Buscar

Direitos Fundamentais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direitos Fundamentais
Professor: Carlos Rátis
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Considerações Iniciais: Por meio dos Princípios Fundamentais (TÍTULO I), o constituinte fixou a estrutura do Estado Brasileiro, consolidando as escolhas políticas fundamentais de conformação da vida social. Entre os diversos princípios fundamentais que se encontram na atual Constituição, há de se falar em:
a) Forma de Estado (FEDERAÇÃO)
b) Forma de Governo (REPÚBLICA)
c) Regime Político (ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO)
d) Titularidade do Poder (SOBERANIA POPULAR) 
e) Articulação entre os poderes (SEPARAÇÃO DE PODERES, INDEPENDENCIA E HARMONIA ENTRE ELES)
f) Fundamentos do Estado 
g) Objetivos fundamentais do Estado
h) Regentes das relações internacionais
Apesar de expressarem decisões políticas fundamentais que estabelecem as bases políticas do Estado, esses princípios são considerados normas operantes e vinculantes, devendo ser tomadas como referência nas atividades jurídicas (interpretação, aplicação, positivação/criação).
Princípio Federativo (art. 1º e 18º): Em 1834, com a pretensão de descentralizar o poder do comendo central do Império em favor da autonomia das províncias, foi criada as Assembleias Legislativas Provinciais, dotadas de competência legislativa e idéias descentralizadoras e federalistas. Somente em 1889, por meio do Decreto nº 01, se proclamou a República Federativa, com a transformação das Províncias em Estados federados. Em seguida, foi a FEDERAÇÃO consagrada como princípio fundamental na Constituição de 1891 e por todas as demais subsequentes. 
O Princípio Federativo define a forma de Estado, que se constitui a partir da união indissolúvel de organizações políticas autônomas, instituídas por uma Constituição rígida, com o fim de criar um novo Estado (Estado Federal). A esse propósito, as coletividades reunidas (Estados Federados), sem perderem sua personalidade jurídica, despedem-se de algumas tantas prerrogativas, em benefício do todo (Estado Federal). A mais relevante dela é a soberania. Com relação ao Direito Internacional, o Estado Federal (resultado dessa aliança) é soberano, ao passo que em se tratando de Direito Interno, os Estados Federados/membros são autônomos.
A idéia de Federação correlaciona-se com a noção de território (limite espacial dentro do qual o Estado exerce soberanamente, de modo efetivo e exclusivo, o poder de império sobre pessoas e bens). Faz necessário, também, a correlação com a noção de descentralização política dentro do território (que implica na retirada de competências de um centro para outros [parciais]). Logo, a Federação pressupõe a existência de mais de uma entidade – uma central e várias parciais – dotada de capacidade política (possibilidade de produzir normas sobre assuntos de sua competência) concedida diretamente pela Constituição.
O cerne do federalismo, portanto, repousa na autonomia das entidades que compõem o Estado Federal, pois somente este detém o poder soberano, que é um poder independente (ordem externa, porque é igual aos demais poderes soberanos de outros Estados) e supremo (na ordem interna). 
As entidades integrantes da Federação (UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS) não tem soberania! Apenas desfrutam de autonomia deferida diretamente pela CF. Autonomia corresponde então, a um quadro interno de competências, rigidamente demarcados pela CF. 
OBS¹: O Brasil, no Império, era um Estado Unitário, com concentração de poder no comando central. Para transformar-se em Estado Federal precisou descentralizar o poder, dividi-lo entre o centro e a periferia. Neste sentido, podemos dizer que a Federação Brasileira é de formação centrífuga/ desagregação, convertendo o Estado Unitário em Estado composto/Federal.
O Brasil é, portanto, um Estado Federal, em que a União, Estados-membros e os Municípios, todos igualmente autônomos, ocupam, juridicamente, o mesmo plano hierárquico, devendo, por conseguinte, receber tratamento jurídico isonômico. 
