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DEFINIÇÃO DE DIREITO: Conjunto de normas gerais e positivas que regulam a vida em sociedade. DIREITOS DA PERSONALIDADE GENERALIDADES: Os direitos de personalidade consistem na proteção ao corpo, à imagem, à privacidade e, até, ao nome. A Constituição Federal, art. 5º, inciso X, trata dos direitos de personalidade. Diz este artigo: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. O Código Civil regulamenta os direitos de personalidade. As características gerais traçadas pelo Código determinam que os direitos de personalidade são, em regra, intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitações voluntária, salvo previsão legal. Conceito: Conjunto dos caracteres próprios de um determinado ser humano. DIREITO = conjunto de normas. AMBIGUIDADE DA PALAVRA “PERSONALIDADE” NO SENTIDO JURÍDICO = aptidão, reconhecida pela ordem jurídica, para exercer direitos e contrair obrigações. NO SENTIDO VULGAR = caráter ou qualidade do que é pessoal, ou seja, daquilo que diz respeito à pessoa (são intrínsecos ao ser humano; que está dentro, que faz parte). ROL DE DIREITOS DA PERSONALIDADE: Direito à dignidade humana – direito à vida; direito à privacidade; direito à honra; direito à liberdade; direito de ir e vir; direito à integridade física; direito ao recato(pudor); direito à liberdade religiosa; direito ao nome; direito ao sobrenome; direito à reprodução física; direito à inviolabilidade de domicílio; CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS: a) Direitos de fazer e de não fazer - consiste na liberdade geral de atuar (art. 5º, inciso II, da Constituição Federal); b) Direitos da Personalidade (são direitos de defender os direitos inerentes à própria pessoa) – artigos 11 a 21, do Código Civil; c) Direitos Reais (são os direitos sobre as coisas ou bens) – artigo 1.225 c.c. 1.228, do Código Civil; d) Direitos Pessoais ( são os direitos de exigir o adimplemento do que foi contratado – artigos 233 usque 420, do Código Civil. PORTANTO: DIREITOS DA PERSONALIDADE =) são aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e suas projeções sociais. CONCEITO DE DIREITOS DA PERSONALIDADE: Os direitos da personalidade consistem na proteção ao corpo (corpo: vivo – art. 13, CC); corpo morto ´cadáver´- art. 14, CC), à imagem, à privacidade, à honra, à personalidade, integridade física, e até ao próprio nome. AINDA: Direitos: à vida; à honra; ao poder familiar; à cidadania: ao nome; à expressão do pensamento; à política; à sucessão; à integridade corporal; à voz, etc. FINALIDADE DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: Destinam-se a resguardar a dignidade humana, mediante sanção suscitada pelo lesado. Generalidades: a personalidade é uma qualidade, porque é uma disposição ou maneira de ser do indivíduo humano; o próprio é a propriedade do ser. Todo ser tem suas propriedades, ou seja, suas qualidades próprias, que o caracterizam; a personalidade, como propriedade, é um bem especialíssimo porque está entre os primeiríssimos bens do homem; a personalidade é a primeira propriedade da pessoa. CARACETERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: ABSOLUTOS =) por serem erga omnes – se opõem contra todos, ou seja contêm um dever geral de abstenção; INTRANSMISSÍVEIS =) por não poderem se transferir a tutela jurídica de outrem; INDISPONÍVEIS =) são insuscetíveis de disposição, mas podem ser transferidos na hipótese de interesse social; IRRENUNCIÁVEIS =) porque não podem ultrapassar a esfera do seu titular; IMPENHORÁVEIS =) não podem ser penhorados por serem inatos – são inerentes à pessoa e dela não podem ser retirados; ILIMITADOS =) não se resumem apenas ao que foi arrolado mas a tudo