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INTRODUÇÃO À PALEONTOLOGIA CONCEITOS E DEFINIÇÕES AULA 02 Professor: Juan Alfredo Ayala Espinoza PALEONTOLOGIA Definição Segundo Magliocca Argeo (1987). Ciência que tem por objetivo o estudo dos animais e vegetais fósseis. Segundo Whitten e Brooks (1980). Ciência que estuda a vida do passado. Termo introduzido por De Blanville e Von Waldhemin em (1834) Ferramenta essencial do estratígrafo para correlação e identificação das condicionantes ambientais de sedimentação e idade das rochas. Do ponto de vista biológico, facilita provas da evolução e adaptação dos organismos aos diferentes médios no tempo geológico Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de Geología; Magliocca Argeo. 1987. Glossário Oceanográfico PALEONTOLOGIA Relação com outras Ciências Principalmente com: 1. Biologia (Paleobiologia). Parte da biologia que estuda as plantas (paleobotânica) e animais (paleozoologia) fósseis. 2. Climatologia (paleoclimatologia). Estudo dos climas dos antigos períodos geológicos baseado, principalmente, na análise de sedimentos e fósseis desses períodos. 3. Geografia (paleogeografia). Estudo da configuração da superfície terrestre nas épocas geológicas passadas. Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de Geología; Mendes, J.C. 1988. Paleontologia básica OBJETIVOS Fonte: Ghilardi R.P. 2006. Curso de Paleontologia . UNESP/Bauru - SP Fornecer dados para estudos da evolução biológica OBJETIVOS Fonte: Ghilardi R.P. 2006. Curso de Paleontologia . UNESP/Bauru - SP Auxilia na estimação da idade relativa e correlação das unidades rochosas. OBJETIVOS Fonte: Ghilardi R.P. 2006. Curso de Paleontologia . UNESP/Bauru - SP Auxilia na reconstituição de paleoambientes. Auxilia na reconstituição da história geológica da terra. Serve de apoio a geologia econômica. Fóssil DEFINIÇÕES Segundo Whitten e Brooks (1980). Traço orgânico soterrado por processos naturais e subseqüente preservação permanente. Icnofóssil Resultado da atividade de organismos que podem ser preservados em um sedimento, rochas ou corpo fóssil. Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de Geología; http://pt.wikipedia.org, Mendes, J.C. 1988. Paleontologia básica Subfóssil Segundo Mendes, J.C. (1988). Traço orgânico soterrado por processos naturais e subseqüente preservação permanente, com idade inferior a 10.000 anos. . TIPOS DE FÓSSEIS http://webpages.fc.ul.pt AMBIENTE MARINHO http://br.geocities.com Mumificação Ocorre naturalmente, após morte, sendo o mais raro processo de fossilização, acontecendo em vários ambientes, podendo ser: Total - quando o ser vivo é envolvido por uma substância impermeável (por exemplo: resina, gelo) que impede a sua decomposição. PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO De difícil conservação, p.ex., mamutes no permafrost siberiano, insetos fossilizados em âmbar. Partes macias inalteradas Mumificação, petrificação ou litificação, carbonização. Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de Geología; http://pt.wikipedia.org, Mendes, J.C. 1988. Paleontologia básica Âmbar – Mumificação Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de Geologia; http://pt.wikipedia.org, Mendes, J.C. 1988. Paleontologia básica; Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia Definida como o produto da fossilização das resinas vegetais Material orgânico amorfo (mineralóide?). Índice de refração 1,5 (similar ao do balsamo de Canadá). Brilho resinoso a vítreo. Não possui birrefringência (duplicação de imagem) nem pleocroísmo (variação de cores em lâmina delgada). Fratura do tipo conchoidal. Coloração tipicamente amarela, podendo ter grandes variações. Âmbar milhões de anos. Copal, milhares de anos PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO EXEMPLOS DE PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO www.albertocaeiro.mf.pt http://blogs.paleored.com www.cedoc.ensp.fiocruz.br www.cedoc.ensp.fiocruz.br EXEMPLOS DE PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO Acasalamento de moscas de uma floresta subtropical, quando foram envolvidas pela resina (Âmbar do Báltico). Mosquito e postura de ovos. Ordem: Sciaridae (Âmbar do Báltico). Fonte: Ghilardi R.P. 2006. Curso de Paleontologia . UNESP/Bauru - SP EXEMPLOS DE PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO Fonte: Ghilardi R.P. 2006. Curso de Paleontologia . UNESP/Bauru - SP Pequeno lagarto, Sphaerodactylus, próximo a uma folha parcialmente devorada por insetos (Âmbar do Mioceno da República Dominicana). Petrificação – litificação - mineralização Processo que consiste literalmente na substituição gradual dos restos orgânicos de um ser vivo por matéria mineral ou rocha, mantendo com alguma perfeição as características do ser. Ocorre quando o organismo é soterrado rapidamente por sedimento após a morte ou após o processo inicial de deterioração. O grau de deterioração ou decomposição do organismo quando soterrado, determina os detalhes do fóssil PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO Animais que têm material esquelético