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Universidade Federal de Lavras Departamento de Medicina Veterinária Setor de Morfologia Animal Bruno Antunes Soares Jairo Cardoso Abreu José Carlos Nogueira José Rafael Miranda Suely de Fátima Costa HISTOLOGIA VETERINÁRIA Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 2 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 2 2 ÍNDICE Capítulo 1 - SISTEMA NERVOSO .............................................................................. 3 Capítulo 2 - SISTEMA TEGUMENTAR ...................................................................... 7 Capítulo 3 - SISTEMA CIRCULATÓRIO ................................................................. 12 Capítulo 4 - SANGUE ................................................................................................. 20 Capítulo 5 - ÓRGÃOS HEMOCITOPOÉTICOS ..................................................... 25 Capítulo 6 - SISTEMA ENDÓCRINO ....................................................................... 34 Capítulo 7 - SISTEMA GENITAL MASCULINO ...................................................... 44 Capítulo 8 - SISTEMA GENITAL FEMININO .......................................................... 57 Capítulo 9 - SISTEMA URINÁRIO ............................................................................ 70 Capítulo 10 - SISTEMA RESPIRATÓRIO ............................................................... 76 Capítulo 11 - SISTEMA DIGESTÓRIO .................................................................... 80 Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 3 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 3 3 Capítulo 1 - SISTEMA NERVOSO O estudo microscópico das estruturas histológicas do sistema nervoso será realizado em cortes de medula espinhal, cerebelo, córtex cerebral, plexo coróide e gânglio espinhal. Os órgãos do sistema nervoso central (SNC) são envolvidos por três bainhas conjuntivas, as meninges: • Dura-máter: forma a bainha mais espessa e externa • Aracnóide: apresenta-se como pequenas trabéculas delicadas entre a dura-máter e a pia-máter, formando um sistema cavitário intercomunicante onde circula o líquido cérebro-espinhal; • Pia-máter: possui vasos sanguíneos e reveste a superfície dos órgãos do SNC. Lâmina Nº33: MEDULA ESPINHAL – Tricrômico de Gomori. Corte transversal de medula espinhal. Observar diretamente a lâmina contra a luz e identificar a substância branca externamente corada em róseo e a substância cinzenta interna, mais intensamente corada, em forma de H ou borboleta. As partes laterais do H possuem uma porção dorsal afilada (cornos dorsais) e uma porção ventral mais dilatada (cornos ventrais). Essas partes laterais estão unidas por uma porção transversal denominada comissura cinzenta. Identificação no pequeno aumento: estruturas acima descritas e os seguintes componentes estruturais: 1 – PIA-MÁTER: corada em verde, envolvendo quase todo o órgão e que se invagina no sulco mediano dorsal (formando o septo mediano) e na fissura mediana ventral. 2 – SUBSTÂNCIA BRANCA: formada por fibras nervosas mielínicas cortadas transversalmente. 3 – SUBSTÂNCIA CINZENTA: formada por uma complexa trama de fibras amielínicas, células neurogliais (observam-se somente os núcleos) e neurônios. As fibras nervosas sensitivas penetram pelo corno dorsal e fazem Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 4 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 4 4 sinapses com pequenos neurônios de associação. As fibras motoras saem pelo corno ventral e se originam dos grandes neurônios motores (multipolares) facilmente observáveis. No centro da comissura cinzenta observar o canal central da medula revestido por epitélio ependimário. Lâmina Nº33: GÂNGLIO ESPINHAL – Tricrômico de Gomori. O órgão se apresenta parcialmente envolvido por tecido conjuntivo denso, intensamente corado em verde. Identificar: 1 – Os neurônios esferoidais pseudo-unipolares (sensitivos), envolvidos por uma camada de células neurogliais (anfícitos ou células satélites). 2 – No interior do gânglio e nas suas extremidades aparecem feixes de fibras nervosas mielínicas coradas em róseo. Os axônios dos neurônios ganglionares penetram na medula espinhal pelo corno dorsal, onde fazem sinapses. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 5 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 5 5 Lâmina Nº35: CEREBELO – Hematoxila-Eosina (H. E.) Nesta lâmina, além do cerebelo foram também cortados o tronco encefálico e o IV ventrículo contendo o plexo coróide. O cerebelo é macroscopicamente identificável por apresentar-se pregueado (folhas do cerebelo). Ao microscópio identificar: PIA MÁTER; CÓRTEX CEREBELAR (formada por substância cinzenta) contendo três camadas: Camada molecular: mais externa, contendo poucos neurônios, uma complexa trama de dendritos das células de Purkinje e axônios dos grãos do cerebelo. Camada das células de Purkinje: neurônios piriformes, volumosos, formando uma única camada de células. Camada granular: formada por grande quantidade de pequenos neurônios (grãos do cerebelo, de citoplasma escasso, pouco visível). SUBSTÂNCIA BRANCA: forma o eixo central das folhas do cerebelo, sendo constituída por fibras nervosas mielínicas. Lâmina Nº35: PLEXO CORÓIDE – H.E. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 6 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 6 6 Entre o cerebelo e o tronco encefálico localizar contra a luz a cavidade do quarto ventrículo e depois identificar ao microscópio as secções do plexo coróide. Esta estrutura é formada por um delicado eixo de tecido conjuntivo frouxo muito bem vascularizado e revestido externamente por neuróglia epitelial secretora (epêndima secretor). O plexo coróide é responsável pela produção do líquido cérebro-espinhal. Lâmina Nº34: CÉREBRO – H.E. O córtex cerebral apresenta a substância cinzenta externamente e a substância branca localiza-se internamente. O córtex cerebral é a estrutura mais organizada do SNC. A parte principal do córtex cerebral dos mamíferos domésticos está organizada em seis camadas celulares. A distinção destas camadas é muito difícil em H.E., sendo necessário o uso de impregnações argênticas para melhor compreensão estrutural do órgão. Da periferia para o centro do corte observam-se as seguintes camadas abaixo da pia-máter: Camada molecular ou plexiforme: contém poucas células. Camada granular externa: contém grande número de pequenos neurônios piramidais. Camada piramidal externa: é composta por neurônios piramidais de tamanhos médio e grande. Camada granular interna: é formada por pequenos neurônios piramidais. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 7 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 7 7 Camada piramidal interna: caracterizada pela presença de grandes neurônios piramidais entremeados com pequenos neurônios estrelados. Camada polimorfa, multiforme ou fusiforme: contém pequenas e médias células fusiformes. Identificar no pequeno aumento: percorrer a lâmina para ter uma visão panorâmicado órgão e localizar na periferia a pia-máter e logo abaixo a camada molecular. Identificar no médio aumento: neurônios piramidais (triangulares) das diferentes camadas que são característicos do córtex cerebral. A substância branca é vista profundamente. Capítulo 2 - SISTEMA TEGUMENTAR O tegumento é considerado o maior de todos os órgãos, sendo formado pela pele e estruturas anexas: folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas, órgãos digitais (casco e garras), chifres, penas e outras estruturas glandulares especializadas. • PELE: A pele possui diversas funções como proteção do meio externo, termorregulação, sensibilidade, síntese de vitamina D e defesa imunológica. Sua constituição se baseia em duas porções, a camada superficial que é denominada epiderme (epitélio estratificado pavimentoso queratinizado) e a camada mais profunda denominada derme (tecido conjuntivo). Abaixo da derme está localizada a hipoderme ou também conhecida como fáscia superficial. Entretanto essa camada não faz parte da pele. