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Zhilda Mota Revisão agentes biotérmicos e biolétricos Tens: O que é a dor? É uma sensação desagradável, criada por um estímulo nocivo, e que atinge o sistema nervoso central por meio de vias específicas. Qual a função da dor? Dor aguda: curta duração, tem a função de nos afastar rapidamente e de maneira reflexa da fonte de perigo evitando danos maiores. Exemplo: quando encostamos a mão em uma panela quente. Dor crônica: maior duração, promove mudanças comportamentais, o que ajuda na recuperação do corpo e na construção dos tecidos danificados. Exemplo: uma tendinite, uma lesão tecidual... Receptores periféricos da dor Nociceptores: terminações nervosas livres; possuem limiar alto de ativação; sensíveis s estímulos que potencialmente lesam tecidos (estímulos mecânicos, térmicos, elétricos e químicos.); dão origem as fibras nervosas aferentes de pequenos diâmetro que conduzem potenciais de ação para a medula espinal e centros superiores do SNC. É necessário que o estímulo atinja o seu limiar de descarga, que é muito mais elevado do que as outras terminações nervosas como termoceptores, mecanoceptores, baroceptores, somente será ativado quando for um estímulo de alta intensidade. O estímulo álgico é conduzido até a m edula espinhal através das fibras sensitivas aferentes: Fibras mielinizadas de pequeno diâmetro (TIPO Aδ) conduzem a dor aguda. Fibras não-mielinizadas de pequeno diâmetro (TIPO C) conduzem a dor crônica Fibras nervosas Aβ: sensações não dolorosas, grande diâmetro, mielínica, responde a frequências próximas a 80 Hz e fase < ou igual à 120µs Aδ: dor aguda, pequeno diâmentro, mielínica, responde a frequências < 30Hz e fase >120µs ACx: dor crônica, pequeno diâmetro, amielínica, responde a frequências <10Hz e fase >120µs Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) Técnica de neuroestimulação sensorial não invasiva e não lesiva cujo principal objetivo é controle a dor. O Tens pode ser monfásico ou bifásico. Parâmetros Frequência: 1 – 300 Hz (1 a 10 Hz) tendem a ativar e estimular as estruturas mioneurais (opiatos) (50 a 100 Hz) tendem a ativar o mecanismo da comporta medular. Duração de pulso (DP): 50 - 300 µs Liberação de endorfinas Endorfina → susbtância endógena Núcleos da base, no córtex: estimulam neurônios inibitórios descendentes → substância P (neurotransmissor da dor); analgésico (família das endorfinas); quantidade depende do paciente Intensidade: limiar motos (máximo suporável) Fase: 120 – 200 µ ou maior Frequência: ≤ 25Hz Duração: acima de 10 minutos Efeito residual duradouro: 2 horas ou mais Modos de estimulação – TENS Convencional Baixa frequência (acupuntura) Burst (trens de pulso) Breve-intenso Tens convencional Frequência de pulso: alta (50 – 100hz) Duração de pulso: 40 – 75µs Intensidade: confortável alta Dor aguda superficial e crônica Estimulação das fibras A beta Tens acupuntura (fibras A delta e C) Frequência de pulso: baixa (1 – 4hz) DP: 150 – 250µs (largo) Intensidade: forte, no limiar suportável. Dor crônica Tens burst Frequência de pulso: alta, modulada (100 – 150Hz) Duração de pulso: 150 – 300µs (largo) Intensidade: forte, em nível de tolerância Tens breve-intenso Frequência de pulso: alta (100 – 150Hz) DP: 150 – 250µs (largo) Intensidade: forte, mas tolerante Introdução à estimulação elétrica neuromuscular – EENM É um recurso eletroterapêutico que possibilita a transmissão de sinais elétricos para o músculo, facilitando o movimento. Consiste na estimulação de um músculo que apresenta controle normal, para produzir uma contração muscular e tem como objetivo a restauração, manutenção ou melhor da capacidade funcional. Interação fisiológica da EENM A EENM despolariza o nervo motor ↓ Há produção de uma resposta sincrônica nas fibras musculares ↓ Entrada seletiva e repetitiva de aferentes ao SNC ↘ Estimula a contração muscular e ativa mecanismos de reflexos necessários à reorganização da atividade motora Contração voluntária ≠ estimulação elétrica Estimulação elétrica funcional – FES É uma corrente de baixa frequência, destinada a produzir contrações, mediante trens de pulsos. Permite a EE de um músculo com perda do controle normal, devido a lesão de NMS, para produzir uma contração muscular desejável. Contribui para a normalização das atividades motoras básicas. Atua no limiar motor, corrente bifásica Efeitos terapêuticos Promover movimentos funcionais para prevenir atrofias Manter e melhorar a ADM Recuperar a motricidade e sensibilidade das áreas