estável num período considerável de tempo e que permanecem inalterados, p.ex. carapaças calcárias e aragoníticas, dentes. Partes duras inalteradas Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de geologia; http://pt.wikipedia.org, Mendes, J.C. 1988. Paleontologia básica a) Mediante o preenchimento do espaço poroso em carapaças, em material celular de plantas ou ossos por alguma substância mineral (sílica, calcita, limonita, pirita, etc). b) Substituição total do material esquelético original por substâncias similares ou diferentes, p.ex., carapaças calcarias podem ser substituídas por calcita cristalina ou sílica. Partes duras alteradas por petrificação PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de geologia; http://pt.wikipedia.org, Mendes, J.C. 1988. Paleontologia básica Petrificação – litificação - mineralização EXEMPLOS DE PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO www.dicionario.pro.br (Ammonite) www.unb.br (estromatólitos) Fonte: Ghilardi R.P. 2006. Curso de Paleontologia . UNESP/Bauru - SP Carbonização PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO Mediante a eliminação completa, mas, deixando a impressão da forma, p.ex., medusa pré-cambriana, barbatana de alguns peixes e plantas, onde os tecidos orgânicos são transformados numa fina película de carvão por processos de carbonização. Partes macias alteradas Processo de fossilização pouco comum, na que o tecido se preserva na forma de uma película de carvão. Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de geologia; http://pt.wikipedia.org, Mendes, J.C. 1988. Paleontologia básica EXEMPLOS DE PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO Fonte: Ghilardi R.P. 2006. Curso de Paleontologia . UNESP/Bauru - SP Tipo de fossilização em que permanecem vestígios deixados pelos seres vivos, uma vez que é o mais fácil e simples de ocorrer. Exemplos de marcas podem ser: pegadas Marcas PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO Consiste no desaparecimento total das partes moles e duras do ser vivo, ficando nas rochas um molde das suas partes duras. O molde pode ser: Molde externo - quando a parte exterior do ser vivo desaparece deixando a sua forma gravada nas rochas que o envolveram. Molde interno - os sedimentos entram no interior da parte dura e quando esta desaparece fica o molde da parte interna. Moldagem Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de geologia; http://pt.wikipedia.org, Mendes, J.C. 1988. Paleontologia básica EXEMPLOS DE PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO www.unb.br (ignofóssil, no varvito Itu, SP) www.unb.br (ignofóssil, pegadas de dinosauros na Bacia Rio do Peixe, PB) EXEMPLOSDE PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO Fonte: Ghilardi R.P. 2006. Curso de Paleontologia . UNESP/Bauru - SP DIFERENTES DENOMINAÇÕES PARA UM FÓSSIL Utilizado para a datação relativa de formações geológicas. Nem todos os grupos de animais ou plantas que existiram ao longo do registro geológico apresentam características que permitam o seu uso como fóssil de idade. Para isso, o fóssil ou grupo de fósseis tem que obedecer a um conjunto de pré- requisitos: 1. Curto período de duração – um grupo só é característico de uma dada época geológica se tiver extensão estratigráfica restrita, isto é, se o intervalo entre o seu aparecimento e extinção for curto. Fóssil característico Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de Geologia; http://pt.wikipedia.org 2. Ampla distribuição geográfica – encontrados em diversos locais para permitirem comparações e correlações entre formações geológicas distantes. Se um determinado grupo obedece à condição 1, mas tem distribuição reduzida, não há como provar que é de fato representativo. 3. Capacidade de reprodução – se a população de um grupo for elevada, aumentam as probabilidades dos seus fósseis ocorrerem no registro geológico com a freqüência desejada. Esta é a condição que impede que a quase totalidade dos grupos de vertebrados seja inútil para este fim: por muitos dinossauros que tenham existido, a sua quantidade não se compara, por exemplo, às centenas de foraminíferos que podem ocorrer numa amostra de algumas gramas. DIFERENTES DENOMINAÇÕES PARA UM FÓSSIL Fóssil característico Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de Geologia; http://pt.wikipedia.org 4. Estruturas fossilizáveis – presença de estruturas rígidas, como conchas, espículas ou ossos. Se um determinado grupo obedecer às três condições anteriores mas não possuir estruturas endurecidas, a probabilidade de vir a integrar o registro fóssil é bastante baixa e impede o seu uso como fóssil de idade. DIFERENTES DENOMINAÇÕES PARA UM FÓSSIL Fóssil característico Fóssil de fácies Espécie fóssil restringida a determinados médios sedimentares. Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Diccionário de Geologia; http://pt.wikipedia.org Fóssil zonal ou de zona Espécie fóssil que caracterizam um horizonte particular estando restringidas a um período determinado de tempo.
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