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ROTEIRIZAÇÃO DE VEÍCULOS PARA DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS FRACIONADAS
ROTHENBURG, Ricardo Ralf�; BOENKE, Michael José�; LIMA, Lisandra R.R.�
Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel, PR.
Com o evento da globalização, a concentração populacional nos grandes centros e o aparecimento de um número cada vez mais crescente de pontos comerciais, vem se agravando o problema das entregas de produtos em centros urbanos. Diante estes fatores a logística está ganhando um importante papel nas empresas na busca pelo aumento do nível de serviço ao cliente com redução de custos. As empresas que se utilizam do modal de transporte rodoviário urbano de cargas, têm buscado atender com maior rapidez e confiança seus clientes, utilizando eficientemente seus canais de distribuição, buscando uma maior pontualidade nas entregas. Este artigo objetiva apontar a necessidade da utilização de sistemas informatizados de roteirização em empresas, cujas atividades estão focadas na distribuição física de produtos com carga fracionada para um grande número de clientes atendidos periodicamente. Neste trabalho utilizou-se uma pesquisa qualitativa com entrevista estrutura através de questionário, numa empresa que opera com distribuição de bebidas e atende um grande número de pontos de vendas que utiliza um sistema computacional de roteirização. Com o emprego de softwares de roteirização as empresas objetivam alcançar maior nível de eficiência operacional no planejamento e execução das rotas otimizando sua frota e pessoal, buscando aumentar o nível de serviço ao cliente e a redução de custos no processo logístico, procurando manterem-se competitivas no mercado em que atuam.
Palavras-chave: logística; carga fracionada; roteirização.
1 INTRODUÇÃO
Em tempos primórdios, as cidades foram concebidas como ambiente de negócios, onde se agrupavam comerciantes para efetuarem a troca de mercadorias, que com o passar dos anos multiplicaram-se, e tornaram-se um aglomerado de atividades, de trabalho, de comércio, de transporte, de entretenimento, fazendo com que tudo isso transforme os centros urbanos, cada vez mais confusos e um desafio para empresas que necessitam entregar seus produtos nestes locais. 
Os serviços de transporte tem recebido uma atenção especial devido aos impactos que produzem nos custos logísticos, segundo Alvarenga e Novaes (2000), sendo o mais significativo para o movimento de mercadorias, que é o deslocamento de bens de um ponto para outro na rede logística, respeitando as restrições da carga e tempos determinados. 
O transporte torna-se necessário ao movimento das áreas centrais das cidades e resulta no crescimento e fluxos de transporte, surgindo assim uma série de restrições tanto de tamanho como de horários de circulação de veículos, nas operações de coleta e entrega de produtos. As empresas líderes de mercado possuem normalmente sistemas de informação capazes de monitorar seu desempenho logístico em tempo real. A análise de transportes abrange problemas de roteamento ou roteirização, com o objetivo de obter melhor o uso de veículos, motoristas e atender às necessidades de serviço ao cliente. 
Este artigo tem como objetivo apontar a necessidade da utilização de sistemas informatizados de roteirização, analisando a operacionalidade do software usado pela empresa para roteirizar as entregas, pois empresas cujas atividades estão focadas na distribuição física de produtos de carga fracionada, e que fazem para um grande número de clientes de maneira periódica e constante, necessitam de auxílio computacional para agilizarem suas operações.
2 LOGÍSTICA
Para Bowersox e Closs (2001) a logística vem ganhando importância dentro das empresas, cumprindo papel de destaque na prática de táticas para atingir um nível desejado de serviço ao cliente pelo menor custo. A logística trata do planejamento, organização, controle e tarefas associadas à distribuição de bens e serviços e a disponibilidade de matérias-primas e produtos, disponibilizando-os no local onde são requisitados. 
A logística teve seus princípios na Grécia Antiga, devido à distância das lutas, era preciso abastecer as tropas com armamentos, alimentos e medicamentos além de montar os acampamentos, entre seus deveres estava a responsabilidade pelo planejamento das tropas, seleção dos campos e regulamentação do transporte e fornecimento (GOMES e RIBEIRO, 2004). Isto contribuiu para os princípios logísticos que são usados atualmente nas empresas e organizações, somados aos conhecimentos adquiridos nas universidades�.
Para Bowersox e Closs (2001), a logística tem como missão satisfazer as necessidades do cliente e procura atingir uma qualidade de serviço ao cliente por meio de uma capacidade operacional, tendo como desafio, equilibrar as expectativas de serviços e os gastos para alcançar os objetivos do negócio. 