que possa emanar, a qualquer tempo; VITALÍCIOS =) só se extinguem com a morte. D0 NOME – ART. 16, DO Código Civil Conceito de Nome: Toda pessoa tem um nome. Definição de nome: Nome é o sinal exterior pelo qual se designa, individualiza e se reconhece a pessoa no seio da família. FORMAÇÃO DO NOME: Três são os elementos formadores do nome civil, a saber: PRENOME trata-se do primeiro elemento formador do nome civil, cuja finalidade é a identificação do indivíduo; sua escolha é feita pelo declarante do assento de nascimento. O prenome pode ser simples ou composto (Otacílio. Otacílio Henrique). PATRONÍMICO OU APELIDO E FAMÍLIA, conhecido também por sobrenome. É o elemento que revela a origem da família do sujeito, que vincula o portador do nome civil aos seus antecessores (pode haver a adoção do patronímico do pai ou da mãe). AGNOME, sinal distintivo que se acrescenta ao nome completo e que tem por objetivo evitar a homonímia. Ex. Otacilio Pedro de Macedo Neto ou Junior. ALTERAÇÃO DO NOME: A regra que se apresenta é a da imutabilidade do nome. Existem, contudo outras regras previstas pela lei, pela doutrina e pela jurisprudência que excetuam a primeira. Ex. prenome que expõe o portador ao ridículo, adoção, erro gráfico, etc. Obs. Após 1(um) ano de ter completado a maioridade civil, a própria pessoa pode pedir alteração do seu prenome – art. 56, da Lei 6015/73. Ex. De: Maria de Eduarda para: Maria Eduarda: De: Silvio para Sylvio. DIREITO POSITIVO / DIREITO OBJETIVO / DIREITO SUBJETIVO DIREITO POSITIVO: > Compreende o conjunto de regras estabelecidas pelo poder político em vigor num determinado país e numa determinada época; > É o Direito histórica e objetivamente estabelecido, encontrado em leis, códigos, tratados internacionais, costumes, decretos, regulamentos, etc; > É o Direito cuja existência não é contestada por ninguém; > É o Direito institucionalizado pelo Estado. DIREITO OBJETIVO: > É o conjunto de regras sociais de conduta social cujo cumprimento é imposto pela autoridade, com a aplicação de sanções àqueles que não as cumprem. (É a norma agendi) > Deste Direito Objetivo resulta o direito subjetivo, que é o poder atribuído pela ordem jurídica a uma pessoa, de exigir e pretender da outra pessoa, ou do Estado, certa coisa ou fato; > Essas regras de conduta social, ou normas, cujo cumprimento é imposto coativamente às pessoas, são as LEIS. DIREITO SUBJETIVO: > É a faculdade de agir. É o poder de ação derivado da norma(facultas agendi), isto é a faculdade ou prerrogativa de o indivíduo invocar a lei na defesa de seu interesse(o direito subjetivo não é um direito por si somente, mas uma faculdade de agir que o sujeito tem com fundameno no direito objetivo); > Ao direito subjetivo de uma pessoa corresponde sempre o dever de outra, que, se não o cumprir, poderá ser compelida a observá-lo através de medidas judiciais. NOÇÃO DE DIREITO OBJETIVO E DE DIREITO SUBJETIVO. (Vicente Ráo) — O conjunto sistemático de normas destinadas a disciplinar a conduta dos homens na convivência social, asseguradas pela proteção - coerção a cargo do Estado, constitui o direito positivo, que é o direito próprio de cada povo. Mas, no direito positivo uma distinção fundamental existe entre a norma considerada em si e a faculdade que ela confere às- pessoas, singulares ou coletivas, de procederem segundo o seu preceito, isto é, entre a norma que disciplina a ação (norma agendi) e a faculdade de agir de conformidade com o que ela dispõe (facultas agendi). O DIREITO OBJETIVO É O CONJUNTO DE LEIS DIRIGIDAS A TODOS. X O DIREITO SUBJETIVO É A FACULDADE QUE TEM CADA UM DE INVOCAR ESSAS LEIS. TIPOS DE MORTE Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nessescasos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. COGITA