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Casos concretos tributário 1 a 4.

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Caso concreto 1:
 Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição? Ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
a) quais seriam estes argumentos? O principal estaria respaldado na Constituição em seu artigo 62, §1º, “d”, que veda, expressamente, a edição de Medida Provisória de Lei Orçamentária.
 b) pode o governador editar medida provisória? Sim, não há expressamente uma proibição. Mesmo sendo a medida provisória, atribuída ao Presidente da República, utilizamos o princípio da simetria, podendo também o Governador.
c) cabe medida provisória em Direito Financeiro? Não cabe, pois, o artigo 62, §1º, “d”, veda a edição de medida provisória para aprovação de Lei Orçamentária. Salvo nas situações que dispõe o artigo 61, caput da Constituição Federal, nas situações de catástrofes.
Caso Concreto 2:
 Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária com um déficit de 30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado. Indaga-se: 
1) A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e como os elementos do Direito Financeiro se relacionam no caso. Não será possível tal propor projeto de lei com tamanho desequilíbrio, uma vez que isso iria ferir o princípio do equilíbrio orçamentário além de ser contrária ao artigo 167, inciso, III da CF/88, que diz que é vedada a realização de despesas que excedam os créditos.
2) Como ficaria com base na legislação atual? Essa questão trata do princípio da exclusividade, previsto no artigo 165, s 8º da CF, onde a lei não pode conter dispositivos estranhos à previsão da receita à fiscalização de despesa. Entretanto, há uma exceção que não se inclui na proibição a autorização para abertura de crédito suplementares. 
Caso Concreto 3:
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda: 
1) A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular? O tribunal de contas é um órgão gerador e fiscalizador da gestão pública. Entretanto, pode ser órgão aplicador de multa, conforme o artigo 71, §3º da Constituição Federal.
2) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram alcançadas pela coisa julgada? Suas decisões não fazem coisa julgada, podendo ser apreciado pelo judiciário.
3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos? Princípio da Transparência. O princípio da transparência, quando promovido, possibilita que o indivíduo cidadão tenha acesso aos atos praticados pela Administração Pública.
Caso Concreto 4:
 Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito à atividades do contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem serviço às empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes sobre o seu salário-de-contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de contribuições sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a apuração e constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas gerais do Direito Tributário são reservadas pela Constituição para lei complementar, identifique e analise o dispositivo, tendo para tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o ordenamento jurídico específico ao qual está submetida. 
Toda legislação ordinária anterior a CF que trata de tem as de matéria tributária poderia continuar sendo aplicada se fosse recepcionada, é o caso do próprio CTN que é lei ordinária na sua for a, mas foi recebida com a lei complementar pela constituição. 
A partir da CF/ 8 8 está claro que as contribuições sociais são tributos, portanto tem natureza jurídica tributaria, e se as contribuições tributarias são tributos, se sujeitam ao regime jurídico tributário e as mesmas limitações da constituição de matéria tributária, um dessas exigências diz respeito à lei complementar para alguns temas. art 14 6 , II, “b ”. 
Dessa forma, não teria cabimento que essa lei criada pela união estabeleces se por exemplo um prazo para cobrança de 10 anos se o prazo para cobrança de tributo é de 5 a nos, e precisa ser estabelecido em uma lei complementar que é o CTN.

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