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 8 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 8 8 A espessura da epiderme varia com sua localização. A pele pilosa (protegida por pelos) apresenta epiderme delgada; na pele glabra (desprovida de pelos), como nos coxins palmar e plantar do cão e do gato, devido ao intenso atrito, a epiderme é bastante espessa. As camadas constituintes da epiderme e da derme estão apresentadas no diagrama abaixo. Lâmina Nº51: PELE GLABRA – H.E. Identificar: EPIDERME: Camada Basal ou Germinativa: apoiada sobre a membrana basal que a separa do conjuntivo da derme. É formada por células cúbicas ou prismáticas de citoplasma basófilo e com núcleos ovóides. Camada Espinhosa: é a mais espessa, formada por células poliédricas dotadas de prolongamentos citoplasmáticos com o aspecto de espículas ou espinhos que unem células adjacentes. Observar grãos de melanina no citoplasma das células desta camada. Os melanócitos (não visíveis na lâmina) responsáveis pela produção da melanina estão situados entre a camada basal e a membrana basal. Camada Granulosa: formada por células pavimentosas contendo no citoplasma granulações basófilas e com núcleos pouco corados. PELE Epiderme 1. Camada basal 2. Camada espinhosa 3. Camada granulosa 4. Camada lúcida 5. Camada córnea Derme 1. Camada papilar 2. Camada reticular Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 9 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 9 9 Camada Lúcida: apresenta aspecto homogêneo, acidófila, formada por células mortas desprovidas de núcleo. Camada Córnea: espessa, formada por células pavimentosas mortas, queratinizadas, desprovidas de núcleo. As camadas mais superficiais apresentam descamação. DERME: Camada Papilar: formada por tecido conjuntivo frouxo que se anexa com as cunhas epiteliais da epiderme. Esta camada apresenta numerosos tipos celulares. Camada Reticular: constituída por tecido conjuntivo denso desordenado. Os fibrócitos são as células predominantes neste tecido. Glândula Sudorípara do tipo Merócrina: são glândulas simples tubulosas localizadas na derme e que apresentam a parte secretora enovelada, aparecendo nos cortes como túbulos cortados em vários sentidos. Os adenômeros são constituídos por células secretoras delimitando um lume regular e estreito. Os ductos excretores destas glândulas possuem trajeto tortuoso, são biestratificados cúbicos e se abrem na superfície da epiderme. HIPODERME: Unindo a pele aos planos profundos existe a hipoderme, que corresponde à fáscia superficial. Quando rica em tecido adiposo é denominada panículo adiposo. A hipoderme não faz parte da pele. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 10 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 10 10 Lâmina Nº52: PELE PILOSA – H.E. Características da pele pilosa: Epiderme é mais delgada que na pele glabra; Desprovida de camada lúcida; Camada granulosa é descontínua, ou seja, existem células esparsas com grânulos basófilos no citoplasma; Presença de folículos pilosos com pelos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas do tipo apócrinas. Identificar na lâmina: FOLÍCULO PILOSO: são formados internamente por uma parte epitelial contínua com a epiderme e externamente por uma parte conjuntiva (saco fibroso e papila do pelo). A parte profunda e delimitada do folículo piloso é denominada bulbo piloso. No interior do folículo piloso observar cortes de pelos. GLÂNDULA SEBÁCEA: são geralmente anexas aos folículos pilosos. São glândulas acinosas, do tipo holócrinas, simples ou ramificadas. Apresentam ductos curtos de epitélio estratificado que desembocam no folículo piloso. Cada adenômero constitui-se de uma massa sólida de células separada do tecido conjuntivo adjacente por uma membrana basal (não visível na lâmina). Suas células se dispõem em duas camadas: células basais e células sebáceas. Células basais se localizam na periferia da glândula, são levemente basófilas e se multiplicam para reposição das células que se carregam de secreção e se desintegram (secreção holócrina). Células sebáceas têm localização central e apresentam vários estágios de degeneração para transformarem em secreção. MÚSCULO ERETOR DO PELO: insere-se no saco fibroso do folículo piloso e no conjuntivo da camada papilar da derme, passando por baixo das glândulas sebáceas. Quando se contraem levantam os pelos e comprimem as glândulas sebáceas provocando a saída de secreção acumulada. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 11 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 11 11 GLÂNDULA SUDORÍPARA APÓCRINA: são as mais desenvolvidas nos animais domésticos e são também tubulosas e enoveladas. Diferem das glândulas sudoríparas merócrinas por apresentarem lume amplo geralmente contendo secreção coagulada pela fixação. Seus ductos de epitélio biestratificado abrem-se diretamente nos folículos pilosos. Os adenômeros são envolvidos por uma membrana basal e possuem duas camadas de células: células mioepiteliais e células secretoras que apresentam protrusões no ápice contendo secreção. Lâmina Nº53: PELE PILOSA – H.E. Identificar as estruturas descritas na lâmina anterior. Nesta lâmina não são encontradas glândulas sudoríparas apócrinas. Lâmina Nº54: LÁBIO DE CÃO – H.E. Identificar a pele pela presença de numerosos folículos pilosos. Existem no corte pelos táteis. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 12 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 12 12 A identificação dos pelos táteis deve-se pela construção de tecido conjuntivo adjacente ao folículo ser diferente. Existe uma camada dérmica bem formada que contém um seio vascular disposto em suas camadas internas e externas. Identificar outras estruturas já descritas. Capítulo 3 - SISTEMA CIRCULATÓRIO O sistema circulatório possui como componentes os vasos sanguíneos e o coração. Este é responsável por bombear o sangue através dos vasos para todas as partes do corpo. Os vasos sanguíneos apresentam três tiposprincipais: artérias, veias e capilares. O coração apresenta quatro câmaras: o átrio e ventrículo direitos e o átrio e ventrículo esquerdos. Os vasos podem ser classificados conforme mostrado abaixo: Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 13 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 13 13 3.1 ARTÉRIAS Características gerais importantes das artérias na observação microscópica: Parede espessa em relação ao diâmetro do lume; Lume bem aberto, regular; Três túnicas bem individualizadas (íntima ou interna, média, e externa ou adventícia). Separando a túnica interna da média, localiza-se a Membrana Limitante Elástica Interna e entre as túnicas média e adventícia a Membrana Limitante Elástica Externa. VASOS Sanguíneos 1.Capilares 1.1 Comuns Contínuos Fenestrados 1.2 Sinusóides 2. Artérias 2.1 Elásticas 2.2 Musculares 3. Veias 4. Anastomoses arteriovenosas Linfáticos 1. Capilares 2. Coletores 3. Troncos Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 14 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 14 14 Lâmina Nº15: VÁRIOS ÓRGÃOS. Verhoeff Artéria elástica A – Túnica íntima: formada pelo endotélio (epitélio simples pavimentoso), tecido conjuntivo frouxo subendotelial e a limitante elástica interna se confunde com as lâminas elásticas da túnica média. B – Túnica média: constituída por lâminas elásticas dispostas concentricamente e fenestradas, resultando daí seu nome. C – Túnica adventícia: constituída por tecido conjuntivo, bastante espesso, onde existem pequenos vasos (vasa vasorum) que irrigam parte da parede da artéria. Em algumas lâminas há tecido conjuntivo frouxo e adiposo mais externamente. À olho nu identificar a artéria que aparece como um anel. Observar ao microscópio: Grande quantidade de lâminas elásticas dispostas de forma concêntrica; Nesta coloração, as lâminas elásticas limitantes Interna e Externa se confundem com as lâminas da túnica média, não sendo possível identificá-las separadamente; O fundo róseo corresponde às fibras colágenas, células musculares lisas e substância fundamental amorfa; Esta lâmina não é adequada para a identificação da túnica íntima. Artéria Muscular Observar ao microscópio: Limitante elástica interna bem evidente; A túnica média corada em róseo corresponde às fibras musculares lisas e fibras conjuntivas (aparecem algumas fibras elásticas coradas em preto); Adventícia de tecido conjuntivo denso e rica em fibras elásticas. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 15 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 15 15 Lâmina Nºs 42 e 43: ARTÉRIA MUSCULAR – H.E. Observar no microscópio: Túnica íntima com a limitante elástica interna bem evidente; Túnica média com mais de cinco camadas de músculos liso; Adventícia com vasa vasorum; A limitante elástica externa é de difícil identificação. Nestas lâminas observar cortes de arteríolas com as seguintes características: Túnica íntima – endotélio, tecido conjuntivo subendotelial não identificável e limitante elástica interna bem visível. Túnica média – até cinco camadas de células musculares lisas. Adventícia – tecido conjuntivo, delgada, sem limitante elástica externa. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 16 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 16 16 Lâmina Nº84: FUNÍCULO (CORDÃO) ESPERMÁTICO – H.E. Identificar nesta lâmina cortes de artérias musculares e arteríolas conforme as características histológicas descritas anteriormente. 