Para Ballou (1993) a logística estuda como a administração pode aproveitar melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle, para as atividades de movimentação e armazenagem que tem como objetivo facilitar o fluxo de mercadorias.
No entendimento de Bowersox e Closs (2001) a logística envolve a integração de informações, transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem e está relacionada com a disponibilidade destes materiais e produtos no local onde são requeridos, com a menor despesa possível. 
No entendimento de Gomes e Ribeiro (2004), o processo logístico possui três grandes etapas: o suprimento; a produção; a distribuição física; e, dentro da distribuição física temos outras atribuições: projeto, especificações e métodos; programação; processamento de pedidos; fabricação; gestão de estoques; controle de qualidade; manutenção; expedição e transporte. Segundo Bowersox e Closs (2001), a inclusão das atividades da logística, vai desde o recebimento de pedidos até o transporte propriamente dito.
3 MODAL TRANSPORTE RODOVIÁRIO
Conforme Gomes e Ribeiro (2004), um sistema de transporte adequado faz parte de uma logística eficiente, pois aumenta a competição no mercado, garante a economia em escala da produção e reduz preços das mercadorias.
Segundo os mesmos autores, o modal rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, e as vantagens inerentes ao uso de caminhões são: o serviço porta a porta, não havendo necessidade de carga e descarga entre origem e destino; a freqüência e a disponibilidade de serviços; a velocidade e conveniência no transporte porta a porta.
No que diz respeito à transportes, Bowersox e Closs (2001) comentam que, é a área operacional da logística que coloca o estoque em sua posição e abrange as variações do tempo necessário para executar uma movimentação. Num processo logístico deve-se buscar um equilíbrio entre custo de transporte e qualidade de serviço.
4 TRANSPORTE URBANO E DISTRIBUIÇÃO FÍSICA DE CARGA FRACIONADA
Segundo Caixeta-Filho et al.(2001), o transporte tem a função básica de proporcionar elevação na disponibilidade de bens ao permitirem o acesso à produtos que de outra maneira não estariam disponíveis para uma sociedade ou o estariam apenas a um elevado preço. 
No entendimento de Caixeta-Filho et al. (2001), o serviço da carga fracionada caracteriza-se por alguns processos, onde a carga é coletada nas instalações de uma fábrica ou depósito e deslocada até o depósito da transportadora ou Centro de Distribuição, depois é feita uma separação e o reembarque nos veículos de distribuição para as efetivas entregas aos destinatários.
Em conformidade com o autor já citado, a questão das cargas nas áreas urbanas, tem origem à própria história da urbanização, quando os bens a serem consumidos nas áreas urbanas tinham que acessar e circular nesses espaços, geralmente apertados e com vias de acessos estreitos com baixa capacidade de circulação. 
Segundo Novaes (2001), com a crescente globalização no que tange também a distribuição, que afeta hoje os prestadoresde serviços logísticos, também tem seus efeitos na escala local, quer dizer, os grandes centros urbanos estão atualmente enfrentando problemas sérios de distribuição. Além do aumento das novas formas de comércio, outros dois fenômenos aumentam os problemas de distribuição nas grandes cidades como o aumento da concentração urbana e o aumento do número de veículos nos grandes centros.
Na afirmação, ainda segundo Novaes (2001), ao mesmo tempo em que os grandes centros urbanos do país têm altas densidades demográficas, os dados mostram que a frota de veículos tem aumentado significativamente na última década, o que vem aumentando os problemas de tráfego. Para Alvarenga e Novaes (2000), nos problemas de distribuição física, é importante conceituar a relação existente entre o número necessário de veículos, a periodicidade das visitas, o número de regiões e o número de clientes atendidos por roteiro.
Para Caixeta-Filho et al. (2001), a eficiência das cargas urbanas relaciona-se às entregas de mercadorias às cidades e incluem responsabilidades aos órgãos públicos e privados como, adequação de áreas urbanas, estabelecendo e regulamentando horários para carga e descarga, especialmente nas áreas centrais das cidades.
5 ROTEIRIZAÇÃO DE VEÍCULOS
Roteirização de veículos é o termo equivalente em inglês “routing”, utilizado para mencionar o processo de determinação de um ou mais roteiros, ou seqüências de paradas a serem cumpridos por veículos de uma frota, tendo como objetivo visitar um conjunto de pontos geograficamente dispersos, em locais pré-determinados, que necessitam de atendimento. O termo roteamento de veículos também é utilizado por alguns autores (CUNHA, 1997). 
