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TEORIA GERAL DO PROCESSO Materia da Prova

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MATÉRIA DA PROVA – 1° ETAPA 
TEORIA GERAL DO PROCESSO
Ponto I = Sociedade e Direito 
Ser Humano
Necessidade
Combinação
Bem
Utilidade
Interesse
Objetivo : o estudo dos princípios elementares , que orientam o direito processual penal e civil buscando sua tangência 
Triogia: Ação, Jurisdição e Processo
 
Ação: o direito de ação é buscar perante a justiça seus direitos (aquilo que se promove para um fim material)
Indenização : é a recompensa prévia do dano que foi causado (provocou um dano e paga em dinheiro de forma antecipada da reparação )
Ressarcimento: quando a “vitima” paga do próprio bolsopelo dano causado e se espera um reembolso/ restituição do dinheiro gasto 
Suasória: forma consensual entre agentes = prejudicado e o prejudicador (consenso)
 	Todos tem direito de agir, e ninguém é obrigado a agi. O direito de agir é subjetivo.
A objetividade está no julgamento. Faz-se isso através da ação.
A ação é a forma que a pessoa tem de buscar na justiça a tutela do direito .
*Jurisdição: Dizer o direito 
Quem tem a jurisdição O MAGISTRADO 
 (Quem diz o direito) (JUIZ) 
O Juiz é representante do Estado . A Jurisdição é do juiz e é exclusiva do Estado 
 
NÃO EXISTE JURISDIÇÃO MUNICIPAL 
Ela é estadual e federal 
Juiz de 1° grau -> juiz
Juiz de 2° grau -> desembargador 
Juiz da suprema corte ( corte suprema/superior) -> ministros 
*Delegado tem circunscrição (ex: é de Barbacena , mas pode mandar em Carandaí)
 Processo: 
a forma/maneira/mecanismo no qual eu vou acionar o Estado/juiz para que ele judique/ exerça o direito no qual eu entendo ter (diga o direito)
Tribunal de Contas: julga as contas de adm. Públicas e responsáveis .
Membro do tribunal de contas : conselheiro 
 ( Até a constituição de 88 , o tribunal de contas Municipal era opcional. Ainda existem tribunais de contas municipais, aqueles que foram criados na época de 88 foram mantidos , porem hoje em dia não se criam mais)
Tribunal de Justiça Desportiva: não tem nada a ver com o poder judiciário . É para julgar administrativamente os acontecimentos do esporte 
Julgamento administrativo  não tem jurisdição
SOCIEDADE E DIREITO 
 
-Ser Humano: ser que tem vocação para viver em grupo. O homem se satisfaz em sociedade. 
Aristóteles : o homem é um animal político que nasce com tendência de viver em sociedade .
Sociedade: formação natural 
-Necessidade: carência do ser humano . O ser humano precisa satisfazer suas necessidades . 
Necessidades extintas -> primárias 
 O ser humano precisa se agrupar por 2 motivos:
-Evoluir
-Extinto de Preservação 
-Bem: “bonum quad beat”(latim) = porque 
 faz bem . O que é apto a satisfazer a necessidade 
* Material (alimento , vestuário) ou imaterial ( paz , amor)
Todo bem desperta um interesse.
-Combinação: se da entre o ser vivo(homem) e o elemento complementar (bem). É quando um homem se depara com um bem que vai satisfazer a sua necessidade.
-Utilidade: aptidão de fazer um bem para satisfazer a necessidade.
-> Utilidade pontual : está ligado a uma determinada carência 
1037 juízes em MG 
-Interesse: Homem+ (necessidade) -> bem+ (sua utilidade)
Com essa combinação o homem mantém seu equilíbrio . Nem sempre a utilidade de um bem interessa o homem , se não é sua necessidade .
Falácia: mentira 
“Interesse” : palavra derivada da expressão QUOD INTER EST ( que está entre)
Interesse Imediato: se presta diretamente à satisfação (ex: homem e alimento)
Mediato: sugere a situação intermediária (homem e dinheiro – p/ comprar o alimento)
Individual: necessidade = satisfação individual (moradia)
Coletiva: satisfação da necessidade que só se vê associado a vários indivíduos (grande rodovia)
Primário: primeira necessidade para a ostentação de outra necessidade que é o objetivo final (ex: materiais de construção 
Secundário : objetivo final para o qual se necessitou satisfazer o interesse primário (prédio) 
Separação Litigiosa: houve resistência de um dos lados 
Se não tem litígio= conflito de interesses : não necessita de uma ação judicial 
Quando eu preciso de uma ação judicial sem que haja litígio? Quando eu entrei c/ ação para que um parente “louco” tenha um curador. Como ele é louco, nem sabe dos próprios interesses , por isso não há conflito .
É esse interesse que gera toda a senêuma processual? 
* Por que isso?
- temos bens como fonte limitada em contrapartida, os interesses dos seres humanos são ilimitados, ou seja, em algum momento eu vou ter mais interesse do bem para satisfazê-lo ; e é ai que está a senêuma jurídica 
 