3.2 VEIAS As veias apresentam morfologia variável, sendo importante observar as seguintes características gerais: Parede fina em relação ao diâmetro do lume; Lume irregular e amplo; Três túnicas mal individualizadas; Algumas veias podem apresentar válvulas (pregas da íntima) como as veias intercostais, espermáticas, safenas, etc. Lâmina Nº43: FEIXE VÁSCULO-NERVOSO – H.E. Baseando-se nas características morfológicas gerais descritas acima, identificar nesta lâmina vários cortes de veias. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 17 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 17 17 3.3 CAPILARES Com base nas características microscópicas, os capilares podem ser classificados em: Capilares sanguíneos comuns – formado por uma camada de células pavimentosas (endotélio) que se apóia sobre uma lâmina basal. Não é possível diferenciar capilares contínuos de fenestrados na microscopia óptica. Capilares sinusóides – apresentam lume irregular com dilatações ou seios e trajeto tortuoso. São revestidos por células endoteliais comuns apresentando também em suas paredes células fagocitárias (células de Kupffer). Lâmina Nº57: ESÔFAGO. Capilares comuns – H.E. No conjuntivo localizado abaixo do epitélio do esôfago, identificar cortes transversais e longitudinais de capilares. Apresentam 1 a 3 núcleos delimitando o lume (o citoplasma não é visível). A lâmina basal não é visível na preparação. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 18 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 18 18 Lâmina Nº70: FÍGADO DE SUÍNO – T. de Gomori Identificar os capilares sinusóides que apresentam: Disposição radial, desembocando em pequenas veias centrais; Seus lumes são variáveis com dilatações; Os núcleos das células da parede dos capilares são ovóides e muito diferentes dos núcleos relativamente grandes e esferoidais das células hepáticas (hepatócitos); Nesta preparação não é possível a distinção entre células endoteliais comuns e células de kupffer. 3.4 CORAÇÃO O coração possui três túnicas: Íntima ou endocárdio; Média ou miocárdio; Externa ou epicárdio. Endocárdio: formado pelo endotélio mais tecido conjuntivo subendotelial, delgado com fibras colágenas e elásticas. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 19 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 19 19 Tecido Conjuntivo Subendocárdico: tecido conjuntivo frouxo que une o endocárdio ao miocárdio. Contém fibras de Purkinje que são facilmente identificáveis. Valvas cardíacas – são pregas do endocárdio em torno dos orifícios cardíacos (valvas bicúspide, tricúspide e semilunares aórtica e pulmonar) constituídas por eixo fibro-elástico revestido por endocárdio. Miocárdio: formado por tecido muscular estriado cardíaco comum e do sistema de condução. Epicárdio: formado pelo folheto visceral do pericárdio (serosa). Constituído de fora para dentro por: Epitélio simples pavimentoso; Fina camada de tecido conjuntivo; Tecido conjuntivo subepicárdico frouxo podendo conter células adiposas e que une o epicárdio ao miocárdio. Em muitas lâminas não aparece o epicárdio. Esqueleto cardíaco: constituído por anéis fibrosos (em torno das valvas), trígono fibroso entreos anéis fibrosos e septo membranoso entre os ventrículos unindo o septo muscular interventricular ao septo intermediário. Não é necessária a identificação do esqueleto cardíaco. Lâmina Nº32: CORAÇÃO – H.E. Identificar em médio aumento as estruturas citadas acima que caracterizam histologicamente o coração. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 20 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 20 20 Capítulo 4 - SANGUE O sangue é constituído por um material intercelular fluídico, o plasma (parte líquida) que mantém em suspensão a parte celular, os elementos figurados (hemácias, leucócitos e plaquetas). 4.1 HEMÁCIAS Também são chamados de eritrócitos ou glóbulos vermelhos, representam os elementos sanguíneos mais numerosos. CÉLULAS DO SANGUE HEMÁCIAS/ GLÓBULOS VERMELHOS / ERITRÓCITOS LEUCÓCITOS / GLÓBULOS BRANCOS 1. Granulócitos 1.1 Neutrófilos 1.2 Eosinófilos 1.3 Basófilos 2. Agranulócitos 2.1 Monócitos 2.2 Linfócitos PLAQUETAS Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 21 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 21 21 Características: São discos bicôncavos e anucleados nos mamíferos; A hemoglobina presente no seu interior é responsável por sua acidofilia; Coram-se pela eosina, em vermelho tijolo com uma área central clara. 4.2 LEUCÓCITOS Os leucócitos ou glóbulos brancos são móveis e desempenham suas funções de defesa nos tecidos. Características: Núcleos de formas variáveis; Citoplasma com presença de organelas celulares. Os cinco diferentes tipos de leucócitos estão classificados em dois grupos baseados na presença ou ausência de grânulos citoplasmáticos específicos e na morfologia nuclear: os granulócitos ou polimorfonucleares e agranulócitos ou mononucleares. 4.2.1 Granulócitos São nomeados de acordo com a afinidade tintorial de seus grânulos específicos: neutrófilos, eosinófilos ou acidófilos e basófilos. A – NEUTRÓFILOS Características: Núcleo lobulado (2 a 5 lóbulos) polimorfo; Pequenos grânulos citoplasmáticos; Células mais velhas apresentam núcleo mais segmentado do que as jovens; O citoplasma cora-se palidamente e contém pequenos grânulos cor-de- rosa; Há dois tipos de granulações citoplasmáticas nos neutrófilos, os grânulos específicos e os grânulos azurófilos ou inespecíficos. Os grânulos específicos correspondem a 80% no neutrófilo maduro, embora sejam estruturalmente semelhantes a lisossomas, porém Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 22 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 22 22 bioquimicamente não são por serem desprovidos de hidrolases ácidas e peroxidase. Os grânulos azurófilos (inespecíficos) se coram em púrpura e são lisossomas típicos; Os núcleos das formas jovens são denominados bastonetes (ou não segmentados) e se apresentam em forma de C, U, V, S, de cromatina menos densa. São menos frequentes no sangue circulante dos mamíferos domésticos (2% a 5%). B – EOSINÓFILOS Características: Núcleo geralmente bilobado; Citoplasma com granulações específicas salientes. C – BASÓFILOS Apresentam a menor percentagem entre os leucócitos circulantes nos mamíferos domésticos (0% a 1,5%). Características: Núcleo bilobado ou de formato irregular, às vezes mascarado pelo grande número de granulações citoplasmáticas coradas em azul escuro ou arroxeadas. 4.2.2 Agranulócitos Não apresentam granulações citoplasmáticas específicas, no entanto, possuem frequentemente granulações inespecíficas ou azurófilas. Pertencem a este grupo de leucócitos os linfócitos e os monócitos. A – LINFÓCITOS Nos esfregaços corados aparecem pequenos, médios e grandes linfócitos. O citoplasma é escasso nos pequenos linfócitos e mais abundante nos médios e grandes linfócitos. A maioria dos linfócitos circulantes em cavalos, porcos, cães e gatos são do tipo pequeno medindo 6 a 9 µm de diâmetro. Características: Linfócito pequeno: Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 23 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 23 23 Núcleo denso e denteado; Pequena faixa azul de citoplasma. Linfócitos médios e grandes: Possuem mais citoplasma; Podem apresentar granulações azurófilas (coradas em púrpura); O núcleo apresenta pequena indentação. B – MONÓCITOS São os maiores leucócitos circulantes, medindo de 15 a 20 µm de diâmetro. Características: Citoplasma azulado e mais abundante que o dos linfócitos, podendo conter finos grânulos azurófilos; Núcleo pode ser oval, riniforme (formato de rim) ou em forma de ferradura e de cromatina filamentosa mais frouxa que a dos linfócitos. 4.3 PLAQUETAS As plaquetas ou trombócitos são os elementos aglutinantes e coagulantes do sangue. Nos mamíferos domésticos são fragmentos do citoplasma de grandes células da medula óssea vermelha, denominadas megacariócitos. Nos esfregaços sanguíneos as plaquetas tendem a se aglutinar. Estes fragmentos celulares se apresentam de forma variável. Características: Forma esférica ou elíptica; Parte central com grânulos azurófilos (cromômero ou granulômero); Parte periférica sem grânulos (hialômero); O cromômero cora-se em púrpura e o hialômero em azul claro. Lâmina anexa: ESFREGAÇO DE SANGUE Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 24 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 24 24 Antes de iniciar a observação ao microscópio, deve-se colocar o esfregaço voltado para cima para então colocá-lo na platina do microscópio, pois esta lâmina pode não ser protegida por lamínula. Para iniciar o estudo deve-se proceder da seguinte maneira: 1 – Identificar a objetiva de imersão. 2 – Afastar a objetiva da lâmina e colocar uma gota de óleo de imersão sobre um dos cantos do esfregaço. 