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Auditoria Contábil

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Fisiologia 
1 
 
Auditoria Contábil 
Yohans de Oliveira Esteves 
1ª
 e
di
çã
o 
Auditoria Contábil 
2 
 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Yohans de Oliveira Esteves 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes & Christina Corrêa da Fonseca 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo 
Campus Niterói 
 
E79 Esteves, Yohans de Oliveira. 
Auditoria contábil / Yohans de Oliveira Esteves ; revisão Rafael Dias de 
Carvalho Moraes e Christina Corrêa da Fonseca. – Niterói, RJ: 
EAD/UNIVERSO, 2015. 
 
178p. : il. 
Referências. 
Anexos. 
 
1. Auditoria. 2. Auditoria - Metodologia. 3. Contabilidade - Normas - 
Brasil. 4. Fraude contábil. 5. Ensino à distância. I. Moraes, Rafael Dias de 
Carvalho. II. Fonseca, Christina Corrêa da. Título. 
 
CDD 657.45 
Bibliotecária responsável: Ana Marta Toledo Piza Viana 
CRB 7/2224 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se responsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensino a Distância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora 
da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
Auditoria Contábil 
3 
 
 
Pa l av ra da Rei tora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora. 
Auditoria Contábil 
 
4 
Auditoria Contábil 
 
5 
 
Sumário 
 
Apresentação da disciplina............................................................................................. 07 
Plano da disciplina............................................................................................................. 09 
Unidade 1 – Terminologia e conceitos iniciais.......................................................... 13 
Unidade 2 – Estrutura das novas normas de auditoria............................................ 33 
Unidade 3 – Conceito básico de auditoria e controle interno .............................. 53 
Unidade 4 – Papéis de trabalho .................................................................................... 77 
Unidade 5 – Planejamento, execução, amostragem de auditoria, evidência 
de auditoria e fraude........................................................................................................ 103 
Unidade 6 – procedimentos de execução de auditoria e revisão analítica ....... 127 
Unidade 7 – parecer de auditoria ................................................................................. 145 
Considerações finais ........................................................................................................ 167 
Conhecendo o autor ........................................................................................................ 168 
Referências......................................................................................................................... 169 
Anexos................................................................................................................................. 171 
Auditoria Contábil 
 
6 
Auditoria Contábil 
 
7 
 
Apresentação da disciplina 
 
Prezado leitor, seja muito bem-vindo à disciplina Auditoria Contábil. 
Este material foi criado com o intuito de esclarecer a seus leitores os principais 
assuntos pertinentes à disciplina de Auditoria Contábil, de forma a proporcionar 
uma leitura agradável e baseada em conceitos didáticos fundamentais sobre o 
tema. 
Ao início de cada unidade de estudo, serão apresentados os principais temas e 
seus aspectos mais importantes. Serão demonstrados também os objetivos 
propostos e elencadas um conjunto de referências bibliográficas necessárias à 
consolidação do conhecimento acerca dos assuntos tratados. 
Após cada parte conceitual, escrita de forma clara, objetiva e direta, serão 
aplicados conjuntos de exercícios com o intuito de trazer o conteúdo para uma 
realidade de aplicação prática. Desta forma, espera-se proporcionar uma aliança 
entre a teoria e a prática tão importantes no processo de ensino e aprendizagem. 
A autonomia para leitura do material é toda sua! Contudo, sempre é 
importante o controle de seu ritmo de estudos e leitura para que a aprendizagem 
se torne cada vez mais prazerosa e motivadora. Como facilitador, procure sempre 
seguir o cronograma da disciplina, ele foi criado como condutor dos processos e 
direcionador das atividades. 
Nunca deixe de fazer as atividades ao fim de cada unidade, refletindo sobre 
suas respostas, acertos e erros. Da mesma forma, procure ler outros materiais como 
complemento ao aprendizado; jornais e revistas são sempre excelentes 
mecanismos de atualização. 
 
 
Auditoria Contábil 
 
8 
 
Auditoria Contábil 
 
9Plano da disciplina 
 
A disciplina de Auditoria Contábil tem como objetivo principal possibilitar aos 
alunos conhecerem a legislação, o comportamento e ética profissional dos 
auditores, além de conhecerem também os papéis de trabalho, os tipos de 
pareceres e procedimentos dos auditores independentes. 
Para melhor entendimento e compreensão, o conteúdo foi dividido em sete 
unidades. Segue síntese de cada unidade com seus respectivos objetivos 
específicos. 
 
Unidade 1 – terminologia e conceitos iniciais 
Em nossa primeira unidade, conceituaremos os termos gerais relacionados à 
auditoria contábil, identificando sua origem e importância, tanto para a 
contabilidade, quanto para as empresas de um modo geral. A ideia é situar o leitor 
sobre a base do estudo da auditoria e sua fundamentação. 
Objetivo: conceituar os termos relativos à auditoria contábil e sua 
importância. 
 
Unidade 2 – estrutura das novas normas de auditoria 
A segunda unidade traz as principais normas relativas à auditoria e seu 
processo dentro do Brasil, identificando legislações e normas indicadas para seu 
exercício. 
Objetivo: compreender a importância das principais normas de auditoria 
aplicadas no âmbito nacional. 
Auditoria Contábil 
 
10 
 
Unidade 3 – conceito básico de auditoria e controle interno 
Em nossa terceira unidade, são demonstrados os conceitos básicos que 
fundamentam os processos de auditoria e de controle interno, identificando suas 
relações e aplicações dentro do processo contábil. 
Objetivo: apresentar os conceitos correlatos aos processos de auditoria e 
controle interno. 
 
Unidade 4 – papéis de trabalho 
A quarta unidade elucida quais são os papéis de trabalho de cada ente 
envolvido no processo de auditoria, seja interna ou externa, elucidando as formas 
de atuação e a importância de cada um envolvido no processo. 
Objetivo: identificar e compreender quais são os papéis de trabalho de cada 
envolvido em um processo de auditoria e suas correlações. 
 
Unidade 5 – planejamento, execução, amostragem de auditoria, evidência de 
auditoria e fraude 
A quinta unidade traz um apanhado geral acerca dos principais processos de 
auditoria existentes, perpassando desde os planejamentos necessários para sua 
realização, até as principais evidências e fraudes existentes. 
Objetivo: entender o processo de planejamento de uma auditoria, bem como 
entender seu processo e suas evidências. 
 
Unidade 6 – procedimentos de execução de auditoria e revisão analítica 
Nesta sexta unidade, são explorados os procedimentos de execução de uma 
auditoria contábil, buscando identificar seus principais pontos de atenção e 
processos chave. 
Objetivo: delimitar os processos de execução de uma auditoria contábil 
através de uma revisão analítica de suas bases. 
Auditoria Contábil 
 
11 
 
Unidade 7 – parecer de auditoria 
Nossa sétima e última unidade tem a função de esclarecer e desmistificar os 
componentes e os tipos de pareceres de auditoria, que são comumente utilizados 
nas empresas, dando ao leitor uma real visão do que acontece no mercado através 
de modelos indicativos. 
Objetivo: entender o processo de elaboração de um parecer contábil, 
identificando os pontos necessários e sua correta formatação. 
 
 
Bons Estudos! 
Auditoria Contábil 
 
12 
 
Auditoria Contábil 
 
13 
 
Terminologia e Conceitos 
Iniciais 1 
Auditoria Contábil 
 
14 
 
Nesta unidade, você vai identificar os termos gerais relacionados à auditoria 
contábil, identificando sua origem e importância, tanto para a contabilidade, 
quanto para as empresas de um modo geral. 
 
Objetivos da unidade: 
 Entender os principais conceitos aplicados à auditoria e sua origem; 
 Compreender a importância destes conceitos para a contabilidade, e para 
os demais interessados na informação contábil; 
 Aplicar estes conceitos em atividades disciplinares para entendimento do 
arcabouço teórico referente à auditoria; 
 Desenvolver o entendimento e a compreensibilidade deste assunto, 
possibilitando ao aluno uma visão ampla da utilização e importância da 
auditoria para os credores, investidores, acionistas, sócios, diretores, 
governo, e outros envolvidos no processo; 
 Definir, analisar e interpretar estes conceitos para correta utilização na 
vida profissional, acadêmica e científica. 
 
Plano da unidade: 
 Origem e importância da auditoria. 
 Conceitos gerais. 
 Tipos de auditoria. 
 Órgãos e regulamentação. 
 Normas brasileiras de auditoria. 
 