Princípio Republicano (art. 1º): Tal princípio define a forma de Governo, ou seja, a forma como os governantes ascendem ao Governo e como se dá a relação entre governantes e governados. É uma forma de Governo, fundada na igualdade formal entre as pessoas, na qual os detentores do poder político exercem-no em caráter eletivo, de regra representativo, temporário e com responsabilidade. Vejamos:
a) É UMA FORMA DE GOVERNO: O poder pertence ao povo, que será exercido por este ou por seus representantes.
b) FUNDADA NA IGUALDADE FORMAL DAS PESSOAS: Não pode haver distinção de qualquer natureza. Igualdade no sentido formal, onde todos são iguais perante a ordem jurídica.
c) DETENTORES DO PODER POLÍTICO EXERCE-NO EM CARÁTER ELETIVO: O que a caracteriza é a eletividade, com eleições pelo povo dos membros dos Poderes Executivos e Legislativos.
d) EM REGRA REPRESENTATIVO: O Governo deve governar representando todos os segmentos do povo.
e) TEMPORÁRIO: Marcada pela temporariedade no exercício do poder, onde a transferência do poder é sempre transitória.
f) EXERCIDO COM RESPONSABILIDADE: Os governantes respondem pelos seus atos perante os governados. Sujeitam-se a sanções políticas (impeachtment), penais e civis.
OBS¹: A noção de República é imprescindível a noção de soberania popular, pois o poder, que tem origem no povo, deve ser exercido em nome e no interesse deste.
Princípio do Estado Democrático de Direito: O Estado Democrático de Direito é um princípio fundamental que reúne os princípios do Estado Democrático e do Estado de Direito, com o intuito de transformação do status quo, e garantia de uma sociedade pluralista, livre, justa e solidária, em que todo o poder emane do povo e seja exercido em benefício dele, com o reconhecimento e afirmação dos direitos humanos fundamentais que possam realizar, em sua plenitude, a dignidade da pessoa humana.
OBS¹: Assim, é certo afirmas que o elemento básico do Estado de Direito é a lei, concebida como um ato de concretização dos valores humanos, morais e éticos fundamentais consagrados na Constituição.
Princípio da Soberania Popular (art. 1 º, parágrafo único): “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Adota assim, uma Democracia representativa, que combina representação e participação popular direta. Da conjugação da Democracia Representativa e da Democracia Direta temos um modelo misto de Democracia Semidireta, que nada mais é do que a própria Democracia representativa com alguns institutos de participação direta do povo na formação da vontade política. 
No Art. 14, a CF estabelece que a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos (Democracia representativa), e nos termos da lei, mediante
I- plebiscito (consulta popular prévia acerca de determinada questão política); 
II- referendo (consulta a posteriori destinada a obter do povo a ratificação ou não de proposta legislativa já programada ou adotada; 
III- iniciativa popular (prerrogativa atribuída ao povo de diretamente apresentar projetos de lei ao Poder Legislativo. 
Princípio da Separação dos Poderes: O Poder Político, como fenômeno sociocultural, é uno e indivisível, se manifestando por meio de suas funções, que são, fundamentalmente, de três ordens: I) Executiva; II) Legislativa; III) Judiciária. Logo, o fenômeno da separação dos poderes nada mais é do que a separação das funções estatais, que consiste na forma clássica de expressar a necessidade de distribuir e controlar o Poder político entre distintos órgãos. 
a) O Poder Político e as funções estatais: ✖
b) Antecedentes históricos da teoria clássica da separação das funções estatais: ✖
c) Separação das funções estatais nas Constituições brasileiras: ✖
d) A separação das funções estatais ante uma nova dogmática constitucional: a necessidade de uma revisão da teoria clássica da separação dos Poderes: 
Princípios Fundamentais do Estado brasileiro: 
I) SOBERANIA: Soberania nacional,enquanto poder supremo (relação interna) e independente (relação externa - igualdade).
II) CIDADANIA: Qualifica todas as pessoas como titulares de direitos frente ao Estado.
III) DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: Valor supremo de toda sociedade para qual se conduzem os Direitos Fundamentais. Ou seja, asseguram contra todo e qualquer tipo de ato de cunho degradante ou desumano, garantindo-lhes condições existenciais mínimas.
IV) VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA: Asseguram a importância do trabalho humano, como valor social, e a liberdade de iniciativa econômica, como valor de produção e desenvolvimento.
V) PLURALISMO JURÍDICO: Assegura a realização dos postulados democráticos, garantindo a multiplicidade de opiniões, crenças, convicções... 
Princípios Objetivos Fundamentais do Estado brasileiro: 
I) CONSTRUIR UMA SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA > JUSTIÇA SOCIAL
II) GARANTIR O DESENVOLVIMENTO NACIONAL > DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
III) ERRADICAR A POBREZA E A MARGINALIZAÇÃO E REDUZIR AS DESIGUALDADES SOCIAIS > AÇÕES AFIRMATIVAS.