3 – Aproximar, cuidadosamente, a objetiva de imersão até tocar a gota de óleo, observando-se diretamente (não observar pela ocular). 4 – Procurar e ajustar o foco com o parafuso micrométrico. 5 – Iniciar a observação. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 25 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 25 25 Capítulo 5 - ÓRGÃOS HEMOCITOPOÉTICOS Nesse capítulo serão identificados os órgãos com capacidade de produção, maturação e armazenamento das células sanguíneas, sendo esses a medula óssea e um conjunto de órgãos agrupados sob a denominação de órgãos linfóides. 5.1 MEDULA ÓSSEA A medula óssea está localizada internamente aos ossos e, tem por função a produção de células sanguíneas. Por sua localização, o tecido hemocitopoético da medula é também denominado tecido mielóide. Existem no adulto duas variedades de medula óssea: Medula óssea vermelha: hematógena, com presença de numerosos eritrócitos em diversos estádios de maturação caracterizando sua cor vermelha; Medula óssea amarela: rica em células adiposas, não tem capacidade de produzir células sanguíneas. 5.1.2 Medula Óssea Vermelha Parênquima: formado por todas as células sanguíneas e suasprecursoras. Nela se encontram: linhagem eritrocítica linhagem granulocítica linhagem megacariocítica linhagem monocítica linhagem linfocítica Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 26 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 26 26 Estroma de sustentação: tecido conjuntivo reticular percorrido por capilares sinusóides. 5.1.2 Medula Óssea Amarela Parênquima: regride, sendo invadido e substituído por tecido adiposo unilocular. Estroma de sustentação: igual ao da medula óssea vermelha. Lâmina Nº28: OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL – H.E. Identificar: Medula óssea vermelha entre as trabéculas ósseas; A única célula identificável no corte é o megacariócito por seu volume e núcleo grande, mais ou menos lobulado; Capilares sinusóides que podem conter hemácias no lume coradas em tom amarelado. 5.2 ÓRGÃOS LINFÓIDES São constituídos por tecido linfóide, que consiste em uma trama tridimensional de células reticulares, fibras reticulares e macrófagos fixos, infiltrada de células livres, principalmente linfócitos T e B em diversas fases de maturação, macrófagos livres e plasmócitos. Tecido linfóide difuso: caracteriza-se pela presença de linfócitos distribuídos difusamente no tecido. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 27 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 27 27 Tecido linfóide nodular ou Nódulos linfóides (folículos linfóides): agregados esféricos de linfócitos sustentados pela rede de fibras e células reticulares. Aparecem fortemente corados pela hematoxilina graças à sua riqueza em linfócitos. Centro germinativo ou reacional: centro do nódulo se apresenta menos corado. No centro germinativo ocorre proliferação de linfócitos B que foram ativados (também chamados de imunócitos) e que vão produzir os plasmócitos (células produtoras de anticorpos). A denominação de centro germinativo é devido à intensa produção de linfócitos e centro reacional porque nela há elevada produção de anticorpos devido à reação do linfócito B com algum antígeno. Os nódulos linfóides são encontrados na parede de órgãos cavitários e em órgãos linfóides como baço, linfonodos e tonsilas. 5.2.1 Classificação dos Órgãos Linfóides: Órgãos linfóides intraparietais: apresentam apenas vasos linfáticos eferentes. São eles: Acúmulos linfóides irregulares. Nódulos linfóides isolados. Nódulos associados: Placas de Peyer, Apêndice cecal, Tonsilas. Órgãos linfóides extraparietais: Só com vasos linfáticos eferentes – timo; Intercalados na circulação linfática (com vasos linfáticos aferentes e eferentes) – linfonodos; Intercalados na circulação sanguínea – baço e hemolinfonodos. 5. 2.1.1 Órgãos Linfóides Intraparietais Presentes principalmente na lâmina própria do tubo digestório, vias respiratórias superiores e vias urinárias, sob a forma de tecido linfóide difuso, nódulos linfóides isolados e nódulos linfóides associados. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 28 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 28 28 Lâmina Nº63: CÓLON: NÒDULOS LINFÓIDES ISOLADOS – H.E. Identificar: Em pequeno aumento percorra toda a lâmina na área do tecido conjuntivo situado abaixo da mucosa (região corada em tom azulado) e localize nódulos linfóides isolados. Em aumento médio identificar estas estruturas, verificando a presença de centros germinativos nos mesmos. Compare o centro germinativo do nódulo com a periferia observando as diferenças entre as populações celulares. Lâmina Nº46: ÍLEO: NÒDULOS LINFÓIDES ASSOCIADOS - PLACA DE PEYER – H.E. As placas de Peyer são formadas por nódulos linfóides associados (um ao lado do outro), que ocorrem de forma constante no íleo e constituem verdadeiros órgãos linfóides intraparietais. Também são classificadas como GALT (tecido linfóide associado ao tubo digestório – Gut Associated Lymphoid Tissue). Observe a lâmina contra a luz e procure identificar os nódulos linfóides. Identificar em pequeno aumento: Nódulos linfóides situados um ao lado do outro, presença de centro germinativo; Tecido linfóide difuso entre os nódulos. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 29 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 29 29 Lembrar que nódulos linfóides são povoados por linfócitos B e o tecido linfóide difuso por Linfócitos T. Tonsilas As tonsilas são constituídas por aglomerados de tecido linfóide situados abaixo do epitélio bucal e da faringe. Existem a tonsila lingual (no dorso da raiz da língua), as tonsilas palatinas (entre os arcos glossofaríngeos e faringopalatino) e as tonsilas faríngeas (na nasofaringe). Lâmina Nº44: NÒDULOS LINFÓIDES ASSOCIADOS: TONSILA PALATINA – H.E. A tonsila palatina é revestida em sua face voltada para a orofaringe por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. No cão e gato esta superfície é lisa. Nos ruminantes e equinos, o epitélio forma invaginações ou criptas. Identificar em pequeno aumento: Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 30 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 30 30 Invaginações ou criptas e em torno das mesmas, nódulos linfóides com centro germinativo; Entre os nódulos observar a presença de tecido linfóide difuso; O epitélio de revestimento das criptas está infiltrado de linfócitos dificultando um pouco sua identificação. Na parte profunda existe uma área de tecido conjuntivo denso denominado cápsula. 5.2.1.2 Órgãos Linfóides Extraparietais Linfonodo Os linfonodos são órgãos linfóides localizados ao longo da extensão dos vasos linfáticos na circulação linfática. São geralmente achatados e têm a forma ovóide ou de grão de feijão, apresentando uma indentação ou hilo, por onde penetram e saem vasos sanguíneos do órgão. Os vasos linfáticos, com exceção daqueles dos linfonodos de suínos, penetram por sua superfície convexa e saem pelo hilo. A linfa penetra no órgão pelos vasos linfáticos aferentes que chegam ao órgão por sua superfície convexa e segue o seguinte trajeto: A – Seio linfático subcapsular B – Seios linfáticos corticais ou peritrabeculares C – Seios linfáticos medulares D – Vasos linfáticos eferentes Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 31 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 31 31 Todos os seios são como uma esponja por cujas cavidades intercomunicantes a linfa circula lentamente. A esponja é constituída por macrófagos fixos, dotados de prolongamentos citoplasmáticos, assumindo formas estreladas. O estroma de sustentação do órgão é formado por células reticulares e fibras reticulares, formando um retículo citofibrilar em cujas malhas se colocam as células do parênquima. Lâmina Nº48: LINFONODO – H.E. Identificar em pequeno aumento: Capsula conjuntiva que reveste o órgão, sendo que dela partem septos ou trabéculas também conjuntivas que penetram no órgão, dividindo-o incompletamente; Na lâmina aparecem pedaços destas trabéculas no interior do órgão; O linfonodo apresenta três regiões: região cortical, região paracortical e região medular; Região cortical: abaixo da cápsula, com presença de nódulos; Região medular: ausência de nódulos, mas existem cordões de células linfóides, chamados cordões linfóides medulares; Região paracortical (entre a cortical e medular): presença de linfócitos T. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 32 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 32 32 Timo Órgão linfóide que só apresenta vasos linfáticos eferentes. O timo se encontra mais desenvolvido à época da puberdade, e sofre acentuada involução na fase pós-púbere, sendo seu parênquima substituído por tecido adiposo. Assim, sua morfologia nas fases pré e pós-puberal é completamente diferente. Lâmina Nº47: TIMO PRÉ-PUBERAL – H.E. Identificar: A – Formações conjuntivas de sustentação: O órgão é envolvido por uma cápsula conjuntiva fina da qual partem septos interlobulares que dividem incompletamente o órgão em lóbulos (é o único órgão linfóide lobulado). Não há um tecido conjuntivo reticular bem desenvolvido como nos outros órgãos linfóides. B – Parênquima: Região cortical: rica em linfócitos, não formam nódulos linfóides; Região medular: mais clara, com menor população celular, pobre em linfócitos. Identificar células reticulares epiteliais que possuem núcleos grandes, vesiculares e citoplasma acidófilo. Nesta região, células epiteliais reticulares se dispõem em forma concêntrica sofrendo queratinização formando os corpúsculos tímicos (de Hassal), característicos do órgão. A região cortical de um lóbulo é contínua com a região cortical do lóbulo adjacente, o mesmo acontecendo com a região medular. O parênquima do timo é formado por linfócito T e seus precursores e pelas células reticulares epiteliais. Estas células reticulares epiteliais são dotadas de prolongamentos e formam uma trama que abrigam os Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 33 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 33 33 linfócitos. Estas células isolam os linfócitos dos outros componentes dos órgãos (cápsula, vasos sanguíneos e linfócitos). Baço Órgão linfóide intercalado na circulação sanguínea, responsável pelas respostas imunes a antígenos presentes no sangue e pela fagocitose de hemácias velhas, assim como de outros materiais particulados. Lâmina Nº49: BAÇO – H.E. A – Formações conjuntivas: Cápsula: conjuntiva, envolvendo todo o órgão, contendo fibras musculares lisas e revestida externamente pela serosa peritoneal. Septos ou trabéculas: penetram no órgão a partir da cápsula e contém ramos arteriais e venosos (artérias e veias trabeculares). Estroma: tecido conjuntivo reticular, não visível nesta lâmina. B – Parênquima (polpa esplênica): Quando se observa um corte a fresco de baço, nota-se a presença de pequenos pontos esbranquiçados (polpa branca) entre a massa avermelhada do restante do órgão (polpa vermelha). Polpa branca: Observar em pequeno aumento: Formada por tecido linfóide que se organiza em torno das arteríolas centrais, formando uma bainha linfocitária; Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 34 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 34 34 Dilatações desta bainha de espaço em espaço formam nódulos linfóides (que contém uma arteríola central e podem apresentar centros germinativos). Estes nódulos são chamados de nódulos linfóides esplênicos ou de Malpighi; Observar em maior aumento: Arteríola central é geralmente excêntrica e sua presença nos folículos é uma característica específica do órgão. A polpa branca é o conjunto de todos os nódulos esplênicos espalhados pelo órgão mais a bainha linfocitária periarteriolar. A bainha linfocitária periarteriolar é populada por linfócitos T e os nódulos por linfócitos B. Polpa Vermelha: Formada pelos cordões esplênicos (de Billroth), contendo linfócitos, macrófagos, monócitos, plasmócitos e células sanguíneas, mais capilares sinusóides situados entre eles; Na maior parte do corte os capilares estão colabados e, portanto, os cordões esplênicos não estão bem individualizados; Os capilares sinusóides podem estar vazios ou cheios de sangue. Capítulo 6 - SISTEMA ENDÓCRINO O sistema endócrino é constituído por glândulas desprovidas de ductos, cujos produtos de secreção denominados hormônios, são lançados Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 35 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 35 35 diretamente no tecido conjuntivo perivascular e, posteriormente, atingem o sistema circulatório. Os hormônios veiculados pela circulação sanguínea podem agir em órgãos-alvo específicos ou nas células em geral. As glândulas que constituem o sistema endócrino são: TIREÓIDE; PARATIREÓIDES; ADRENAIS (supra-renais); HIPÓFISE; PINEAL; ILHOTAS PANCREÁTICAS; TESTÍCULOS E OVÁRIOS. Embora a maioria das funções endócrinas seja atribuída aos órgãos acima citados, algumas funções endócrinas, menos evidentes, são realizadas por grupos celulares ou por células isoladas que fazem parte de órgãos não endócrinos (Sistema Endócrino Difuso). 6.1 TIREÓIDE A tireoide é uma glândula cuja função é sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que atuam no metabolismo do organismo. Histologicamente classificada como glândula endócrina folicular ou vesicular. A produção dos hormônios ocorre pelos tireócitos. O controle desta secreção é feito principalmente através do hormônio tireotrófico (TSH), produzido pelas células basófilas da parte distal da adenohipófise. Secreta também através das células parafoliculares ou células C o hormônio Calcitonina que regula o teor de cálcio no sangue, reduzindo a calcemia pela supressão da reabsorção de sais de cálcio do tecido ósseo. Lâmina Nº80: TIREÓIDE – H.E. Identificar: 1 – Formações conjuntivas A – Cápsula – delgada, tecido conjuntivo denso. B – Septos – delicados, originados da cápsula, dividem a glândula em lóbulos. C – Estroma intersticial – tecido conjuntivo frouxo, muito vascularizado, envolvendo os folículos. 2 – Parênquima Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 36 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 36 36 Constituído por: A – Folículos ou vesículas tireoidianas Formados por epitélio cubóide (tireócitos) disposto numa só camada, limitando cavidades esféricas cheias de substância gelatinosa chamada colóide. Os diâmetros dos folículos e altura dos tireócitos são variáveis de acordo com a atividade funcional. Pode-se observar, como acontece nas lâminas da coleção, a reabsorção do colóide por seu aspecto corroído próximo aos tireócitos. Esta reabsorção faz parte do processo de liberação para o sangue dos hormônios armazenados. B – Células C ou parafoliculares Localizam-se numa posição interfolicular, isoladas ou em pequenos grupos, e se coram mal. Ao microscópio eletrônico apresentam o citoplasma repleto de grânulos eletrondensos. 6.2 PARATIREÓIDES As paratireoides são dois pares de glândulas derivadas embriologicamente das terceiras bolsas faríngeas (paratireóides III)e quartas bolsas faríngeas (paratireóides IV). Como as paratireóides IV se desenvolvem em íntima relação com a tireóide, frequentemente, como acontece nas lâminas da coleção, elas se situam internamente na tireóide. São histologicamente classificadas como glândulas endócrinas cordonais. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 37 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 37 37 Lâmina Nº80: PARATIREÓIDES – H.E. Identificar: Formações conjuntivas A glândula é envolvida por delgada cápsula de tecido conjuntivo denso, da qual partem septos que a dividem em lóbulos incompletos. Destes septos se origina o estroma de tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras reticulares (não visíveis na lâmina) com numerosos capilares sanguíneos. Parênquima Formado pelas células principais, células oxífilas e células sinciciais. A – Células principais – produtoras de paratormônio que tem a função de regular o nível de cálcio e fósforo no sangue induzindo maior absorção de cálcio pelo intestino, reabsorção de cálcio dos ossos, diminuição da perda de cálcio pela urina e aumento da excreção de fósforo pela urina. Dispõem-se na glândula em cordões plexiforme, muito numerosas, com citoplasma levemente acidófilo e núcleo vesicular. Distinguem-se dois tipos de células principais: “claras” e “escuras” que apresentam fases funcionais diferentes (não é necessário fazer a distinção). B – Células oxífilas – são células volumosas que se coram fracamente aparecendo em aglomerados. São encontradas com muita regularidade nos equinos e bovinos, sendo muito raras nos demais mamíferos domésticos e de função obscura (não é necessário identificá-las). C – Células sinciciais – ocorrem em aglomerados com limites celulares indistinguíveis e citoplasma muito acidófilo. São células de significado funcional obscuro (não é necessário identificá-las). Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 38 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 38 38 6.3 ADRENAIS (SUPRA-RENAIS) Histologicamente, as glândulas adrenais ou supra-renais são classificadas como “glândulas endócrinas cordonais”. Apresentam duas regiões anatômicas, embriológicas, histológicas e funcionalmente diferentes: região cortical e região medular. Lâmina Nº79: ADRENAL – H.E. Identificar: 1 – Formações conjuntivas Cápsula – fina, formada por tecido conjuntivo denso envolvendo todo o órgão. Estroma de sustentação – originário da cápsula, delicado, possuindo uma vasta rede de capilares sanguíneos sinusóides (por estarem colabados não são visíveis na lâmina). 