Essência da coletividade 
OBS: os interesses coletivos é que induz a formação de grupos , pois certas necessidades não são atingidas de maneiras individuais. A existência de interesses coletivos induz a formação de grupos humanos . 
- Conflito de Interesses:
	A evolução do homem aumenta suas pretensões ; as exigências ficam maiores. Os interesses são dinâmicos, deixam de existir ou passam a existir de acordo com a conduta e evolução social do homem. Toda vez que 2 ou mais indivíduos têm interesses no mesmo bem e um quer excluir o bem do outro, teremos um conflito 
Pretensão = é um desejo de afastar o interesse alheio em beneficio do meu próprio interesse ( é o que eu vou pedir )
Ação= 3 elementos :
 - Pedido através desses crivos 
 -Partes simultâneos se descobre 
 -Causa do pedido se uma causa é igual á outra.
 2 lites semelhantes = fenômeno denominado “ coisa julgada” ( ou litispendência) 
 
Como se define se 2 lites são iguais = elas serão iguais, quando têm as mesmas partes , o mesmo pedido e a mesma causa de pedido .
 
( E se eu tenho uma causa igual á outra, estou diante da litispendência sendo preciso tomar uma atitude processual em relação à isso)
Litispendência : quando se tem duas causas iguais e anda estão pendentes de julgamento ; as duas causas iguais ainda não foram sentenciadas .
Coisa julgada: quando se repete uma lite que já teve sentença 
Litígio : se revela como conflito de interesses, resistido , é a resistência a um pedido em virtude de ser um interesse c/ duas partes 
Entender tacitamente : entender pela lógica das coisas, não porque estão escritas ou expressas 
Jurisdição Voluntária: é quando não há lide, não existe partes. Então , essas parte são chamadas “interessadas”
OBS: o que define se uma jurisdição é voluntária ou contenciosa não é o litígio , mas a possibilidade do litígio .
DA AUTOTUTELA ATÉ A JURISDIÇÃO
A primeira forma de solução dos conflitos de interesse é a autotutela (extrajudiciais)
A) Autotutela : dar a você mesmo o direito que você entende ter ( alguns doutrinadores chamam de autodefesa. Pelo sentido etimológico, é você defender a si próprio)
É preciso entender , que os tempos primitivos, o Estado se utilizava da força. No primeiro momento da existência dos Estados não existia a tripartição dos poderes ; havia apenas um poder que era concentrado no monarca e ele exercia as 3 funções de administrar , legislar e julgar . Isso acontecia normalmente no que se chamava ágoras (grandes praças que existiam no Estado antigamente).
Ali aconteciam os julgamento . O monarca chamava as pessoas que tinham reclamações a fazer , ouvia as histórias deles e ali surgiam os primeiros operadores do Direito e também o sofisma . Em regra , não havia lei. Naquela ocasião quem encontrasse resistência em sua pretensão , buscava satisfazer através do único elemento que ele tinha que era a força. Prevalecia a lei mais forte e quando a coisa era levada ao Estado p/ que ele resolvesse, a força maior estava no Estado. Então de uma forma ou de outra o que prevalecia naquele tempo era exatamente a autotutela . (resolver a pretensão resistida à força)
Sofisma= é a pessoa dar uma determinada
narrativa com aparência de verdade , mas o objetivo é enganar (até mesmo quando a pessoa introduz trechos verdadeiros em uma historia mentirosa para que se pareça uma verdade absoluta )
 Proceder o pregão : chamar as partes para a audiência 
Propõe a ação = autor (requerente/supricante)
Réu= contra quem se propõe a ação (requerido/supricado) 
Características importantes desse sistema de autotutela : não havia nenhuma garantia de que a justiça seria feita. A vitória do mais forte em virtude do emprego dessa força maior sobre o mais fraco ; daí se nota a precariedade do sistema da autotutela, pois não se contempla a justiça ( ou seja , é uma solução de conflito precária)
OBS : ainda existe uma variação da autotutela no nosso Direito.)
As características básicas da autotutela :
Garantia da justiça é precária
Ausência de neutralidade ( hoje chamado de principio da imparcialidade) 
Imposição da decisão de um ao outro ( por quê? Porque o juiz é a própria parte interessada) 
No Direito moderno, nos limites da lei , já que hoje temos leis que regulam as relações humanas, estando essas relações atreladas ao limite que a lei impõe. Ainda existe EXCEPCIONALMENTE o emprego da autotutela , onde você pode empregar a força material para evitar que contra você se consuma uma lesão 
Impedimento: Elementos objetivos
Suspensão : subjetivo, não precisa declarar o porquê
Excludentes de ilicitude:
 * Legitima defesa (putativo)
 * Estado de necessidade 
* Exercício regular do Direito 
* Estrito cumprimento do dever legal
Figura típica: conduta que se amolda á norma. 
Aquilo que não tem figura típica não tem enquadramento penal 
 