Bons estudos! 
Auditoria Contábil 
 
15 
 
Origem e Importância da Auditoria 
 
A auditoria tem sua origem atribuída a antiga Suméria aproximadamente em 
2600 a.C., quando os proprietários que confiavam seus bens à guarda de terceiros, 
conferiam ou mandavam conferir os rendimentos auferidos (SÁ, 1994). Porém ficou 
mais notória e evolui do séc. XV em diante. Assim o Clero, a Burguesia presente em 
Veneza e as Grandes Descobertas foram fatores decisivos na manutenção desta 
atividade. 
O termo auditor, como hoje é conhecido, surge na Inglaterra durante o 
reinado de Eduardo I. Ele próprio mandou verificar as contas do testamento de sua 
falecida esposa. A aprovação desses auditores é atestada em um documento que 
constitui um dos primeiros relatórios de auditoria, denominado "probatur sobre as 
contas". 
Desde então a auditoria vem evoluindo e tomando a forma como hoje é 
conhecida. Contudo, embora seja uma ação específica da contabilidade, a auditoria 
está intimamente ligada aos princípios contábeis gerais, sendo tratada de forma 
específica, conforme se pode observar na figura 01. 
 
Figura 01 – Princípios de Contabilidade. 
Conselho Federal de Contabilidade Ibracon, CVM, e USP 
Princípio: Princípios efetivos: 
Da Competência 
Realização da receita e confrontação da 
despesa 
Do Registro pelo valor original Custo histórico como base de valor 
 Convenções 
Prudência Conservadorismo 
Oportunidade Materialidade 
Fonte: Elaborado pelo próprio Autor. 
Auditoria Contábil 
 
16 
 
Como não é objeto desta unidade abordar de forma complexa os princípios de 
Contabilidade iremos comentá-los para prévio conhecimento destes. As resoluções 
750 e 774 do CFC normatizam seu entendimento. 
Para Araújo (2005), os princípios contábeis têm a seguinte definição: 
 Postulados: São dogmas, premissas e assertivas que não precisam ser 
demonstrados, comprovados e evidenciados, pois existem entre a área 
acadêmica e o mercado (ambiente profissional) com uma aceitação geral e 
basilar, sem questionamento entre estes. 
 Entidade: No campo contábil, parte-se do pressuposto de que sempre terá 
uma pessoa seja ela física ou jurídica para fazer a contabilidade e a essa 
pessoa classifica-se em entidade contábil. 
 Continuidade: Parte-se do pressuposto de que essa entidade tem uma 
vida estabelecida por prazo indeterminado, ou seja, que representa um 
empreendimento em andamento, em continuidade. 
 Princípios: Conjunto de regras necessárias para a execução do sistema 
contábil, sem estes não existirá a possibilidade de fazer uma Demonstração 
Financeira, análise ou qualquer outra atividade concernente a 
Contabilidade. 
 Custo histórico como base de valor: Os registros contábeis são realizados 
por seu custo de aquisição ou de fabricação, ou seja, pelos gastos 
realizados para comprar ou fabricar determinado bem. Isto é, o valor 
contábil é o valor que está expresso na nota fiscal de compra, seja isto para 
bens ou serviços. 
 Denominador comum monetário: A avaliação monetária torna 
homogêneos e iguais itens relativos a valores financeiros e agrega 
diferentes itens em um denominador comum monetário,num único 
relatório, ou seja, padroniza a unidade monetária a ser utilizada para 
avaliação e compreensão das Demonstrações analisadas. 
Auditoria Contábil 
 
17 
 
 Realização das receitas: Evidencia o momento em que se deve reconhecer a 
receita, contabilizando-a a partir deste. De maneira geral, é o momento da 
transferência do bem ou serviço para o cliente, ou seja, no instante da 
entrega de ativo, bem ou direito. 
 Confrontação das despesas: após a identificação exata da receita, faz-se um 
esforço de associar (ou confrontar) toda a despesa sacrificada para a 
obtenção daquela receita. 
 Essência econômica sobre a forma jurídica: A forma jurídica pode deixar de 
retratar a essência econômica; nesse caso prevalecerá a essência econômica. 
 Convenções: estabelecem limites no procedimento de atuação do 
profissional contábil. 
 Objetividade: os registros contábeis deverão ter suporte em documentação 
gerada nas transações ou evidências que possibilitem a avaliação. 
 Materialidade: considera que toda informação contábil tem um custo e só 
seria válido executar tal informação se o benefício representasse um valor 
maior que o custo da informação preparada pela contabilidade. 
 Consistência: uma vez adotado certo critério contábil, dentro dos vários 
igualmente aceitos e relevantes, não deverá ser mudado sem um motivo de 
força maior e em períodos apropriados para tal alteração. 
 Conservadorismo: uma boa conduta contábil será sempre a de se 
resguardar, para não criar expectativas futuras com alto grau de risco. 
Conceito de auditoria e sua importância 
Conforme Almeida (2014), a auditoria surgiu como parte do processo 
evolutivo do sistema capitalista. Ainda segundo o autor, antes as empresas tinham 
características em ser fechadas e pertenciam a grupos familiares. Com a 
necessidade de investimentos, as empresas abriram capital, dado a evolução da 
globalização e dos mercados emergentes. Assim, as empresas e os investidores 
começaram a se organizar, passando a ter maior necessidade de controle, desta 
forma, a auditoria passou a ser algo não apenas relevante, mas necessário nas 
empresas. 
Auditoria Contábil 
 
18 
Para Jung (1999), a origem da auditoria remonta 2.600 AC. Mais 
especificamente na suméria, porém, evoluiu como trabalho e ciência a partir do 
século XV. A palavra auditor tem seu significado na língua portuguesa (aquele que 
ouve, ou seja, ouvinte), mas em inglês “to audit” em (examinar, ajustar, corrigir e 
certificar) (ATTIE, 2006). 
Cabe salientar que este termo não é privilégio exclusivo da contabilidade 
sendo usados em diversas atividades que têm por objetivo situações semelhantes. 
Contudo, o termo auditor contábil, no Brasil, só pode ser assumido por profissional 
devidamente registrado no respectivo Conselho Regional de Contabilidade de seu 
Estado, sendo, portanto, ocupação exclusiva do profissional contábil. 
Assim, o auditor contábil precisa seguir fielmente os preceitos contábeis, 
sendo que alguns fatores têm destaque e atenção especial: 
I. Método de Partidas dobradas; 
II. A vontade, desejo e necessidade do homem controlar o capital e seu 
excedente; 
III. A escrita mercantil foi reconhecida como especialização, em Veneza, 
onde estava localizado o colégio de Contadores em 1581; 
IV. A revolução industrial na Inglaterra com o aumento da complexidade do 
entendimento da problemática contábil; 
V. A Evolução das operações e atividades empresariais; 
VI. A complexa engrenagem dos sistemas de contabilidade. 
 
Porém, o que fica unânime entre os autores e pensadores da contabilidade 
com relação à auditoria moderna é que, para estes, sua origem se deu na Inglaterra, 
berço efetivo desta técnica contábil. 
Auditoria Contábil 
 
19 
 
Para Ribeiro (2011), o conceito de auditoria pode ser assim estabelecido: 
Auditoria é uma técnica contábil que surgiu da necessidade 
de se garantir a veracidade das informações derivadas dos 
registros contábeis [...] Auditoria é uma técnica contábil 
que consiste na verificação da exatidão e fidedignidade dos 
dados contidos nas demonstrações contábeis, por meio do 
exame minucioso dos registros de contabilidade e dos 
documentos contábeis que deram origem a eles. 
Depreende-se disto que o entendimento da auditoria possibilita uma visão 
holística do funcionamento das empresas, dando margem a melhorias, 
padronizações de processos e mudanças de entendimento em várias situações que 
envolvam aspectos operacionais, financeiros, estratégicos e táticos. 
A auditoria no Brasil teve alguns fatores importantes que merecem destaque, 
tais como: 
I. Lei 4.728.65, que disciplinaria o Mercado de Capitais 
II. Reconhecimento da auditoria como profissão, 1972, com a criação das 
normas de auditoria geralmente aceitas, elaboradas pelo BACEN (Banco 
Central do Brasil), IAIB (Instituto de Auditores Independentes do Brasil 
atualmente representado como IBRACON) e CFC (Conselho Federal de 
Contabilidade) 
III. Lei 6.404.76 – Lei das Sociedades por Ações 
IV. Lei 6.365,76 – Criação da CVM; 
V. Harmonização das normas internacionais de auditoria em 2010. 
 