Princípios regentes das relações internacionais:
I) INDEPENDÊNCIA NACIONAL: Soberania nacional.
II) PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS
III) AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS
IV) NÃO-INTERVENÇÃO em negócios atinentes à outros Estados.
V) IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS: Respeito recíproco que a noção de soberania impõe.
VI) DEFESA DA PAZ
VII) SOLUÇÃO PACÍFICA DOS CONFLITOS
VIII) REPÚDIO AO TERRORISMO E RACISMO
IX) COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS
X) CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO: proteção oferecida pelo Estado Brasileiro àqueles estrangeiros perseguidos por crime político no país em que se encontra. 
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS:
Considerações Iniciais: ✖
Delimitação terminológica e conceitual dos direitos fundamentais. Em busca de conceito constitucionalmente adequado dos direitos fundamentais: Os Direitos Fundamentais não passam de direitos humanos positivados na Constituição Federal. Ou seja, são os direitos humanos positivados em nível interno, enquanto a concernente aos Direitos Humanos seja no plano das declarações e convenções internacionais.
A teoria dos quatro status de Jellinek e as funções dos direitos fundamentais:
a) Função de defesa ou de liberdade: Constituem competências negativas para o Estado, ou seja, outorgam ao sujeito o poder de exercer os próprios direitos e de exigir a omissão dos poderes estatais, de modo a evitar agressões lesivas por parte deles. Essa função implica na abstenção dos excessos cometidos pelo Estado, não tornando tais direitos imunes à intervenção Estatal. Ex: matrimônio, direito de propriedade.
b) Função de prestação: Constituem competências positivas, onde procuram obter do Estado as condições jurídicas necessárias para o exercício efetivo e concreto das liberdades. Estão relacionados diretamente aos Direitos Sociais. Porém, tais liberdades somente poderão ser efetivadas dentro do limite do possível (RESERVA DO POSSÍVEL)
c) Função de proteção perante terceiros: ✖
d) Função de não discriminação: ✖
(itens 4, 5 e 6) Antecedentes históricos e evolução dos direitos fundamentais: ✖
a) Considerações iniciais: ✖
b) As Declarações de Direitos: ✖
c) A Magna Carta: ✖
d) A Petition of Rights: ✖
e) O Habeas Corpus: ✖
f) O Bill of Rights: ✖
g) O Act of Settlement: ✖
h) A Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia: ✖
i) A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão: ✖
j) A Declaração Universal dos Direitos do Homem: ✖
A evolução dos direitos fundamentais: os direitos fundamentais da primeira, segunda, terceira e quarta dimensão/geração:
a) 1ª dimensão = Direitos Civis e Políticos: Primeiros Direitos solenemente reconhecidos, através das Declarações do século XVIII e das primeiras Constituições escritas, que foram fruto do ideal liberal (REVOLUÇÃO FRANCESA). São individualistas, afirmando-se como direitos dos indivíduos perante o Estado, tidos como DIREITOS DE DEFESA, uma vez que aquela época era marcada pelo poder repressivo do Estado. O reconhecimento desses direitos coincide com a origem do constitucionalismo moderno. Tais direitos, por corresponderem às liberdades públicas individuais, compreendem os direitos civil, entre os quais se acentuam o direito à vida, liberdade, propriedade segurança e igualdade. Eram, portanto, tidos como direitos negativos ou de defesa, pois negava-se ao Estado qualquer ingestão nas relações individuais e sociais, ficando tão somente reduzidos à guardião delas.
b) 2ª dimensão = Direitos Sociais, econômicos e culturais: Durante o decorrer do século XIX, importantes transformações sociais e econômicas aconteceram, alterando profundamente o quadro em que se inseria essa corrente liberal. A partir da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, com o aumento do número de conglomerados urbanos e as mudanças profundas na vida social e política, passou a se exigir do Estado uma maior participação na vida política do seu território. Logo, percebe-se que os direitos subjetivos podem ser lesados, não somente por meio de intervenção do Estado, mas também pela sua omissão. Nasce então, o Estado do Bem-Estar Social, passando o Estado a conceber uma característica intervencionista na sociedade e na economia, para que os direitos sociais fossem assegurados. Diante disso, surgem os chamados DIREITOS DE SEGUNDA DIMENSÃO, outorgando aos indivíduos direitos a prestação sociais estatais, como saúde, educação, trabalho, assistência social, dentre outros. É tido, portanto, como direitos de igualdade pautados na dignidade humana, uma vez que visavam dirimir as desigualdades sociais consequentes da época liberal. 
