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As funções da linguagem
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Ao analisar qualquer texto, qualquer imagem, pode-se perceber que suas linguagens funcionam para atingir um objetivo. Não há comunicação neutra. Há sempre um contexto, uma necessidade, uma situação pessoal determinando o que se diz, por intermédio de um discurso que pode ser informativo, autoritário, apelativo ou poético. 
Desse modo, pode-se falar em funções da linguagem. Analisar as funções da linguagem nos textos alheios ajuda-nos a descobrir os objetivos que direcionaram sua elaboração. Aplicá-las aos nossos, ajuda-nos a planejar melhor a comunicabilidade e a eficiência. 
As funções da linguagem organizam-se em torno de um emissor (quem fala), que envia uma mensagem (a informação,) a um receptor (quem recebe), usando um código que flui por intermédio de um canal (suporte físico). 
Quando comunicamos desejamos, acima de tudo, materializar nossas intenções. Onde não há intenção, não há necessidade de comunicação. O sujeito falante se comunica, portanto, quando quer colocar em cena uma intenção qualquer. Quais são essas intenções?
- Emocionar, julgar, influenciar.
- Construir uma ação.
- Informar/ descrever o mundo e os acontecimentos.
- Explicar o significado de um signo, de uma palavra.
. Estabelecer uma relação com o outro, iniciar ou finalizar uma comunicação.
Cada função da linguagem expressa uma intenção específica do sujeito que comunica. Ao elaborar uma frase, escrita ou oral, estamos apresentando uma intenção por meio de uma das 6 funções da linguagem. Quais são essas funções?
1. Função Fática
2. Função Referencial
3. Função Expressiva ou Emotiva
4. Função Conativa ou Imperativa
5. Função Metalingüística
6. Função Poética
Função Fática
A função fática pode ser definida como o conjunto de estratégias que construímos para iniciar, prolongar, testar ou interromper um contato comunicativo com alguém. Expressões tais como alô, tudo bem?, tchau, adeus, até logo e aí?, boa-noite!, como vai?, bom-dia!, senhor, eu gostaria de ..., por favor, eu poderia ...., sinto muito, mas não posso falar agora constituem as expressões fáticas mais comuns em nosso dia a dia. Expressões e estratégias bem mais complexas do que as supracitadas podem ser exigidas em situações mais formais. Em outras situações, um simples olhar, um aperto de mão, uma troca de cartões de visita, um gesto codificado culturalmente pode servir de meios para iniciar ou finalizar um contato interpessoal. Saber compreender o que nosso parceiro de comunicação espera do outro para iniciar um contato ou rompê-lo é fundamental quando se quer ser um bom comunicador.
Função Referencial
A função referencial tem a intenção de informar o interlocutor, fazendo referência a pessoas, objetos e estado de coisas da realidade, levando até ele um conhecimento de que necessita ou que é considerado importante. Possui as seguintes características:
. Usa uma linguagem denotativa.
. É centrada no referente.
. È informativa, narrativa e descritiva.
Saber dominar a função referencial da linguagem torna o comunicador mais eficaz, pois o capacita ler de forma integral as informações que lhe são trazidas por fontes cada vez mais complexas de informação, aumentando o seu banco pessoal de dados. Seu domínio capacita o indivíduo a ser também uma fonte de informações e, por conseqüência, um formador de opiniões.
Ex: Cai a desigualdade social na Grande BH.
Função Expressiva
Esta função é uma das mais importantes para o ser humano, pois é ela que permite ao homem expressar suas naturezas humana, afetiva e emocional, relativizando a sua natureza racional. Através da função expressiva, o sujeito que comunica expressa seus estados emocionais, suas atitudes afetivas diante do mundo e dos acontecimentos, suas opiniões pessoais, morais e ideológicas. São intenções da função expressiva:
. Exprimir a atitude do locutor em relação ao conteúdo de sua mensagem, da situação e do mundo em que vive.
, Expressar julgamentos, opiniões, exclamações, sentimentos e atitudes em relação ao mundo que o cerca.
A função expressiva situa o sujeito em sua individualidade, pois revela a sua subjetividade, ao contrário da função referencial que é marcada pela objetividade.