Auditoria interna 
Segundo Almeida (2012), pode-se definir auditoria interna como uma 
adequação dos controles de processos, procedimentos e melhorias, implantados 
mediante controle interno supervisionado por determinado setor da empresa. Ou 
seja, a auditoria interna é realizada dentro da mesma instituição objeto da 
Auditoria Contábil 
 
20 
auditoria, sendo conduzida por equipe de auditores própria e designada para este 
fim. 
Desta forma todas as atividades, processos, procedimentos que forem objeto 
de auditoria tem que ser controlado, revisado e validado por este. Ainda para o 
autor, esta é desenvolvida pelo auditor interno, destacando como objetivo: 
I. Verificação de normas; 
II. Verificação da necessidade de aprimoramento das normas em vigor; 
III. Verificação das novas normas internas; 
IV. Realização de auditorias das demonstrações contábeis nas diversas áreas 
operacionais. 
 
Dentre as normas de auditoria pode se destacar as seguintes: 
I. NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e 
Físicas) de Auditores Independentes. 
II. NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Trabalhos 
de Asseguração. 
III. NBC TO 01 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão 
(3000). 
IV. NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da 
Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria. 
V. NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria. 
VI. NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações 
Contábeis. 
VII. NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, 
concernentes a Auditoria de Demonstrações Contábeis. 
Auditoria Contábil 
 
21 
Auditoria externa 
É realizada por contador devidamente registrado no Conselho Federal de 
Contabilidade. De acordo com Ribeiro (2011), sua responsabilidade é designada 
por exprimir uma opinião tendo as demonstrações financeiras das empresas como 
objeto e sendo a base de sua realização estar em acordo com os princípios de 
contabilidade. 
Ainda para o autor, estas devem ser realizadas mediante verificação e exatidão nas 
informações, para melhor entendimento, segue o conceito do autor sobre o tema: 
 [...] verifica a exatidão e fidedignidade dos dados contidos 
nas demonstrações contábeis, por meio de exame 
minucioso dos registros de contabilidade e dos 
documentos que deram origem a eles, em conformidade 
com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes 
(importantes). 
 
Corroborando e complementando a definição anterior, para Almeida (2012), a 
auditoria externa é realizadapor profissional contábil devidamente registrado no 
CFC que tenha autorização mediante prova de conhecimentos específicos 
realizados junto à certificadora IBRACON/CFC, para realização da atividade de 
auditoria externa. Cabe ainda salientar que para tal, o profissional precisa ainda 
exercer ou ter exercido durante 5 anos serviços de auditoria independente junto a 
empresas que atuem neste ramo de trabalho. 
Abaixo, no quadro 01, segue as principais características e diferenças entre o 
trabalho do auditor interno e externo: 
Quadro 01 – Comparação entre auditoria interna e externa. 
Auditor interno Auditor Externo 
Trabalha na empresa a ser auditada Não tem vínculo de trabalho 
Grau de independência reduzido Grau de independência total 
Principais objetivos: 
Verifica se as normas são acatadas 
Verifica a possiblidade de aprimoramento 
das normas internas vigentes 
Verifica a possibilidade de implantação e 
novas normas internas 
Realização de auditoria das 
demonstrações contábeis em diversas 
áreas da empresa 
Principal objetivo: 
Emitir parecer sobre as demonstrações 
financeiras se estas representam a 
situação econômica e financeira e se estas 
estão em conformidade com os princípios 
de contabilidade. 
 
Fonte: Adaptado de Almeida (2012). 
Auditoria Contábil 
 
22 
 
Principais órgãos que regulamentam a profissão de auditoria 
Um dos principais norteadores do trabalho do auditor, e do profissional 
contábil de um modo geral, são as deliberações contidas no Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC). Nele, estão contidos os principais regulamentos 
e normas que servem de guia para o dia a dia do profissional da contabilidade. 
Segundo Almeida (2012), existem uma relação de órgãos a que se compete à 
regulamentação e a normatização dos procedimentos de auditoria, sendo eles: 
 CFC e CRC – Conselho Federal de Contabilidade, e Conselho Regional de 
Contabilidade, criados pelo Decreto lei 9.295.46, tendo como principal 
finalidade registro e fiscalização da profissão contábil, bem como emissão 
de normas e procedimentos. 
 Audibra - Instituto de auditores internos do Brasil. Fundado em 20.11.60, 
tem como finalidade promoção de assuntos relativos à auditoria interna, 
bem como sua aplicação e entendimento. 
 CPC – Comitê de pronunciamentos contábeis; foi criado com a iniciativa 
dos seguintes órgãos, criado pela Resolução CFC 1.055.05, tendo como 
premissa emitir e preparar os pronunciamentos técnicos sobre 
procedimentos de contabilidade, divulgando sua forma de elaboração, 
abaixo os órgãos que o implementam: 
 ABRASCA; 
 APIMEC NACIONAL; 
 BOVESPA; 
 Conselho Federal de Contabilidade; 
 FIPECAFI; 
 IBRACON. 
Auditoria Contábil 
 
23 
 
Suas principais atribuições são: 
 Elaborar entendimento sobre as normas de convergência contábil, seja 
para fins de reduzir custos, riscos, para fins de análise, decisões, seja para 
entendimento profissional. 
 Ser o ponto focal da emissão de normas no Brasil. 
 Responsável em transmitir as informações produzidas de forma 
democrática aos contadores, auditores, usuários da informação contábil. 
 
Normas Brasileiras de Auditoria 
O Brasil, a fim de regulamentar o processo de auditoria em sua jurisdição, 
adota um conjunto de normas técnicas que seguem os requisitos internacionais 
mais importantes. 
Dado a extensão de tais normas não é premissa do presente conteúdo 
comentar cada uma delas, porém, apenas seu escopo, pois é parte integrante para 
entendimento, elaboração, planejamento, organização e desenvolvimento dos 
trabalhos de auditoria por parte do auditor, e demais integrantes neste processo, 
ou seja, empresa, usuário, auditor, e empresa de auditoria. 
Conforme Almeida (2012), as Normas de auditoria internacionais utilizadas no 
âmbito nacional são as seguintes: 
 
NBC TA 200 – Objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria 
em conformidade com normas de auditoria. 
NBC TA 210 – Concordância com os termos do trabalho de auditoria 
NBC TA 220 – Controle de qualidade da auditoria de demonstrações contábeis. 
NBC TA 230 – Documentação de auditoria. 
NBC TA 240 – Responsabilidade do auditor em relação à fraude, no contexto da 
auditoria de demonstrações contábeis. 
Auditoria Contábil 
 
24 
NBC TA 250 – Consideração de leis e regulamentos na auditoria de demonstrações 
contábeis. 
NBC TA 260 – comunicação com os responsáveis pela governança 
NBC TA 265 – comunicação de deficiências de controle interno 
NBC TA 300 – Planejamento da auditoria de demonstrações contábeis 
NBC TA 315 – Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante por meio 
do entendimento da entidade e do seu ambiente 
NBC TA 320 – Materialidade no planejamento e na execução da auditoria. 
NBC TA 330 Resposta do auditor aos riscos avaliados. 
NBC TA 402 – Considerações de auditoria para a entidade que utiliza organização 
prestadora de serviços. 
NBC TA 450 – Avaliação das distorções identificadas durante a auditoria. 
NBC TA 500 – Evidência de auditoria. 
NBC 501 – Evidência de auditoria, considerações específicas para itens 
selecionados. 
NBC TA 505 – Confirmações externas 
NBC TA 510 – Trabalhos iniciais, saldos iniciais. 
NBC TA 520 – Procedimentos analíticos. 
NBC TA 530 – Amostragem em auditoria. 
NBC TA 540 – Auditoria de estimativas contábeis, inclusive do valor justo e 
divulgações relacionadas. 
NBC TA 550 – Parte relacionadas. 
NBC TA 560 – Eventos subsequentes. 
NBC TA 570 – Continuidade operacional. 
NBC TA 580 – Representações formais. 
NBC TA 600 – considerações especiais, auditorias de demonstrações contábeis de 
grupos, incluindo o trabalho dos auditores dos componentes. 
Auditoria Contábil 
 
