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MORFOLOGIA BACTERIANA Árvore filogenética da vida definida a partir de comparações entre as seqüências de RNA ribossomal. Árvore Filogenética Universal EXTREMÓFILOS • Termo usado pela primeira vez em 1974, para designar organismos que proliferam em ambientes extremos. • Ambientes extremos: Regiões polares, nascentes ácidas ou alcalinas, lagos com níveis de salinidade próximos da saturação, regiões abissais, níveis elevados de radiação. EXTREMOFILÓS •Ocorre em ambos os domínios: Bacteria e Archaea Exemplos: Halobacterium- desenvolvem em ambientes salinos saturados (5,2M NaCl) Pyrolobus fumarii- temperatura ótima de crescimento em 106°C, continuando a proliferar até o limite máximo de aproximadamente 115°C. • Micro-organismo capaz de suportar cerca de mil vezes mais radiação do que qualquer habitante da Terra e três mil vezes mais do que um ser humano. O genoma estruturado em forma de anel (realçado em azul) da bactéria Deinococcus radiodurans seria a resposta para sua resistência à radiação (imagem: S. Levin-Zaidman) • Pilha de refugo da mineração de carvão, que muitas vezes sofre auto-combustão. Habitat da archaea Thermoplasma. (Adaptado de Madigan et al., 2003 - Brock Biology of Microorganisms) • Lago hipersalino no Egito, rico em carbonato de sódio. O pH destas águas encontra-se na faixa de 10, sendo habitado por archaea halófilas extremas, tais como Halobacterium salinarum. A coloração vermelha é decorrente da presença de pigmentos carotenóides, presentes nestes organismos. Adaptado de Madigan et al., 2003 - Brock Biology of Microorganisms) CÉLULA PROCARIÓTICA •Forma e Arranjo A forma das bactérias é uma característica genética e podem apresentar-se como sendo: Monomórficas – única forma; Pleomórficas – formas ou arranjos diferentes. São muito pequenas, com tamanhos variando entre 1 e 5µm. Podem ser encontradas em diversos formatos: esférico (cocos), bastão (bacilo), espiral (espirilo) e vírgula (vibrião), entre outras. 1- COCOS • Cocos – ovais, alongados ou achatados em uma das extremidades • Diplococos, Estreptococos, Estafilococos e Sarcina. • Ex: Enterococcus, Peptococcus, Staphylococcus e Streptococcus. • Entretanto, nem todos os cocos apresentam a palavra cocos no nome. Ex: Neisseria spp. Estreptococos Estafilococos 2- BACILOS Cocobacilos; Diplobacilos; Estreptobacilos; Semelhantes a lança; Extremidades retas ou redonda. Streptococcus pneumoniae Corynebacterium diphtheriae Bacillus anthracis • Ex: Actinobacillus, Bacillus, Lactobacillus e Streptobacillus. • Entretanto, nem todos os bacilos apresentam a palavra bacilo no nome. Ex: E. coli Bacillus sp. e Streptococcus sp. 3- VIBRIÕES Possuem o corpo rígido e são como vírgula. Vibrio cholerae 4- Forma de Espirais - Espirilos - Espiroquetas ESPIROQUETAS Possuem o corpo flexível e com formato saca-rolha. ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA COMPONENTES ESSENCIAIS • Cromossomo • Ribossomos • Citoplasma • Membrana • Parede Celular COMPONENTES NÃO - ESSENCIAIS • Cápsula • Flagelos • Fímbrias • Inclusões • Plasmídios ESTRUTURAS EXTERNAS A PAREDE CELULAR • Glicocálice -Polímero viscoso e gelatinoso produzido pela membrana celular e secretado para fora da parede celular • Importante na fixação: bactérias podem crescer em diversas superfícies, como pedras em rios de correnteza rápida, raízes de plantas, dentes humanos, implantes médicos, canos de água, etc. • Podem ser de dois tipos: 1-Camada Limosa 2-Cápsula • Em certas espécies, as cápsulas são importantes na virulência bacteriana (o grau com que um patógeno causa doença). • As cápsulas frequentemente protegem as bactérias patogênicas da fagocitose pelas células do hospedeiro. • Fagocitose: processo pelo qual certos glóbulos brancos do sangue englobam e destroem os micro-organismos. 