Ex.: “Não me perturbe!". 
Função Conativa ou Apelativa
Esta função tem a intenção de interpelar o interlocutor por meio de formas verbais imperativas, de pronomes (pessoais e possessivos) de 2ª. pessoa, construindo uma redação dialogal e interpelativa. A necessidade dessa função surge quando damos ordens a alguém, quando aconselhamos, sugerimos, incitamos, convocamos e interrogamos. Além dos diálogos do dia-a-dia e das operações de rotina que nos obrigam a utilizar a função conativa, outros discursos, como o da publicidade, esmeram-se em sua utilização.
Ex: "Beba o refrigerante X" ou "Não use drogas!". 
Função Metalingüística 
A função metalingüística é importante quando se torna necessário contornar um problema de incompreensão de itens de um código (palavras, sinais, símbolos). O dicionário cumpre essencialmente uma função metalingüística quando nos esclarece o significado de cada palavra da língua. Quando esclarecemos o significado de um termo utilizado em língua estrangeira em um texto estamos usando a função metalingüística. São intenções desta função:
- Resolver um problema de entendimento lingüístico.
. Buscar precisar o código para que não haja ambigüidade na mensagem.
. Esclarecer elementos específicos do código.
Ex.: "Valorizar significa atribuir valor a alguém ou a alguma coisa".
Aqui, está se explicando o significado de uma unidade do código lingüístico, a palavra portuguesa "valorizar". 
Função Poética
O ser humano, além de ser racional e afetivo, é também constituído de uma imaginação criativa que lhe permite jogar e brincar com as diversas formas de expressão. Esse potencial criativo faz dele um ser inventivo, capaz de contrariar e subverter as próprias regras de racionalidade que ele próprio criou. É através da função poética da linguagem que o sujeito que comunicar constrói formas de expressão marcadas pelo desejo estético e pela intenção de tornar a significação algo instável, plural e polissêmico. São intenções da função poética:
. Subverter o sentido referencial da mensagem tornando-a aberta.
- Ser conotativa, ou seja, plurissignificativa, polissêmica.
- Produzir um efeito estético palpável.
- Trabalhar com a estrutura da mensagem, sua sonoridade, seu ritmo, sua tonalidade, sua plasticidade, sua cor.
Ex: "Sou caipira, Pirapora Nossa/Senhora..."
Por meio das funções da linguagem podemos, portanto, construir diferentes tipos de mensagens. Cada tipo de mensagem estará representando uma intenção de comunicação:
mensagens referenciais, expressivas, conativas (incitativas), poéticas, metalingüísticas e mensagens fáticas.(EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto. Redação, argumentação e leitura. São Paulo: Geração Editorial, 2007. Texto adaptado)
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As funções da linguagem não existem isoladas em cada texto. Embora uma delas acabe predominando, elas convivem, mesclam-se, entrecruzam-se o tempo todo, obtendo-se de suas combinações os mais diferentes efeitos.
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PRODUÇÃO DE TEXTOS/FUNÇÕES DA LINGUAGEM
​​​​​​​​​​​​​​​​​ Dominar uma língua não significa apenas conhecer normas gramaticais, mas sobretudo empregar adequadamente essa língua em várias situações do dia a dia: na escola, com os amigos, num exame de seleção, no trabalho etc.
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A redação deve ser um ato efetivo de comunicação. Por isso, ao escrever, você deverá levar em consideração diversos fatores que determinam o tipo de texto a ser produzido. As noçõessobre funções da linguagem podem auxiliá-lo no momento de redigir seu texto.
Ao escrever, o emissor deverá ter em mente o contexto em que sua mensagem será produzida. Desse contexto, é importante salientar a finalidade do texto e o receptor a que ele se destina.
A FINALIDADE DO TEXTO
Vocês já sabem que, quando o objetivo for simplesmente informar alguém de alguma coisa, a função predominante da linguagem será a referencial, centrada no referente (contexto). Exemplo: a linguagem da ciência.
A função emotiva, por exemplo, aparecerá como predominante sempre que o emissor pretender externar opiniões, argumentos, julgamentos, enfim, transmitir algo de acordo com seu ponto de vista. Ela é, pois, centrada no emissor. Exemplo: as interjeições, os “palavrões”.
