrução).
A fase de reconstrução tem por finalidade restabelecer em sua plenitude:
• os serviços públicos;
• a economia da área;
• o moral social;
• o bem-estar da população.
As ações de reconstrução incluem:
*A construção de habitação permanente;
* completa recuperação da infraestrutura urbana
*Informação pública de reconstrução;
•Restauração e reconstrução das residências destruídas;
•Modificação das construções.
•Participar no planejamento e execução do processo de reconstrução das comunidades afetadas.
•Identificar a situação anterior e a tual das vítimas dos desastres;
•Orçar os prejuízos e a reconstrução;
•Revisar o Plano Diretor do local destruído;
•Execução flexível dos projetos;
•Fortalecer a rede pública de saúde e a assistência social.
•Orientar processo de limpeza e higienização.
•Fortalecer os sistemas para coleta, processamento e divulgação de dados;
•Estabelecer rede de informação (imprensa, radio amadores, líderes comunitários, etc.);
•Mobilizar população a ser retirada das áreas de risco;
Instrumentos de Reconstrução
* Coordenação interinstitucional e multisetorial.
* Oportunidade para intervir em condições de vulnerabilidade e exposição.
* Canalização de recursos e doações.
* Créditos com juros baixos e redução de impostos como incentivo a investimentos.
* Geração de atividades produtivas.
* Localização de infraestrutura.
* Modificação de usos e ocupação da terra.
* Aplicação de normas e especificações de construção.
Ferramentas de Gestão de Pós-Desastres 
Um gestor de desastre utiliza uma variedade de ferramentas para planejar e gerenciar as fases dos desastres. As mais importantes são os planos e procedimentos, políticas, códigos e padrões, e programas padronizados ou estruturas do programa, a seguir discriminadas:
Políticas 
Políticas de ajuda e reconstrução devem, idealmente, ser definido como parte da preparação para desastres. As políticas devem ser simples e concisa. As políticas devem ser flexíveis, permitindo que agências de ajuda para adaptar a sua programas para as necessidades específicas das comunidades em que estão trabalhando. O objetivo da política é orientar a ação. 
Códigos e normas 
Códigos e normas são uma ferramenta de gestão de desastres utilizada para mitigar perdas e controle de atividades de reconstrução em determinados sectores. No setor de habitação, a construção de códigos ou padrões de desempenho são usados para definir os níveis de segurança mínimos aceitáveis para casas e edifícios. Códigos específicos e padrões de desempenho também são desenvolvidos para hospitais, linhas de vida (Água, saneamento, sistemas elétricos e de transporte), e instalações críticas (instalações de governo , instalações de comunicações, etc.) 
Padrões do Programa
São usados para estabelecer os níveis mínimos de assistência e apoio que deve ser fornecida às vítimas de desastres.
Exemplos bem sucedidos de programas padronizados são: 
• programas suplementares de alimentação • programas de abrigo/habitação 
• programas de educação de habitação • programas de distribuição de materiais 
• programas de comida por trabalho. 
Conscientização pública 
Programas de pós-desastre pode ter um enorme impacto sobre a comunidade. É essencial que eles estão previstos para ser eficaz e adequado para a comunidade, que se encontram apenas as necessidades a comunidade não pode satisfazer por si, e que o programa de contribuir para o desenvolvimento da comunidade. Isto significa frequentemente que os objetivos de um programa deve incluir a participação das vítimas no planejamento e concepção do programa. O programa deve ter uma educação componente que vai elevar o nível de conhecimento na comunidade, para prevenir ou reduzir a desastre futuro. O programa também deve ser amarrado a um desenvolvimento integrado de longo alcance esquema.
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