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Exercícios resolvidos e comentados - Contabilidade

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2008 
CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS 
CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS 
PROF. MORAES JR. 
 
CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS - AULA 05 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 2 
CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS 
Diversas Bancas 
Prezado Aluno, 
 
Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante 
a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa-
mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu-
lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas, 
considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta 
metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz. 
 
IMPORTANTE!!!! Apesar das alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 
à Lei das Sociedades por Ações, atenção, na hora da prova, à data das 
demonstrações contábeis, pois se, por exemplo, aparecer um Balanço 
Patrimonial de 2006, o que vale é a Lei das Sociedades por Ações sem 
as alterações da Lei no 11.638/07. Ou seja, você precisa saber a reda-
ção da Lei no 6.404/76 antes e depois das alterações (antes de 
01/01/2008 e após 01/01/2008). CUIDADO!!!! 
 
Caso tenha dúvidas sobre as questões, por favor envie um e-mail para jjmora-
esjr@ig.com.br. 
 
Prova 6. Ciências Contábeis - BNDES – 2008 - CESGRANRIO 
Questões Comentadas e Resolvidas 
 
78. O princípio da oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade 
e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independente das 
causas que originaram as mutações. Como resultado da observância desse 
princípio, a norma determina que 
 
(a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus 
sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação. 
(b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de 
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente 
estimável. 
(c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, 
deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o-
correr sua geração. 
(d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma-
necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste. 
(e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento 
dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo 
determinado, previsto ou previsível. 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 3 
Resolução 
 
De acordo com o artigo 6o da Resolução no 750/93: 
 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tem-
pestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas muta-
ções, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão 
correta, independentemente das causas que as originaram. 
 
Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da 
OPORTUNIDADE: 
 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das varia-
ções patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de so-
mente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
 
II – o registro compreende os elementos quantitativos e 
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetá-
rios; 
 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das 
variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um pe-
ríodo de tempo determinado, base necessária para gerar in-
formações úteis ao processo decisório da gestão. (grifos 
meus) 
 
Análise das alternativas: 
 
(a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus 
sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação. 
 
De acordo com o artigo 4o da Resolução no 750/93: 
 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como 
objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a 
necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no uni-
verso dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer 
a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou institui-
ção de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde 
com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de 
sociedade ou instituição. 
 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas 
a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil 
de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, 
mas numa unidade de natureza econômico-contábil. (grifos 
meus) 
 
 Corresponde ao Princípio da Entidade. A alternativa está incorreta. 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 4 
(b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de 
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente 
estimável. 
 
A alternativa está correta, de acordo com o inciso II do art. 6o da 
Resolução no 750/93. 
 
(c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, 
deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o-
correr sua geração. 
 
De acordo com o artigo 9o da Resolução no 750/93: 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apu-
ração do resultado do período em que ocorrerem, sempre 
simultaneamente quando se correlacionarem, independen-
temente de recebimento ou pagamento. 
 
Corresponde ao Princípio da Competência. A alternativa está incorreta. 
 
(d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma-
necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste. 
 
De acordo com o artigo 7o da Resolução no 750/93: 
 
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados 
pelos valores originais das transações com o mundo exteri-
or, expressos a valor presente na moeda do País, que serão 
mantidos na avaliação das variações patrimoniais posterio-
res, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições 
no interior da ENTIDADE. 
 
Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR 
ORIGINAL resulta: 
 
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser 
feita com base nos valores de entrada, considerando-se 
como tais os resultantes do consenso com os agentes ex-
ternos ou da imposição destes; 
 
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou 
obrigação não poderão ter alterados seus valores in-
trínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposi-
ção em elementos e/ou sua agregação, parcial ou inte-
gral, a outros elementos patrimoniais; 
 
III – o valor original será mantido enquanto o compo-
nente permanecer como parte do patrimônio, inclusive 
quando da saída deste; 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 5 
Corresponde ao Princípio do Registro pelo Valor Original. A alternativa 
está incorreta. 
 
(e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento 
dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo 
determinado, previsto ou previsível. 
 
De acordo com o artigo 5o da Resolução no 750/93: 
 
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua 
vida definida ou provável, devem ser consideradas quando 
da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, 
quantitativas e qualitativas. 
 
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ati-
vos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passi-
vos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem 
prazo determinado, previsto ou previsível.Corresponde ao Princípio da Continuidade. A alternativa está incorreta. 
 
GABARITO: B 
 
79. A Legislação Fiscal (art. 425 RIR/99) determina: “O ganho ou a perda de 
capital na alienação ou liquidação de investimento será determinado com base 
no valor contábil”. Em 2006, a Cia. Beta negociou sua participação acionária na 
Cia. X, apresentando as seguintes informações relativas a essa operação: 
 
Preço de venda R$ 3.000.000,00 
Valor patrimonial R$ 2.000.000,00 
Ágio não amortizado R$ 200.000,00 
Provisão para perdas (R$ 500.000,00) 
 
Em vista disso, a operação acima gerou para a empresa um(a) 
 
(a) ganho de R$ 1.500.000,00. 
(b) ganho de R$ 1.300.000,00. 
(c) ganho de R$ 300.000,00. 
(d) perda de R$ 500.000,00. 
(e) perda de R$ 1.700.000,00. 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 6 
Resolução 
 
Esta questão não consta explicitamente no edital, mas irei resolvê-la. 
 
O art. 425 do RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda) fala em resultado 
na alienação de investimento avaliado pelo custo de aquisição. 
 
Vamos à Resolução da questão: 
 
Preço de venda R$ 3.000.000,00 
Valor patrimonial (R$ 2.000.000,00) 
Ágio na Venda R$ 1.000.000,00 (receita) 
(-) Ágio não amortizado (R$ 200.000,00) 
(+) Provisão para perdas R$ 500.000,00 
Ganho R$ 1.300.000,00 
 
GABARITO: B 
 
80. A Lei no 6.404/76 definiu que, no Ativo, as contas serão classificadas, no 
Balanço Patrimonial, em ordem decrescente de grau de liquidez e, no Passivo, 
em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades. Coeren-
te com essa determinação, o grupo Resultados de Exercícios Futuros deve ser 
classificado no Balanço Patrimonial: 
 
(a) no Patrimônio Líquido, por representar um montante que, necessariamen-
te, transitará em resultados em algum momento futuro. 
(b) antes do Passivo Exigível a longo prazo, em virtude de representar obriga-
ções sem data certa de realização. 
(c) entre as exigibilidades, por representar uma obrigação a ser realizada pela 
empresa em futuro incerto e não sabido. 
(d) entre o Exigível a longo prazo e o Patrimônio Líquido, por não representar 
qualquer obrigação por parte da empresa nem constituir parte integrante de 
seu Patrimônio Líquido. 
(e) entre o Passivo Circulante e o Exigível a longo prazo, em razão de repre-
sentar valores exigíveis em prazo incerto, proporcional ao ciclo operacional da 
empresa. 
 
Resolução 
 
O grupo Resultado de Exercícios Futuros é apresentado no Balanço Pa-
trimonial entre o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido, sendo com-
posto das receitas já recebidas pela empresa, deduzidas dos custos e 
despesas correspondentes incorridos ou a incorrer, que efetivamente 
serão reconhecidas em períodos futuros por estarem associadas a al-
gum evento futuro ou à fluência do tempo e sobre as quais não haja 
qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa (art. 
181 da Lei no 6.404/76). 
As contas classificadas no REF não representam obrigação por parte da 
empresa e nem são pertencentes ao Patrimônio Líquido. 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 7 
GABARITO: D 
 
Aqui, vou aproveitar para fazer um estudo do REF, pois é assunto muito co-
mum em provas de concursos: 
 
No REF, deverão constar quantias recebidas que não serão, em hipótese 
alguma, devolvidas pela empresa nem representam obrigações de sua 
parte de entregar bens ou serviços. Além disso, esses recebimentos de-
vem referir-se a operações que afetarão o patrimônio nos exercícios 
seguintes. 
 
Exemplo: A empresa J4M2 alugou, em 01/07/2005, um imóvel para a empre-
sa Inquilina Ltda, que pagou antecipadamente um ano de aluguel no valor de 
R$ 60.000,00 (aluguel de R$ 5.000,00 por mês). Logo, os lançamentos a se-
rem efetuados na J4M2 serão: 
 
I – No recebimento do valor adiantado (01/06/2005): 
 
Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) 
 a Alug. Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) 60.000 
 
II - Quando as receitas forem realmente auferidas (Princípio da Competência), 
e, o lançamento será o seguinte: 
 
Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) 
a Receita de Aluguéis (Receita) 
 
Logo, em 31/12/2005, a empresa J4M2 efetuará o seguinte lançamento, que 
corresponde aos seis primeiros de aluguéis, de julho/2005 a dezembro/2005 
(receitas já auferidas): 
 
Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) 
a Receita de Aluguéis (Receita) 30.000 
 
Exemplo: Suponha, agora, que a empresa J4M2 alugou seu imóvel por inter-
médio de uma administradora de imóveis, que cobra 10% de taxa de adminis-
tração, e que, além disso, a empresa Inquilina Ltda pagou o aluguel referente 
a janeiro de 2006 em dezembro de 2005. O lançamento em dezembro de 
2005, na J4M2, seria o seguinte: 
 
Diversos 
a Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) 
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 4.500 
Custo dos Aluguéis Recebidos Antecip. (Retificadora – REF) 500 5.000 
 
Cabe ressaltar que não devem ser incluídos no grupo Resultados de 
Exercícios Futuros os valores que possuam alguma obrigatoriedade fu-
tura de entrega de bens e serviços ou de devolução pela entidade. As-
sim, por exemplo, a conta “Adiantamento de Clientes”, que corresponde a uma 
conta de fornecimento de bens ou serviços, é uma conta do Passivo Circulante. 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 8 
Um outro exemplo é a conta “Receitas Financeiras a Apropriar” (“Juros Ativos a 
Transcorrer”), que deve ser classificada com retificadora do Ativo. 
 
