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Inquérito Policial_Parte 2

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IUS RESUMOS 
 
 
 
 
Inquérito Policial – Parte II 
 
 
 
 
 
 Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante 
 
 
IUS RESUMOS 
 
 
 
 
I INQUÉRITO PÓLICIAL – PARTE II ...................................................................................................... 3 
1. Destino do Inquérito Policial ........................................................................................................... 3 
2. Novas diligências requeridas pelo Ministério Público ........................................................... 4 
3. Arquivamento do Inquérito Policial ............................................................................................. 4 
3.1 Controle do Arquivamento do Inquérito Policial e Peças de Informação ............... 5 
3.2 Arquivamento Indireto ............................................................................................................... 6 
3.3 Arquivamento Implícito .............................................................................................................. 6 
3.4 Arquivamento Provisório ........................................................................................................... 6 
3.5 Desarquivamento do Inquérito Policial (art. 18 do CPP e súmula 524 do STF) ..... 7 
4. “Competência” no Inquérito Policial (art. 22 do CPP) ............................................................ 7 
5. Termo Circunstanciado de Ocorrência (art.69, caput, da LEI 9.099/95) .......................... 7 
6. Referências ............................................................................................................................................. 8 
 
SUMÁRIO 
 
INQUÉRITO POLICIAL – PARTE II 
 
[3] 
 
 
Nestor Távora e Rosmar Alencar (2014, p. 86) afirmam que o processo penal 
deve conferir efetividade ao direito penal, fornecendo os meios e o caminho para 
materializar a aplicação da pena ao caso concreto. 
Bem mais que um simples instrumento de aplicação do direito material, o 
direito processual penal constitui-se em um acervo de garantias processuais 
constitucionais que, conforme lição do mestre Aury Lopes Jr (2014, p. 107), são 
verdadeiros escudos protetores contra o abuso do poder estatal. 
Assim, o Direito Processual Penal, inserido no Direito Público, tem o papel de 
estabelecer garantias mínimas e condições necessárias para que haja legitimidade no 
exercício da jurisdição criminal. 
Nesse resumo vamos dar continuidade ao assunto “Inquérito Policial”, 
seguindo o roteiro do Código de Processo Penal. Vamos falar sobre a tramitação do 
inquérito após sua conclusão, as espécies de arquivamento que pode sofrer, 
competência ou atribuição no inquérito policial e termo circunstanciado de 
ocorrência. 
Boa leitura! 
Max Danizio Santos Cavalcante 
Equipe Ius Resumos 
--- ♠ --- 
 
I INQUÉRITO POLICIAL – PARTE II 
1. Destino do Inquérito Policial 
Devem acompanhar os autos do 
inquérito os instrumentos do crime e 
os objetos de prova, para que fiquem 
à disposição das partes, possibilitando 
o requerimento de realização de 
contraprova (art. 11 do CPP)
Tramitação do Inquérito Policial
A autoridade policial deverá oficiar o 
Instituto de Identificação e Estatística ou 
repartição congênere, mencionando o juízo a 
que tiverem sido distribuídos os autos e os 
dados relativos à infração penal e à pessoa 
do indiciado (art. 23 do CPP)
 
INQUÉRITO POLICIAL – PARTE II 
 
 
IUS RESUMOS 
 
Depois de concluído e devidamente relatado, o inquérito policial é 
encaminhado ao juízo competente. Se for o caso de ação penal privada, os autos são 
remetidos ao juízo, mas lá deverão aguardar que o ofendido ou o seu representante 
se manifestem (art.19 do CPP). 
Em caso de ação penal pública, o inquérito é remetido ao Juiz, que abre 
vistas ao Ministério Público, que por sua vez possui 03(três) opções: oferece a 
denúncia (caso entenda existir base para tanto), requisita novas diligências (que 
sejam imprescindíveis para o oferecimento da denúncia) ou pede o arquivamento, 
nas hipóteses legais. 
Conclusão do Inquérito 
Policial
Crime de ação 
penal pública
MP requisita novas 
diligências
MP oferece denúncia
MP promove 
arquivamento
 
2. Novas diligências requeridas pelo Ministério Público 
O Ministério Público poderá: 
Novas diligências requeridas pelo Ministério Público
O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade 
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia 
- art. 16 do CPP
Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos 
complementares, ou novos elementos de convicção, deverá requisitá-los 
diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou possam 
fornecê-los – art. 47 do CPP
 
3. Arquivamento do Inquérito Policial 
O arquivamento do processo se dará da seguinte forma: 
INQUÉRITO POLICIAL – PARTE II 
 
[5] 
Se esgotadas as diligências 
cabíveis e o MP concluir que 
não há indícios suficientes 
de autoria ou prova da 
materialidade delitiva, ou...
Em sendo o caso de provável rejeição da denúncia 
(art. 395 do CPP) ou de absolvição sumária (art. 
397 do CPP)
Deverá ser formulado ao Juiz o pedido de 
arquivamento do Inquérito Policial
Arquivamento do Inquérito Policial
 
3.1 Controle do Arquivamento do Inquérito Policial e Peças de Informação 
É importante verificar a competência para o encerramento do inquérito1: 
O arquivamento do Inquérito 
Policial, em regra, é ato complexo
Requerimento do órgão do 
Ministério Público
Anuência do órgão do Poder 
Judiciário, manifestada através de 
decisão homologatória
Controle do Arquivamento do Inquérito Policial
Depende de dois atos distintos, de órgãos 
diversos, para produzir efeitos
Efeitos
 