25 
NBC TA 610 – Utilização do trabalho de auditoria interna. 
NBC TA 620 – Utilização do trabalho de especialistas. 
NBC TA 700 – Formação da opinião e emissão do relatório do auditor 
independente sobre as demonstrações contábeis. 
NBC TA 706 – Parágrafos de ênfase e de outros assuntos no relatório do auditor 
independente. 
NBC TA 710 – Informações comparativas, valores correspondentes e 
demonstrações contábeis comparativas 
NBC TA 720 – Responsabilidade do auditor em relação a outras informações 
incluídas em documentos que contenham demonstrações contábeis auditadas. 
NBC TA 800 – Considerações especiais, auditorias de demonstrações contábeis 
elaboradas de acordo com estruturas de contabilidade para propósitos especiais. 
NBC TA 805 – Considerações especiais, auditoria de quadros isolados das 
demonstrações contábeis e de elementos, contas ou itens específicos das 
demonstrações contábeis. 
NBC TA 810 – trabalhos para a emissão de relatório sobre demonstrações contábeis 
condensadas. 
NBC TR 2400 – Trabalhos de revisão de demonstrações contábeis. 
NBC TR 2410 – Revisão de informações intermediárias executada pelo auditor da 
entidade. 
Auditoria Contábil 
 
26 
 
Leitura complementar: 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria um curso moderno e completo. 8ª 
Edição. São Paulo. Editora Atlas 2012. 
ALMEIDA, Leonardo Soares Francisco de. Uma abordagem do eva como análise 
econômica no setor da indústria da construção civil: estudo documental das 
vantagens e desvantagens de sua aplicabilidade. Niterói, RJ: [s.n.], 2012. 
Dissertação (Mestrado) - Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade 
Federal Fluminense, 2013. 
RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. São Paulo: Saraiva 2011. 
 
 
Nesta unidade, você estudou as terminologias e conceitos da auditoria 
contábil, entendendo as principais nomenclaturas utilizadas e o papel de cada um 
dos itens no processo. Na próxima unidade, você irá estudar a estrutura das normas 
de auditoriae como elas se relacionam. 
 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
Auditoria Contábil 
 
27 
 
Exercícios – unidade 1 
 
1.Classifique as alternativas em verdadeiras ou falsas: 
a) ( ) Auditoria é uma técnica contábil que surgiu da necessidade de se 
garantir a veracidade das informações derivadas dos registros contábeis. 
b) ( ) A Auditoria Interna é de realização exclusiva de auditores 
pertencentes ao quadro de empregados da organização auditada. 
c) ( ) O objetivo da auditoria varia em função do objeto auditado. 
d) ( ) Com o ingresso das organizações multinacionais no território 
brasileiro, bem como em decorrência da abertura dos capitais das 
grandes organizações brasileiras que passaram a negociar seus títulos em 
bolsas de valores, os procedimentos de contabilidade e de auditoria 
praticados no Brasil precisaram se ajustar aos padrões internacionais. 
e) ( ) Entre as Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais destacam-
se as de Auditoria Independente, identificadas como “NBC TA”. 
f) ( ) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança dos usuários 
em relação ao objeto. 
 
2.Para atuar como auditor independente, a profissional precisa: 
a) Ser bacharel em ciências contábeis. 
b) Estar devidamente registrado no CRC, como contador. 
c) Estar devidamente registrado no Cadastro Nacional de Auditores 
Independentes (CNAI). 
d) Atender às exigências contidas nas letras “a” a “c”. 
e) N.D.A 
 
Auditoria Contábil 
 
28 
3.A atividade Programada formal e reconhecida pelo CFC, visando a manter, 
atualizar e expandir os conhecimentos técnicos, indispensáveis à qualidade e ao 
pleno atendimento das normas que regem o exercício da atividade de auditoria de 
demonstrações contábeis, é: 
a) Exigência específica para os profissionais que atuam nas funções de 
auditoria interna. 
b) Educação Profissional Continuada. 
c) Exigência requerida para o ingresso do auditor no audibra. 
d) Exigência requerida para o ingresso do auditor na CVM. 
e) NDA 
 
4.O estado cujas obrigações ou interesses da entidade de auditoria são 
suficientemente isentos dos interesses da entidade para permitir que os serviços 
sejam prestados com objetividade é: 
a) Ceticismo. 
b) Integridade 
c) Independência 
d) Sigilo Profissional 
e) Todas as alternativas. 
 
5.A obrigação do auditor independente de não revelar, em nenhuma hipótese 
as informações que obteve e tem conhecimento em função de seu trabalho na 
entidade auditada é: 
a) Objetividade. 
b) Integridade 
c) Independência 
d) Sigilo Profissional 
e) Todas as alternativas. 
Auditoria Contábil 
 
29 
 
6.O profissional, ao cumprir as leis e os regulamentos pertinentes e evitar 
qualquer ação que desacredite a profissão, está agindo de acordo com o princípio 
ético: 
a) Objetividade. 
b) Integridade 
c) Comportamento Profissional 
d) Sigilo Profissional 
e) Zelo 
 
7.A emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos 
acionistas, aos sócios, aos cotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que 
possam estar relacionadas com o trabalho de Auditoria se dá devido: 
a) Independência 
b) Integridade 
c) Comportamento Profissional 
d) Sigilo Profissional 
e) Zelo 
 
8.classifique as alternativas em verdadeiras ou falsas: 
( ) No Brasil, há exigência de formação específica em ciências contábeis para 
exercer as funções de auditor interno. 
( ) para atuar como um auditor independente, basta que o profissional 
interessado, bacharel em Ciências Contábeis, esteja devidamente registrado como 
contador em Conselho Regional de Contabilidade. 
Auditoria Contábil 
 
30 
( ) A Lei 6.404/76 entre outras funções normatiza as práticas contábeis e 
estabelece a auditoria externa obrigatória para empresas de grande porte e capital 
aberto. 
( ) As normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) se dividem entre Normas 
Técnicas e Normas Profissionais. 
( ) os órgãos nacionais relacionados com os auditores são: CVM; Ibracon; CRC; 
IFAC e Audibra. 
( ) A CVM foi fundada em 1976 e funciona como um órgão fiscalizador do 
mercado de capitais no Brasil. 
( ) O Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946 cria O Conselho Federal de 
Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CFC e CRC). 
( ) é função da Câmara de Desenvolvimento Profissional divulgar edital com a 
antecedência mínima de 60 (sessenta) dias da realização do mesmo, inclusive o 
conteúdo programático a ser exigido. 
( ) será aprovado no exame de qualificação técnica o candidato que obtiver no 
mínimo 50% (cinquenta por cento) dos pontos gerais da prova, sendo estes 30% da 
parte conteudística direta. 
 
9.Quais entidades integram o CPC no Brasil? 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
Auditoria Contábil 
 
31 
 
10.Quais são as três classificações do auditor? Comente sobre cada uma. 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
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 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________ 
Auditoria Contábil 
 
32 
 
Auditoria Contábil 
 
33 
Estrutura das Novas 
Normas de Auditoria 2
Auditoria Contábil 
 
34 
 
Nesta unidade, você vai perceber as principais normas relativas à auditoria e 
seu processo dentro do Brasil, identificando legislações e normas indicadas para 
seu exercício. 
 
Objetivos da unidade: 
 Definir, analisar e interpretar os conceitos relativos às normas de auditoria 
para sua correta utilização na vida profissional, acadêmica e científica. 
 Compreender a importância destas normas tanto para os auditores quantopara os demais interessados na informação contábil; 
 Aplicar o conhecimento adquirido através de estudos dirigidos relativos às 
novas normas de auditoria. 
 
Plano da unidade: 
 Norma brasileira de auditoria. 
 Principais componentes. 
 Conteúdos. 
 Normas correlatas. 
 