Exemplo: A empresa J4M2, no dia primeiro de dezembro de 2005, efetuou 
uma aplicação financeira no valor de R$ 60.000,00, por 60 dias, com juros re-
cebidos antecipadamente, no valor de R$ 1.000,00. Assim, o seguinte lança-
mento deve ser efetuado pela empresa: 
 
Aplicações Financeiras (Ativo Circulante) 
a Diversos 
a Bancos (Ativo Circulante) 60.000 
a Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC) 1.000 61.000 
 
Em 31/12/2005, a empresa reconheceria como receita os primeiros 30 dias de 
juros: 
 
Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC) 
a Juros Ativos (Receita) 500 
 
81. A Cia. Alfa S/A possui diversas coligadas e controladas em várias regiões 
do Brasil. Por ocasião do levantamento do Balanço Patrimonial, os investimen-
tos relevantes em coligadas e controladas, incluindo Joint Venture, deverão ser 
avaliados pelo método da(o) 
 
(a) equivalência patrimonial, ou seja, com base no valor do Patrimônio Líquido 
da coligada ou controlada proporcionalmente à participação acionária. 
(b) equivalência harmônica, ou seja, com base na proporção entre o valor do 
Patrimônio Líquido da coligada e controlada e o valor da cotação dessas ações 
nas bolsas de valores. 
(c) Ebitda, isto é, o valor de mercado das ações deduzido da valorização ainda 
não realizada em função da variação dos índices. 
(d) Valor Econômico Agregado – VEA, considerando-se o a cotação do mercado 
em comparação com o valor patrimonial das ações. 
(e) custo de aquisição deduzido de perdas em decorrência de desvalorização 
dos índices existentes nas bolsas de valores. 
 
Resolução 
 
Relembrando: 
 
A) Antes das alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência 
Patrimonial. 
 
- Investimento relevantes em sociedades coligadas sobre cuja a 
administração tenha influência, ou de que participe com 20% 
(vinte por cento) ou mais do capital social; e 
- Em sociedades controladas. 
 
 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – ContabilidadeGeral em Exercícios – Div. Bancas 9 
B) Após as alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência Pa-
trimonial. 
 
- Investimento em sociedades coligadas sobre cuja a adminis-
tração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte 
por cento) ou mais do capital votante; 
- Em sociedades controladas; 
- Em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou 
estejam sobre controle comum. 
 
No caso, a questão não entrou no mérito do percentual de investimento em 
coligada. Contudo, a única resposta possível é a alternativa “a”, tendo em vista 
que as demais alternativas são totalmente absurdas. 
 
(*) Conceito de Joint Venture: representa a associação de duas ou mais em-
presas a fim de criar ou desenvolver uma atividade econômica. 
 
GABARITO: A 
 
82. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Delta S/A, em reais. 
 
Ativo 2005 2006 
Caixa 60.000,00 75.000,00 
Bancos 120.000,00 155.000,00 
Duplicatas a Receber 260.000,00 470.000,00 
Estoques 380.000,00 650.000,00 
Ativo Circulante 820.000,00 1.350.000,00 
Realizável LP 129.500,00 170.000,00 
Investimentos 700.000,00 900.000,00 
Imobilizado Líquido 1.400.000,00 1.700.000,00 
Diferido Líquido 300.000,00 355.000,00 
Ativo Permanente 2.400.000,00 2.955.000,00 
Total Ativo 3.349.500,00 4.475.000,00 
 
Passivo 2005 2006 
Fornecedores 370.000,00 535.000,00 
Impostos a Pagar 75.000,00 167.500,00 
Salários a Pagar 99.500,00 222.000,00 
Duplicatas a Pagar 85.000,00 125.500,00 
Passivo Circulante 629.500,00 1.050.000,00 
Exigível LP 210.000,00 295.000,00 
Capital Social 1.400.000,00 2.400.000,00 
Reserva de Capital 800.000,00 200.000,00 
Reserva Legal 70.000,00 95.000,00 
Reserva Estatutária 85.000,00 285.000,00 
Reserva de Contingências 105.000,00 115.000,00 
Lucros Acumulados 50.000,00 35.000,00 
Patrimônio Líquido 2.510.000,00 3.130.000,00 
Total do Passivo 3.349.500,00 4.475.000,00 
Informações adicionais: 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 10 
• Aumento de capital: 
R$ 600.000.00 = incorporação de reserva de capital; 
R$ 400.000,00 = aporte de capital pelos acionistas; 
• Reversão de Reservas de Contingências: R$ 70.000,00; 
• Lucro Líquido do exercício: R$ 500.000,00; 
• Depreciação do período: R$ 320.000,00; 
• Amortização do diferido: R$ 120.000,00; 
• Proposta da diretoria para distribuição do Lucro Líquido: 
• Reserva Legal R$ 25.000,00 
• Reserva Estatutária R$ 200.000,00 
• Reserva para Contingência R$ 80.000,00 
• Dividendos R$ 280.000,00 
 
Com base nos dados acima, pode-se afirmar que, na elaboração da Demons-
tração de Origens e Aplicações de Recursos, o total de origens, em reais, é 
 
(a) 1.425.000,00 
(b) 1.315.500,00 
(c) 1.180.000,00 
(d) 1.095.000,00 
(e) 1.085.500,00 
 
Resolução 
 
Questão sobre a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Vamos 
relembrar este assunto: 
Origens do Capital Circulante Líquido: todas as operações que aumentem o 
capital circulante líquido: aumento do ativo circulante ou redução do passivo 
circulante, em operações que envolvam também os grupos não circulantes. 
 
Aplicações do Capital Circulante Líquido: todas as operações que reduzem 
o capital circulante líquido: redução do ativo circulante ou aumento do passivo 
circulante, em operações que também envolvam grupos não circulantes. 
 
Variação do Capital Circulante Líquido ( CCL) = Origens – Aplicações 
Estrutura da DOAR: 
1. Origens de Recursos 
(a) Lucro Líquido do Exercício 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão; 
(+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 
 
(-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 
(-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 
 Lucro Ajustado 
(b) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP) 
(c) Alienação de Bens e Direitos do Ativo Permanente (Valor da Venda) 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 11 
(d) Diminuição do Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP) 
(e) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital 
Total de Origens 
 
2. Aplicações de Recursos 
 
(a) Dividendos 
(b) Diminuição do PELP 
(c) Aumento do ARLP (aquisição de bens e direitos) 
(d) Aumento do Ativo Permanente (aquisição de bens e direitos) 
(e) Redução do Patrimônio Líquido 
Total de Aplicações 
 
CCL = Origens – Aplicações 
 
Há que se ressaltar, ainda, que, com as alterações trazidas pela Lei no 
11.638/07, a DOAR deixou de ser obrigatória e foi substituída pela 
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) (art. 176, IV, da Lei no 
6.404/76). 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
1. Origens de Recursos 
 
(a) Lucro Líquido do Exercício 500.000 
(+) Depreciação do Período 320.000 
(+) Amortização do Diferido 120.000 
Lucro Ajustado 940.000 
(b) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP) 85.000 
(e) Realização do Capital Social e Cont. para Res. de Cap. 400.000 (*) 
Total de Origens 1.425.000 
 
(*) A incorporação de reserva de capital ao capital social não afeta o 
Capital Circulante Líquido, conforme pode ser visto no lançamento a-
baixo. Logo, não é nem origem e nem aplicação. ATENÇÃO!!! 
 
 Reserva de Capital (PL) 
 a Capital Social (PL) 600.000 
 
Por outro lado, o aporte de capital pelos acionistas é uma origem, pois aumen-
ta o ativo circulante, e, conseqüentemente, o Capital Circulante Líquido. Vide 
lançamento: 
 
 Caixa (Ativo Circulante) 
 a Capital Social (PL) 400.000 => origem 
 
GABARITO: A 
 
83. Quando da constituição da sociedade anônima, um dos acionistas subscre-
veu 1.150.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00, para integralização em 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 12 
equipamentos aos quais ele atribuiu, em documento endereçado à Assembléia 
Geral, o valor de R$ 1.145.000,00. 
 
A Assembléia Geral de subscritores nomeou uma empresa especializada que, 
em laudo fundamentado, avaliou o conjunto de equipamentos em R$ 
1.160.000,00. A Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$ 
1.148.000,00. 
 