Se o texto que você está escrevendo tem por objetivo provocar uma mudança no comportamento do receptor, certamente nele predominará a função conativa da linguagem, que é centrada no destinatário (tu).
A propaganda explora bastante esse recurso.
Quando a ênfase é dada no contato, é centrada no canal de comunicação, sem se atribuir muita importância ao que é dito, mas simplesmente se valoriza o estar em comunicação com alguém, a função preponderante é a "fática". Ex.: "Oi, tudo bem?" e "Hoje está quente, não?". Essas mensagens não têm conteúdo muito relevante, mas servem para se iniciar o processo de comunicação. 
A função fática é comum em textos cujo emissor não conhece direito o assunto e fica fazendo “rodeios” ao seu redor. Por isso, antes de escrever é importante você inteirar-se do assunto sobre o qual pretende tratar.
Já a função poética que exige uma elaboração artística da língua aparecerá sempre que o objetivo do emissor for além da simples informação. Quando o autor se preocupar com a seleção de palavras, com os recursos expressivos, com o ritmo etc. e tiver a intenção de provocar uma determinada emoção no leitor, o texto provavelmente será poético. Essa função é centrada na mensagem.
E a função metalingüística é aquela que utiliza o código como assunto ou como explicação do próprio código. Ela é centrada no código. Exemplo: as definições.
O RECEPTOR A QUEM SE DESTINA O TEXTO
Quando escrevemos, precisamos ter em mente, ainda que de forma genérica, o tipo de receptor a quem o nosso texto se destina. Descrever um hipopótamo para uma criança é diferente de quando descrevemos para um zoólogo. Narrar um jogo de futebol para um leigo é diferente de fazê-lo para um especialista no assunto.
Exercícios 
Façam a leitura dos textos seguintes.
1. Antes de mais nada, é preciso lembrar que o sono faz parte do ciclo de 24 horas do ser humano. Ao dormir, uma pessoa está armazenando e recuperando energia para o resto do tempo do ciclo vital.
2. Hino ao sono
Sem a pequena morte 
De toda noite 
Como sobreviver à vida
De cada dia? 
Dos textos lidos, qual o mais adequado para ser utilizado numa aula sobre o tema: mensagem artística?
Reconheçam nos textos, a seguir, as funções da linguagem
 a) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de se desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e de complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer.” 
(O Estado de São Paulo)
b) O verbo infinitivo
 “Ser criado, gerar-se, transformar 
 O amor em carne e a carne em amor; nascer
 Respirar, e chorar, e adormecer
 E se nutrir para poder chorar
 Para poder nutrir-se; e despertar
 Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
 E começar a amar e então ouvir
 E então sorrir para poder chorar.
 E crescer, e saber, e ser, e haver
 E perder, e sofrer, e ter horror
 De ser e amar, e se sentir maldito
 E esquecer tudo ao vir um novo amor
 E viver esse amor até morrer
 E ir conjugar o verbo no infinito”... (Vinícius de Morais) 
 c) "Para fins de linguagem, a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca." (Matoso Câmara Jr.)
d) " - Que coisa, né?
 - É. Puxa vida!
 - Ora, droga!
 - Bolas!
 - Que troço!
 - Coisa de louco!
 - É!"
 
e) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights."
f) "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes." (Graciliano Ramos)
g) " - Que quer dizer pitosga?
 - Pitosga significa míope.
 - E o que é míope?
 - Míope é o que vê pouco."
 h) "O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e em seguida a demonstração. (...) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova." (Aristóteles)
 i) "Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o dia em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer."
j) O arauto proclamou:
“Meu estimado povo. Que as bênçãos de Deus, senhor todo-onipotente, desçam sobre vocês. Visando combater os gastos desnecessários e luxo. Visando dar igualdade geral ao país, com objetivo de eliminar invejas, rancores, entre irmãos, o Governo, em acordo com as fábricas de calçados, determinou que a partir deste momento será fabricado para toda a nação um só tipo de sapato, masculino e feminino. Fechado, liso e encontrável apenas na discreta e tão bonita cor preta”. (Ignácio de Loyola Brandão)

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