c) 3ª dimensão = Direitos de Solidariedade: Caracterizam-se pela proteção do homem, não em sua individualidade, mas em sua coletividade social, sendo portanto, de titularidade coletiva ou difusa. Surge então o direito ao meio ambiente equilibrado, autodeterminação dos povos, dentre outros.
d) 4ª dimensão = Direito à democracia direito e os direitos relacionados à biotecnologia: Resultado da universalização dos Direitos Fundamentais, compreendem o direito à democracia, pluralismo e informação e a bioética, com regulamentações acerca da manipulação de material genético, da mudança de sexo, dentre outros.
e) 5ª dimensão = Direito à paz: .Visam a cooperação entre os povos, no intuito de cultivar a paz mundial, respeitando o multiculturalismo.
Fundamentos dos Direitos Fundamentais: ✖
A constitucionalização das declarações dos direitos, a função legitimadora dos direitos fundamentais e seu regime jurídico-constitucional reforçado: A Constitucionalização desses direitos torna-os referência imediata, obrigatória e vinculada de organização e de limitação dos poderes constituídos. 
Características dos direitos fundamentais:
I) HISTORICIDADE: São frutos de um processo de afirmação que envolve antecedente, evolução, reconhecimentos, constitucionalização e até universalização. São históricos, portanto, porque emergem das constantes lutas. São mutáveis (ampliação e transformação – mas nunca retrocesso!).
II) UNIVERSALIDADE: Destina-se a todos os seres humanos. É da essência dos Direitos Fundamentais o caráter universal, geral.
III) INALIENABILIDADE: São intransferíveis e inegociáveis, já que não se encontram à disposição do titular. São desprovidos, portanto, de conteúdo econômico-patrimonial.
IV) IMPRESCRITIBILIDADE: Em razão da inalienabilidade, tais direitos não se perdem com o tempo, ou seja, não prescrevem (perdem a pretensão).Podem ser exercidos a qualquer tempo.
V) IRRENUNCIABILIDADE: Seu titular não pode dele dispor, mas pode deixar de exercê-los.
VI) LIMITABILIDADE: Não há direitos fundamentais absolutos. São direitos relativos, uma vez que um direito pode, in concreto, limitar o exercício do outro. 
Há as chamadas LIMITAÇÕES IMANENTES, com a finalidade de realizar a concordância entre os direitos fundamentais em questão ou entre eles e outros bens constitucionalmente protegidos, quais sejam:
I) CONCORRÊNCIA: Podem ser exercidos cumulativamente.
II) PROIBIÇÃO DO RETROCESSO: Sendo resultadode um processo evolutivo, não podem sofrer supressão, dirimição ou abolição. 
III) CONSTITUCIONALIZAÇÃO: 
As dimensões subjetivas e objetivas dos direitos fundamentais: Como direitos subjetivos, conferem ao sujeito a prerrogativa de exigir os seus interesses frente ao Estado (que possuí o dever jurídico de satisfazê-los), sob pena de serem acionados juridicamente. Como direitos objetivos, formam a base do ordenamento jurídico de um Estado Democrático de Direito. Na relação entre as duas dimensões, prevalecerá a subjetiva, uma vez que atenderá a própria finalidade dos direitos fundamentais (proteção do indivíduo) e protegerá o caráter principiológico dos direitos fundamentais.
A eficácia horizontal dos direitos fundamentais (ou “eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas”): A CF 88 adota a TEORIA DA EFICÁCIA DIRETA OU IMEDIATA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. Tal teoria defende a aplicabilidade direta dos direitos fundamentais nas relações privadas, independentemente de prévia atividade legislativa. 
Os direitos fundamentais e suas garantias: Existem três espécies de garantias, quais sejam:
I) GARANTIAS-LIMITE: Previnem qualquer tipo de abuso ou violação aos direitos. Limitam o poder.
II) GARANTIAS-INSTITUCIONAIS: Proteção e efetivação dos direitos fundamentais. Ex: O sistema Judiciário.
III) GARANTIAS-INSTRUMENTAIS: Ligação entre as duas espécies. Ex: ações constitucionais.