afetadas Adequar o tônus Promover facilitação neuromuscular Estabilizar ombro subluxado Parâmetros Para redução de fraqueza muscular Frequência: ideal 50Hz Ciclo on/off= 1/3 (10/30s) On= 4 - 6s off= 12 – 18s Rampa: subida lenta (3 – 5s) Eletrodos no ventre muscular Manutenção ou ganho de ADM Frequencia: +/- 20Hz Ciclo on/off: ½ On: 6s, off: 12s Eletrodos no agonista ao movimento limitado Espasticidade Frequência: 20 à 30Hz Ciclo On/off: 1/5 On: 10 – 15s/ off: 30 – 60s Eletrodos no músculo antagonista Ombro subluxado Frequencia: 25 – 35Hz Sem ciclo On/off Eletrodos no músculo deltoide posterior e supraespinhoso Dorsiflexão do tornozelo sem marcha Frequencia: 25 – 35Hz On: tempo de fase de balanço Off: tempo de fase de apoio Eletrodos nos pontos motores do tibial anterior e fibulares Corrente russa É uma corrente alternada de média frequência, que pode ser modulada em rajadas, utilizada com fins excitomotores Características da corrente russa As frequências de estimulação para geração de força resultante ou somção tetânica são diferentes: Fibras tipo I (vermelhas): frequências mais baixas (20 – 50Hz) Fibras tipo II (brancas): alta frequência (50 – 100Hz) A estimulação de um músculo ou fibras neuromusculares com frequências maiores que sua velocidade de despolarização/repolarização máxima pode levar: Que alguns pulsos poderá coincidir com o período refratário absoluto causando maior dificuldade na repolarização Em virtude da frequência elevada, ocorre intensa fadiga da placa motora terminal Especificações técnicas Frequência portadora: 2500 – 4000Hz → é a corrente de média frequência que vai gerar a corrente de baixa frequência para a estimulação muscular Frequência de modulação: frequência de ciclos por segundos, normalmente de 0 – 150Hz Ciclo: são rajadas, ou seja, burst de pulsos de média frequência mais o intervalo entre as rajadas Porcentagem do ciclo: é a quantidade de corrente dentro da rajada pode ser 20%, 30%, 40% Tempo de contração: é a sustentação da estimulação. Normalmente vai de 0 – 30s Tempo de repouso: quando não há contração, não passa corrente. Normalmente vai de 0 – 30s Modulações Modo sincrônico: canais ligados ao memso tempo Modo sequencial: drenagem linfática, canais programados na sequencia (proximal para distal) Modo contínuo: analgesia. Sensação leve de formigamento Modo recíproco: canais alternados (1 e 3, 2 e 4) Correntes interferências Para que é utilizada? Reparação de tecidos Analgesia Estimulação neuromuscular O que é? É uma corrente alternada, simétrica, pulso retangular ou sinusoidal, média frequência (1000 – 10000H) modulada em baixa É mais indicada para tratamento das camadas mais profundas É o fenômeno que ocorre quando se plicam duas ou mais oscilações simultâneas no mesmo ponto de um determinado meio, com frequências levemente diferentes. São utilizadas duas correntes alternadas de média frequência que tem interação entre si. Uma corrente fixa de 4000Hz e outra de 4001 – 4250 Características das correntes interferências Duas correntes portadoras de média frequência: uma fixa em 4000 Hz e outra variando entre 4001 – 4250 Uma corrente de baixa frequência, modulada em amplitude: entre 1 a 200Hz (dentro do alcance biológico) Colocação dos eletrodos Técnica tetrapolar Em folha de trevo A EE deveser sentida entre e não sob os eletrodos Técnica bipolar A EE deve ser sentida entre os eletrodos Para produzir contração muscular Pede controle on/off Ultrassom Vibrações que geram ondas acústicas (1-5) não audíveis Geram calor profundo Não é antinflamatório, é pró-inflamatório Tipos de US Frequência (↑ frequência ↓profundidade) 1mHz → +/- 12cm 3mHz → +/- 4cm 5mHz → +/- 2cm Modo de estimulação Contínuo: pulsação ou vibrações sem parar; não é utilizado em dor aguda pois gera calor; térmico; utilizado em dores crônicas. Pulsado: pulsa e para; atérmico Ciclo de trabalho: 10% → 1/10: modo agudo 20% → 1/5 50% → 1/2: gera calor/subagudo Frequência: 16Hz → + profundo 48Hz 100Hz → - profundo Efeitos fisiológicos Pós-inflamatório: + o pulsado Efeito Piezoelétrico: gera estímulo e aumento da atividade celular com vibrações, estimula o cálcio, + intenso no pulsado Aquecimento tecidual Técnicas de aplicação +/- 4 segundos por área Utilização de álcool em gel com água na “cabeça” do aparelho mesmo antes de ligar Indicações Casos inflamatórios Fraturas Etc Contra-indicação Região lombar de grávidas Marcapasso Seis nodulares Fonotorese: administração de medicamentos pelo ultrassom
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