 
Bons estudos! 
Auditoria Contábil 
 
35 
Para Almeida (2012), a NBC TA 200 se refere à responsabilidade geral do 
auditor independente na condução da auditoria das demonstrações contábeis, 
tendo como padrão estar “conforme” as normas brasileiras e internacionais de 
auditoria. Esta norma, expõe, explica e possibilita ao auditor independente na 
execução do seu trabalho elaborar, conduzir e realizar de forma tempestiva, segura 
e padronizada sua atividade, atingindo assim seus objetivos. 
Por normas de auditoria são entendidas as regras estabelecidas pelos órgãos 
reguladores da profissão contábil, em todos os países, com o objetivo de regulação 
e diretrizes a serem seguidas por esses profissionais no exercício de suas funções. 
Elas estabelecem conceitos básicos sobre as exigências em relação à pessoa do 
auditor, à execução de seu trabalho e ao parecer que deverá ser por ele emitido. 
Embora na maioria das vezes as normas de auditoria sejam meros guias de 
orientação geral, e não um manual analítico de procedimentos a serem seguidos 
pelo auditor, elas fixam limites nítidos de responsabilidades, bem como dão 
orientação útil quanto ao comportamento do auditor em relação à capacitação 
profissional e aos aspectos requeridos para a execução de seu trabalho. 
À medida que as necessidades determinam a aplicação de novas normas que 
são aceitas pela profissão contábil, elas passam a ser designadas normas usuais de 
auditoria ou normas de auditoria geralmente aceitas. 
Neste sentido, o processo de padronização dos trabalhos de auditoria, seguiu 
o processo de padronização da contabilidade, realizado a partir de 2010, uma vez 
que os princípios de contabilidade são as ferramentas que viabilizam ao auditor 
independente executar seu trabalho. Assim, pode-se destacar a partir do processo 
de convergência às normas internacionais, a atuação das 11.638.07, 11.941.09 e 
12.973.14 como norteadores do processo de auditoria. 
Abaixo, seguem os principais itens a serem abordados no Brasil e no Mundo 
como fatores influenciadores da normatização e padronização contábil: 
 Efeito da Globalização; 
 Efeitos Inflacionários; 
 Leis fiscais e outras com estas responsabilidades; 
 Participação e grau de investimentos; 
 Padronização da terminologia contábil em linguagem universal; 
 US GAAP x IFRS, US GAAP x ISA. 
 
Auditoria Contábil 
 
36 
Para o melhor entendimento das normas expostas, segue quadro resumo: 
Quadro 01 Código de Ética 
Código de ética 
Normas Brasileiras de Contabilidade 
Contabilidade Auditoria e Asseguração 
Auditoria 
Interna Perícia 
Pr
of
is
si
on
ai
s 
 
 
 
NBC PG 
 
 
Normas Profissionais do 
Auditor independente 
NBC PA 
 
 
Normas 
profissionais 
do auditor 
interno 
NBC PI 
 
Normas 
profissionais 
do Perito 
NBC PP 
Té
cn
ic
as
 
 
NBC 
TG 
 
NBC 
TSP 
 
NBC 
TA 
 
NBC 
TR 
 
NBC 
TO 
 
NBC 
TSC 
 
NBC TI 
 
NBC TP 
Fonte: Adaptado de FIPECAFI, (2015). 
Elaborado: Pelo Próprio Autor (2015). 
 
Como pôde ser percebida, a auditoria está fundamentada a partir de um 
código de ética o qual, a partir dele, se ramificam as demais normas da conduta 
contábil. Sobre esta correlação, segue o entendimento (FIPECAFI, 2015): 
 IESBA CODE (International Ethics Standards Boards for accoutants) substitui o 
código de ética da IFAC e o código de ética do profissional da contabilidade, 
mas especificamente, partes A, B e C. Assim distribuídas: 
Auditoria Contábil 
 
37 
 
Parte A 
 NBC PG 100 – Introdução e princípios fundamentais 
 NBC PG 110 – Integridade 
 NBC PG 120 – Objetividade 
 NBC PG 130 – Competência profissional e devido zelo 
 NBC PG 140 – Confidencialidade 
 NBC PG 150 – Comportamento Profissional 
Parte B 
 Contador que atua em auditoria 
 Seção 290 – Independência – com aplicação nos trabalhos de auditoria e 
revisão de demonstrações financeiras 
 Seção 291 – com aplicação nos trabalhos de asseguração 
 NBC PG – 200 – Introdução 
 NBC PG – 210 – Nomeação de profissionais 
 NBC PG – 220 – Conflito de interesse 
 NBC PG – 230 – Segundas opiniões 
 NBC PG – 240 – Honorários e outros tipos de remunerações 
 NBC PG – 250 – Marketing e outros serviços profissionais 
 NBC PG – 260 – Presentes e hospitalidades 
 NBC PG – 270 – Custódia de ativos de clientes 
 NBC PG – 280 – Objetividades 
Parte C 
 Contador que não atua em auditoria independente. 
Auditoria Contábil 
 
38 
 
As várias normas contábeis ligadas à auditoria têm, cada uma delas, suas 
funções específicas. Conforme Almeida (2012), as normas de auditoria têm sua 
aplicabilidade, finalidade e entendimento, neste sentido, a seguir abordaremos 
estes quesitos aplicados às principais normas de auditoria. 
NBC TA 210 – Concordância com os termos do trabalho de auditoria 
 Aplicação – Trata dos termos das responsabilidades do auditor; 
 Finalidade – Mensurar o limite e escopo da responsabilidade do auditor 
no trabalho de auditoria; 
 Entendimento – Visa dimensionar o que é responsabilidade a ser 
administrada pelo auditor no exercício de seu trabalho. 
NBC TA 220 – Controle de qualidade da auditoria de demonstrações 
contábeis. 
 Aplicação – Trata das responsabilidades do auditor; 
 Finalidade – Controle da qualidade da auditoria das demonstrações 
contábeis; 
 Entendimento – A empresa que realiza o trabalho de auditoria tem que 
garantir a qualidade do serviço mediante sistema de controle de 
qualidade. 
NBC TA 230 – Documentação de auditoria. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor em elaborar os 
documentos de auditoria; 
 Finalidade – Tais documentos devem atender a normas específicas; 
 Entendimento – Elaboração da documentação acatando os 
procedimentos de auditoria. 
Auditoria Contábil 
 
39 
 
NBC TA 240 – Responsabilidade do auditor em relação à fraude, no 
contexto da auditoria de demonstrações contábeis. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor em assuntos relativos 
a fraude nas demonstrações contábeis; 
 Finalidade – Identificar e avaliar riscos relevantes no processo de 
auditoria; 
 Entendimento – Responsabilidade do auditor quanto à fraude na 
execução do trabalho de auditoria mediante adoção de entendimento 
da entidade e seu ambiente empresarial (partes relacionadas). 
NBC TA 250 – Consideração de leis e regulamentos na auditoria de 
demonstrações contábeis. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor pela aplicação das leis 
e regulamentos na execução do trabalho de auditoria nas 
demonstrações contábeis; 
 Finalidade – Acatar as leis e regulamentos para aplicabilidade do 
trabalho de auditoria para correta apresentação destas; 
 Entendimento – Utilização do arcabouço teórico, para fundamentar os 
procedimentos de auditoria na utilização das normas, procedimentos e 
leis concernentes a este, para evitar multas, litígios, consequências 
negativas relativas ao patrimônio das empresas. 
NBC TA 260 – comunicação com os responsáveis pela governança. 
 Aplicação – Trata da comunicação do auditor com os responsáveis pela 
governança da empresa; 
 Finalidade – Canal de comunicação para contato com a governança da 
empresa. 
 Entendimento – Representa o canal entre a auditoria e a governança 
que determina quais os pilares operacionais, táticos e estratégicos a 
serem seguidos pela entidade. Esta detém o conhecimento macroda 
empresa e formaliza as informações, dando qualidade e segurança a 
estas no processo decisorial. 
Auditoria Contábil 
 
40 
 
NBC TA 265 – comunicação de deficiências de controle interno. 
 Aplicação – Trata da comunicação entre auditor e governança quanto 
das deficiências encontradas no controle interno operacional; 
 Finalidade – Canal existente mediante adoção legal para comunicação 
formal entre a auditoria e a governança, padronizando procedimentos, 
contatos relativos a administração da empresa; 
 Entendimento – Canal que existe para ser utilizado no exercício do 
trabalho de auditoria para informar a governança da necessidade de 
melhoramento do controle interno, seja mudança à adequação deste. 
NBC TA 300 – Planejamento da auditoria de demonstrações contábeis. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor no planejamento de 
auditoria; 
 Finalidade – Definição de estratégia na execução do planejamento de 
auditoria; 
 Entendimento – Ao auditar é preciso realizar um planejamento prévio 
da execução do trabalho de auditoria isto envolve algumas premissas 
abaixo se destaca: 
 Atenção plena as áreas importantes no trabalho de auditoria; 
 Identificar, organizar, selecionar, supervisionar coordenar o trabalho, a 
equipe, os membros na execução de cada etapa no processo do 
trabalho de auditoria. 
NBC TA 315 – Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante 
por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor em identificar e 
avaliar riscos de distorção; 
 Finalidade – Encontrar riscos relevantes nas demonstrações contábeis; 
 Entendimento – O objetivo é identificar o risco e avaliar a distorção nas 
demonstrações contábeis. 
Auditoria Contábil 
 