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ✖
Os Direitos Fundamentais na Constituição de 1988: ✖
Os destinatários dos direitos fundamentais: ✖
A eficácia dos direitos fundamentais e o princípio da aplicabilidade imediata das normas definidoras de direitos fundamentais. Significado e alcance do Art. 5º, § 1º da CF/88: ✖ 
A concepção materialmente aberta dos direitos fundamentais na CF 88. O significado e alcance da cláusula de “abertura material e inesgotabilidade dos direitos fundamentais” do Art. 5º, § 2º e o novo § 3º: ✖ 
A classificação dos Direitos Fundamentais na CF 88: ✖
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E COLETIVOS (direitos de 1ª dimensão – defesa)
Direito à vida: Envolve a proteção física (elementos materiais) e morais (elementos imateriais) da pessoa humana, sendo o mais fundamental de todos os direitos.
OBS¹: PENA DE MORTE: Há possibilidade em casos específicos, a exemplo de caso de guerra declarada. Porém, o Brasil é signatário de diversos acordos internacionais que repudiam tais práticas. Logo, diante de conflito entre normas internacionais e internas, prevalecerá aquela que mais benéfica aos direitos humanos, não cabendo então, pena de morte. 
Direito à igualdade: .
Direito à liberdade:
Liberdade de ação e o princípio da legalidade:
Liberdade de locomoção:
Liberdade de opinião ou pensamento:
Liberdade de expressão de atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação: 
Liberdade de informação: 
- O direito de informar e a liberdade de informação Jornalística:
O direito de crítica jornalística: 
Liberdade de consciência e crença. A escusa de consciência: 
Liberdade de reunião 
Liberdade de associação 
Liberdade de opção profissional:
Direito à privacidade:
a) Direito à intimidade:
b) Direito à vida privada: 
c) Direito à honra:
d) Direito à imagem:
e) Direito à inviolabilidade da casa: 
f) Direito ao sigilo de correspondências e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas: 
Direito de Propriedade: ✖
a) intelectual: ✖
b) Direito de herança: ✖
Direito de petição: ✖
 Direito de certidão: ✖
Direito de acesso à justiça: ✖
Direito à segurança jurídica: ✖
a) Garantia do direito adquirido: ✖
b) Garantia do ato jurídico perfeito: ✖
c) Garantia da coisa julgada: ✖
Direito à garantia do devido processo legal ✖
Direito às garantias do contraditório e da ampla defesa ✖
Direito à segurança em matéria penal e processual penal ✖
DO DIREITO DE NACIONALIDADE
1. DOS CRITÉRIOS PARA A ATRIBUIÇÃO DA NACIONALIDADE
É o direito positivo de cada Estado o competente para conceder a nacionalidade aos indivíduos. Basicamente todas as legislações seguem dois princípios: a originária ou primária que é aquela que surge com o nascimento podendo ser atribuída seja pelo critério territorial ("jus soli") seja pelo critério da consangüinidade ("jus sanguinis") tornando o indivíduo cidadão nato; e a derivada, secundária ou adquirida que é aquela que resulta da vontade própria do indivíduo ou da vontade do Estado fazendo surgir o cidadão naturalizado.
"É de se notar que a conveniência para os Estados em adotar um ou outro critério é variável segundo se trate de um país de emigração ou imigração. Os que exportam os seus nacionais inclinar-se-ão por adotar a teoria do jus sanguinis, visto que ela lhes permite manter uma ascendência jurídica mesmo sobre o filho de seus emigrados. Ao reverso, os Estados de imigração tenderão ao jus soli procurando integrar o mais rapidamente possível aqueles contigentes migratórios, através da nacionalização dos seus descendentes."(15)
            1.1. Da Aquisição Originária
No tocante as hipóteses de aquisição da nacionalidade originária previstas pelo Texto Constitucional o legislador constituinte adotou como regra o critério do "jus soli" e, no entretanto, previu hipóteses em que adotou o critério do "jus sanguinis" mitigado
Outra possibilidade de aquisição da nacionalidade originária prevista na Carta Maior (art.12, inciso I, c), é a chamada nacionalidade potestativa, consistente em considerar nacionais os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. Imperioso notar que neste dispositivo as exigências para a aquisição do direito de ser nacional são maiores. Com efeito, exige-se além do aspecto da consangüinidade, a residência no território brasileiro e, ainda, a declaração unilateral de vontade, a qualquer tempo, confirmativa da opção pela nacionalidade originária brasileira.
