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Direito Empresarial Prof. Frederico Gustavo Fleischer Histórico Prof. Frederico Gustavo Fleischer Antigamente não existia nem conflitos econômicos nem economia; Auto-suficiência Pessoa plantava para a sua própria necessidade de sobrevivência Permuta Ocorre um erro e produz mais arroz que feijão O vizinho tem mais feijão que arroz Pessoas viram a praticidade de se especializar em uma cultura A produção ia aumentando A produção não mais era voltada para a auto-suficiência Produção para troca (ESCAMBO) Burguesia: Assumiu uma importância política. Começou a ficar difícil levar o produto Inventou o papel moeda A moeda começou a valer o produto Prof. Frederico Gustavo Fleischer Revolução Industrial Cada vez mais as pessoas têm que se especializar Pessoas querendo tirar o máximo proveito do método produtivo Surgiram os conflitos Napoleão Bonaparte no Séc. XIX Criou o Código Napoleônico Dividiu o direito privado em dois Ramos Direito Civil Direito Comercial Porque está divisão? Divisão feita pelo interesse social O fechamento da empresa prejudica várias pessoas Gera um efeito cascata Como decidir quem vai ser amparado pela parte Civil e pela Comercial? Colocaram o nome em uma lista Isto é a Teoria dos Atos do Comércio Teoria dos Atos de Comércio Prof. Frederico Gustavo Fleischer No nosso Código Comercial, que é de 1850, aplica-se esta teoria. O regulamento 737 trazia a lista de atividades que era denominada comerciante Problemas: Novas atividades que vão surgindo e não estava ingressada no código comercial Ex: Agronegócio. Teoria da Empresa Prof. Frederico Gustavo Fleischer Criada por Mussolini, no Código Civil Italiano O Brasil só absorveu isto em 2002 Qual a diferença entre a Teoria do Comércio e a da Empresa? Para de olhar o que faz (atividade) Passa a analisar o meio que esta atividade é exercida Elabora requisitos para fazer esta análise Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850. Empresário Prof. Frederico Gustavo Fleischer Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Exerce profissionalmente Atividade Econômica Organizada Produção (Bens/Serviços) Circulação (Bens/Serviços) Código não define empresa Quando ele fala “QUEM” ele fala em PF (Art. 966) Sociedade Empresária (Art. 982) Prof. Frederico Gustavo Fleischer Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. Para ser empresário Prof. Frederico Gustavo Fleischer 1. Exercício profissional 2. Intuito econômico 3. Forma organizada 4. Produção de bens ou prestação de serviços circulação de bens ou serviços Prof. Frederico Gustavo Fleischer Exercício Profissional: Habitualidade: (freqüência). Pessoalidade: Quando a atividade é exercida em nome da própria pessoa. Ex: Professor que dá aula em nome da IES (Não tem pessoalidade) Quando há pessoas atuando em seu nome Quem tem chefe não é empresário. Intuito Econômico Ter lucro: Não interessa se é meio ou fim Filantropia? Prof. Frederico Gustavo Fleischer Forma organizada: Tem os quatro fatores de produção Mão de Obra Capital Insumo Tecnologia Ex: Dona Maria faz marmita, exerce atividade empresarial? Tem habitualidade Visa Lucro Mas não tem mão de obra (trabalha sozinha) Produzir (Bens/Serviços) Bens: Produzir algo. Serviço: Prestar serviço Prof. Frederico Gustavo Fleischer Circulação (Bens/Serviços) Bens: Se alguém produz outro tem que transportar este bem Serviço: Quando vende o serviço do outro. Ex: CVC vende um pacote turístico onde está incluso as passagens. O serviço de Vôo será prestado pela TAM. OBS: COOPERATIVA NÃO é empresa Empresa Prof. Frederico Gustavo Fleischer É a ATIVIDADE exercida pelo empresário Empresa não entra em falência O prédio é Estabelecimento Comercial Sócio não é empresário Pessoa Física: Pode ser empresário (Art. 966) Empresário Individual (isso é uma redundância) Tem CNPJ Pessoa Jurídica: Pode ser empresário (Art. 982) Sociedade Empresária Tem CNPJ Empresário Individual não podia ser pessoa jurídica O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) servia para cadastrar tanto Pessoa Jurídica (PJ) quanto Pessoa Física (PF) A partir de janeiro de 2012 passou a existir as EIRELI Prof. Frederico Gustavo Fleischer Para ser empresário tem que preencher todos os requisitos Não é considerada Sociedade Empresarial a Sociedade simples, pois o código assim determina Lidam com o intelecto Advogado; Médico; Etc... OBS: Se a pessoa tem um estrutura grande, com funcionários, etc, mas o pessoal ainda a procura em virtude do nome do proprietário, não temos uma caracterização de Firma, não é empresário. AGORA, se o procedimento de procurar a Firma é por ela mesma, ai sim é empresário seu proprietário. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Leis das COOPERATIVAS (Lei 5.761/71) Cooperativas independentemente de como trabalham, nunca serão consideradas sociedades empresariais. Agronegócio Pode ser ou não sociedade empresarial. É facultativo: Se quiser basta registrar na junta comercial É a única atividade que recebe a brecha da faculdade pelo Código Civil Diferença entre Bem e Serviço Não se tem uma definição fechada sobre este assunto Tradicionalmente se colocava: Bens: Corpóreos Serviços: Incorpóreos Com o advento da Internet, este conceito foi quebrado. A compra de um livro digitalizado é um BEM, mas não é corpóreo. Empresário (Unipessoal) Prof. Frederico Gustavo Fleischer É a pessoa física equiparada à Pessoa Jurídica que atua em uma determinada atividade empresarial. Requisitos Básicos Capacidade Se for incapaz não tem como Efetuar Registro no Departamento Nacional de Registro Comercial (DNRC) O DNRC é vinculado a União Delega poderes a Junta Comercial para fazer o registro Junta Comercial efetua o registro e posteriormente repassa para a DNRC Não ter impedimento legal Juiz de direito Não pode ser empresário Individual Pode ser sócio o Não pode ser administrador Incapacidade para ser empresário Menor de 18 anos (salvo emancipação) Emancipação pode ocorrer: Autorização dos pais Casamento Outorga de grau Filho Exercício efetivo em cargo público Economia própria Ébrio Tem que ser contínuo Viciado em tóxicos Excepcional Pródigo Pessoas que não tem controle sobre seus gastos Silvícola (de acordo com legislação específica) É considero apenas aquele índio que nãoteve nenhum contato social Lei do Índio Prof. Frederico Gustavo Fleischer Prof. Frederico Gustavo Fleischer Pode existir empresário incapaz? Sim, quando a incapacidade surge depois de abrir a Firma Neste caso a pessoa que se tornou incapaz mantém a capacidade empresarial, porém: Vai ter um curador: Nomeado pelo juiz Não pode ser o administrador a Firma Exemplo: Empresa aberta e funcionando perfeitamente. Acontece um grave acidente Morre o pai (empresário) e a mãe, sobrevivendo apenas o filho menor Empresário passa a ser o filho Juiz nomeia um tutor Se o Tutor não puder administrar, nomeia-se um gerente Em todos os casos terá um Alvará Judicial Autoriza o incapaz a manter a atividade empresarial Alvará pode ser cassado a qualquer momento Quando um incapaz recebe uma herança Tem que ter a separação entre: Patrimônio do menor Patrimônio da atividade empresarial OBRIGATÓRIO: Patrimônio, no caso de incapaz, não pode ser afetado Impedimentos Prof. Frederico Gustavo Fleischer Qual a diferença entre Impedimento e Incapacidade? Incapacidade: Atinge a pessoa em si Impedimento: Atinge a ocupação da pessoa Ex: Ser Juiz (Art. 95 CF/88) Só pode empresariar se deixar a função de Juiz. Todos os Atos praticados por uma pessoa impedida são VÁLIDOS Prof. Frederico Gustavo Fleischer Magistrado Pode participar de sociedade empresarial Ministério Público: Art. 128, § 5º, II, c) Não pode participar nem de sociedade empresarial OBS: Ambos (Juiz e membros do Ministério Público) podem participar como investidores, que é ser quotista de quem não traz responsabilidade. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Funcionalismo Público: Art. 117, X, (Lei 8.112/90) Qualquer pessoa que assuma cargo público, não pode ser empresário Pode ser sócio Art. 117. Ao servidor é proibido: X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, salvo a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros, e exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; Prof. Frederico Gustavo Fleischer Militares: Art. 29 (Lei 6.880/80) Militares na ativa são impedidos de empresariar. Inclui: Policia Militar Corpo de Bombeiro Art. 29. Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Falidos: (Lei 11.101) O empresário que teve a sua quebra decretada judicialmente (falido não-reabilitado) Só pode voltar a empresariar depois de ter decretado pelo juiz a sua reabilitação Caso o empresário NÃO incorra em crime falimentar: Basta a declaração de extinção das obrigações para considerar a sua reabilitação Caso o empresário incorra em crime falimentar: Além do decurso legal terá que obter: a declaração de extinção das obrigações e a sua reabilitação penal para considerar a sua reabilitação Gerente e administradores condenados por crime falimentar não pode empresariar, mas podem participar de uma sociedade empresária como sócios. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; É agente Público Não podem ser acionistas de Empresa que tem contrato com ente público Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; Prof. Frederico Gustavo Fleischer Estrangeiros com visto provisório: (Nem visto de trabalho) Não pode ser empresário nem administrar Leiloeiro: Não pode empresariar, nem ser sócio ou administrador) Sua atividade é de interesse público Seu registro é feito na Junta Comercial Despachante Aduaneiro Não é atividade empresarial Registro na Junta comercial Realiza o desembaraço da zona aduaneira Em virtude de seu trabalho, ele não pode ser de firma que envolva importação e exportação nem: Sócio Empresário Administrador Prof. Frederico Gustavo Fleischer Corretores de seguro Não pode fazer nada (nem empresariar, nem ser sócio e nem ser administrador) Envolve com uma série de fatores econômicos que podem causar danos ao sistema econômico Prepostos Preposto é qualquer funcionário da empresa Preposto não pode concorrer com o patrão Só não pode empresariar. Médicos Não podem atuar na área farmacêutica enquanto médico Não pode ter conflito de interesse Ele tem que trabalhar com o melhor remédio, e não com o que ele fabrica Prof. Frederico Gustavo Fleischer Registrar a empresa na junta comercial Se ele não registra, ele é empresário? Depende Para as obrigações ele é empresário Para os benefícios ele não é empresário É um empresário irregular EIRELI Empresa Individual de Responsabilidade Limitada Lei 12.441/2011 em vigor desde janeiro de 2012 Registro regulamentado pela instrução normativa nº 117 DNRC Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País Mínimo do Capital Social – 100 salários O capital deve estar 100% integralizado, independente de seu valor Só pode participar de uma única empresa desta modalidade Pode ser constituída por pessoa Jurídica? Apesar da divergência doutrinário o entendimento hoje é de que não pode Prof. Frederico Gustavo Fleischer Desaparecimento do empresário Prof. Frederico Gustavo Fleischer Morte Falência Desistência Empresário desiste por vontade própria Revogação de Alvará Judicial Alvará é para pessoa com impedimento empresarial, Juiz cassa o alvará então acabou. Nome empresarial Prof. Frederico Gustavo Fleischer O nome Empresarial serve para: Individualizar Mostrar o grau de responsabilidade do Sócio. Isso é muito importante para as pessoas que irão fazer negócios com este Empresário Definição: “É aquele adotado por pessoa física ou jurídica para o exercício do comercio e por cujo meio se identifica” (Dylson Dória) Prof. Frederico Gustavo Fleischer Pode ser enquadrado no direito patrimonial? Não pode ser vendido Nome Empresarial tem que corresponder a verdade Art. 1164 CC Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. Parágrafo único. O adquirentede estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor. No caso de Franquia Nome Fantasia é diferente de Nome Empresarial Em caso de Sucessão Morreu, troca o nome Prof. Frederico Gustavo Fleischer Para impedir concorrência desleal Protegido na Junta Comercial Proteção Estadual OBS: É proibido no Nome Empresarial usar: Sigla ou nome de órgão governamental Nome de organismo internacional OBS: Se a Junta comercial registrar um nome parecido, ferindo o Princípio de Originalidade, a mesma responde por perdas e danos para os detentores dos dois nomes. Tipos de nome empresarial Prof. Frederico Gustavo Fleischer Firma individual: Só para empresários individuais Utilizado sempre no caso de Empresário Segue as regras do empresário para compor o nome Nome do empresário (todo, abreviado ou parte) Podendo acrescentar um elemento da atividade Ex: João da Silva Padaria Prof. Frederico Gustavo Fleischer Firma Social: Razão Social – Vincula o nome ao sócio Nome empresarial que vai ser dado para: Sociedade de pessoas: Importa a qualificação social. Ex: Comandita simples Sociedades mistas: Pode enquadrar tanto na de pessoa quanto na de capital. Ex: Sociedade LTDA Neste caso quando a sociedade mista se enquadra na de pessoa Nome constituído pelo: Nome dos sócios (todos ou não) Nome completo ou não Abreviado ou não Podendo ser adicionado ao final: Elemento de atividade Pode identificar o estado: Irmão, filhos, etc... Prof. Frederico Gustavo Fleischer Denominação Social: Nome empresarial que vai ser dado para: Sociedade de capital e EIRELI Ex.: Sociedade Anônima. Sociedades mistas: Pode enquadrar tanto na de pessoa quanto na de capital. Ex: Sociedade LTDA Neste caso quando a sociedade mista se enquadra na de capital Não vincula ao nome de ninguém Obrigação 1 Objeto + Nome + Tipo de Responsabilidade Objeto: Área de atuação Nome: Inventado Tipo: S/A por exemplo Ex: Lojas Americanas S/A Estabelecimento empresarial Estabelecimento empresarial é um complexo de bens Móveis/Imóveis: Casa, carros, computadores Materiais/Imateriais: Ponto Comercial, patente, marcas Bens reunidos pelo empresário ou sociedade para exercer a sua atividade. OBS: Não é só o local (ele faz parte) Pode ser alienado? Pode, pois é propriedade. Art. 1143 CC O valor vai além da união de seus bens. Inclui: A utilização que o Empresário dá aos seus bens Não inclui a clientela É um valor subjetivo Ex: Microsoft Ativo da Microsoft: U$ 11 Bi Vale na Bolsa: U$ 509 Bi Prof. Frederico Gustavo Fleischer Ponto Comercial Prof. Frederico Gustavo Fleischer É o local onde está sediada a atividade empresarial Prof. Frederico Gustavo Fleischer O que traz valor econômico ao Ponto Comercial: Facilidades Capacidade de atrair clientes Proteção do ponto comercial: Imóvel próprio: O próprio direito que norteia a garantia do imóvel protege este Ponto Comercial. Imóvel Locado: Se em virtude da capacidade do empresário de atrair clientes e facilidades oferecidas, ele pode renovar judicialmente a locação (ação renovatória). o O Direito de propriedade neste ponto está intacto o O Locador tem seu direito garantido, mesmo porque está previsto na CF/88 Ação Renovatória Prof. Frederico Gustavo Fleischer Mínimo 3 anos de atividade empresarial no local. (A mesma atividade) Tem que estar no local a mais de 5 anos. (Consecutivos e com contrato escrito) Jurisprudência do STJ diz que pequenos lapsos temporais não significa novo contrato Tem que ser feito dentro do prazo decadencial da ação renovatória Prazo de 1 ano a 6 meses ANTES do término do contrato Prazo decadencial: Não tem motivo para suspender nem interromper Prof. Frederico Gustavo Fleischer Prazo da renovação é o mesmo do contrato anterior Acessio Temporis: União de contratos consecutivos É a possibilidade de somar os prazos dos contratos escritos, com prazos inferiores a cinco anos, para que o locatário possa ajuizar ação renovatória, desde que a locação seja para fins comerciais, industriais e para sociedades civis com fins lucrativos. Contratos não tem que ser registrado Basta ser entre particulares Direito de Recusa Prof. Frederico Gustavo Fleischer • São 5 possibilidades: Obra por determinação do poder público Obra para valorização do imóvel Para uso próprio Pode ser: A própria pessoa Uso do Cônjuge Uso do ascendente ou descendente Pode requerer desde que seja empresário ou sócio majoritário em sociedade empresária Tem que ter atuação de no mínimo 1 ano Não pode ser a mesma atividade comercial do locatário. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Aluguel insuficiente frente a valorização do imóvel 2 possibilidades devem ser analisadas Valorização aconteceu devido a atividade comercial desenvolvida pelo locatário o Neste casão não pode aumentar o aluguel, Valorização aconteceu devido a atividade alheia a atividade comercial exercida pelo locatário o Neste caso pode aumentar o aluguel, Melhor oferta de atividade distinta Locatário tem preferência, se cobrir a oferta. Aviamento Prof. Frederico Gustavo Fleischer Capacidade lucrativa da empresa. Não faz parte do estabelecimento. Quando aliena o estabelecimento a capacidade lucrativa não vai junto. Possui vários elementos subjetivos. O aviamento é determinante para deduzir o valor da alienação. Na teoria pode ter empresa sem aviamento. Trespasse Prof. Frederico Gustavo Fleischer Alienação do estabelecimento comercial Condições para o trespasse (alternativas) O Ativo restante tem que ser suficiente para quitar o passivo O trespassante quita todo o passivo Credores autorizam a realização Autorização pode ser o Expressa o Tácita: 90 após a comunicação feita pelo trepassante ao credor. O adquirente somente se responsabiliza por débitos contabilizados O trespassante fica solidariamente responsável pelo passivo pelo prazo de 1 ano Débitos vencidos Prazo contado da publicação do trespasse Débitos vincendos Prazo contado do vencimento da dívida Prof. Frederico Gustavo Fleischer Registro Prof. Frederico Gustavo Fleischer É a obrigação do empresário se registrar (art. 967, CC) O empresário ou a sociedade empresária deve arquivar seus atos constitutivos. Exceção: Na atividade rural, o registro é facultativo. Só é empresário se fizer o registro. Lei. 8934/94 - Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (SINREM) SINREM normatiza e tem como regulador o DNRC (federal) O DNRC tem um braço atuador: a Junta Comercial (Estadual), que realiza o arquivamento, averbação e autenticação Todos os atos realizados pela Junta Comercial, serão julgados na esfera Federal Tudo o que levar registro deve estar visado por um advogado. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Atos da Junta: Prof. Frederico Gustavo Fleischer Matricula Não é referente a empresário É para Auxiliares de Comercio Ex: Trapiche (armazém de beira mar), Leiloeiro, tradutores oficiais, interpretes comerciais. Arquivamento É o registro inicial de uma empresa, enquantoempresário ou sociedade empresária. Leva os documentos exigidos por lei e arquiva Atos constitutivos Prof. Frederico Gustavo Fleischer Averbação São anotações, observações, juntadas, feitas à margem de um registro que já existe Torna público algo referente ao arquivamento do empresário e a sociedade empresária Se não averbar (registrar) não pode ser usada contra terceiros Autenticação Comprovar a origem (garantir a origem) Junta Comercial tem o dever de autenticar determinados documentos Garante a origem do documento Obrigações do empresário Prof. Frederico Gustavo Fleischer São 3 tipos de obrigações do empresário Obrigação de arquivamento dos atos constitutivos Todo o empresário tem necessidade de se registrar na junta Escrituração dos livros comerciais ou empresariais Existem livros comuns e específicos, obrigatórios e facultativos Levantamento do inventário De tempo em tempo tem que se levantar o ativo e passivo De ano em ano Empresas de importância social e econômica, tem que fazer de 6 em 6 meses Obrigação de arquivamento dos atos constitutivos Prof. Frederico Gustavo Fleischer Problemas de não arquivamento (conseqüências) Perde o direito a recuperação judicial Não será possível requerer as falências de credores Livros comerciais perdem força probatória Caso não faça o registro Tudo o que estiver contido na escrituração para incriminar é utilizado. Tudo o que estiver contido na escrituração para inocentar não é utilizado. Fica proibido de participar de licitações ou contratar como poder público Gera responsabilidade solidária e ilimitada do sócio Prof. Frederico Gustavo Fleischer Não poderão se enquadrar como ME e EPP Não haverá proteção do nome empresarial Escrituração de livros Prof. Frederico Gustavo Fleischer É uma escrituração formal (segue formalidades) Tem que ser feita por contador Exceção: Se no local não existir um contador Tem 2 tipos de requisitos: Requisito Extrínseco Autenticação na junta Requisitos Intrínsecos Contábeis Requisitos que o contador deve observar 1183 cc Prof. Frederico Gustavo Fleischer Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado Espécies de Livro Prof. Frederico Gustavo Fleischer Obrigatórios Comuns: Obrigatório para todos independente de atividade Livro Diário Exceção: ME e EPP: Somente livro caixa e de inventário Específicos Obrigatórias somente para determinadas atividades Livro de Registro de Ações Somente para atividades que trabalham com ações Facultativos Não é obrigado a escriturar Ex: Livro conta corrente Tem que autenticar na Junta Preposto Prof. Frederico Gustavo Fleischer Obrigação do preponente em relação ao terceiro Culpa in eligendo: Responsabilidade que o empresário tem pela escolha de seus prepostos Culpa in vigilando: Por mais que tenha sido criterioso em sua escolha, o empresário tem que vigiar o seu