Crime = fato típico + antijurídico + CULPAVEL ( há discordância) 
 Só existe crime se tiver esses dois elementos ( FT + A) 
 Ex: se alguém mata outrem sob legitima defesa não deixa de ser fato típico , mas deixa de ser crime .
Também há elementos que excluem a culpabilidade: 
*INIPUTABILIDADE : quando o elemento que teria praticado o fato típico e antijurídico é inimputável .
* NÃO TER POTENCIAL CONSCIENCIA DA ILICITUDE DO FATO 
*INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA ADVERSA 
 
A culpabilidade não é elemento do crime, seria pressuposto de aplicação penal 
 - Só existem 3 ações possessórias :
* Reintegração de posse
* Manutenção de posse
* Interdito proibitório 
- Turbar uma posse = não retira a posse do outro, mas se apropria dela , esta turbando a posse 
 
-Fenômeno autorizado no art. 1210 p. 1° = desforço imediato (Para evitar o escudo possessório)
* Escudo Possessório : eminente (está acontecendo agora)
OBS: o uso da autotutela , ainda que autorizado por lei, haverá de ser submetida ao devido processo legal.E nesse processo é que será avaliado se você efetivamente não excedeu os limites da autotutela permitidos em lei .
*(art. 345 – CP)
B)Autocomposição : acordo (desde os primórdios do tempo)
 Suasória = é uma composição , é um ato de alguma forma, de cobrar um acordo com alguém isso é um bem suasório .
 A autocomposição seria a solução de um litígio na dependência da vontade de um ou de ambos os conflitantes . 
3 formas de autocomposição :
Desistência : é uma forma de autocomposição onde aquele que levantou uma lide não quer mais discutir a lide (unilateral)
Submissão: renuncia-se a desistência (unilateral)
Transação(transacionar) : forçada ou não , concessão recíproca (bilateral) 
 A autocomposição coexistiu com a autotutela . Embora a autocomposição seja uma evolução da autodefesa , pois ainda que haja a força, essa força é mais camuflada ou até nem vai existir .
*Elementos da autogestão :
-Autoformulação : autopostulação , eu tenho uma demanda que eu entendo que eu tenho razão , então vou até o judiciário e reclamo; não precisa de advogado 
 -Proliferação da faculdade de Direito : o que representa dizer proliferação de advogado 
 -Não cumprimento da obrigação por partes dos demais poderes: levar-se ao judiciário 
 