Considerando as determinações da Lei no 6.404/76, com nova redação dada 
pelas Leis nos 9.457/97 e 10.303/01, a integralização do capital deve ser con-
siderada pelo valor, em reais, de 
 
(a) 1.145.000,00, atribuído pelo subscritor. 
(b) 1.148.000,00, aprovado pela assembléia geral. 
(c) 1.150.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, ressarcida ao subscri-
tor. 
(d) 1.150.000,00, sendo esse valor atribuído aos equipamentos, não havendo 
ressarcimento. 
(e) 1.160.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, considerada como ágio 
na subscrição. 
 
Resolução 
 
A questão ainda não está considerando as alterações da Lei no 11.638/07, que 
extinguiu a Reserva de Reavaliação. Vamos relembrar o conceito de Reserva 
de Reavaliação: 
 
Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de au-
mentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avalia-
ções com base em laudo nos termos do artigo 8o, aprovado pela assembléia-
geral (art. 182, § 3o, da Lei no 6.404, de 15/12/1976). 
 
Vamos resolver a questão: 
 
Subscrição de acionista = 1.150.000 ações x R$ 1,00 = R$ 1.150.000,00 
Integralização em Equipamentos no valor de R$ 1.145.000,00 
Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$ 1.148.000,00 
 
De acordocom o art. 8o da Lei no 6.404/76: 
Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa es-
pecializada, nomeados em assembléia-geral dos subscritores, convocada pela 
imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convo-
cação com a presença desubscritores que representem metade, pelo menos, do 
capital social, e em segunda convocação com qualquer número. 
§ 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo fun-
damentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos 
de comparação adotados e instruído com os documentos relativos aos 
bens avaliados, e estarão presentes à assembléia que conhecer do laudo, 
a fim de prestarem as informações que lhes forem solicitadas. 
 
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§ 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembléia, os bens 
incorporar-se-ão ao patrimônio da companhia, competindo aos primeiros 
diretores cumprir as formalidades necessárias à respectiva transmissão. 
§ 3º Se a assembléia não aprovar a avaliação, ou o subscritor não aceitar 
a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de constituição da com-
panhia. 
§ 4º Os bens não poderão ser incorporados ao patrimônio da 
companhia por valor acima do que lhes tiver dado o subscritor. 
 
Ou seja, conforme o § 4o supracitado, a integralização do capital deve 
ser considerada, em reais, pelo valor do documento enviado à Assem-
bléia Geral pelo acionista, no valor de R$ 1.145.000,00. 
 
Após o equipamento ser registrado no ativo permanente da empresa, ele po-
derá sofrer uma reavaliação (pois o valor aprovado em Assembléia foi de R$ 
1.148.000,00), de acordo com o seguinte lançamento: 
 
 Equipamento (Ativo Permanente) 
 a Reserva de Reavaliação (PL) 3.000 (1.148.000 – 1.145.000) 
 
GABARITO: A 
 
84. A Comercial de Papéis S/A, em dezembro de 2006, praticou os seguintes 
atos: 
• venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci-
mento 30/06/07; 
• venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$ 
50.000,00, vencimento 30/06/07; 
• venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00, venci-
mento 30/06/07; 
• adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, venci-
mento 20/11/07; 
• adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07; 
• venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coliga-
da, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para 
30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08. 
 
Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e as determinações 
da Lei das Sociedades por Ações, no balanço de 31/12/06, os direitos a rece-
ber, classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, atingiram, em reais, o 
montante de 
 
(a) 500.000,00 
(b) 620.000,00 
(c) 1.120.000,00 
(d) 1.240.000,00 
(e) 1.290.000,00 
Resolução 
 
 
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Para resolver esta questão precisamos lembrar quais as contas que devem ser 
classificado no Ativo Realizável a Longo Prazo. 
 
No ativo realizável a longo prazo serão classificados: os direitos realizáveis a-
pós o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adi-
antamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, 
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negó-
cios usuais na exploração do objeto da companhia (art. 179, II, da Lei no 
6.404/76). 
 
De acordo com o artigo 179, II, da Lei no 6.404/76, percebe-se que o Ativo 
Realizável a Longo Prazo pode ser dividido em dois subgrupos: 
 
- Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte: Duplicatas 
a Receber (Longo Prazo), Promissórias a Receber (Longo Prazo), Esto-
ques (Longo Prazo), Despesas Antecipadas (Longo Prazo), etc. 
 
- Direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a soci-
edades coligadas, sociedades controladas, diretores, acionistas e par-
ticipantes no lucro da companhia. Estes direitos independem do prazo 
e não podem constituir negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia. 
 
Exemplo: Caso uma empresa comercial, cujo negócio é a revenda de merca-
dorias, venda suas mercadorias a prazo para uma empresa coligada, terá um 
direito derivado de venda à coligada. Entretanto, esta venda dependerá do 
prazo, isto é, se forem realizáveis no exercício seguinte, serão classificadas no 
ativo circulante. Caso sejam realizáveis após o término do exercício seguinte, 
serão classificadas no ativo realizável a longo prazo. Este procedimento ocorre, 
visto que a venda de mercadorias constitui um negócio usual na exploração do 
objeto de uma empresa comercial. No entanto, caso a referida empresa faça 
um empréstimo em dinheiro para sua coligada, esta operação independerá do 
prazo e será classificada no ativo realizável a longo prazo, pois emprestar di-
nheiro não representa um negócio usual da empresa comercial. 
 
Vamos resolver a questão: 
 
Balanço Patrimonial de 31/12/2006: 
 
Regra Geral: 
Ativo Circulante – até o término do exercício seguinte (até 
31/12/2007); 
ARLP – após o término do exercício seguinte (após 31/12/2007). 
 
Exceção: ARLP (independentemente do prazo de pagamento) - negó-
cios realizados com sócios, diretores, acionistas e participantes no lu-
cro da companhia/empresas ligadas que não constituam a atividade 
fim da empresa. 
 
I - venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci-
mento 30/06/07; 
 
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Apesar de o vencimento ser antes de 31/12/2007, foi realizada uma 
venda de um veículo do Imobilizado (não é atividade fim da empresa) a 
um acionista (pessoa ligada). 
 
Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 80.000 
 
II - venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$ 
50.000,00, vencimento 30/06/07; 
 
Empregados não constam no rol de pessoas ligadas: diretores, a-
cionistas ou participantes no lucro da companhia. Logo, esta venda 
a prazo deve seguir o vencimento, que, no caso, é antes de 31/12/2007, 
devendo ser classificada no Ativo Circulante. 
 
III - venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00, 
vencimento 30/06/07; 
 
A empresa é comercial. Logo, seu negócio é a venda de mercadorias. 
Portanto, mesmo no caso das mercadorias vendidas para sociedade con-
trolada, como é atividade fim da empresa, o fato deve ser classificado no 
ativo circulante, por vencer em 30/06/07. 
 
IV - adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, ven-
cimento 20/11/07; 
 
O adiantamento de salários a empregados é classificado em circulante e 
longo prazo de acordo com o vencimento. Logo, neste caso, por vencer 
em 20/11/2007, será classificado no ativo circulante. 
 
V - adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07; 
 
Neste caso, segue a exceção, ou seja, adiantamento a diretores deve ser 
classificado no ativo realizável a longo prazo, independentemente do 
prazo de vencimento. 
 
Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 80.000 + 40.000 = 120.000 
 
VI - venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coli-
gada, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para 
30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08. 
 
Apesar de o vencimento de duas parcelas ser antes de 31/12/2007, foi 
realizada uma venda de um imóvel de Investimentos (não é atividade 
fim da empresa) a um acionista (pessoa ligada). Logo, todos as parcelas 
devem ser consideradas no Ativo Realizável a Longo Prazo.Logo: 
Títulos a Receber (ARLP) = 120.000 + 1.000.000 = 1.120.000 
 
GABARITO: C 
 
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85. Informação parcial da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
da Cia. Gama S/A, referente aos saldos finais apresentados no grupo do Patri-
mônio Líquido, no Balanço de 31/12/05. 
 
Itens Capital Res. De 
Capital 
Reserva de Lucros Lucro 
Acum. 
Total 
 Legal Estatut. Conting. 
Saldo em 
31/12/2005 
2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000 
Aumento de 
Capital 
 
Reversão 
Reserva 
 
L. Líquido 
Exercício 
 
Proposta Dis-
tribuição do 
Lucro 
 
Reservas 
Dividendos 
Saldo em 
31/12/2006 
 
 
 
Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações: 
• aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital no 
valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$ 
500.000,00; 
• reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas pó 
síveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006 no 
valor de R$ 100.000,00; 
• Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00; 
• distribuição de lucros em forma de reserva: 
• Reserva legal = percentual determinado pela lei 
• Reserva estatutária = R$ 100.000,00 
• Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida 
• proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação. 
 
