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Belém 2013 Universidade federal do Pará Instituto de tecnologia Faculdade de engenharia civil JAMERSON ANDRADE DA SILVA 09019006801 Qual foi o papel do brasil na conferência de Estocolmo e na Rio +20? Belém 2013 Posição do Brasil na Conferência de Estocolmo e a polêmica sobre ela. Desde o começo da Revolução Industrial, através da qual os países mais desenvolvidos passaram a explorar os recursos naturais e a encarar a natureza com as suas fontes de energia e matérias-primas como sendo inesgotáveis, foram produzidos por suas indústrias, cidades e atividades agrícolas, dejetos que causaram ao longo dos anos impactos ambientais prejudiciais ao meio ambiente, muitos deles de abrangência global gravíssimos. As questões relacionadas à preservação da natureza começaram a ser discutidas efetivamente a partir da década de 70. Assim, dois anos mais tarde (1972) aconteceu na capital da Suécia, Estocolmo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente. Nela emergiram as contradições ligadas ao desenvolvimento e ao meio ambiente. O Brasil, por indicação da Assembleia Geral da ONU, integrou a comissão preparatória. A postura do governo brasileiro mediante muitas nações poderosas refletiu a visão inovadora a respeito da importância que nosso país fornece ao meio ambiente, mesmo estando muito longe de fornecer o modelo ideal Na Conferência de Estocolmo, o Brasil liderou 77 países (do total de 113 países) com acusações aos países industrializados e defesa do crescimento a qualquer custo. Em protesto estendeu uma faixa com os dizeres: “Bem vindos à poluição, estamos abertos a ela. O Brasil é um país que não tem restrições, temos várias cidades que receberiam de braços abertos a sua poluição, porque nós queremos empregos, dólares para o nosso desenvolvimento”. Essa faixa é famosa, pois, reflete o pensamento da época de todos terem o direito de crescer economicamente mesmo que às custas de grande degradação ambiental. Não se pode esquecer que o Brasil estava em pleno milagre econômico. Na ocasião, apesar de reconheceram a ameaça da poluição ambiental, os delegados brasileiros sugeriram que os países mais desenvolvidos é que deveriam arcar com o ônus dessa purificação, e deixaram bem clara a posição do Brasil, que preferia promover o crescimento econômico a qualquer custo em detrimento a qualquer política ambiental. Apesar da posição contrária do Brasil em relação as decisões tomadas pela Conferência de Estocolmo, podemos dizer que essa Conferência foi de grande importância para a humanidade, pois foi o primeiro grande encontro internacional, no qual participaram representantes de muitas nações para juntos discutirem os problemas ambientais e também foi discutida pela primeira vez a relação entre desenvolvimento e meio ambiente. O Brasil após a importante função desempenhada na conferência, de ter sido a voz de liderança dos países em desenvolvimento durante a Conferência de Estocolmo, foi criada uma Secretaria Especial do Meio Ambiente, subordinada ao Ministério do Interior, demonstrando uma já preocupação com a conservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais. Finalizando, a referida Conferência, apesar de ter sido conturbada, acabou por produzir um documento histórico, composto por 24 artigos que foi assinado pelos países participantes e que resultou na criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente(PNUMA), ou seja foi criada a primeira agência ambiental global. Belém 2013 Algumas considerações sobre o papel do brasil na rio +20 Após a importante função desempenhada pelo Brasil na conferência de Estocolmo em 1972, já citada aqui, foi criada uma Secretaria Especial do Meio Ambiente, subordinada ao Ministério do Interior, demonstrando uma já preocupação com a conservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais. Após o sucesso da realização da Rio 92. A ONU concordou em realizar novamente no Rio de Janeiro o mesmo evento vinte anos depois. O Brasil elaborou uma Comissão Nacional co-presidida pelo ministro de Relações Exteriores Antônio de Aguiar Patriota e pela ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira. Outros 28 ministérios, bem como a Prefeitura e o Governo do estado do Rio de Janeiro, representantes do Congresso Nacional, Poder Judiciário, e da sociedade civil, subdividida em diversos setores. Uma verdadeira força-tarefa para articular os eixos de participação do Brasil na conferência. Além de todos os encargos com logística, organização, estrutura e mobilização do evento, o Brasil estava preparando um papel ainda mais importante no plano institucional do evento, mais importante do que havia sido na Rio 92. No texto oficial do “Documento de Contribuição Brasileira à Rio +20” é dito que “a reconfiguração geopolítica do mundo é marcada pelo maior dinamismo econômico dos países emergentes, impulsionado pelo êxito das políticas de redução da pobreza e de ampliação massiva dos mercados consumidores”. Segundo Noel Castree, 2003, essa reconfiguração política, cada vez mais interestatal representa um recrudescimento do discurso geopolítico, agora sob a ótica ambiental, que vai lentamente se solidificando. O arranjo político atual, com a emergência dos países do chamado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) associada à crise econômica dos países europeus e norte-americanos permitiu ao Brasil um papel de protagonismo em blocos de poder internacional, como o Mercosul e a Unasul, e o G-77, por exemplo. Assim como ocorreu nas discussões acerca do meio ambiente, porque essa está atrelada às discussões de crescimento econômico. Embora muitos ainda critiquem esse papel de liderança, afirmando que ela é exercida pelo fato do Brasil dispor de um grande número de recursos naturais e demográficos e não pela política externa, propriamente dita. É claro que o fortalecimento da economia brasileira nos 20 anos observados foi facilmente observável e possibilitou uma maior influência nas decisões internacionais. Enfim, são todos fatos e fatores que levaram a crer que o Brasil exerceria um papel mais incisivo durante os debates da Rio +20. O que resta saber é se a política de “aversão a riscos” da diplomacia brasileira terá uma mudança brusca para ocupar um papel de ainda maior destaque no mundo, ou se manterá nessa política uma nova forma de exercer influência ostensiva favorável à elevação do Brasil à condição de potência mundial. Referência: http://www.brasilescola.com http://revistaeletronicardfd.unibrasil.com.br/
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