O ART. 7º, FAZER CONSIDERAÇÕES ACERCA DA MORTE PRESUMIDA, EIS QUE SOBRE A MORTE REAL NENHUMA DÚVIDA EXISTE, POIS É VERIFICADA QUANDO O MÉDICO CONSTATA PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES CEREBRAIS, CARDÍACAS E RESPIRATÓRIAS, EM CARÁTER DEFINITIVO, PARA O FIM DE EXPEDIÇÃO DA CERTIDÃO DE ÓBITO. EFEITOS JURÍDICOS: > MORTE REAL > MORTE PRESUMIDA MORTE FICTA Este será o conteúdo da nossa prova de abril. valendo de 0,0 a 5,0 pontos: PESQUISAR: a) a lei b) a doutrina c) a jurisprudência(optativa) Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: Existe a morte real; existe a morte presumida; existe a morte sem decretação de ausência. Na primeira hipótese, ela deve ser comprovada pela Certidão de Óbito. Na segunda hipótese, ela pode ser presumida, desde que a declaração de morte preceda de ação judicial. Na terceira hipótese, ela pode ser declarada(exceção), nas hipóteses dos incisos I e II, do art. 7º do Código Civil. FIM DA PESSOAL NATURAL. a pessoa natural ou física: NASCE , VIVE, MORRE. Portanto, com a morte da pessoa natural, ela deixa de ser sujeito de direito e de obrigações, acabando a sua personalidade civil. MAS SEUS DIREITOS continuam irradiando no universo jurídico, como por exemplo, os direitos ao nome e à imagem, todavia, por intermédio dos seus herdeiros ou sucessores. CONCEITO DE MORTE PARA O DIREITO CIVIL BRASILEIRO: deve ser atestada pelo médico, para o fim de que seja expedida a Certidão de Óbito. Isto é fei- MORTE to pela constatação da paralisa- REAL ção das atividades cerebrais, cardíacas e respiratórias, em caráter definitivo. aquela declarada pelo Juiz, após se convencer pelas MORTE provas reunidas no processo PRESUMIDA judicial, que estão presentes (ou ficta) os requisitos legalmente es- tabelecidos para considerar alguém morto. NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO PRESUME-SE A MORTE EM TRÊS HIPÓTESES, A SABER: a) no caso da pessoa se achar em risco e não mais é vista (sequestro) art. 7º, I, CC. b) no caso da pessoa desaparecer em campanha (guerra) ou feita prisioneira, não for encontrada até 2 anos após o término da guerra – art. 7º, CC. c) na hipótese da pessoa ser declarada “ausente” – art. 22, CC. COMORIÊNCIA: art. 8º, CC. Acepção da Palavra Comoriência: (morrer juntamente) DESTAQUES: “Tal qual o momento do nascimento, o momento da morte é de vital importância”. É a presunção da simultaneidade de óbitos. Não sendo possível determinar, presumem-se simultâneas as mortes. Diz respeito a condições de tempo e de lugar. Não precisa ser no mesmo evento, nem no mesmo lugar. CONCEITO: É possível que ocorra a morte de duas ou mais pessoas, na mesma ocasião, por força de um incêndio, desastre aéreo, naufrágio, etc, sendo elas reciprocamente herdeiras uma das outras. DEFINIÇÃO: É a morte simultânea de duas pessoas, ligadas por grau de parentesco entre si. REPERCUSSÕES: - o fato repercute sensivelmente no mundo jurídico pela possibilidade de transmissão de direitos hereditários(imóveis, móveis, benefícios previdenciários, seguros, etc); - falhando todos os meios indicados para a prova da precedência ou da simultaneidade do óbito, o Código Civil adotou o critério da morte simultânea; - a comoriência repercute de forma peculiar, pois implica não haver transferência de direitos entre falecidos que têm relação de parentesco entre si (nesse caso, um não pode ser sujeito de direito do outro), daí não há sucessão entre ambos. Exemplo: Paulo é casado com Maria, pelo regime da comunhão universal de bens, não tendo parentes na linha reta, ou seja, não têm pais, nem avós, nem filhos, todavia, têm irmãos. Ele 8 e ela 3, têm bens patrimoniais. Se ambos morrerem