Sabendo-se que a Cia. Gama S/A só possui ações ordinárias, cujo valor nomi-
nal em 31/12/06 era de R$ 1,20, o saldo da coluna Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados, em 31/12/06, considerando exclusivamente as informações recebi-
das, em reais, é 
 
(a) 15.000,00 
(b) 20.000,00 
(c) 35.000,00 
(d) 40.000,00 
(e) 115.000,00 
Resolução 
 
Vamos utilizar a tabela da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados 
para resolver a questão. Primeiramente, vou efetuar todos os lançamentos, 
para que você também possa estudar cada um deles e treinar para a prova. 
 
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Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações: 
 
1 - aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital no 
valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$ 
500.000,00; 
 
 Diversos 
 a Capital Social (PL) 
 Reservas de Capital (PL) 500.000 
 Caixa (Ativo Circulante) 500.000 1.000.000 
 
2 - reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas 
possíveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006 
no valor de R$ 100.000,00; 
 
ATENÇÃO!!!! A contrapartida da reversão da reserva de lucros é 
SEMPRE a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
 
 Reserva de Contingências (PL) 
 a Lucros Acumulados (PL) 100.000 
 
3 - Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00; 
 
 Resultado do Exercício 
 a Lucros Acumulados (PL) 300.000 
 
4 - distribuição de lucros em forma de reserva: 
 
4.1 - Reserva legal = percentual determinado pela lei 
 
Reserva Legal = 5% x Lucro Líquido do Exercício = 5% x 300.000 = 15.000 
Limite Obrigatório = 20% x Capital Social = 20% x 3.000.000 = 600.000 
Saldo da Reserva Legal = 200.000 + 15.000 = 215.000 < 600.000 (ok) 
 
Lucros Acumulados (PL) 
a Reserva Legal (PL) 15.000 
 
4.2 - Reserva estatutária = R$ 100.000,00 
 
Lucros Acumulados (PL) 
a Reserva Estatutária (PL) 100.000 
 
 
 
 
4.3 - Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida 
 
 Reserva para Contingência = 80% x 100.000 = 80.000 
Lucros Acumulados (PL) 
a Reserva para Contingência (PL) 80.000 
 
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5 - proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação. 
 
A empresa só possui ações ordinárias, cujo valor nominal, em 31/12/2006, 
era de R$ 1,20. 
 
Número de Ações = Capital Social/Valor Nominal = 3.000.000/1,20 => 
 Número de Ações = 2.500.000 
 
Valor dos Dividendos Distribuídos = 2.500.000 ações x R$ 0,08 => 
 Valor dos Dividendos Distribuídos = 200.000 
 
Lucros Acumulados (PL) 
a Dividendos a Distribuir (Passivo Circulante) 200.000 
 
Itens Capital Res. De 
Capital 
Reserva de Lucros Lucro 
Acum. 
Total 
 Legal Estatut. Conting. 
Saldo em 
31/12/2005 
2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000 
Aumento de 
Capital 
1.000.000 
(1) 
(500.000) 
(1) 
 
 
 
Reversão 
Reserva 
 (100.000) 
(2) 
100.000 
(2) 
 
L. Líquido 
Exercício 
 300.000 
(3) 
 
Proposta Dis-
tribuição do 
Lucro 
 
Reservas 15.000 
(4.1) 
100.000 
(4.2) 
80.000 
(4.3) 
(195.000) 
(4) 
 
Dividendos (200.000) 
(5) 
 
Saldo em 
31/12/2006 
3.000.000 550.000 215.000 350.000 130.000 20.000 4.265.000 
 
 GABARITO: B 
 
 
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86. Informações sintéticas da Cia. Fortim S/A, em 31/08/06, em reais. 
 
Ativo Circulante 150.000,00 
Ativo Realizável a Longo Prazo 50.000,00 
Ativo Permanente 300.000,00 
 Investimentos 50.000,00 
 Imóveis 220.000,00 
 Móveis e Utensílios 30.000,00 
Total 500.000,00 
 
Passivo Circulante 130.000,00 
Passivo Exigível a Longo Prazo 44.000,00 
Patrimônio Líquido 326.000,00 
 Capital 200.000,00 
 Reservas de Capital 90.000,00 
 Reserva Legal 36.000,00 
Total 500.000,00 
 
A Cia. Fortim, que estuda a possibilidade de captar recursos com o lançamento 
de debêntures, quer saber qual o valor máximo que poderá emitir, de tais títu-
los de crédito, utilizando a melhor das alternativas estabelecidas pela Lei das 
Sociedades Anônimas, incluindo garantia flutuante e garantia real, esta consti-
tuída pelos seus bens imóveis. 
 
Considerando a inexistência de gravame sobre os ativos ou de dívidas garanti-
das por direitos reais, e que as garantias serão oferecidas de forma isolada, o 
valor máximo para emissão de debêntures, em reais, é 
 
(a) 176.000,00 
(b) 200.000,00 
(c) 220.000,00 
(d) 240.000,00 
(e) 350.000,00 
 
Resolução 
 
Esta questão cobrou conhecimento do art. 60 da Lei no 6.404/76, que, nor-
malmente, não é cobrado em concursos públicos. De qualquer forma, vamos à 
resolução da questão: 
 
Limites do valor de emissão das debêntures: 
 
- O valor total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o capital 
social da companhia; 
- O limite acima pode ser excedido até alcançar: 
- 80% do valor dos bens gravados, próprios ou de terceiros, no ca-
so de debêntures com garantia real; 
- 70% do valor contábil do ativo da companhia, diminuído do mon-
tante das suas dívidas garantidas por direitos reais, no caso de de-
bêntures com garantia flutuante. 
I – Limite Máximo: Valor do Capital Social = 200.000 
 
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II – Inexistência de gravame sobre os ativos: não cabe a utilização dos 80%. 
 
III – Não há dívidas garantidas por direitos reais: 
 
 Limite Possível = 70% x Valor Contábil do Ativo => 
 => Limite Possível = 70% x 500.000 = 350.000 
 
GABARITO: E 
 
87. A Deliberação CVM no 207/96, de 13/12/96, estabelece que as companhias 
de capital aberto, ao pagarem juros sobre o capital próprio, devem elaborar 
uma nota explicativa às demonstrações financeiras e às informações trimes-
trais, onde deverão ser informados os critérios utilizados para determinação 
desses juros, aspolíticas adotadas para sua distribuição, o montante do Im-
posto de Renda incidente e, quando aplicável, os seus efeitos sobre os dividen-
dos obrigatórios. 
 
A mesma Deliberação estabelece, também, que, caso a companhia opte, para 
atender à legislação tributária, por contabilizar os juros pagos ou creditados 
como despesa financeira, deverá 
 
(a) emitir nota explicativa própria para informar o valor dos juros sobre o capi-
tal próprio e a conta ou contas patrimoniais utilizadas para registrar tais valo-
res. 
(b) evidenciar o valor dos juros pagos ou creditados, em conta específica da 
Demonstração do Resultado, em linha própria das Despesas Financeiras Líqui-
das. 
(c) reverter o valor e o registro contábil anteriormente feito, mediante crédito 
na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
(d) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na última 
linha da Demonstração do Resultado, antes do saldo da conta do Lucro Líquido. 
(e) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na De-
monstração do Resultado, em linha própria de Outras Despesas Operacionais. 
 
Resolução 
 
Questão específica sobre a Deliberação CVM no 207/96, de 13/12/1996, que 
dispõe sobre a contabilização dos juros sobre o capital próprio. Vamos ver os 
principais conceitos: 
 
- Os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas, a título de 
remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9o da Lei no 9.249/95, 
devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros Acumulados, 
sem afetar o resultado do exercício. 
 
- Caso a companhia opte, para fins de atendimento às disposições tributá-
rias, por contabilizar os juros sobre o capital próprio pagos/creditados 
ou recebidos/auferidos como despesa ou receita financeira, deverá 
proceder à reversão desses valores, nos registros mercantis, de forma 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 21 
a que o lucro líquido ou o prejuízo do exercício seja apurado nos ter-
mos desta Deliberação. 
 
- A reversão, de que trata o item anterior, poderá ser evidenciada na 
última linha da demonstração do resultado antes do saldo da conta do 
lucro líquido ou prejuízo do exercício. 
 
GABARITO: D 
 
88. A Companhia Investidora, com Patrimônio Líquido de R$ 2.000.000,00, 
tendo sobra de disponibilidade, resolveu comprar, com intenção de permanên-
cia, por motivos estratégicos, ações de outra sociedade, com Patrimônio Líqui-
do de R$ 1.200.000,00, pagando R$ 96.000,00 pelas aludidas ações. 
 
No encerramento do exercício, a Investida apurou um Lucro Líquido de R$ 
850.000,00, propondo a distribuição de dividendos de R$ 400.000,00, cabendo 
à Investidora o dividendo a receber de R$ 32.000,00. 
 
Considerando as informações recebidas e todas as alternativas técnicas relati-
vas ao registro e avaliação dos investimentos permanentes, compete à Inves-
tidora contabilizar 
 
(a) R$ 32.000,00 dos dividendos, a débito do Investimento, a título de ganho. 
(b) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita operacional, em subgrupo pró-
prio. 
(c) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita financeira, em subgrupo pró-
prio. 
(d) R$ 64.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento. 
(e) R$ 68.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento 
 
Resolução 
 
Primeiramente, é necessário verificar se o investimento permanente efetuado 
pela Cia. Investidora será avaliado pelo custo de aquisição ou pela equivalência 
patrimonial. 
 