41 
NBC TA 320 – Materialidade no planejamento e na execução da auditoria. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade de aplicar o conceito de 
materialidade no planejamento e na execução de auditoria; 
 Finalidade – Encontrar distorções, omissões, julgamentos sobre 
materialidade e assuntos relevantes com variações significativas; 
 Entendimento – O objetivo é identificar a materialidade, trata-la 
adequadamente mediante o entendimento das distorções, omissões e 
julgamentos sobre materialidade através da identificação das variações 
encontradas. 
NBC TA 330 - Resposta do auditor aos riscos avaliados. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor em planejar e 
implementar respostas aos riscos e distorções; 
 Finalidade – Identificar e tratar estes riscos e distorções considerando a 
NBC TA 315; 
 Entendimento – O objetivo e obter evidência de auditoria apropriada 
com relação aos riscos avaliados para conseguir respostas. 
NBC TA 402 – Considerações de auditoria para a entidade que utiliza 
organização prestadora de serviços. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor em obter evidências 
para organizações prestadoras de serviços; 
 Finalidade – Tem por finalidade aplicar as NBC’s TA 315 E 330 para 
compreensão da entidade prestadora de serviço; 
 Entendimento – Visa coletar evidências relativas a entidades 
prestadoras de serviço incluindo o entendimento do controle interno 
destas. 
Auditoria Contábil 
 
42 
 
NBC TA 450 – Avaliação das distorções identificadas durante a auditoria. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor em avaliar o efeito de 
distorções; 
 Finalidade – Corrigir estas distorções; 
 Entendimento – O objetivo é corrigir as distorções encontradas nas 
demonstrações contábeis utilizando também o entendimento da NBC 
TA 700 que será mais bem explanado a frente. 
NBC TA 500 – Evidência de auditoria. 
 Aplicação – Trata da constituição de evidência de auditoria no processo 
de auditoria das demonstrações contábeis; 
 Finalidade – Obter o máximo de amostras para poder definir 
corretamente a forma de executar os procedimentos de auditoria para 
obter evidências de auditoria apropriadamente; 
 Entendimento – Tem por objetivo gerar evidências no processo de 
auditoria que viabilizem e sustentem o correto procedimento do 
processo de auditoria mediante amostras adequadas. 
NBC 501 – Evidência de auditoria, considerações específicas para itens 
selecionados. 
 Aplicação – Trata na responsabilidade do auditor na obtenção de 
evidências de auditoria de acordo com a NBC TA 330 e 500; 
 Finalidade – Visa gerar amostras de evidências; 
 Entendimento – Validar os procedimentos de planejamento, 
implementação e risco inerente a distorções ocorridas nas 
demonstrações contábeis, bem como constituição de evidências que os 
parametrizem. 
Auditoria Contábil 
 
43 
 
NBC TA 505 – Confirmações externas. 
 Aplicação – Trata do uso de procedimentos para se confirmar de forma 
externa os quesitos necessários da NBC TA 330; 
 Finalidade – Visa a confiabilidade da evidência geradas de forma direta 
e indireta; 
 Entendimento – Visa obter amostras de evidências de forma direta por 
gerar maior confiabilidade. 
 
NBC TA 510 – Trabalhos iniciais, saldos iniciais. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor com relação aos 
saldos iniciais; 
 Finalidade – Verificar os saldos iniciais das demonstrações contábeis; 
 Entendimento – O objetivo é verificar os saldos iniciais, incluindo 
assuntos relativos às exigências das NBC TA 710 e 300, para 
comparação, evidência e orientação das atividades antes do início do 
processo de auditoria. 
NBC TA 520 – Procedimentos analíticos. 
 Aplicação – Trata do uso de procedimentos de análise por parte do 
auditor; 
 Finalidade – Visa realizar procedimentos de análise de forma 
substancial; 
 Entendimento – Tem como objetivo realizar testes para identificar e 
avaliar os riscos de distorção das demonstrações contábeis bem como 
dar entendimento sobre a entidade e seu ambiente externo relativos a 
itens abordados nas NBC’s TA 315 E 330, com efeito a natureza e 
resposta do auditor frente aos riscos identificados. 
Auditoria Contábil 
 
44 
 
NBC TA 530 – Amostragem em auditoria. 
 Aplicação – Trata da utilização de amostragem na execução dos 
procedimentos de auditoria; 
 Finalidade – Utiliza amostragem estatística para validação de testes; 
 Entendimento – Utiliza amostra estatística para validar processos de 
amostragem para procedimentos de auditoria se completa com a NBC TA 
500. 
 
NBC TA 540 – Auditoria de estimativas contábeis, inclusive do valor justo e 
divulgações relacionadas. 
 Aplicação – Trata da responsabilidade do auditor quanto às estimativas, 
sejam estas contábeis, de valor justo apresentadas nas demonstrações 
contábeis; 
 Finalidade – Identificar, tratar, avaliar os riscos de distorção identificados na 
NBC TA 315; 
 Entendimento – Devido a não possibilidade de ser possível mensurar com 
exatidão alguns itens das demonstrações contábeis, é necessário estimá-los 
para obter confiabilidade, com relação às estimativas previstas, desta forma 
cria-se um grau de incerteza as estimativas contábeis elaboradas, 
atribuindo a este efeito de suscetibilização, tendências sejam estas com 
intenção ou sem intenção de previsibilidade. 
NBC TA 550 – Parte relacionadas. 
 Aplicação – Trata de relacionamentos com partes interessadas; 
 Finalidade – Objetiva a ampliação da execução da auditoria das 
demonstrações contábeis mediante utilização das NBC’s TA 315, 330, 
240; 
 Entendimento – Tal tratamento com partes interessadas visa 
compreender como é realizado os procedimentos relativos à auditoria 
nas partes interessadas e na ampliação das normas aplicadas que visam 
avaliar os riscos de distorções inerentes aos relacionamentos entre a 
entidade e seu ambiente externo (partes interessadas). 
Auditoria Contábil45 
 
 NBC TA 560 – Eventos subsequentes. 
 NBC TA 570 – Continuidade operacional. 
 NBC TA 580 – Representações formais. 
 NBC TA 600 – considerações especiais, auditorias de demonstrações 
contábeis de grupos, incluindo o trabalho dos auditores dos 
componentes. 
 NBC TA 610 – Utilização do trabalho de auditoria interna. 
 NBC TA 620 – Utilização do trabalho de especialistas. 
 NBC TA 700 – Formação da opinião e emissão do relatório do auditor 
independente sobre as demonstrações contábeis. 
 NBC TA 706 – Parágrafos de ênfase e de outros assuntos no relatório do 
auditor independente. 
 NBC TA 710 – Informações comparativas, valores correspondentes e 
demonstrações contábeis comparativas 
 NBC TA 720 – Responsabilidade do auditor em relação a outras 
informações incluídas em documentos que contenham demonstrações 
contábeis auditadas. 
 NBC TA 800 – Considerações especiais, auditorias de demonstrações 
contábeis elaboradas de acordo com estruturas de contabilidade para 
propósitos especiais. 
 NBC TA 805 – Considerações especiais, auditoria de quadros isolados doas 
demonstrações contábeis e de elementos, contas ou itens específicos das 
demonstrações contábeis. 
 NBC TA 810 – trabalhos para a emissão de relatório sobre demonstrações 
contábeis condensadas. 
 NBC TR 2400 – Trabalhos de revisão de demonstrações contábeis. 
 NBC TR 2410 – Revisão de informações intermediárias executada pelo 
auditor da entidade. 
Auditoria Contábil 
 
46 
 
Leitura complementar: 
ALMEIDA, Leonardo Soares Francisco de. Uma abordagem do eva como 
análise econômica no setor da indústria da construção civil: estudo 
documental das vantagens e desvantagens de sua aplicabilidade. Niterói, RJ: [s.n.], 
2012. Dissertação (Mestrado) - Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - 
Universidade Federal Fluminense, 2013. 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria um curso moderno e completo. 8ª 
Edição. São Paulo. Editora Atlas 2012. 
FIPECAFI, 2015. 
RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. São Paulo: Saraiva 2011. 
 