1-Camada limosa: Não é altamente organizado nem firmemente ligado à parede celular. Separa-se com facilidade da parede celular e se perde. Ex: Pseudomonas • Podem desempenhar um importante papel nas doenças causadas pelas espécies desse gênero. • As camadas limosas permitem que certas bactérias deslizem sobre superfícies sólidas. • Cápsula: é altamente organizada e firmemente ligado à parede celular. Em geral as cápsulas são constituídas por polissacarídeos, os quais, dependendo da espécie bacteriana, podem estar combinados a lipídios e proteínas. • Ex: Klebsiella pneumoniae, Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae • S. pneumoniae causa pneumonia quando as células são protegidas por uma cápsula, as células não encapsuladas são prontamente fagocitadas e não podem causar pneumonia. • Klebsiella pneumoniae a cápsula impede a fagocitose e permite a esta bactéria aderir-se ao trato respiratório e colonizá- lo. • A composição química das cápsulas é de utilidade na diferenciação dos vários tipos de bactérias dentro de uma espécie em particular. • Ex: Diferentes cepas de Haemophilus influenzae (causa meningite e infecções auditivas em crianças) são identificadas por seus tipos de cápsulas. • A vacina Hib protege contra doenças causadas por H. influenzae capsulada do tipo b. Vantagens: -Reserva de nutrientes e água -Aumento da capacidade de invasão -Aderência (ex: Streptococcus mutans importante causa da cárie dentária) -Resistência a antimicrobianos -Função antifagocitária Células de Streptococcus pneumoniae coradas negativamente e observadas ao microscópio óptico Coloração negativa: célula bacteriana e o plano de fundo tornam-se corados, mas a cápsula permanece não corada. A cápsula aparece como um halo não corado ao redor da célula bacteriana. Características Culturais • Bactérias portadoras de cápsulas produzem, em ágar nutriente, colônias lisas, mucóides, brilhantes. • Bactérias não capsuladas tendem a ter características como colônias secas e rugosas Estruturas externas a parede celular • Flagelos apêndices filiformes constituídos essencialmente de proteínas que têm a função de conferir movimento à bactéria. O número e disposição dos flagelos de uma determinada espécie bacteriana, são característicos daquela espécie e podem ser utilizados para classificação e identificação. Vantagens: •Migração em direção aos nutrientes • Fuga de ambientes tóxicos •Migração para locais não colonizados • Vence com mais facilidade as barreiras do hospedeiro Gluconacetobacter diazotrophicus crescendo em meio de cultura em placa de Petri e célula em detalhe, em micrografia eletrônica, identificando flagelos. Fonte: Santos et al., 2002 Estrutura de um flagelo procariótico • Inserção do flagelo na parede celular de bactéria Gram-negativa •Filamentos axiais -Espiroquetas- Treponema pallidum (Sífilis) -Feixes de fibrilas que se originam nas extremidades das células -Espiral em torno da célula Filamentos axiais • Fímbrias e Pili -Apêndices filamentosos curtos envolvidos na aderência bacteriana. Mais frequentemente observados em bactérias Gram-negativas. -Pili- mais longos que as fímbrias 1 ou dois por célula. São muitomais finos que os flagelos. Não estão associados a motilidade. As fímbrias que permitem que as bactérias se fixem às superfícies (ex: tecidos do interior do corpo humano) são normalmente bastante numerosas. Em algumas espécies bacterianas as cepas dotadas de fímbrias são capazes de causar doenças como uretrite e cistite, as cepas dos mesmos micro-organismos desprovidas de fímbrias não. ex:Neisseria gonorrhoeae MEMBRANA CITOPLASMÁTICA • Constituída de proteínas e fosfolipídios. • Seletivamente permeável, a membrana controla quais as substâncias que entram ou saem da célula. Membrana plasmática Funções – Permeabilidade seletiva Processos passivos • Difusão simples alta concentração baixa concentração • Difusão facilitada A substância se combina com uma proteína transportadora na membrana plasmática Difusão facilitada • Processos ativos – Transporte ativo •Gasto de ATP – Translocação de grupo • A substância é alterada quimicamente • Requer energia- compostos de fosfato de alta energia
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