2 – Parênquima (região cortical e medular) Região cortical – subdivide-se em três zonas: zona glomerular, zona fascicular e zona reticular. A – ZONA GLOMERULAR – situada imediatamente abaixo da cápsula é formada por cordões de células cilíndricas dispostas em alça ou enovelados, envolvidos por capilares. As células desta zona produzem hormônios mineralo- corticóides, dos quais o mais importante é a aldosterona, que atuam principalmente nos túbulos renais, promovendo a reabsorção de sódio no filtrado glomerular. B – ZONA FASCICULAR – formada por cordões de células cubóides radialmente dispostos (perpendiculares a cápsula). A aparência espumosa do citoplasma das células é devida a numerosos vacúolos resultantes da dissolução de gotículas lipídicas durante o processamento do tecido. Em Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 39 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 39 39 consequência de seu aspecto, estas células são chamadas espongiócitos. Entre os cordões celulares existem capilares sinusóides pouco visíveis na lâmina por se encontrarem colabados. C – ZONA RETICULAR – é a mais interna da cortical e suas células se dispõem em cordões irregulares. Com aspecto de rede, advindo daí seu nome. As células desta zona são de tamanho menor que as das outras. Têm citoplasma acidófilo com menor quantidade de vacúolos. Tanto a zona fascicular quanto a zona reticular estão envolvidas na produção de glicocorticóides (cortisona, hidrocortisona e corticoesterona) que participam do metabolismo das proteínas, gorduras e carboidratos. Normalmente ambas as zonas produzem certa quantidade de sexocorticóides (estrogênios e androgênios). A função da zona glomerular é controlada pelo equilíbrio de sódio e potássio e é independente da adenohipófise. O controle funcional das zonas fascicular e reticular é feito através do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) produzido por células cromófobas da adenohipófise. Região medular – quando se utiliza fixadores contendo sais de cromo, os grânulos de catecolaminas, armazenados nas células da medular da adrenal, são oxidados, adquirindo uma cor marrom e, por isto, estas células são chamadas “células cromafins”. As células cromafins são poliédricas, se dispõem em cordões ou aglomerados irregulares, separados por uma vasta rede de capilares sinusóides. Podem-se encontrar neurônios pós-ganglionares simpáticos isolados ou, ocasionalmente, em aglomerados entre as células cromafins, não sendo necessário identificá-los. A função das células cromafins é a secreção de adrenalina e noradrenalina e o controle da secreção destas catecolaminas é feito por neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso simpático. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 40 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 40 40 6.4 PINEAL A glândula pineal é um pequeno órgão sólido, de forma cônica, localizada na extremidade posterior do teto do terceiro ventrículo. Em vertebrados inferiores, a pineal localiza-se próximo à superfície da pele onde funciona como órgão fotorreceptor; nestes animais a melatonina, hormônio secretado pela glândula, determina o clareamento da cor da pele. Em mamíferos, a glândula possui muitas características histológicas que sugerem uma função endócrina ativa. Lâmina Nº81: PINEAL – H.E. Identificar: Formações conjuntivas A – Cápsula – derivada da pia-máter envolve todo o órgão. B – Septos – derivam da cápsula, contêm vasos sanguíneos e dividem a glândula em lóbulos irregulares. Parênquima – formado por pinealócitos e células gliais (astrócitos). A – Pinealócitos – é o tipo celular predominante, apresentando núcleo vesiculoso com nucléolo bem evidente. O citoplasma destas células em impregnações pela prata apresenta prolongamentos que terminam no tecido conjuntivo perivascular. Como as lâminas da coleção foram coradas pela H.E. e não pela prata, os prolongamentos citoplasmáticos não são visíveis. B – Células gliais (astrócitos) – circundam os pinealócitos e estão em contato com a lâmina basal perivascular, separando a maioria dos pinealócitos do espaço perivascular. Estas células são de difícil identificação, não sendo necessário fazê-lo. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 41 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 41 41 Frequentemente depósitos de sais de cálcio (concreções calcáreas, areia cerebral, corpora arenacea) ocorrem tanto no parênquima quanto nas formações conjuntivas. Estas concreções calcáreas, que aumentam com a idade, são fortemente basófilas, arredondadas ou irregulares. Em muitas lâminas da coleção, as concreções são numerosas e coradas em tom azulescuro. 6.5 HIPÓFISE Situa-se na base do encéfalo, abaixo do hipotálamo, alojando-se na sela túrcica do osso esfenóide. É formada por duas partes embriológicas, histológicas, anatômicas e funcionalmente diferentes: adenohipófise e neurohipófise. Os hormônios produzidos pela hipófise são classificados em dois grupos funcionais: A – Hormônios que agem diretamente sobre tecidos não endócrinos: hormônio do crescimento ou somatotrófico (STH), prolactina (LTH), hormônio antidiurético (ADH), oxitocina e hormônio melanotrófico ou hormônio estimulante dos melanócitos (MSH). B – Hormônios que regulam a atividade secretora de outras glândulas endócrinas: hormônio tireotrófico (TSH), hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). A secreção de todos os hormônios hipofisários é controlada pelo hipotálamo através dos fatores de liberação (RF) e fatores de inibição (IF). A Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 42 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 42 42 atividade do hipotálamo na liberação destes fatores é controlada por “feedback” dos níveis de hormônios circulantes produzidos pelas glândulas controladas pela hipófise. Lâmina Nº78: HIPÓFISE – Hematoxilina crômica floxina Identificar utilizando a objetiva de pequeno aumento: 1 – Adenohipófise - Parte distal ou Pars distalis ou lobo anterior; - Parte tuberal ou Pars tuberalis; - Parte intermédia ou Pars intermédia. 2 – Neurohipófise - Infundíbulo ou pedículo neural: eminência mediana; haste infundibular. - Processo infundibular ou lobo neural ou Pars neural ou lobo posterior 3 – Pedículo hipofisário – une a hipófise à base do diencéfalo e seus componentes são: eminência mediana, haste infundibular e parte tuberal da adenohipófise. Características histológicas: Formações conjuntivas A – Cápsula – conjuntiva, formada da parte mais profunda da dura-máter. B – Estroma de sustentação – não visível na lâmina, rico em fibras reticulares, com grande rede de capilares sanguíneos. Parênquima da adenohipófise Histologicamente classificada como glândula endócrina cordonal. 1 – PARTE DISTAL – constituída por aglomerados e cordões de células que, de acordo com suas afinidades tintoriais, são classificadas em dois grupos: células cromófilas e células cromófobas. CÉLULAS CROMÓFILAS – subdividas em dois grupos: A – Células acidófilas ou alfa – são poliédricas, o núcleo ovóide e nesta preparação se coram em róseo- avermelhado. Produzem hormônios somatotrófico (STH) e prolactina (LTH) Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 43 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 43 43 B – Células basófilas ou beta: células poliédricas, de dimensões variáveis. Na técnica utilizada se coram em azul, mas nas lâminas da coleção, aparecem mal coradas numa tonalidade acinzentada e em número relativamente pequeno. São produtoras dos hormônios tireotrófico (TSH), luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH). CÉLULAS CROMÓFOBAS – coram-se mal. São células menores, aparecendo como grupos com núcleos entre as células cromófilas. Acredita-se que a maior parte das células cromófobas sejam formas desgranuladas ou em repouso de células cromófilas, algumas células cromófobas produzem o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). 2 – PARTE TUBERAL – abraça a haste infundibular, formada por células pequenas, poliédricas e levemente basófilas. O significado funcional destas células é desconhecido. 3 – PARTE INTERMÉDIA – situa-se adjacentemente ao lobo neural. Formada por células poliédricas basófilas, frequentemente formando cisto ou folículos contendo colóide. Produzem o hormônio melanotrófico (MSH) ou intermedina, que causa a expansão dos melanócitos em anfíbios e possivelmente estimula os melanócitos nos mamíferos. Separando a parte intermédia da parte distal, observar a cavidade residual da bolsa de Rathke. Parênquima da neurohipófise Todas as partes da neurohipófise (eminência mediana, haste infundibular e processo infundibular ou lobo neural) têm estrutura semelhante com três componentes estruturais: A – FIBRAS NERVOSAS AMIELÍNICAS – axônios de neurônios, cujos corpos celulares se localizam nos núcleos supra ópticos e paraventriculares do hipotálamo. Descem pela eminência mediana, haste infundibular e se irradiam. B – Pituícitos – são células semelhantes em estrutura e função às células neurogliais do sistema nervoso central. Apresentam formas e dimensões variáveis. Na lâmina são identificadas por seus núcleos volumosos, alongados e de cromatina frouxa (mal corados em tom avermelhado). Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 44 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 44 44 C – Neurossecreção – apresenta-se como grânulos pequenos isolados ou em aglomerados irregulares basófilos. Estes aglomerados de neurossecreção são denominados “corpos de Hering” e nas lâminas da coleção estão corados em azul escuro pela hematoxilina crômica. A neurohipófise não secreta hormônios. Os hormônios antidiuréticos (ADH) e oxitocina produzidos por neurônios localizados nos núcleos supra ópticos e paraventriculares do hipotálamo descem pelos axônios até a neurohipófise onde são armazenados em porções dilatadas dos axônios. A liberação dos hormônios na corrente sanguínea é controlada por impulsos nervosos que descem do hipotálamo pelos axônios. Este processo é chamado “neurossecreção”. Capítulo 7 - SISTEMA GENITAL MASCULINO Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 45 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 45 45 O sistema genital masculino apresenta as seguintes estruturas: Gônadas: testículos Vias espermáticas ou genitais: Intratesticulares: - Túbulos retos - Rede Testicular (Rete testis) Extratesticulares: - Epidídimo: dúctulos eferentes (cabeça); ducto epididimário (corpo e cauda). - Ducto deferente - Ducto ejaculatório - Uretra: parte pélvica; parte peniana. Glândulas anexas: Vesículas seminais, próstata, glândulas bulbo-uretrais e parte glandular do ducto deferente (glândulas ampolares). Órgão copulador: pênis. A – Lâmina Nº82: TESTÍCULO – T. Gomori Apresenta dois componentes estruturais: FORMAÇÕES CONJUNTIVAS Albugínea – É uma cápsula conjuntiva, resistente, que envolve o órgão, rica em fibras colágenas, possuindo também fibras elásticas. Na sua espessura localizam-se ramos da artéria e veias testiculares. Algumas espécies (cavalo, cão, gato) possuem fibras musculares lisas. Septos conjuntivos – Apresenta disposição radial e situam-se entre a albugínea e o mediastino testicular; dividem o órgão em numerosos lóbulos. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 46 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 46 46 Mediastino testicular – condensação de tecido conjuntivo que em algumas espécies domésticas pode estar centralmente localizado. Aí se localizam parte dos túbulos retos e a rede testicular. Estroma intersticial – Dentro dos lóbulos, entre os túbulos seminíferos, encontra-se o estroma intersticial. É formado por conjuntivo delicado, contendo fibras reticulares, vasos sanguíneos e linfáticos,nervos, células do conjuntivo e ainda células intersticiais (ou de Leydig). Células intersticiais – Apesar de não pertencerem às formações conjuntivas, serão aqui descritas devido sua localização topográfica. Estas células formam aglomerados entre os túbulos seminíferos. Têm forma poliédrica ou esferoidal, citoplasma acidófilo e finamente vacuolizado (imagem negativa de lipídeos), com núcleo esferoidal e de cromatina frouxa. PARÊNQUIMA EPITELIAL – O parênquima epitelial é representado pelos túbulos seminíferos. Estes, compactamente arrumados no interior dos lóbulos testiculares, têm disposição flexuosa ou enovelada, aparecendo nas preparações cortados em diferentes níveis (transversais, oblíquos, longitudinais e tangentes ao epitélio). Túnica própria – Envolve externamente os túbulos seminíferos. É de natureza fibroelástica, contendo 1 a 3 células alongadas, algumas com características de células musculares lisas (células mióides). Membrana basal – Somente bem evidente com a reação do PAS. Epitélio seminífero – É constituído por 2 linhagens celulares: células de sustentação (ou de Sertoli) e células espermatogênicas. - Células de sustentação – São células grandes, piramidais e alongadas, de contorno irregular, cujas bases largas se apóiam na membrana basal. Possuem núcleo grande vesiculoso, ovóide ou triangular, com nucléolo bem visível. Estas células são facilmente identificáveis nas preparações histológicas pela morfologia de seus núcleos, visto que seu citoplasma fica encoberto e comprimido pelas células espermatogênicas que nele se apóiam. - Células espermatogênicas – Várias células espermatogênicas, representando fases diferentes no desenvolvimento e diferenciação do espermatozoide, estão localizadas entre e sobre as células de sustentação. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 47 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 47 47 Espermatogônias – São as células tronco da linhagem espermatogênica. Situam-se junto à membrana basal, são pequenas e esferoidais, com núcleo possuindo cromatina irregular em grumos finos ou grosseiros. Existem tipos de espermatogônias cujas diferenças morfológicas não serão aqui analisadas. Na puberdade sofrem mitoses originando novas espermatogônias ou param de se dividir, crescem e originam os espermatócitos. Espermatócitos primários – São facilmente identificáveis pelo seu maior aumento (crescimento) e pela individualização dos cromossomos em prófase meiótica (ou em outra fase). São células esferoidais, núcleo arredondado volumoso. São as maiores células da linhagem espermatogênica encontradas no epitélio seminífero. Espermatócitos secundários – São células pequenas com núcleos em interfase ou mitose e difíceis de serem identificadas nos cortes porque têm tempo de duração muito curto. Espermátides – Os espermatócitos secundários originam as espermátides. Estas não mais se dividem, são numerosas, pequenas e aparecem próximas ao lume tubular. De início sua forma é arredondada com núcleo central e de cromatina granular. Ao se alongarem sofrem modificações até se transformarem em espermatozoides, já soltos no lume dos túbulos seminíferos. A cabeça e colo alojam-se nas irregularidades do citoplasma das células de sustentação e a cauda ou tufos de caudas são mais visíveis no lume dos túbulos seminíferos. Espermatozóides – Morfologicamente constituído por cabeça e cauda, sendo esta última subdividida ao ME em colo, parte média, parte principal e parte terminal. Vale ressaltar que são considerados espermatozoides a partir do momento que as espermátides são soltas pelas células de sustentação no lume dos túbulos seminíferos. Corte histológico não é bom material para se estudar espermatozóide, estes deverão ser mais bem estudados em esfregaço de sêmen e em eletromicrografias. 7.2 VIAS ESPERMÁTICAS Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 48 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 48 48 VIAS ESPERMÁTICAS INTRATESTICULARES – São representadas pelos túbulos retos e rede testicular. Túbulos retos – São túbulos de conexão entre os túbulos seminíferos e a rede testicular. Apresentam-se revestidos por células prismáticas que se tornam cúbicas baixas nas proximidades da rede testicular. Eles podem ser observados em algumas lâminas. Rede testicular – Conjunto de túbulos anastomóticos, irregulares, revestidos por epitélio de altura variável, situados no mediastino testicular. VIAS ESPERMÁTICAS EXTRATESTICULARES As vias espermáticas extratesticulares são representadas pelo epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra. Estas vias transportam os espermatozóides e secreções produzidas pelos testículos e epidídimo. Epidídimo – Apresenta macroscopicamente 3 regiões: cabeça, corpo e cauda, sendo que esta última se continua com o ducto deferente. Os dúctulos eferentes ligam a rede testicular ao ducto epididimário. O órgão apresenta uma cápsula de conjuntivo denso envolvida pela lâmina visceral da túnica vaginal. Cabeça – É formada pelos dúctulos eferentes reunidos por conjuntivo delicado e bem vascularizado. Os dúctulos são revestidos por epitélio colunar ciliado, de altura variada (cúbico alternado com colunar), dando ao lume um aspecto franjado e irregular. Corpo e cauda – Os dúctulos eferentes desembocam em um ducto único que possui trajeto muito tortuoso e espiralado e se constitui no corpo e cauda do epidídimo, sendo denominado ducto epididimário. É revestido internamente por epitélio simples prismático pseudoestratificado com células basais. O epitélio apresenta longas microvilosidades apicais impropriamente denominadas estereocílios. Externamente, há uma lâmina própria conjuntiva, contendo fibras musculares lisas, vasos e nervos. No lume do ducto epididimário encontra-se