            1.1.1. Jus Sanguinis
A condição de existência e sobrevivência da espécie humana é a vida social sendo que, todos vêm ao mundo como membro de uma família, de uma cidade, de uma nação.
O critério do jus sanguinis entende que será nacional todo aquele que descender de nacionais independentemente do território do nascimento.
Tomando a questão da descendência ou ascendência como princípio de continuidade social, tem-se a hipótese de que a conservação das linhas de descendência podem ter uma função importante para a definição da situação dentro da sociedade, no que diz respeito à posição e autoridade, influência sobre a sucessão e a herança, como orientação da interdependência e, nas relações mútuas entre parentes. 
Como regra tem-se que uma pessoa possui duas linhas de ascendência (grupo paterno e grupo materno) sendo que, algumas sociedades usam a descendência paterna (patrilinear) para a continuidade de sucessão, nome e herança, assim como para outras funções e, outras sociedades fazem uso da linha materna (matrilinear). Há ainda sociedades chamadas de bilaterais onde a importância é dada para ambos.
Duas são as hipóteses em que se adota o critério aqui explanado: a primeira onde pai ou mãe brasileiros estão em território estrangeiro, portanto a serviço do Brasil; segunda, onde pai e mãe brasileiros estão em território estrangeiro, porém não prestando serviço público ao Brasil, desde que venha a residir no Brasil e opte, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
No tangente à filiação de brasileiros que não estejam a serviço do país, a aquisição originária é denominada de nacionalidade potestativa, tratada posteriormente.
Quanto à primeira hipótese, vale-se relembrar que os funcionários públicos brasileiros que exercem suas funções no exterior são os cônsules e diplomatas, assim sendo, no interior do estabelecimento consular, é válida a legislação do país que ali representa. Dessa forma, se vigente as leis brasileiras em todo e qualquer consulado brasileiro, é seu representante legaligualmente revestido de soberania brasileira, bem como aeronaves e embarcações pertencentes a repartições públicas brasileiras.
Ademais, para a aquisição da nacionalidade brasileira, um dos quesitos a ser preenchido, é o domicílio e residência do indivíduo no território brasileiro. Isto posto, o elemento objetivo e subjetivo da vontade do representante legal no país estrangeiro, não é suprido, assim, uma vez terminado seu mandato, este regressa às terras nacionais. O ânimo residencial, em seu sentido jurídico, não existe.
            1.1.2. Jus Soli
Pelo critério do jus soli, serão nacionais aqueles que nascerem no território do Estado, independentemente da nacionalidade de seus ascendentes.
O conceito da aquisição originária de nacionalidade segundo o critério jus soli, são elencados na Constituição da seguinte forma:
            "Art. 12. São brasileiros:
            I – natos:
            a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;"
Moraes postula que "o território nacional deve ser entendido como as terras delimitadas pelas fronteiras geográficas, com rios, baías, golfos, ilhas, bem como espaço aéreo e o mar territorial, formando o território propriamente dito; os navios e aeronaves de guerra brasileiros, onde quer que se encontrem; os navios mercantes brasileiros em alto mar ou de passagem em mar territorial estrangeiro; as aeronaves civis brasileiras em vôo sobre o alto mar ou de passagem sobre as águas territoriais ou espaços aéreos estrangeiros.".(18)
Estar a serviço do País significa prestar serviço diplomático, consular, serviço público de outra natureza prestado aos órgãos da administração centralizada ou descentralizada da União, Estados-membros, dos Municípios, do Distrito Federal ou dos Territórios.
Embora a maioria dos constitucionalistas brasileiros afirmar que o Brasil adota o princípio do jus soli, acredita-se, que o texto constitucional brasileiro contém tanto o princípio do jus soli, como o do jus sanguinis, pois são evidentes as concessões feitas pelo legislador pátrio a este último princípio.
Entende-se existir a permissão do jus solis no texto constitucional pátrio uma vez que é considerado como nato aquele que nascer em território brasileiro. Assim como pode-se observar a adoção da teoria do jus sanguinis quando o referido diploma legal considera como nato aquele que nascer no estrangeiro e venha a residir no Brasil, optando, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
O brasileiro nato, em regra geral, é aquele que nasce no território brasileiro, mesmo de pais estrangeiros, desde que não estejam a serviço de seu País.
