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HIERARQUIA E CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS -HIERARQUIA DAS LEIS. Aplicação dos incisos do art. 59 da CF: Constituição, emendas, leis complementares, ordinárias, MP, DL, resoluções. -CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS Conceito: Controlar a constitucionalidade significa verificar a adequação (compatibilidade) de uma lei ou de um ato normativo com a constituição, verificando seus requisitos formais e materiais. Art. 59 Requisitos: A análise da constitucionalidade das espécies normativas (art. 59 CF) implica em compará-las com determinados requisitos formais e materiais, a fim de verificar-se sua compatibilidade com as normas constitucionais. Requisitos Formais: O art. 5o da CF consagra o Princípio da Legalidade, ao determinar que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Assim sendo, a inobservância das normas constitucionais do processo legislativo tem como consequência a inconstitucionalidade formal da lei ou do ato normativo produzido, possibilitando pleno controle repressivo de constitucionalidade pelo Poder Judiciário. Requisitos Formais: -Subjetivos- Refere-se à fase instrutória do processo legislativo, ou seja à questão da iniciativa. A iniciativa por um deputado do contido, por exemplo, do art. 61, Par. 1o, II, a, da CF, apresentará flagrante vício de inconstitucionalidade. -Objetivos- refere-se ao trâmite constitucional previsto nos art. 60 a 69 da CF. Por exemplo, projeto de lei complementar aprovado por maioria simples na câmara e no senado, sancionado, promulgado e publicado, apresenta vício formal objetivo de inconstitucionalidade, uma vez que foi desrespeitado oquorum mínimo de aprovação, previsto no art. 69 CF, ou seja a maioria absoluta. Requisitos Materiais ou Substanciais -Trata-se da verificação material da compatibilidade do objeto da lei ou do ato normativo com a constituição federal (substância). O DESCUMPRIMENTO DA LEI OU DO ATO NORMATIVO INCONSTITUCIONAL PELO PODER EXECUTIVO -O Poder Executivo, assim como os demais Poderes, está obrigado a pautar sua conduta pela estrita legalidade, observando primeiramente as normas constitucionais. Dessa forma, não há como exigir do chefe do Poder Executivo o cumprimento de uma lei ou ato normativo que entenda flagrantemente inconstitucional, podendo e devendo, licitamente, negar-se cumprimento, sem prejuízo do exame posterior pelo Judiciário. ESPÉCIES DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE -Controle Preventivo - São duas as hipóteses: a uma, as comissões de constituição e justiça da Câmara e do Senado(Poder Legislativo). A duas, o veto jurídico, aplicado pelo Presidente da República quando entender inconstitucional o projeto de lei(Poder Executivo). Observação: O STF entente que o Mandado de Segurança impetrado contra a Mesa da Câmara/Senado por Deputado/Senador contra a votação de lei que entenda inconstitucional é uma espécie de controle preventivo realizado pelo poder judiciário. -Controle Repressivo- Realizado pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário. Repressivo pelo Poder Legislativo: São duas hipóteses. 1a Sustação pelo Congresso Nacional dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa em relação a forma (art. 49, V CF); 2a Rejeição de Medida provisória com base em parecer da comissão de constituição e justiça, retirando-a do ordenamento jurídico. Repressivo pelo Poder Judiciário: é misto. Controle difuso ou aberto, e Controle Concentrado. -Controle Difuso ou Aberto: Também conhecido como controle por via de exceção ou defesa. Caracteriza-se pela permissão a todo e qualquer juiz ou tribunal realizar no caso concreto a análise sobre a compatibilidade do ordenamento jurídico com a Constituição Federal. -Controle Concentrado: Através deste controle, procura-se obter a declaração de inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em tese, independentemente da existência de um caso concreto. São várias as espécies de controle concentrado contempladas pela Constituição Federal: - Ação direta de inconstitucionalidade genérica (art. 102, I, a); - Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (art. 36, III); - Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, Par. 2o); - Ação declaratória de constitucionalidade (art. 102, I, a, in fine, EC nr 03/93).
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