Desistir ≠ renunciar 
A renuncia não autoriza a tentar de novo.
 DIREITO DISPONIVEL = direito ligado à patrimônio 
 
A desistência hoje, no nosso direito atual , é renunciar 
 
 A autocomposição é a forma de solução de conflito mais desejável. Não aquela autocomposição que havia no início rudimentar do direito , que ainda havia prevalência da força ; mas a autocomposição hoje é a forma mais desejável , primeiro porque eletivamente resolve o conflito.
CONCILIADOR/MEDIADOR : tem o objetivo de compor as partes , fazer com que as partes transacionem . Visa-se hoje a solução de conflito através da transação 
Diferença de conflito e mediação : objetivamente o fim é o mesmo , mas há uma diferença técnica . 
Mediador: seu objetivo é usar os argumentos das próprias partes envolvidas para compor o litígio
Conciliador: não se atém nas informações que ele colhe das partes , ele intervém com os seus próprios elementos subjetivos, busca mecanismos para convencer as partes a se compor.
 
Princípios da Mediação :
Imparcialidade do mediador
Isonomia entre as partes 
Oralidade
Informalidade
Da autonomia da vontade das partes
Busca do consenso 
Boa fé 
Confidencialidade
OBS: a mediação também haverá de atuar em campo administrativo .
Mediação ocorre quando o terceiro é chamado pelas partes ou disponibilizado pelo juízo para intervenção e intermediação visando solucionar o conflito propondo a solução as partes.O mediador pode ser qualquer pessoa, não necessita ter conhecimento jurídico , pois o que importa é a solução da lide através da composição .
O mediador aproxima as partes para que elas dialoguem. Dá orientação , mas jamais decide, busca interpretar o desejo das partes e dá conselho e sugestões .
A mediação é atividade técnica exercida por terceiro em relação á lide, deve ser imparcial e não tem poder de decisão ou coação .Tem como foco auxiliar e estimular a solução consensual para a controvérsia. 
A conciliação pressupõe um litígio existente e representa uma fase do processo. A mediação pode ser preventiva visando evitar o próprio processo . 
A mediação pode versar sobre direitos disponíveis ou indisponíveis que admitam transação (art. 3° da lei 13.140/2015)
C) Arbitragem : não necessariamente buscando as informações das partes sobre a razão do litígio , pode buscar outros elementos que contribuíam para a composição (conceituação técnica). Ainda no Brasil , a arbitragem é usada somente por pessoas que tem poder econômico mais elevado. Quem tem poder econômico pequeno ainda não se utiliza muito desse processo de arbitragem .
 O foco da arbitragem é o seguinte: eu chamar alguém (árbitro) que eu confio , conhecendo ou não , para dizer quem tem razão em determinada controvérsia que eu tenho com uma outra pessoa. 
O juiz arbitral , ele não pode ser fixado tão somente em atitude prévia , quando a relação contratual está sendo estabelecida . Ela pode acontecer depois. Então , pode ser pré-contratual e pós-contratual 
A arbitragem tem suas regras. Foi aperfeiçoada , ainda vai precisar ser aperfeiçoada mais , difundir mais , dar mais acesso para que ela funcione, mas é uma forma de solução muito interessante (tecnicamente há uma diferença entre árbitros e arbitradores )
As raízes fincadas da arbitragem estão lá nas ordenações do reino de Portugal , no século XVII. Eles chamavam de juízes árbitros aqueles que deveriam conhecer das coisas e das razões do direito. Os juízes árbitros então, conheceriam das razões, das coisas que envolviam aquela contenda para que ele pudesse proferir o direito que iria se aplicado. Os arbitradores somente conheciam das coisas, então se caso houvesse alegação de direito, eles não poderiam continuar a gerir aquela arbitragem , teriam de passar para os juízes árbitros (também chamados juízes da terra)

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