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Biologia do Nécton 
Juliana C. Cardoso Borges 
UFF – Universidade Federal Fluminense 
Objetivo 
 
 Este artigo pretende resumir e rever os conhecimentos 
biológicos, atualmente dispersos, sobre a lula colossal. 
 
Introdução 
 A lula colossal: Mesonychoteuthis hamiltoni é o invertebrado vivo mais 
pesado atualmente. 
 
 É considerada endêmica no Oceano Antártico. 
 
 Passa a maior parte vida nas zonas entre as regiões meso e batipelágicas. 
 
 Maiores olhos entre os seres vivos. 
 
 São lentas e caçam por emboscada. 
 
 São presas importantes e sustentam grandes populações de pinguins, 
pássaros procellariiformes, focas e baleias dentadas. 
Gigantismo polar e algumas características 
morfológicas da lula colossal 
 Os cientistas observaram há muito tempo que os organismos de alta latitude 
podem atingir tamanhos notavelmente grandes. 
 Teorias ecológicas e biofísicas: 
Temperatura 
Disponibilidade de Oxigênio 
Regra de Bergmann 
Baixas taxas metabólicas 
 
 Embora não universalmente aceitos, alguns argumentam que esse fenômeno 
pode estar ligado ao fato de que os táxons gigantes polares compartilham 
histórias evolutivas comuns com os táxons de profundidade. Em outras 
palavras, o gigantismo polar está associado ao gigantismo abissal 
 
Gigantismo polar e algumas características 
morfológicas da lula colossal 
 A lula colossal pertence à família Cranchiidae, que é composta 
geralmente por espécies de pequeno a médio porte. 
 
 A maioria dos representantes dessa família são translúcidos, 
enquanto que M. hamiltoni tem maior densidade muscular. 
 
 A diferença mais notável entre a lula colossal e outros cranchiidaes é 
a presença de ganchos giratórios sobre os seus tentáculos. 
 
 O comprimento de manto máximo conhecido é de 2,5 m e o 
comprimento total de 6 m. O peso máximo registrado até à data foi 
de 495 kg 
 
 M. hamiltoni é considerada uma espécie isolada dessa família 
 
 
 
FIG. 2 Diferenças morfológicas entre a lula colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni) e outras espécies cranchiid. Painéis a, b e c mostram os corpos translúcidos 
de lulas de vidro do fundo do mar Teuthowe-nia pelúcida e borealis Taonius (copyright: Claire Nouvian). Pan-els d e E Mostram a musculatura muito mais 
densa da lula colossal (Créditos fotográficos: AP San Aspiring tripulação da Sanford Company). Os painéis F, G, H destacam o tamanho do bico, a presença de 
ganchos giratórios em seus tentáculos e o tamanho da lente do olho da lula colossal (copyright: Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa) 
 
 
Primeiros estágios 
 
 O comprimento do manto de juvenis encontrados variou de 4,8 a 146 mm, com 
uma relação entre o tamanho juvenil e a profundidade de captura. Indivíduos 
com comprimento do manto abaixo 40 mm foram encontrados principalmente 
entre a superfície e 500 m . 
 
 
Idade, crescimento e reprodução 
 
 
 Oceano Antártico = Ciclos anuais de produtividade variáveis – disponibilidade 
de alimento – Profundidade = baixas taxas metabólicas e maior longevidade 
 
 Grist e Jackson (2007) usaram modelos simples de crescimento para se obter 
projeções do tempo de vida requerido para alcançar a massa corporal média 
da lula gigante. Por exemplo, algumas de suas projeções implicaram uma vida 
útil de cerca de 3 anos para atingir a média feminina de 275 kg e uma vida útil 
de cerca de 6 anos para atingir a média masculina de 150 kg. 
 
 Robison et al. (2014) relatou recentemente um período de 53 meses de 
incubação de uma fêmea do polvo bentônico, Graneledone boreopacifica, (de 
longe o período de ninhada de ovos mais longo já registrado para qualquer 
animal 
Distribuição 
 Parte da distribuição conhecida da lula colossal é baseado nos raros 
encontros com espécimes vivas ou mortas, durante relatos de pesca e 
em conteúdos estomacais de predadores. 
 
 Esses relatos mostram uma distribuição circumpolar, que vão desde o 
continente antártico até a frente subantártica. 
 
 
 Movimentos verticais (ontogenéticos): 
 Quando juvenis regiões superficiais – Maior produtividade e alimentação 
 Em fases juvenis finais- Movimento, para áreas mais profundas (cerca de 2000m). 
 Fêmeas foram encontrados em locais mais rasos provavelmente para a desova. 
 
 Interações predador – presa: 
 Restos não digeridos da lula, são encontrados em predadores 
 Bicos, ganchos e tentáculos encontrados principalmente em: pinguins, aves, peixes e 
mamíferos marinhos; além de cachalotes e tubarão dorminhoco (Somniosus). 
 
 Já o conteúdo alimentar de estômagos da lula colossal foram de difícil estudo, poucas 
estruturas não digeridas - já que a maceração já se inicia no bico e rádula do animal 
 Tem sido sugerido que M. hamiltoni se alimenta normalmente de peixes da familia 
Myctophidae, merluza negra, tubarões-cama e outras lulas 
 Apesar de estudos revelarem que a lula colossal é um predador lento e nada voraz, Ela usa 
dos seus ganchos e tentáculos como emboscada. 
 É considerada uma das principais predadores no Oceano Antártico. (estudos com marcação 
de isótopos de Nitrogênio e carbono). 
 
Características gerais 
Visão 
 Lulas gigantes e lulas colossais possuem os maiores olhos em oceanos 
do mundo . 
 Organismos pelágicos que compartilham ou competem por nichos 
ecológicos semelhantes. 
 Vantagem evolutiva no aumento da habilidade para detectar grandes 
predadores (especialmente cachalotes); enquanto esses provocam a 
bioluminescência do plâncton ao nadar através na coluna de água. 
 
Bioluminescência 
 Como a grande maioria dos habitantes do fundo do mar, M. hamiltoni possuem 
órgãos emissores de luz (fotóforos), em a forma de duas estruturas alongadas na 
superfície ventral de cada olho. 
 Os fotóforos podem ser usados ​​como "lanternas" para prever com mais precisão a 
distância necessária para estender os tentáculos e capturar com sucesso as 
presas. 
 
 Photophores da lula colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni). O painel A mostra o órgão de luz posterior, 
enquanto painel b apresenta a pálpebra Sendo puxado de volta para revelar parte do órgão de luz (copyright: Museu da Nova 
Zelândia Te Papa Tongarewa) 
 
 
 
Direções futuras e Conclusão 
 
  Mais estudo sobre a espécie devem ser feitos. 
 
 Pouca estrutura e equipamentos que auxiliem os estudos e a captura do 
animal vivo. 
 
 Lula colossal é Bastante abundante no Oceano Antártico 
 
 M. hamiltoni e outros organismos antárticos têm despertado um grande 
interesse na educação, na mídia e do público em geral. 
 
 É importante destacar, nas palavras de Vermeij (2016), que: "O gigantismo é 
(...) Condição ecologicamente importante que é tanto habilitada pelos 
recursos como compelida pela seleção natural. A distribuição do tamanho 
máximo no tempo e no espaço pode, portanto, informar a nossa 
compreensão dos principais padrões na história da vida ".

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