preposto OBS: Representante Comercial: Não é preposto nem terceirizado OBS: Todo empregado é preposto, mas nem todo preposto é empregado Prof. Frederico Gustavo Fleischer Preposto não pode concorrer diretamente com o preponente Pode responder por perdas e danos além da reversão de prováveis lucros Obrigações e responsabilidades entre preposto e preponente: Todo preposto gera uma obrigação de responsabilidade para o preponente. Somente quando o estiver representando Preponente só é responsável pelo preposto dentro de suas atribuições Ao preposto é proibido delegar seus poderes, SALVO autorização EXPRESSA do preponente Gerente Prof. Frederico Gustavo Fleischer É o preposto que tem atribuição TOTAL para que a atividade se desenvolva Tem poderes até para modificar regras Em tese tem poderes ilimitados Efetua Compras Efetua vendas, etc... É o representante direto do empresário Tem poder total para a atividade funcionar OBS: Existe atividade sem gerente Prof. Frederico Gustavo Fleischer Limitações do poder do gerente O preponente pode limitar o poder do gerente Para que está limitação tenha força contra terceiro tem que registrar os limites na Junta Comercial Torna público Contabilista É o preposto responsável pela escrituração e manutenção dos livros Preponente é responsável pelos atos deles Se o contador fraudar os livros O preponente é responsável Só não é responsável se provar a má fé do contabilista Prof. Frederico Gustavo Fleischer Como funciona a responsabilidade do preposto contabilista: Tem responsabilidade pessoal frente ao preponente Se errou tem que responder ao empresário Tem responsabilidade solidária frente ao terceiro Respondem o preposto e o preponente OBS: Assim como o advogado o contabilista é protegido pelo sigilo profissional Não é obrigado a testemunhar Só pode ser aberto com autorização do preponente Terceirização Prof. Frederico Gustavo Fleischer É a transferência de uma etapa da atividade empresarial para a outra PF ou PJ Exemplos: SENAC contrata firma para serviço de limpeza Não é terceirização Não é atividade do SENAC a limpeza BB contrata firma para serviço de manutenção em caixas eletrônicos É terceirização Faz parte da atividade empresarial a manutenção de caixas eletrônicos Propriedade Industrial Prof. Frederico Gustavo Fleischer Propriedade Intelectual ≠ Propriedade Industrial Propriedade Intelectual Um complexo de institutos jurídicos que vão proteger algo gerado pelo intelecto humano com interesse industrial ou não. (GÊNERO) Propriedade Industrial Um complexo de institutos jurídicos que vão proteger algo gerado pelo intelecto humano com interesse industrial. (ESPÉCIE) Prof. Frederico Gustavo Fleischer Quem protege? Natureza jurídica: Direito real Derivação da propriedade Direito Pessoal Ligado ao interesse pessoal. É direito personalíssimo. Direito de obrigação Direito Misto Tem características pessoais e reais Vertentes do Direito de Proteção Intelectual Prof. Frederico Gustavo Fleischer Vertente do Direito Moral Ligado ao direito personalíssimo São indisponíveis Quem defende o Direito Pessoal como natureza jurídica, baseia-se nesta vertente. Vertente do Direito Econômico Direito de exploração econômica. Tem exclusividade Pode alienar Quem defende o Direito Real como natureza jurídica, baseia- se nesta vertente. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Proteção têm alcance nacional Proteção internacional Prioridade de registro estrangeiro anterior PCT Marcas Prof. Frederico Gustavo Fleischer Sinal distintivo que individualiza um produto e um serviço (Logotipo / Logomarca) Slogan não é marca Protegido pela concorrência desleal CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS: Marca: Brasileira e Estrangeira Marca Brasileira: Registrada noBrasil por sujeito domiciliado no Brasil Marca Estrangeira: Registrada no Brasil por sujeito domiciliado no Exterior Marca: de produto, de serviço, coletiva, de certificação Marca de produto: Quando simboliza um produto Marca de serviço: Quando simboliza um serviço Marca coletiva: Marca que representa uma associação, coletividade, agrupamento. Marca de certificação: Está certificando que o produto passou por critérios técnicos. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Marca de critério: Nominativas, Figurativas, Mistas e Tridimensionais Nominativas: São marcas que utilizam nome Figurativa: São marcas que utilizam figuras Mistas: São marcas que utilizam nomes e figuras Tridimensionais: São marcas que usam figuras em 3 dimensões Prof. Frederico Gustavo Fleischer Marca notória e de alto renome PROTEÇÃO DA MARCA Tem proteção de 10 anos No 9º ano pode pedir para prorrogar por mais 10 anos EXTINÇÃO DA PROTEÇÃO DA MARCA Perdeu o prazo de prorrogação Pediu para extinguir Marca fica em desuso por mais de 5 anos Patente Prof. Frederico Gustavo Fleischer Patente tem Proteção Nacional INPI É um título de exclusividade TEMPORÁRIO, é concedida ao inventor ou ao detentor (Pf ou PJ) para uso exclusivo por um determinado tempo de uma determinada coisa. Não é renovável. Patente de Invenção Tempo de proteção: 20 Anos Tempo de exclusividade de Uso Ou pessoa produz sozinha ou licencia alguém para produzir Modelo de Utilidade Tempo de proteção: 15 Anos Tempo de exclusividade de Uso Diferença entre Invenção e Modelo de Utilidade Prof. Frederico Gustavo Fleischer Invenção Criação de algo novo Modelo de Utilidade Melhoria de algo que já existe Melhoria é inovação, é melhoria técnica Se a melhoria for estética NÃO tem direito a patente Se a melhoria for técnica TEM direito a patente Exemplo da Telefonia Telefone inventado por Graham Bell Telefone a Disco (pulso) Telefone a tecla (pulso) Telefone de Tom Telefone sem fio Telefone celular O Mérito inicial é de Granham Bell, mas os outros melhoraram tecnicamente, fizeram uma inovação, isso é Modelo de Utilidade. Requisitos Prof. Frederico Gustavo Fleischer Novidade Atividade inventiva Não pode ser coisa natural Não pode ser coisa óbvia Tem que ter uma participação inventiva Interesse industrial Não pode ser uma coisa inútil Tem que ter uma utilidade Tem que funcionar, servir para alguma coisa. Licença Compulsória Prof. Frederico Gustavo Fleischer Incapacidade de produção de detentor da patente O detentor da patente não consegue produzir o suficiente para cobrir a demanda Licença existe enquanto a demanda que o detentor não consegue cobrir, existir. Abuso do poder econômico É o abuso de extrapolar em muito o que o laboratório gastou. Lucro em excesso Prova pelas planilhas de: Custo, Royalty e Vendas Prof. Frederico Gustavo Fleischer Das Invenções e Dos Modelos de Utilidade Não Patenteáveis Art. 18. Não são patenteáveis: I - o que for contrário à moral (tem restrições – o que é imoral?), aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas; II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico (Núcleo atômico é muito perigoso, Não é natural, entra a bioética); e III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta. Os transgênicos Podem ser Patenteáveis Podem aumentar a potencialidade de algo. Tem que manter a mesma qualidade Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais. Desenho industrial Prof. Frederico Gustavo Fleischer Tem proteção, pois está na lei de proteção industrial. É chamado de design É um conjunto de linhas e cores que trazem uma inovação estética Tem que ter interesse industrial Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. Prof. Frederico Gustavo Fleischer Prazos da proteção O desenho industrial é protegido por 10 anos Pode renovar a proteção por mais 3 vezes de 5 anos Total de 25 anos O pedido de renovação deve ser feito no período de proteção Casos em que não podem ser registrados os desenhos industriais 1) Atentar contra a moral e os bons costumes 2) Não pode atentar contra a honra e boa imagem de uma pessoa 3) Nada que atente contra raça, credo ou religião Prof. Frederico Gustavo Fleischer O que acontece com a pessoa que viola a proteção do desenho industrial Recolhimento do produto Indenização por perdas e danos Reversão de lucros Denominação de origem Prof. Frederico Gustavo Fleischer É um vínculo de um produto com determinada região que notoriamente denota qualidade Tem padrão de qualidade Tem que ter registro É registrado em nome de uma região (INPI) Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem: III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem; Prof. Frederico Gustavo Fleischer Nome desconhecido x Nome degenerado (vulgarização) Só pode ocorrer de duas maneiras a degeneração da denominação de origem: 1) Através de uma sentença judicial 2) Se o INPI reconhecer
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