I – Cia. Investidora: PL = 2.000.000 
 
Compras de Ações Cia. Investida = 96.000 
PL da Cia Investida = 1.200.000 
Percentual das Ações em poder da Cia. Investidora = 96.000/1.200.000 = 8% 
 
Neste caso, a Cia. Investida não é coligada e nem controlada da Cia. Investido-
ra (apenas 8% de participação) e o investimento permanente na Cia. Investi-
dora deverá ser avaliado pelo Custo de Aquisição. 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 22 
Relembrando as regras de distribuição de dividendos nesta situação: 
 
Dividendos – Método do Custo de Aquisição: a legislação do Imposto de 
Renda determina que os dividendos recebidos até 6 meses a partir da da-
ta de aquisição do investimento avaliado pelo custo de aquisição de-
vem ser registrados como redução do custo de aquisição do investi-
mento permanente, sem afetar o resultado da investidora. Entretanto, 
os dividendos recebidos após 6 meses da data de aquisição do referido 
investimento, devem ser registrados como receita operacional. 
 
Lançamentos na Investidora: 
 
Dividendos recebidos até 6 meses; 
 
 Caixa (Ativo Circulante) 
 a Participações Permanentes (Ativo Permanente) 
 
Dividendos recebidos após 6 meses: 
 
 Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 
 
Em relação à questão, como nada foi dito sobre o prazo do investimento, de-
vemos considerá-lo que, no encerramento do exercício, já há mais de seis da 
aquisição do investimento. Neste caso, o lançamento a ser efetuado seria: 
 
Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita Operacional) 32.000 
 
GABARITO: B 
 
89. Em 31/12/06, a Cia. Via, com participação de 60% no capital social da Cia. 
Ápia, e a Cia. Ápia apresentaram os seguintes balanços: 
 
Ativo Cia. Via Cia. Ápia 
Ativo Circulante 136.000,00 70.000,00 
Disponível 26.000,00 12.000,00 
Duplicatas a Receber 70.000,00 38.000,00 
Estoques 40.000,00 20.000,00 
 
Ativo Permanente 84.000,00 15.000,00 
Investimentos - Coli-
gadas e Controladas 
34.000,00 0,00 
Imobilizado 50.000,00 15.000,00 
 
Total 220.000,00 85.000,00 
 
Passivo 
Passivo Circulante 110.000,00 45.000,00 
Duplicatas a Pagar 76.000,00 15.000,00 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 23 
Empréstimos 34.000,00 30.000,00 
 
Patrimônio Líquido 110.000,00 40.000,00 
Capital Social 100.000,00 38.000,00 
Reserva Legal 10.000,00 2.000,00 
 
Total 220.000,00 85.000,00 
 
Sabendo-se que as companhias não têm transações comerciais entre si, pode-
se afirmar que, no balanço consolidado, o montante do Ativo, em reais, é 
 
(a) 206.000,00 
(b) 271.000,00 
(c) 281.000,00 
(d) 295.000,00 
(e) 305.000,00 
 
Resolução 
 
Esta questão trata de consolidação de balanços, matéria não incluída no Edital 
do ICMS/RJ. De qualquer maneira, vou resolvê-la. 
 
Como Cia. Via participa com 60% do capital da Cia. Ápia, ela é controladora da 
Cia. Ápia. As regras principais para a consolidação de balanços são: 
 
A consolidação das demonstrações contábeis consiste em somar os valores 
correspondentes aos elementos contábeis semelhantes existentes nas empre-
sas que serão consolidadas, excluindo-se: 
 
 - as participações de uma sociedade em outra; 
 - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades; 
- as parcelas correspondentes aos resultados, ainda não realiza-
dos, de negócios entre as sociedades, que constem do resultado 
do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados, do custo dos 
estoques ou do ativo permanente das respectivas demonstrações 
contábeis. 
 
OBS 1: As participações dos acionistas não controladores no patrimônio líquido 
e no lucro do exercício será destacada, respectivamente, no balanço patrimo-
nial e na demonstração do resultado do exercício. 
 
OBS 2: A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, 
que não for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo 
permanente, com dedução do valor correspondente à provisão ade-
quada para perdas já comprovadas, e será objeto denota explicativa. 
 
OBS 3: O valor da participação que exceder o custo de aquisição constituirá 
parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até que fique compro-
vada a existência de ganho efetivo. 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 24 
Vamos à resolução da questão: 
 
Cia. Via => 60% do PL da Cia Ápia 
 
PL da Cia. Ápia = 40.000 
60% do PL da Cia. Ápia = 60% x 40.000 = 24.000 
 
Como o investimento em Coligadas e Controladas está registrado na Cia. Via 
por R$ 34.000,00, a diferença (R$ 10.000,00) deverá ser mantida no ativo 
permanente do balanço consolidado. 
 
Consolidação do Ativo (repare que a questão falou que as empresas não pos-
suem transações entre si). 
 
Ativo Cia. Via Cia. Ápia Consolidado 
Ativo Circulante 136.000,00 70.000,00 206.000,00 
Disponível 26.000,00 12.000,00 38.000,00 
Duplicatas a Receber 70.000,00 38.000,00 108.000,00 
Estoques 40.000,00 20.000,00 60.000,00 
 
Ativo Permanente 84.000,00 15.000,00 75.000,00 
Investimentos - Coli-
gadas e Controladas 
34.000,00 0,00 10.000,00 
(*) 
Imobilizado 50.000,00 15.000,00 65.000,00 
 
Total 220.000,00 85.000,00 281.000,00 
(*) Parcela não absorvida na consolidação. 
 
GABARITO: C 
 
90. O Gerente de Custos da Cia. Industrial Tamoio S/A, durante a apuração do 
custo dos produtos do mês, chegou aos seguintes números, em reais: 
 
Custos Produto A Produto B Produto C Total dos Custos 
Diretos 
Matéria-Prima 80.000,00 120.000,00 200.000,00 400.000,00 
Mão-de-Obra 
Direta 
22.000,00 47.000,00 21.000,00 90.000,00 
Energia Elétrica 
Direta 
18.000,00 23.000,00 9.000,00 50.000,00 
Soma 120.000,00 190.000,00 230.000,00 540.000,00 
 
Sabendo-se que os custos indiretos usualmente alocado aos produtos por ra-
teio, com base no custo da matéria-prima, totalizaram o valor de R$ 
250.000,00 no mês, pode-se afirmar que o custo total do Produto C, em reais, 
é 
 
(a) 170.000,00 
(b) 265.000,00 
(c) 325.000,00 
 
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(d) 355.000,00 
(e) 450.000,00 
 
Resolução 
 
Questão de contabilidade de custos, que não é o foco do curso. Contudo, como 
faz parte do conteúdo programático de Contabilidade no concurso do ICMS/RJ, 
vou resolvê-la. 
 
I – Cálculo do Custo Indireto para o Produto C: 
 
Matéria-Prima Total (MP Total) = 400.000 
Custos Indiretos Totais = 250.000 
 
Custo Indireto do Produto C = (Matéria-Prima C/MP Total) x R$ 250.000,00 => 
 Custo Indireto do Produto C = (200.000/400.000) x 250.000 => 
 Custo Indireto do Produto C = 250.000/2 = 125.000 
 
II – Cálculo do Custo Total para o Produto C: 
 
Custo Total C = Custos Diretos + Custos Indiretos = 230.000 + 125.000 => 
=> Custo Total do Produto C = 355.000 
GABARITO: D 
 
91. A Cia. Novidades S/A apresentou as seguintes informações de sua única 
participação societária: 
 
a) Demonstração do Investimento em 30/12/05, após a avaliação ao MEP, em 
reais: 
ATIVO PERMANENTE 
INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS 
Antiguidades S/A 1.800.000,00 
 
b) Nota explicativa: 
• Ações possuídas da Cia. Antiguidades: 1.290.000 Ações Ordinárias 
 
c) Dados da Cia. Antiguidades, em 31/12/05 
c1) Demonstração do Patrimônio Líquido, em 30/12/05, em reais: 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital Social 2.580.000,00 
Reservas de Lucros 400.000,00 
Lucros Acumulados 20.000,00 
 
c2) Notas explicativas: 
• a Companhia só emitiu ações ordinárias; 
• valor nominal das ações emitidas: R$ 1,20 
 
A Cia. Antiguidades, que no exercício encerrado em 31/12/06 apurou um Lucro 
Líquido de R$ 600.000,00, fez a proposta de distribuição de dividendos no va-
lor de R$ 500.000,00 e apresentou a seguinte demonstração de seu Patrimônio 
 
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Líquido, antes do reconhecimento do lucro apurado em 2006 e de sua respec-
tiva distribuição: 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital social R$ 2.580.000,00 
Reservas de Reavaliação R$ 200.000,00 
Reservas de Lucros R$ 400.000,00 
Lucros Acumulados R$ 20.000,00 
 
Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e a boa técnica de 
avaliação do investimento pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), a 
receita do investimento, avaliado ao MEP, a ser contabilizada na controladora, 
Cia. Novidades, em reais, é 
 
(a) 60.000,00 
(b) 100.000,00 
(c) 180.000,00 
(d) 360.000,00 
(e) 480.000,00 
 
Resolução 
 
A questão já fala que o investimento é avaliado pelo Método de Equivalência 
Patrimonial (MEP). 
 