Nesta unidade você estudou a estrutura que permeia às normas de auditoria 
vigentes em nosso país, buscando o entendimento de sua usabilidade e relações. 
Na próxima unidade você irá estudar os princípios básicos da auditoria e 
controladoria e como estes se relacionam com os processos administrativos e 
gerenciais das empresas. 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Auditoria Contábil 
 
47 
 
Exercícios – unidade 2 
 
1.Classifique as alternativas em verdadeiras ou falsas: 
 
( ) O auditor precisa exercer o julgamento profissional e manter o ceticismo 
profissional somente no planejamento de auditoria. (Durante toda a auditoria) 
( ) Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo 
auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não 
detectem uma distorção existente. 
( ) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de 
auditoria inadequada. 
( ) é objetivo de a auditoria obter segurança razoável de que as 
demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante. 
( ) é objetivo de o auditor apresentar relatório sobre as demonstrações 
contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as 
constatações do auditor. 
( ) Asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações 
contábeis, um nível alto e absoluto, de segurança. 
( ) O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a 
auditoria. Ele também precisa ser adequadamente documentado. 
 
2.(EXAME-CFC-2012-1). De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria 
convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria, o risco de que uma 
distorção relevante possa ocorrer e não ser evitada, ou detectada e corrigida em 
tempo hábil por controles internos relacionados é considerado um risco: 
a) De controle. 
b) N.D.A. 
c) De detecção. 
d) Inerente. 
e) Inevitável. 
Auditoria Contábil 
 
48 
 
3.(EXAME-CFC-2012-2) O planejamento adequado, a designação apropriada 
de pessoal para a equipe de trabalho, a aplicação de ceticismo profissional, a 
supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado, ajudam a aprimorar a 
eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a 
possibilidade de que o auditor possa selecionar um procedimento de auditoria 
inadequado, aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou 
interpretar erroneamente os resultados da auditoria. Tais procedimentos são 
fundamentais na redução do risco de: 
a) Controle. 
b) Detecção. 
c) Distorção inerente. 
d) N.D.A. 
e) Relevante 
 
4.(EXAME-CFC-2012-2). Em relação aos procedimentos de auditoria, assinale a 
opção CORRETA. 
a) A auditoria das demonstrações contábeis exime as responsabilidades da 
administração ou dos responsáveis pela governança. 
b) As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade 
elaboradas pelo auditor independente, com supervisão geral dos 
responsáveis pela governança. 
c) As NBC Técnicas impõem responsabilidades à administração ou aos 
responsáveis pela governança e se sobrepõem às leis e regulamentos que 
governam as suas responsabilidades. 
d) N.D.A. 
e) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações 
contábeis por parte dos usuários. 
 
Auditoria Contábil 
 
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5.(11º Exame CNAI - 2011). De acordo com a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do 
Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas 
de Auditoria, para atingir os objetivos gerais do auditor, ele deve utilizar os 
procedimentos estabelecidos nas NBC TA relevantes ao planejar e executar a 
auditoria. Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o 
auditor deve avaliar se isso o impede de cumprir os objetivos gerais de auditoria e 
se isso EXIGE que ele, em conformidade com as NBC TA: 
a) Ajuste a estratégia de auditoria e modifique sua opinião. 
b) Modifique sua opinião ou renuncie ao trabalho. 
c) Ajuste a estratégia de auditoria e não modifique sua opinião. 
d) N.D.A. 
e) Reformule os objetivos do trabalho. 
 
6. São características do auditor interno: 
I - É um funcionário contratado da empresa; 
II - Atua em outras áreas não relacionadas à contabilidade (sistema de 
controle de qualidade, administração de pessoal, controles internos etc.); 
III - Não deve estar subordinado àqueles cujos trabalhos examina. 
IV - Não deve estar exercendo atividades que ele possa vir um dia a examinar. 
 
Julgue as afirmativas acima e marque a alternativa correta: 
a) As afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
b) As afirmativas I, II, III e IV são falsas. 
c) As afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras. 
d) Somente a alternativa II é falsa. 
e) Somente a alternativa I é verdadeira. 
 
Auditoria Contábil 
 
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7.Sobre o alcance da NBC TA 200, julgue as alternativas abaixo e marque a 
resposta correta. 
I - Objetivos Gerais do Auditor Independente; 
II - Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria. 
III – Condução da auditoria segundo normas internas da empresa ou 
organização auditada. 
 
a) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
b) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
c) As alternativas I e II são verdadeiras. 
d) As alternativas III e II são falsas. 
e) Somente a alternativa II é falsa. 
 
8. São responsabilidades da administração: 
a) Elaborar as Demonstrações Contábeis em conformidade com a 
estrutura de relatório aceitável. 
b) Fiscalizar o trabalho dos auditorese corrigi-los quando necessário. 
c) Criar normas de auditoria internas independentes. 
d) Elaborar números e documentos específicos para atendimento da 
auditoria. 
e) Entregar uma análise prévia das demonstrações contábeis visando 
facilitar o trabalho do auditor. 
Auditoria Contábil 
 
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9.Do que tratam as normas internacionais de auditoria do IIA série 1000 – 
normas de atributos, série 2000 – normas de desempenho, e as normas de 
implantação? 
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Auditoria Contábil 
 
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10.Qual a diferença entre FRAUDE e ERRO? 
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Conceitos Básicos de 
Auditoria e Controle 
Interno 3
Auditoria Contábil 
 
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Nesta unidade, você irá conhecer os conceitos básicos que fundamentam os 
processos de auditoria e de controle interno, identificando suas relações e 
aplicações dentro do processo contábil. 
 
Objetivos da unidade: 
Entender os principais conceitos básicos de auditoria e controle interno, 
compreendendo sua importância para a contabilidade e todos os agentes 
envolvidos neste processo; 
Aplicar o conhecimento adquirido através de estudos dirigidos relativos aos 
conceitos básicos de auditoria e do controle interno; 
Analisar o processo básico de auditoria e todo o arcabouço conceitual nele 
preceituado. 
 
Plano da unidade: 
 Demonstrações contábeis. 
 Formas de auditoria. 
 Controles contábeis e administrativos. 
 Testes e controle interno. 
 
 
Bons estudos! 
Auditoria Contábil 
 
55 
 
A Contabilidade é uma ciência social aplicada que objetiva dar informações 
tempestivas e corretas aos seus usuários. De certa forma, isto contribui 
efetivamente e decisivamente para a tomada de decisão nas empresas, representa 
uma ferramenta que visa controlar e avaliar tempestivamente o patrimônio e os 
resultados apurados no período. Nisto descansa toda a lógica e entendimento 
contábil. Assim, para efeitos contábeis e profissionais, o correto registro dos fatos 
contábeis deve obedecer aos critérios apresentados e fundamentados nos 
princípios e normas inerentes a contabilidade. 
Com isto, a auditoria passa a ter por objetivo testar a eficácia, eficiência e 
efetividade dos controles patrimoniais adotados, apresentando como objeto fim a 
emissão de um relatório onde deverá ser apresentada a opinião do profissional 
auditor. Desta forma, a auditoria se tornou uma ferramenta que visa dar crédito às 
informações pela Contabilidade e pelo setor fiscal da organização, tornando-se um 
mecanismo de Gestão Tributária. 
Atualmente, o auditor tem que conhecer a empresa auditada e atuar no 
sentido de corrigir as falhas existentes dentro do processo de Planejamento 
Tributário. Desta forma, ele contribui para o desenvolvimento da organização e 
aperfeiçoamento de sua competitividade. 
As principais demonstrações financeiras segundo as leis, 6.404.76, 11.638.07 e 
11.941.09 são, respectivamente: 
I. Balanço Patrimonial 
II. DRE 
III. DMPL (Demonstração de Movimentação do Patrimônio Líquido) 
IV. DVA (demonstração de Valor Adicionando) 
V. DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) 
VI. DLPA (Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados) 
VII. DOAR (Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos). Esta não é mais 
obrigatório apresentação para fins de auditoria, e prestação de contas 
com relação ao aspecto legal, porém as empresas continuam fazendo 
como controle qualitativo, sob aspecto gerencial. 
Auditoria Contábil 
 
56 
 
Principais formas de auditoria 
Em termos legais, a convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos 
padrões internacionais proporcionou a alteração da Lei das Sociedades Anônimas, 
por meio das Leis nº. 11.638/2007 e nº. 11.941/2009 fez com que o Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC) editasse a Resolução nº. 1.156/2009, argumentando 
que a linguagem utilizada no desenvolvimento das Normas Brasileiras de 
Contabilidade, quando comparada com as normas internacionais, pode significar, 
ou até mesmo sugerir, a adoção de diferentes procedimentos técnicos no Brasil. 
 