Conforme o artigo 28 do CPP, se o órgão do Ministério Público, ao invés de 
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de 
quaisquer peças de informação, ocorrerá o que se segue: 
MP requer o 
arquivamento
Juiz 
discorda
Remessa dos autos ao 
Procurador Geral de Justiça 
(ou à Câmara de 
Coordenação e Revisão, no 
caso do MPF)
PGJ ou Câmara 
concorda com o 
pedido de 
arquivamento
PGJ ou Câmara 
discorda do pedido de 
arquivamento
Juiz está obrigado a 
homologar o 
arquivamento
Designa outro 
membro do MP para 
oferecer a denúncia
Oferece 
diretamente a 
denúncia
 
IUS RESUMOS 
 
3.2 Arquivamento Indireto 
A hipótese em que o 
Ministério Público deixa de 
oferecer denúncia por 
entender que o juízo é 
incompetente para processar 
e julgar a causa
Se o magistrado discordar 
do MP, deve remeter os 
autos ao Procurador Geral de 
Justiça, aplicando 
analogicamente o artigo 28 
do CPP
Chama-se 
arquivamento 
indireto... 
 
3.3 Arquivamento Implícito 
Nas palavras de Nestor Távora e Rosmar Alencar2, arquivamento implícito é: 
O Ministério Público, ao propor a 
denúncia, deixa de se manifestar 
acerca de alguma infração relatada 
no inquérito
É resultado da omissão ministerial que passa despercebida pelo magistrado
O arquivamento implícito ocorre quando...
O Ministério Público deixa de indicar algum 
criminoso que tenha sido indiciado, 
seguido do recebimento da denúncia pelo 
juiz que não notou a omissão
 
Importante destacar que: 
O arquivamento implícito não tem sido aceito pela jurisprudência, 
nem pela doutrina, em razão da ausência de previsão legal para 
essa hipótese, pois, sendo a ação penal indisponível, o aditamento 
da denúncia pode se dar a qualquer tempo, desde que antes da 
sentençafinal, conforme previsão do art. 569 do CPP
Atenção
 
 
3.4 Arquivamento Provisório Arquivamento
Provisório
Ocorre na hipótese da ausência de uma condição de 
procedibilidade, como no caso de representação da vítima 
nos crimes de ação penal pública condicionada a essa 
representação
Se a vítima se retrata antes do oferecimento da denúncia 
(art. 25 do CPP), também caberá o arquivamento, que 
perdurará até que ela se arrependa e volte a representar
 
 
Se ultrapassado o prazo de 6 (seis) meses desde a descoberta da autoria do 
delito e a vítima não representa, ela decai de seu direito, e o arquivamento que era 
provisório se torna definitivo (art. 38 do CPP). 
INQUÉRITO POLICIAL – PARTE II 
 
[7] 
 
3.5 Desarquivamento do Inquérito Policial (art. 18, CPP e súmula 524 do STF) 
Em regra, a decisão de arquivamento não gera coisa julgada material, 
podendo ser revista a qualquer tempo, desde que haja provas novas que autorizem o 
seu desarquivamento. Apenas em algumas hipóteses o arquivamento terá efeito 
definitivo, não podendo ser desfeito3: 
Atipicidade do fato 
ou inexistência do 
crime
Reconhecimento de excludentes de 
ilicitude, culpabilidade ou de causas 
de extinção da punibilidade
Impossibilidade de 
desarquivamento
Aos demais casos aplica-se a redação do art. 18 do CPP: ”Depois de ordenado o 
arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para 
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras 
provas tiver notícia”
 
4. “Competência” no Inquérito Policial (art. 22 do CPP) 
O inquérito policial não obedece às regras de competência processual. Para a 
autoridade policial não se fala em competência, mas em atribuição, sendo que a 
delimitação territorial na qual ela exerce as suas atribuições é conhecida como 
circunscrição. 
Quanto ao critério territorial, a circunscrição é determinada 
pelo local da consumação do delito
Há ainda o critério 
material de fixação da 
atribuição
Atribuição no Inquérito Policial
O critério diz respeito à divisão de atribuições entre a polícia federal e as polícias civis, 
bem como dentro das próprias polícias, por meio de delegacias especializadas
 
5. Termo Circunstanciado de Ocorrência (art. 69, caput, da Lei 9.099/95) 
O Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) é uma peça mais simples, que 
possui algumas diferenças em relação ao Inquérito4: 
IUS RESUMOS 
 
Termo Circunstanciado de Ocorrência
Aplicado a infração penal de menor 
potencial ofensivo, de competência 
dos Juizados Especiais Criminais
O TCO é semelhante ao boletim de ocorrência policial, mas, incorpora uma 
narrativa mais detalhada do fato registrado, com a indicação do autor do fato, do 
ofendido e do rol de testemunhas
Será competente para a lavratura a autoridade policial a que for comunicada a 
ocorrência da infração
A autoridade policial deverá proceder à 
lavratura do termo circunstanciado de 
ocorrência (TCO), ao invés do inquérito
 
Porém, há casos em se recomenda a lavratura do inquérito policial, como 
exemplo: se o crime for de alta complexidade, se não for conhecido o autor da 
infração penal ou ainda se houver conexão ou continência com crime que comporte 
a instauração de inquérito policial. 
 
6. Referências 
AVENA, Norberto. Processo Penal Esquematizado. 3ª ed. São Paulo: Editora 
Método, 2011. 
TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de direito processual 
penal. Salvador: JusPodivm, 2014. 
 
NOTAS: 
 
1 Nestor Távora e Rosmar Alencar (2014, p. 159). 
2 Nestor Távora e Rosmar Alencar (2014, p. 171). 
3 Nestor Távora e Rosmar Alencar (2014, p. 157-158). 
4 Noberto Avena (2011, p. 224).

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