quantidade variável de espermatozóides. Lâmina Nº83: EPIDÍDIMO – T. de Gomori Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 49 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 49 49 Identificar com pequeno aumento os envoltórios conjuntivos e as diferentes orientações de corte do ducto epididimário (corpo e cauda do epidídimo). Observar as variações no diâmetro do ducto e a grande quantidade de espermatozóides armazenada no seu interior. A parte periférica que possui parede mais espessa e lume pregueado corresponde ao início do ducto deferente. Nesta lâmina não se observam os dúctulos eferentes (cabeça do epidídimo). Com maior aumento estudar os diferentes cortes do ducto epididimário de dentro para fora: Epitélio – revestido por epitélio prismático, pseudo-estratificado, ou cúbico de altura variável, porém de aspecto regular. Na região apical apresentam projeções citoplasmáticas para o lume e próximo à membrana basal observam-se núcleos esferoidais das células basais. Lâmina própria conjuntiva é bem vascularizada e inervada. Lâmina Nº84: DUCTO DEFERENTE – H.E. O ducto epididimário se continua diretamente com o ducto deferente, o qual na sua porção terminal apresenta uma dilatação denominada ampola do ducto deferente (exceto no suíno e gato). Estruturalmente, o ducto deferente apresenta três camadas: mucosa, muscular e adventícia. MUCOSA: apresenta variações regionais, mas de um modo geral é revestida por epitélio simples prismático, pseudo-estratificado com ou sem projeções apicais, apoiado sobre uma membrana basal. A lâmina própria conjuntiva é rica em fibraselásticas. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 50 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 50 50 TÚNICA MUSCULAR LISA com orientações variadas nas diferentes espécies. Nos mamíferos domésticos apresenta somente duas camadas, sendo a interna circular e a externa longitudinal. ADVENTÍCIA é formada por tecido conjuntivo com numerosas fibras elásticas. 7.3 DUCTO EJACULATÓRIO Na porção terminal da ampola do ducto deferente desemboca o ducto da vesícula seminal formando um ducto único, em muitos mamíferos, denominado ducto ejaculatório, que desemboca na uretra pélvica. Nos mamíferos domésticos existe um pequeno ducto ejaculatório no cavalo e ruminantes. Falta esta lâmina na caixa. 7.4 FUNÍCULO (CORDÃO) ESPERMÁTICO Consiste em estruturas oriundas da cavidade abdominal pela migração testicular, através do canal inguinal, para o escroto. Apresenta-se constituído pelas seguintes estruturas: artéria testicular; veias testiculares (plexo pampiniforme); vasos linfáticos; ducto deferente; músculo cremáster; nervos; lâminas (folhetos) da túnica vaginal. Lâmina Nº84: FUNÍCULO (CORDÃO) ESPERMÁTICO – H.E. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 51 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 51 51 Em pequeno aumento identificar: Ducto deferente, artéria testicular, veias testiculares, nervos e músculo cremáster (estriado esquelético, cortado transversalmente). Os demais componentes descritos, o aluno não deverá se preocupar em identificá-los. Em algumas lâminas o ducto deferente foi cortado duas vezes (um corte situado no conjunto de estruturas do funículo e o outro fora dele). Com maior aumento estudar o ducto deferente, identificando de dentro para fora: mucosa, muscular e adventícia. Mucosa – Revestida por epitélio simples prismático pseudo-estratificado com longas projeções apicais e células basais intercaladas; a lâmina própria é de conjuntivo elástico. Muscular apresenta duas camadas de músculo liso bem definidas: interna circular e externa longitudinal. Adventícia é rica em fibras elásticas, vasos e nervos. 7.5 URETRA A uretra masculina é uma via comum aos sistemas genital e urinário. Divide-se em parte pélvica e parte peniana; a parte pélvica por sua vez é, em algumas espécies (cavalo, cão e gato), dividida em uretra prostática e uretra membranosa. A uretra peniana será estudada com o pênis. Uretra prostática – Compreende a parte que se estende da bexiga e atravessa a próstata. Uretra membranosa – Consiste no restante da uretra pélvica e sua porção final relaciona-se com as glândulas bulbo-uretrais. Faltam lâminas de uretra pélvica na caixa. Mucosa uretral – Forma pregas longitudinais que se achatam ou desaparecem durante a ereção e a micção. A parte prostática é revestida por epitélio estratificado de transição passando a estratificado prismático na parte final da uretra membranosa. A lâmina própria é Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 52 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 52 52 constituída por tecido conjuntivo denso, com fibras elásticas e musculares lisas, contendo formações linfóides. A túnica muscular próximo ao colo da bexiga consiste de músculo liso orientado em 3 camadas (interna e externa longitudinais e a média circular). Ao nível da próstata, a maior parte do músculo liso circular torna-se estriado, o músculo estriado uretral, possuindo ao longo de toda uretra pélvica o músculo liso longitudinal da camada interna. A adventícia circunda a muscular e é formada por conjuntivo denso irregular ou frouxo. 7.6 GLÂNDULAS ANEXAS Os mamíferos domésticos possuem as glândulas vesiculares (vesículas seminais), a próstata, as glândulas bulbo-uretrais e a parte glandular do ducto deferente. Todas as glândulas estão presentes nos equídeos, ruminantes e suíno. As glândulas vesiculares estão ausentes nos carnívoros. O cão só possui a próstata. 7.6.1 Glândula Vesicular É uma glândula composta tubular ou túbulo-alveolar, apresentando um epitélio simples prismático pseudo-estratificado e pequenas células basais. A lâmina própria, de tecido conjuntivo frouxo, é bem vascularizada e se continua com os septos que podem dividir o órgão em lobos e lóbulos. A muscular apresenta disposição variável. Externamente, há uma adventícia de conjuntivo frouxo ou a serosa. Lâmina Nº106: GLÂNDULA VESICULAR – H.E. Com o menor aumento observar a lobulação glandular, as numerosas porções glandulares (túbulo-alvéolos e túbulos) com secreção acidófila no lume, a espessa túnica muscular e o tecido conjuntivo da adventícia, externamente. Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 53 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 53 53 Com maiores aumentos, identificar os componentes estruturais de cada uma dessas partes: Lóbulos são arredondados e delimitados por um tecido conjuntivo rico em fibras musculares lisas derivados da túnica muscular. Observar no interior dos lóbulos um conjuntivo mais delicado, com vasos, constituindo-se no estroma de sustentação. Parênquima glandular (túbulos-alvéolos ou túbulos secretores) apresenta-se constituído por células prismáticas secretoras, algumas apresentando projeções apicais. Células basais estão intercaladas na base e são diagnosticadas por seus núcleos esferoidais. Túnica muscular é espessa e formada por camadas de difícil separação entre elas. Adventícia de tecido conjuntivo denso irregular com vasos, nervos e fibras musculares esparsas. 7.6.2 Próstata É formada por glândulas tubulares ou túbulo-alveolares compostas cujos ductos principais desembocam na uretra pélvica. Nos mamíferos domésticos a glândula pode apresentar 2 partes: o corpo da próstata e a parte disseminada. O corpo da próstata é bem individualizado nos carnívoros e equinos, pouco pronunciado no bovino e suíno e ausente nos pequenos ruminantes. A parte Bruno A. Soares / Jairo C. Abreu / José Carlos Nogueira / José Rafael Miranda /Suely de Fátima Costa 54 HISTOLOGIA VETERINÁRIA 54 54 disseminada é bem desenvolvida nos ruminantes e suínos. O corpo da próstata abraça a parte pélvica da uretra ou cobre parcialmente sua superfície dorsal, enquanto a parte disseminada localiza-se na lâmina própria da mucosa uretral. Lâmina Nº107: PRÓSTATA – H.E. FORMAÇÕES CONJUNTIVO-MUSCULARES DE SUSTENTAÇÃO – são representadas por uma cápsula conjuntivo-muscular lisa da qual partem septos que penetram no interior da glândula e se continuam com o estroma. A cápsula, septos e estroma contêm numerosas células musculares lisas. PARÊNQUIMA EPITELIAL – constituído por um conjunto de adenômeros túbulo-alveolares ramificados, formados por epitélio secretor cúbico ou prismático, podendo apresentar projeções apicais, possuindo secreção acidófila no seu interior. O epitélio dos ductos principais é estratificado. Estes ductos caminham em direção à uretra. Concreções concêntricas podem ser encontradas nos lumes glandulares. A parte glandular abraça parcialmente a uretra prostática. Esta apresenta uma mucosa pregueada longitudinalmente e revestida por epitélio de transição. A lâmina própria é de natureza conjuntiva e possui uma rica rede vascular. Ventralmente
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