Dados: 
Investimento em Controladas (31/12/2005) = 1.800.000 
Total de ações possuídas da Controlada = 1.290.000 
 
I – Cálculo da participação da Controladora na Controlada: 
 
PL da Controlada em 31/12/2005 = Capital Social + Res. Lucros + Luc. Acum. 
PL da Controlada em 31/12/2005 = 2.580.000 + 400.000 + 20.000 => 
 PL da Controlada em 31/12/2005 = 3.000.000 
 
Repare que a questão já fala que o saldo de R$ 1.800.000,00 em investimen-
tos na controladora é após o MEP. Logo, o percentual de participação da con-
troladora na controlada é de: 
 
 Percentual de Participação = 1.800.000/3.000.000 = 60% 
 
II – Encerramento do exercício em 31/12/2006: 
 
Lucro da Controlada = R$ 600.000,00 
 
Método de Equivalência Patrimonial = 60% x 600.000 = 360.000 
 
Lançamento na Controladora: 
 
 Investimentos em Controladas (Ativo Permanente) 
 a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 360.000 
 
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Esta é a resposta da questão. ATENÇÃO!!! Os dividendos distribuídos 
não correspondem a ganhos de equivalência patrimonial. Vamos calcu-
lá-los e efetuar o registro: 
 
Dividendos Distribuídos pela Controlada = 500.000 
Dividendos a Receber (Controladora) = 60% x 500.000 = 300.000 
 
 Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Investimentos em Controladas (Ativo Permanente) 300.000 
 
Ou seja, você poderia pensar, ERRADAMENTE, que a receita do inves-
timento pelo MEP seria R$ 60.000,00 (R$ 360.000,00 – R$ 300.000,00) 
e marcar a letra “a”. CUIDADO!!! ESTÁ ERRADO. 
 
 Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) = R$ 360.000,00 
 Dividendos a Receber (Ativo Circulante) = R$ 300.000,00 
Invest. em Contr. (AP) = 1.800.000 + 360.000 – 300.000 => 
 Invest. em Contr. (AP) = R$ 1.860.000,00 
 
Observe também que os dados de quantidade e valor das ações foram 
informados somente para confundir, pois a questão fala que o investi-
mento avaliado pelo MEP já estava em R$ 1.800.000,00. 
 
 
O PL da investida na data da apuração não é 3.200.000 e sim 3.200.000 + 600.000 (lu-
cros) - 200.000 (Res. Reavaliação - que deve ser apropriada como reserva de reavaliação 
tb na investidora - 60% - De acordo com a Res. 247/96) = 3.600.000 
 
60% x 3.600.000 = 2.160.000 
GEP = 2.160.000 - 1.800.000 = 360.000 
 
GABARITO: D 
 
92. Dados extraídos da análise das demonstrações contábeis elaboradas pela 
Cia. Aço Forte S/A, em reais. 
 
Índices 2005 2006 
a) Participação de Capi-
tal de Terceiros: 
PCT = Capital de Tercei-
ros/Patrimônio Líquido 
610.825,00/3.665.000,00 
= 0,1666 
847.310,00/4.240.000,00 
= 0,1998 
b) Composição do Endi-
vidamento 
CE = Passivo Circulan-
te/Capital de Terceiros 
420.825,00/610.825,00 = 
0,6889 
530.310,00/847.310,00 = 
0,6259 
c) Imobilização do Pa-
trimônio Líquido 
IPL = Ativo Permanen-
te/Patrimônio Líquido 
3.550.000,00/3.665.000,00 
= 0,9685 
4.051.390,00/4.240.000,00 
= 0,9555 
 
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d) Imobilização dos re-
cursos não correntes 
IRNC = Ativo Perma-
nente/(Patrimônio Lí-
quido + PELP) 
3.550.000,00/3.855.000,00 
= 0,9209 
4.051.390,00/4.557.000,00 
= 0,8890 
e) Liquidez Corrente 
LC = AC/PC 
725.825,00/420.825,00 = 
1.7248 
1.035.920,00/530.310,00 
= 1.9534 
 
Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o Capital Circulante Próprio 
da Companhia, em 2006, em reais, foi 
 
(a) 125.610,00 
(b) 155.000,00 
(c) 188.610,00 
(d) 305.000,00 
(e) 317.000,00 
 
Resolução 
 
Questão de análise das demonstrações contábeis. Também não faz parte do 
conteúdo programático do Edital do ICMS/RJ. Vou resolvê-la, pois esta questão 
é muito mais de lógica do que de análise, tendo em vista que são fornecidas 
todas as fórmulas. 
 
Além disso, há que se ressaltar que o conceito de Capital Circulante Próprio 
pode ser cobrado em sua prova: 
 
Capital Circulante Próprio = é a diferença positiva entre o Ativo Circu-
lante e o Passivo Circulante 
 
Deste modo, teríamos o seguinte cálculo: 
 
I – Cálculo do Capital Circulante Próprio: 
 
Pelo índice e) em 2006: 
Liquidez Corrente = LC = AC/PC = 1.035.920,00/530.310,00 
 
Logo, 
AC = Ativo Circulante = 1.035.920 
PC = Passivo Circulante = 530.310 
 
Capital Circulante Próprio = 1.035.920 – 530.310 = 505.610 
 
Contudo, não há resposta na questão no caso de utilizarmos essa definição de 
Capital Circulante Próprio. 
 
Uma outra definição existente é: 
 
Capital Circulante Próprio = é a parcela de Capital Próprio no Ativo Cir-
culante 
 
 
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Deste modo, teríamos o seguinte cálculo: 
 
 
 
 
I – Cálculo do Capital Circulante Próprio: 
 
Pelo índice c) em 2006: IPL = Ativo Permanente/Patrimônio Líquido 
 
Ativo Permanente = 4.051.390 
Patrimônio Líquido = 4.240.000 
 
Como não há Ativo Realizável a Longo Prazo (nada foi dito), a parcela do PL 
(Capital Próprio) no Ativo Circulante é de: 
 
Capital Circulante Próprio = Patrimônio Líquido – Ativo Permanente => 
=> Capital Circulante Próprio = 4.240.000 – 4.051.390 = 188.610 
 
GABARITO: C 
 
93. Demonstrações contábeis publicadas pela Cia. Simões S/A, em reais. 
 
 
 
 
Na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), método direto, Atividades Opera-
cionais, o valor dos Pagamentos a Fornecedores, em reais, é 
 
(a) 14.020,00 
(b) 17.550,00 
(c) 24.550,00 
(d) 28.365,00 
(e) 35.365,00 
 
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Resolução 
 
Este questão trata da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Vamos aos 
conceitos: 
O fluxo de caixa permite identificar o processo de circulação do 
dinheiro por meio da variação de caixa. Na verdade, a expressão fluxo de 
caixa envolve os pagamentos e recebimentos em geral. A análise do fluxo 
de caixa examina a origem e aplicação do dinheiro que transitou pela empresa. 
A expressão fluxo de caixa também pode significar: 
 
- O fluxo de caixa passado, ou seja, aquele que já foi realizado; 
- O fluxo de caixa previsto, ou seja, aquele que se refere a um período 
futuro; e 
- O fluxo de caixa que considera o passado e realiza ajustes no fluxo de 
caixa futuro. 
 
Há que se ressaltar que o analista pode verificar, por meio da Demons-
tração do Resultado do Exercício, que a empresa obteve lucro, mas, ao verifi-
car o seu caixa, percebe que o saldo diminuiu. Isto pode ocorrer, por exemplo, 
porque a empresa adota o regime de competência, que considera no período 
as receitas que ocorreram, mas que ainda não foram recebidas. Também po-
dem existir itens de receitas e despesas que são considerados na apuração do 
resultado do exercício, mas não afetam o caixa da empresa, como, por exem-
plo, a depreciação. 
 
Resumindo, a Demonstração do Fluxo de Caixa demonstra as cau-
sas da variação do Disponível. A demonstração do fluxo de caixa pode 
ser montada pelo método direto ou pelo método indireto. 
 