no mesmo instante, como não há transmissão de herança entre comorientes, os irmãos dele receberão a metade da herança e os irmãos dela a outra metade da herança. TODAVIA, Se ele morrer 1 minuto ou menos, antes dela, ela receberá a totalidade da herança, indo esta para seus irmãos, nada recebendo os irmãos dele. As Diferenças entre Tutela e Curatela Tutela e a Curatela são dois institutos previstos no Código Civil Brasileiro e que não são sinônimos, apesar de haver pontos de convergência entre eles. Cada instituto foi criado com um fim específico e cada um possui peculiaridades próprias que os diferenciam. A Tutela visa a integral proteção da criação ou do adolescente, estando em consonância com o Estatuto da Criança e do Adolescente e com a Constituição Brasileira. Tem como objetivo a integral assistência dos menores que estejam sem a autoridade parental. Ocorre nos casos em que os pais daqueles estejam falecidos, ausentes ou foram destituídos do poder familiar. Assim, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Tutela é uma das formas de colocação infanto-juvenil em família substituta. Nos casos mencionados, é nomeado tutor que passa a ser o responsável pelo menor, devendo dirigir sua educação, defendê-lo, prestar-lhe alimentos, bem como gerir seus bens. O tutor é figura extremamente importante em virtude do papel que desempenha na Tutela e na responsabilidade de seu encargo. Em virtude disso, o Código Civil, no seu artigo 1.735 enumera as pessoas que estão impedidas de exercer tão relevante função e no seu artigo 1.736 elenca as pessoas que, em decorrência de alguma característica pessoal que impeça o exercício pleno do múnus, podem se recusar a exercê-lo. O tutor pode ser remunerado pelo encargo exercido e deve prestar contas a cada dois anos ou quando deixar a Tutela. Nos casos de menores com patrimônio considerável, o tutor, para exercer a Tutela, pode ser obrigado, pelo juiz, a prestar caução. A Tutela se extingue com o alcance da maioridade ou emancipação do tutelado e quando este é adotado. Já a Curatela consiste no encargo de se cuidar de uma pessoa maior de idade que não pode gerir seus bens em virtude de uma incapacidade. Esta pessoa incapaz deve ser interditada, ou seja, através de um processo judicial é averiguada a sua incapacidade e a impossibilidade desta pessoa praticar, autonomamente, os atos da vida civil (vender ou comprar um bem, firmar contratos, etc) Assim, a Curatela visa a proteção patrimonial dos indivíduos que sofrem de incapacidade mental que os impossibilite de praticar os atos da vida civil, dos ébrios habituais e dos usuários de drogas. O único caso de Curatela para menor de idade ocorre quando este tiver entre dezesseis e dezoito anos e sofrer de alguma patologia psíquica, devendo, como nos demais casos, ser interditado e nomeado curador para lhe assistir. As obrigações relacionadas ao tutor também são aplicadas ao curador, sendo este encargo da mesma importância do anteriormente mencionado, devendo ser exercido por pessoa idônea. Neste diapasão, de uma forma bem simples e direta, podemos afirmar que a diferença existente entre os institutos é que a Tutela visa a proteção do patrimônio e de todos os aspectos da vida de uma criança ou adolescente, e a Curatela visa a proteção do patrimônio de uma pessoa maior de idade, mas que não possui discernimento para a prática dos diversos atos da vida cotidiana. Devido à grande responsabilidade que se atribui ao curador e tutor estes devem estar atentos aos seus deveres, principalmente com relação à prestação de contas, posto que esta é levada à análise do Ministério Público e do juiz que as julga corretas ou não.
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