É importante entender que a expressão "nascer em território brasileiro" significa afirmar que é brasileiro tanto aquele indivíduo que nasce em seu solo, quanto aquele que nasce à bordo de navios e aeronaves que naveguem ou sobrevoem suas águas territoriais ou seu espaço aéreo.
            1.2. Da Aquisição Derivada, Secundária ou Adquirida
Tal espécie de aquisição de nacionalidade e aquela que revela a condição de brasileiro naturalizado por ato de exclusiva vontade do indivíduo, ou seja unilateral, desde que concedida, exclusivamente, pelo Poder Executivo Federal.
Destarte, examinando o texto constitucional conseguimos distinguir duas espécies de nacionalidade adquirida, quais sejam: a ordinária e a extraordinária.
No tangente à nacionalidade adquirida ordinária o seu estudo revela três grandes grupos que tornam, conforme a situação do indivíduo, a aquisição um tanto quanto complexa. Em relação aos simplesmente estrangeiros, os requisitos enumerados no Estatuto dos Estrangeiros (Lei n.º 6815/80) são mais rigorosos, como, residência contínua pelo prazo de quatro anos.
No que toca aos estrangeiros originários de países de língua portuguesa há um abrandamento sensível das exigências, sendo visíveis somente a residência ininterrupta por um ano e idoneidade moral.
Por último, há a hipótese dos portugueses residentes no Brasil que, preenchidos os requisitos de residência ininterrupta por um ano e idoneidade moral, poderão ter-se lhe atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro naturalizado sem, contudo, perderem a condição de cidadão português.
Vale ressaltar que não se trata de dupla cidadania, mas tão somente de conferir ao português direitos próprios do cidadão nacional, exigindo-se, para tanto, apenas o tratamento recíproco nas terras portuguesas.
Esgotadas as possibilidades de nacionalidade ordinária, voltemo-nos para a nacionalidade secundária extraordinária, isto é, aquela prevista no art. 12, inciso II, alínea "b", com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.º 03/94.
Neste diapasão, considerar-se-á naturalizado extraordinariamente o estrangeiro que, mediante requerimento, comprovar residência fixa no país há mais de quinze anos, desde que não haja contra si condenação penal. Discute-se, neste particular, se há para o estrangeiro o direito subjetivo a aquisição da nacionalidade estando preenchidos todos os requisitos.
Assim, tal espécie de aquisição dá-se por duas formas, expressa ou tácita, a primeira subdividindo-se em ordinária e extraordinária ou quinzenária.
A proveniência da nacionalidade derivada, geralmente, se dá pelo casamento ou naturalização, mas pode resultar também de certos modos mais complexos, estabelecidos pela legislação interna de certos países e que determinam a aquisição automática, ou a pedido, da nova nacionalidade.
A aquisição tácita aplica-se, em geral, às pessoas alieni juris, isto é, resulta do reconhecimento, da legitimação ou da adoção, aplicando-se, excepcionalmente, às pessoas maiores e juridicamente capazes, quando caberá o jus imperii, por uma espécie de incorporação forçada ao conjunto de nacionais de um Estado, ou como condição imposta em troca de um benefício concedido pelo Estado, ou, ainda, por influência do domicílio.
A aquisição da nacionalidade por opção individual, sendo assim esta expressa, pode ocorrer quando a Lei permite que a vontade individual intervenha para a desistência de uma nacionalidade, que tenha sido imposta sob ressalva de manifestação contrária do interessado ou para a aquisição de uma nacionalidade cuja obtenção dependa apenas de uma manifestação expressa da vontade.
A forma de aquisição a que se refere esta secção, no modo comum, requer algumas especificidades quanto ao agente requerente da nacionalidade. Estas, pois, enumeram-se da seguinte forma, segundo o estipulado nos arts. 112 e 113 da Lei n.º 6,815/80:
 - Capacidade civil, segundo a lei brasileira, isto é, que o indivíduo seja maior de 21 anos ou emancipado;
 - Ser registrado como permanente no Brasil;
 - Ter residência contínua no território, pelo prazo mínimo de quatro anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização;
 - Ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando;
- Deter exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família;
- Bom procedimento;
- Inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior;
- Ter boa saúde, prova essa dispensada ao estrangeiro que residir no País há mais de dois Anos.

Outros materiais