Método Indireto 
 
A DFC, pelo método indireto, pode ser estruturada da seguinte forma: 
 
I – Origens de Recursos 
Das Operações 
 ( ) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão; 
(+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 
(-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 
(-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 
 (=) Resultado Líquido Ajustado 
 
(+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante 
 (-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante 
 (-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante 
 
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 (+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante 
 
Dos Proprietários 
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de 
Capital 
 
De Terceiros 
 (+) Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo 
(+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Permanente 
 (+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo 
 
II – Aplicações de Recursos 
 (+) Dividendo pagos, creditados ou propostos 
 (+) Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo 
 (+) Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Permanente 
 (+) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo 
 
III – Variação Líquida do Disponível = I - II 
 
IV – Saldo Inicial do Disponível 
 
V – Saldo Final do Disponível = III + IV 
 
Para fixar o conceito, considere o exemplo abaixo: 
 
Exemplo: 
 
I – Balanço Patrimonial – Empresa Linotécnica 
 
Ativo 2003 2004 
Ativo Circulante 2.000,00 2.290,00 
Caixa 300,00 490,00 
Clientes 300,00 
Estoques 1.700,00 1.400,00 
Despesas Antecipadas 100,00 
Ativo Realizável a Longo Prazo 250,00 
Depósito Judicial 250,00 
Ativo Permanente 1.000,00 2.760,00 
Investimentos 400,00 
Imobilizado 1.000,00 2.500,00 
(-) Depreciação Acumulada (140,00) 
Ativo Total 3.000,00 5.300,00 
 
Passivo 
Passivo Circulante 1.000,00 860,00 
Contas a Pagar 40,00 
Fornecedores 1.000,00 600,00 
CSLL a Recolher 70,00 
IR a Recolher 150,00 
Passivo Exigível a Longo Prazo 1.260,00 
 
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Empréstimo de Longo Prazo 1.260,00 
Patrimônio Líquido 2.000,00 3.180,00 
Capital Social 2.000,00 2.500,00 
Lucros Acumulados 680,00 
Passivo Total 3.000,00 5.300,00 
 
II - Demonstração do Resultado do Exercício – Empresa Linotécnica 
 
DRE 2004 
Receita de Vendas 3.000,00 
CMV (1.500,00) 
Lucro Bruto 1.500,00 
Despesas, exceto Depreciação e Se-
guros 
(400,00) 
Despesas de Depreciação (140,00) 
Despesas de Seguros (100,00) 
Variação Monetária dos Empréstimos 
de LP 
(60,00) 
Ganho de Equivalência Patrimonial 100,00 
Lucro Operacional 900,00 
Provisão para CSLL (70,00) 
Provisão para IR (150,00) 
Lucro Líquido do Exercício 680,00 
III – Demonstração do Fluxo de Caixa: 
 
I – Origens de Recursos 
Das Operações 
( ) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) 680,00 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão 140,00 
(+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros 0,00 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 0,00 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 60,00 
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 0,00 
(-) Diminuição no Resultadode Exercícios Futuros 0,00 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial (100,00) 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 0,00 
(-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 0,00 
(=) Resultado Líquido Ajustado 780,00 
(+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante 
 Contas a Pagar 40,00 
 CSLL a Recolher 70,00 
 IR a Recolher 150,00 
(-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante 
 Clientes (300,00) 
 ` Despesas Antecipadas (100,00) 
(-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante 
 Fornecedores (400,00) 
(+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante 
 Estoques 300,00 
 Subtotal 540,00 
 
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Dos Proprietários 
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital 
 500,00 
 
De Terceiros 
(+) Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo 0,00 
(+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Permanente 0,00 
(+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo 1.200,00 
Total das Origens 2.240,00 
 
II – Aplicações de Recursos 
(+) Dividendo pagos, creditados ou propostos 0,00 
(+) Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo 250,00 
(+) Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Permanente 1.500,00 
 300,00 (*) 
(*) Investimentos (400 – Ganho Eq. Patrimonial) 
(+) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo 0,00 
Total das Aplicações 2.050,00 
 
III – Variação Líquida do Disponível = I - II 190,00 
 
IV – Saldo Inicial do Disponível 300,00 
 
V – Saldo Final do Disponível = III + IV 490,00 
 
 
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Método Direto 
 
 Neste método, a apresentação dos fluxos das atividades opera-
cionais consiste na exposição direta dos recebimentos (entradas) e 
pagamentos (saídas) durante o exercício. Ou seja, representa o fluxo do 
Disponível durante o exercício, que pode ser representado da seguinte manei-
ra: 
 
Entrada de Recursos – Recebimentos 
 
Disponível 
Saída de Recursos - Paga-
mentos 
Créditos Operacionais 
Resgate de Aplicações Financeiras 
Obtenção de Empréstimos e Financi-
amentos 
Receitas Recebidas Antecipadamente 
Integralização e/ou Aumento do Ca-
pital Social 
Receitas de Vendas, Serviços e ou-
tras 
Dividendos de Investimentos Avalia-
dos pelo Custo de Aquisição 
Outros 
Compra de Mercadorias e 
Insumos 
Despesas Antecipadas 
Depósitos Judiciais 
Empréstimos a Sócios 
Compra de Imobilizado 
Aplicações no Ativo Perma-
nente 
Pagamento de Obrigações 
Devolução de Capital 
Custos e Despesas 
Dividendos 
Outros 
 
 
 
A estrutura da DFC pelo método direto seria: 
 
1. Ingressos (Entradas de Recursos) 
Recebimento de Clientes 
(+) Recebimento de Empréstimos de Curto Prazo 
(+) Dividendos Recebidos de Investimentos Avaliados pelo 
Custo de Aquisição 
(-) Pagamento a Fornecedores 
(-) Impostos e Contribuições Pagos 
(-) Pagamento de Despesas Operacionais, inclusive Despesas 
Antecipadas 
(=) Recursos Derivados das Operações (I) 
 
(+) Recebimento por Venda de Bens do Ativo Permanente 
(+) Resgate de Aplicações Temporárias 
(+) Ingresso de Novos Empréstimos 
(+) Integralização do Capital 
(+) Resgate de Depósitos Judiciais 
(+) Ingressos de Outros Recursos 
(=) Recursos Derivados dos Sócios e de Terceiros (II) 
 
(=) Total das Entradas de Recursos = I + II 
 
2. Aplicações de Recursos 
 
 
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Pagamento de Dividendos 
Aquisição de Participações Societárias 
Aplicações no Ativo Permanente 
Pagamento de Empréstimos de Longo Prazo 
Outros Pagamentos 
 
3. Variação Líquida do Disponível = 1 – 2 
4. (+) Saldo Inicial do Disponível 
5. (=) Saldo Final do Disponível 
 
Exemplo: Considerando o exemplo anterior, teríamos: 
 
1. Recebimento de Clientes 
 Saldo Inicial de Clientes 0,00 
 (+) Vendas 3.000,00 
 (-) Saldo Final de Clientes (300,00) 
 Recebimento de Clientes 2.700,00 
 
CMV = EI + C – EF => C = CMV – EI + EF = 1.500 – 1.700 + 1.400 = 1.200 
 
2. Pagamento a Fornecedores 
 Saldo Inicial de Fornecedores 1.000,00 
 (+) Compras 1.200,00 
 (-) Saldo Final de Fornecedores (600,00) 
 Pagamento a Fornecedores 1.600,00 
 
 
3. Pagamento de Despesas 
 Despesas do Exercício (exceto Depreciação) 500,00 
 (+) Saldo Inicial de Contas a Pagar 0 
 (-) Saldo Final de Contas a Pagar (40,00) 
 (-) Saldo Inicial de Despesas Antecipadas 0 
 (+) Saldo Final de Despesas Antecipadas 100,00 
 Pagamento de Despesas 560,00 
 
Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto 
 
1. Ingressos de Recursos 
Derivados das Operações 
 Recebimento de Clientes 2.700,00 
 (-) Pagamento a Fornecedores (1.600,00) 
 (-) Pagamento de Despesas (560,00) 
 540,00 
 Dos Sócios 
 Integralização do Capital 500,00 
 
 De Terceiros 
 Empréstimos de Longo Prazo 1.200,00 
 
 Total dos Ingressos de Recursos 2.240,00 
 
 
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2. Destinação dos Recursos 
Compra do Imobilizado 1.500,00 
Compra de Investimentos 300,00 
Depósitos Judiciais 250,00 
 
 Total das Destinações de Recursos 2.050,00 
 
3. Variação do Disponível = 2.240,00 – 2.050,00 = 190,00 
4. Saldo do Disponível em 31/12/2003 300,00 
5. Saldo do Disponível em 31/12/2004 490,00 
 
 
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Outras definições importantes: 
 
1) Fluxo das Atividades Operacionais (FAO) 
Entradas: 
 - Recebimentos de clientes 
- Recebimento de dividendos de participação no capital de outras 
sociedades (também pode ser classificado com atividade de inves-
timento. O CESPE tem considerado deste modo). 
- Recebimento de juros de empréstimos concedidos (também pode 
ser classificado com atividade de investimento. O CESPE tem con-
siderado deste modo). 
- Recebimentos diversos (aluguéis de imóveis, recebimento de se-
guradoras referente a sinistro em estoques, etc). 
 
Saídas: 
 - Pagamentos a fornecedores 
 - Pagamento de salários a funcionários 
 - Pagamento de tributos e multas 
- Pagamento de juros de empréstimos obtidos (também pode ser 
classificado como atividade de financiamento). 
 