Contabilidade, Auditoria e sob aspecto tributário 
A auditoria é considerada uma técnica contábil, com isto, tem relacionamento 
e impacto direto com outros setores e segmento da empresa, sendo 
preponderante a sua realização para quantificação e qualificação de cada processo, 
haja vista que uma de suas finalidades é a realização de melhorias e identificação 
de problemas no processo operacional, tático e estratégico das empresas 
(ALMEIDA, 2010). 
A realização de um Planejamento Tributário consistente visa analisar a 
legislação pertinente, optando ou não pela incidência do fato gerador, o que visa 
três vertentes, a saber: 
 Gestão de controle da incidência do fato gerador para o tributo 
contabilizado; 
 Redução do valor deste com vistas não apenas ao valor contabilizado,mas 
na gestão deste, seja a pagar, a compensar e a recolher efetivamente, 
desta forma, esta gestão se daria no controle e efetivação da alíquota ou 
formação da base de cálculo correta; 
 Realização do pagamento do tributo, de forma tempestiva e correta, 
evitando com isto a ocorrência de exigências ou pena fiscal por não 
comprimento de prazos e formas jurídicas, evitando assim o transtorno 
de multas e juros desnecessários. 
 
Auditoria Contábil 
 
57 
Segundo Pegas (2010): 
33% (trinta e três por cento) da Receita Bruta 
auferida nas empresas tem como caráter o 
pagamento de tributos. A alíquota efetiva para fins 
contábeis representa 34% do Lucro Líquido, sendo 
25% de IRPJ e 9% o que representará entrada de 
recursos para União contabilizada em conta única do 
Tesouro Nacional. 
 
Outro ponto que merece destaque é o fato que da soma dos custos e despesas 
do período, aproximadamente mais de 50% (cinquenta por cento) é representada 
por tributos. Desta forma se faz necessário adotar um sistema de controle 
operacional que vise economizar recursos, representando com isto uma vantagem 
competitiva para empresa. A título de conhecimento, tal controle possibilita 
gerenciar de forma qualitativa os tributos incidentes culminando com uma carga 
tributária menor. 
A empresa deve também atentar ao fato de que a auditoria fiscal possibilita 
ganho real de receita, haja vista que o objetivo da empresa não é apenas aumentar 
o lucro pelo aumento do preço de venda, mas necessariamente pelo ganho real de 
redução de custos, otimização de processos e melhorias contínuas (ALMEIDA, 
2010). 
Um sistema econômico com vistas ao aspecto fiscal tem que, a priori, analisar e 
verificar 04 (quatro) quesitos: 
a) Análise econômica dos procedimentos a serem adotados com a finalidade 
de maximizar o resultado do planejamento tributário a ser considerado. 
b) Ter pleno conhecimento e entendimento do embasamento Jurídico. Tal 
fato ao ser realizado se reveste de forma jurídica e do entendimento da 
abstração legal. Para entendimento, atualmente estão em vigor mais de 
3.000 pronunciamentos, representados por normas, procedimentos, 
decretos e leis os quais as empresas têm que conhecer, para que a 
mesma esteja de acordo com o que determina o fisco (PEGAS, 2010). 
c) Ter conhecimento do aspecto Fiscal, ou seja, saber quais são as obrigações 
acessórias que devem ser cumpridas e quais seus prazos. Aqui se abre 
uma nova vertente, onde serão integradas em conjunto, tais obrigações 
Auditoria Contábil 
 
58 
que farão parte do SPED (Sistema único de Escrituração Digital). Isto 
representa uma redução significativa na rotina contábil em utilizar vários 
programas informatizados, agora num único ambiente. Para 
conhecimento, existem aproximadamente 95 (noventa e cinco) 
obrigações acessórias a serem cumpridas pelas empresas, tais como 
declarações, formulários, livros etc. 
d) Por fim, uma análise de gerenciamento das informações a qual a empresa 
deve adotar procedimentos que considerem economia de tributo 
visando maximizar o lucro e minimizar o risco provenientes de um fato 
real realizado por meio de pedidos de vendas aprovados. 
 
A importância da auditoria interna nas corporações 
Com o aumento das tarefas e procedimentos operacionais, as empresas têm 
que dar maior atenção às normas ou aos quesitos integrantes do controle interno. 
Diante deste fato os administradores, proprietários e demais interessados na 
supervisão da empresa teriam um controle mais qualitativo e melhor das variadas 
atividades pertinentes ao seu negócio (ALMEIDA, 2010). 
O auditor independente no exercício de sua função tem como premissa emitir 
um relatório-comentário que apresentará uma gama de sugestões que vistam 
melhorias de processo, procedimentos operacionais e melhores práticas a serem 
observadas, os quais serão identificados no curso normal do seu trabalho auditorial 
(ALMEIDA, 2010). 
Um importante ponto que deve ser destacado aqui é o fato de que o auditor 
interno tem como foco preparar a empresa para uma auditoria externa, que deverá 
ser realizada por auditor independente. Este fato se deve, pois, uma premissa do 
auditor independente é não ter vínculo com a empresa auditada, desta forma, seria 
necessário um acompanhamento direto, para poder fazer ajustes, melhoramentos, 
de técnicas, procedimentos, controles operacionais, táticos e estratégicos da 
empresa (ALMEIDA, 2010). 
 
Auditoria Contábil 
 
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A Auditoria Interna surge, então, como uma ramificação da auditoria externa 
ou independente. O auditor interno é um funcionário da empresa, e dentro da 
organização ele não deve estar subordinado àqueles cujos trabalhos examinam. O 
auditor interno também não deve desenvolver atividades que possa vir um dia a 
examinar, para que não interfira em sua independência. 
A Auditoria Interna, colocada dessa forma, em nível recomendável para efeito 
do bom controle Interno, ficaria situada da seguinte forma em uma estrutura 
organizacional: 
Figura 01 – Princípios de Contabilidade. 
 
Fonte: Elaborado pelo próprio Autor. 
 
O organograma apresentado não é a única forma em que um departamento 
de auditoria interna pode se apresentar na estrutura. Poderia ainda haver uma 
ramificação do departamento de auditoria interna em cada diretoria, em função do 
tamanho e da dimensão de cada departamento. Também devemos considerar 
empresas e sociedades que formam uma holding. Nesse caso, apenas a 
administração da empresa investidora ou controladora possui departamento de 
auditoria interna nas sociedades controladas e coligadas. 
A auditoria interna deve não só ocorrer, como a ela deve ser dado crédito, 
importância e autonomia, pois esta tem como essência de seu trabalho servir para 
a administração como meio para identificar irregularidades e melhorias nos 
controles internos, procedimentos operacionais e processos. Outro ponto que 
merece destaque é que os sistemas contábeis serão observados a fim de que se 
valide se estão efetivamente cumprindo suas diretrizes. 
Auditoria Contábil 
 
60 
A forma da auditoria, em especial a contábil, deve refletir corretamente a 
técnica contábil, obedecendo à risca os princípios e as normas de auditoria. Cabe 
aqui salientar que uma premissa que faz parte do relatório de auditoria interna à 
qual será elaborado pelo próprio auditor no exercício de sua atividade, tem em seu 
primeiro parágrafo informar se as demonstrações financeiras foram elaboradas de 
acordo com os mesmos (ALMEIDA, 2010). 
Resumidamente, veja as principais diferenças entre auditoria externa e interna 
no quadro a seguir. 
 
Tanto a auditoria externa quanto a interna utilizam os mesmos procedimentos 
de auditoria, quando cabíveis, baseados no ponto de controle interno identificado 
e de acordo com o grau de extensão das atividades aplicadas. A auditoria externa 
muitas vezes utiliza os trabalhos da auditoria interna para emitir sua conclusão 
sobre a opinião, de acordo com os trabalhos desenvolvidos. 
Auditoria Contábil 
 
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Apesar de as auditorias interna e externa aplicarem procedimentos 
semelhantes em suas atividades, elas são diferentes e se identificam de acordo com 
a extensão de seus trabalhos e pela independência da auditoria quando externa 
para formar opinião sem interferência da empresa. 
 
Controle interno 
Definição: O conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os 
objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a 
administração na condução ordenada dos negócios da empresa. 
São tipos de controle internos: 
Controles contábeis 
São exemplos de controle contábeis: 
 Sistema de conferência, aprovação e autorização;

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