2) Fluxo das Atividades de Investimento (FAI) 
Entradas: 
- Recebimentos referentes a vendas do ativo imobilizado 
- Recebimentos referentes a vendas de participações societárias 
permanentes ou investimentos temporários 
- Recebimentos referentes ao principal de empréstimos ou financi-
amentos concedidos 
 
 Saídas: 
- Pagamentos referentes a compras à vista de bens do ativo per-
manente 
- Pagamentos referentes a participações permanentes ou temporá-
rias em outras sociedades 
- Pagamentos referentes a compras de valores mobiliários 
- Desembolso de empréstimos concedidos 
 
3) Fluxo das Atividades de Financiamento (FAF) 
Entradas: 
 - Recebimentos referentes a empréstimos obtidos 
- Recebimento de acionistas por venda de ações ou integralização 
do capital 
 - Recebimento por emissão de debêntures 
 - Recebimento de subvenções para investimento 
 
 Saídas: 
 - Pagamento de dividendos 
 - Pagamento de resgate ou reembolso de ações- Pagamento de resgate de debêntures 
- Pagamento do principal referente a empréstimos ou financiamen-
tos obtidos 
 
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Vamos à resolução da questão: 
 
I – Inicialmente deve-se calcular as compras do período: 
 
CMV = 30.100 = EI + C – EF 
 
EI = Estoque Inicial (Dez/05) = 21.060 
C = Compras 
EF = Estoque Final (Dez/06) = 26.325 
 
30.100 = 21.060 + C – 26.325 => C = 35.365 
I – Pagamento a Fornecedores no período: 
 
Fornecedores – Saldo Inicial (Dez/05) 17.550 
(+) Compras do Período 35.365 
(-) Fornecedores – Saldo Final (Dez/06) (28.365) 
Pagamento a Fornecedores no Período 24.550 
 
IMPORTANTE!!! Não se assuste com o tamanho da questão. Às vezes, a 
solução pode ser simples e depender de poucos dados. 
 
GABARITO: C 
 
94. No levantamento dos custos dos produtos da Cia. Medina S/A obtiveram-
se os seguintes números, em reais: 
 
 
 
Considerando-se o critério de margem de contribuição unitária, o produto que 
apresenta maior contribuição ou lucratividade é o Modelo 
 
(a) K 
(b) L 
(c) M 
(d) N 
(e) O 
 
Resolução 
 
Mais uma questão de Contabilidade de Custos em que é necessário conhecer o 
conceito de Margem de Contribuição Unitária: 
 
 
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Margem de Contribuição Unitária = Preço de Venda Unitário – Custos 
Variáveis Unitários 
 
Vamos à resolução: 
 
Margem de Contribuição Unitária = MCU 
MCU = Preço de Venda Unitário – Matéria-Prima – MOD – CIF 
 
MOD = Mão-de-obra Direta 
CIF = Custos Indiretos de Fabricação Variáveis 
 
MCU K = 100 – 20 – 40 – 15 = 25 
MCU L = 114 – 25 – 45 – 20 = 24 
MCU M = 128 – 30 – 40 – 25 = 33 
MCU N = 124 – 35 – 35 – 20 = 34 
MCU O = 135 – 40 – 30 – 30 = 35 (maior Margem de Cont. Unitária) 
 
GABARITO: E 
 
95. A Cia. Gama S/A apresentou o seguinte quadro parcial de Análise Vertical 
e Horizontal nos balanços: 
 
 
Após a elaboração da Análise Horizontal (última coluna), em qual componente 
desse mesmo ativo verifica-se a maior variação positiva apurada em 2006 em 
relação a 2005? 
 
(a) Duplicatas a Receber. 
(b) Despesas Antecipadas. 
(c) Diferido Líquido. 
 
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(d) Estoques. 
(e) Imobilizado Líquido. 
 
Resolução 
 
Questão de análise das demonstrações contábeis, que não faz parte do Edital 
do ICMS/RJ. Vou resolver, caso você venha a estudar para outro concurso em 
que esse assunto é cobrado. 
 
Análise Horizontal ou de Evolução 
 
O objetivo principal da análise horizontal ou de evolução é permitir o exame da 
evolução histórica de cada uma das contas que compõem as diversas de-
monstrações contábeis, ou seja, ela avalia o aumento ou a diminuição dos va-
lores que expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, em uma de-
terminada série histórica de exercícios. 
 
Uma vez que os balanços estejam expressos em moeda de poder aquisitivo na 
mesma data, a análise horizontal assume certa significância e pode acusar i-
mediatamente áreas de maior interesse para a investigação. Caso os balanços 
não estejam expresso em moeda de poder aquisitivo constante, o analista pre-
cisará, no mínimo, do índice de inflação do período para realizar a atualização 
monetária. 
 
Normalmente, em uma análise horizontal ou de evolução considera-se 
o primeiro exercício como base 100 a evolução dos demais exercícios 
ocorre em relação ao exercício estabelecido como base. 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
I – Análise Horizontal das contas do Ativo: 
 
Duplicatas a Receber = 4.200.000/2.887.500 = 145,45% 
Estoques = 3.990.000/3.811.500 = 104,68% 
Despesas Antecipadas = 105.000/57.750 = 181,81% 
Investimentos = 3.172.050/2.887.500 = 109,87% 
Imobilizado Líquido = 7.701.750/3.967.425 = 194,12% 
Diferido Líquido = 361.200/317.625 = 113,72% 
 
GABARITO: E 
 
 
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96. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Ômega S/A. 
 
Contas 2005 2006 
Caixa 25.000,00 45.000,00 
Bancos 105.000,00 155.000,00 
Duplicatas a Receber 150.000,00 310.000,00 
Estoques 200.000,00 350.000,00 
Ativo Circulante 480.000,00 860.000,00 
 
Empréstimos a Pagar 75.000,00 100.000,00 
Fornecedores 160.000,00 200.000,00 
Obrigações Tributárias 62.500,00 100.000,00 
Obrigações Sociais 82.500,00 100.000,00 
Passivo Circulante 380.000,00 500.000,00 
 
Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação da Necessidade de 
Capital de Giro – NCG entre 2005 e 2006 alcançou, em reais, o montante de 
 
(a) 45.000,00 
(b) 95.000,00 
(c) 215.000,00 
(d) 260.000,00 
(e) 310.000,00 
 
Resolução 
 
Mais uma questão de análise das demonstrações contábeis. Vou resolver, mas 
não cai na sua prova para o ICMS/RJ. 
 
Vamos aos conceitos: 
 
O ativo circulante pode ser dividido em Ativo Circulante Financeiro (ACF) 
e Ativo Circulante Operacional ou Ativo Circulante Cíclico (ACO). 
 
O ativo circulante financeiro é o conjunto de contas composto pelas 
disponibilidades e pelas aplicações financeiras. O ativo circulante ope-
racional (*) corresponde aos direitos da empresa oriundos das ativi-
dades operacionais, tais como clientes, estoques, ICMS a recuperar, 
adiantamento a fornecedores, entre outros. 
 
(*) Caso, no ativo circulante, existam contas de empréstimos concedi-
dos ou títulos a receber decorrentes de venda de bens do ativo perma-
nente, não devem ser considerados como ACO. 
 
O passivo circulante também pode ser dividido em Passivo Circulante 
Financeiro (PCF) e Passivo Circulante Operacional ou Passivo Circulan-
te Cíclico (PCO). 
 
O passivo circulante financeiro é o conjunto de contas composto pelos 
empréstimos a pagar, financiamentos a pagar e duplicatas desconta-
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 42 
das (na reclassificação do balanço, para efeitos de análise, deixam de 
ser retificadoras do ativo circulante e passam a ser do passivo circu-
lante). O passivo circulante operacional corresponde às obrigações da 
empresa oriundas das atividades operacionais, tais como salários a 
pagar, ICMS a recolher, duplicatas a pagar, provisão para o imposto de 
renda, entre outras. 
 
A Necessidade de Capital de Giro ou Investimento Operacional em Giro 
ou Necessidade de Investimento em Giro (NCG) corresponde à dife-
rença entre o ativo circulante operacional e o passivo circulante opera-
cional. 
 
 NCG = ACO – PCO 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
Contas 2005 2006 
Duplicatas a Receber 150.000,00 310.000,00 
Estoques 200.000,00 350.000,00 
Ativo Circulante Operacional 350.000,00 660.000,00 
 
Fornecedores 160.000,00 200.000,00 
Obrigações Tributárias 62.500,00 100.000,00 
Obrigações Sociais 82.500,00 100.000,00 
Passivo Circulante Operacional 305.000,00 400.000,00 
NCG 45.000,00 260.000,00 
 
Variação da NCG entre 2005 e 2006 = 260.000 – 45.000 = 215.000 
 
GABARITO: C 
 
97. A Cia. Milenium S/A utiliza freqüentemente a ferramenta Alavancagem Fi-
nanceira. Para tanto, reuniu as seguintes informações para realizar esta análi-
se: 
 
Ativo 2006 
Ativo Circulante 136.000,00 
Realizável a Longo Prazo 35.000,00 
Ativo Permanente 150.000,00 
Ativo Total 320.000,00 
Passivo 2006 
Passivo de Funcionamento 40.000,00 
Passivo Financeiro 80.000,00 
Patrimônio Líquido 200.000,00 
Passivo Total 320.000,00 
 
Considerando-se que a empresa está aprimorando os conceitos

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