Para Alvarenga e Novaes (2000), as preparações dos pedidos, em certos tipos de depósitos, são feitos num local específico. O processo da distribuição física dos produtos aos clientes se torna complexa, pois muitas vezes requer veículos adequados e envolve problemas de roteirização, além de grande número de itens para processar, documentar e coordenar. 
Segundo Novaes (2001), quando a separação dos clientes, pelos diversos roteiros, já foi realizada antecipadamente, a questão da restrição de tempo e de capacidade está definida. Quando o número de clientes aumenta, ou quando a distribuição dos pontos de visita assume traçados mais complexos, a resolução do problema passa a exigir métodos mais elaborados, operacionalizados no computador. Hoje existe no mercado, um número razoável de softwares de roteirização, que ajudam as empresas a planejarem e programarem os serviços de distribuição física.
Conforme Alvarenga e Novaes (2000), o processo tradicional de roteirização dos veículos de coleta e de entrega se baseia na experiência do encarregado do depósito definindo os roteiros, indicando o número e a sequência de clientes a serem visitados em cada percurso. O rápido desenvolvimento da informática nos últimos anos é responsável pelo surgimento de programas de computador voltados à solução desse tipo de problema. Os programas mais sofisticados levam em consideração as coletas e entregas de cada rota, permitindo o uso de diferentes tipos de veículo, controlando o carregamento por peso, volume (capacidade veículo) ou por número de paradas, e estabelecendo horários de partida e de chegada ao depósito.
No esclarecimento de Gomes e Ribeiro (2004), os problemas que se relacionam com o custo de transporte e a busca pela sua redução, fazem com que se melhore o serviço ao cliente, buscando melhores trajetos que um veículo deve fazer por meio de malhas dos modais, minimizando tempo e distância. O problema de roteirização se define por decisões em relação aos clientes, objetivos e restrições. As decisões estão relacionadas com alocação dos clientes a serem atendidos, a programação e seqüência das visitas. Para Bowersox e Closs (2001), a análise de transportes envolve os problemas de roteirização com o intuito de obter o melhor uso de veículos e pessoal atendendo às necessidades dos clientes. 
No entendimento de Ballou (1993) o principal impacto dos computadores na logística do futuro deverá ser seu emprego no nível operacional. Utilizar computadores para roteirizar caminhões diariamente, fracionar pedidos para entregas mais eficientes no depósito, monitorar continuamente o estoque e prover acompanhamento em tempo real de uma entrega pelo sistema de transportes.
A roteirização consiste em descobrir o melhor trajeto de roteiros e seqüências de paradas a serem feitos pelos veículos, fazendo com que os produtos sejam colocados à disposição dos clientes. Mas existem algumas variáveis que devem ser levadas em consideração, que são as restrições, que segundo comenta Gomes e Ribeiro (2004), são variáveis que precisam ser consideradas no projeto da rota que são: janelas de tempo, tipos de caminhões, tempo total máximo para uma rota, velocidades diferentes em rotas diferentes e intervalos para o motorista.
Segundo Bowersox e Closs (2001), a preparação de rotas e a programação de veículos estão sendo usadas para planejamento e projetos logísticos. São técnicas importantes quando as empresas precisam consolidar as cargas, otimizando-as, como ocorre na distribuição de encomendas e bebidas.
Ainda segundo os mesmos autores, na análise de transportes precisa algumas variáveis: vias de transporte, procura de coletas e entregas e características operacionais. A malha ou vias de transporte tem auxílio de mapas urbanos das áreas de entrega, contendo ligações e distâncias e, clientes marcados por pontos, usando ligações entre eles através de coordenadas de latitude e longitude. 
As empresas que se utilizam do modal de transporte rodoviário urbano, têm buscado atender com maior rapidez aos seus clientes utilizando-se da melhor forma possível seus canais de distribuição, buscando maior pontualidade nas entregas; uma melhor otimização da frota e de pessoal, melhor planejamento das rotas, buscando reduzir custos operacionais, aprimorando a imagem da empresa no contexto onde está inserida. Para isso estão utilizando sistemas de roteirização ou programação de veículos, estes roteirizadores “rodam” em computadores com boa capacidade de processamento de dados e têm-se obtido bons resultados, solucionando alguns problemas de otimização da frota e planejamento das rotas, reduzindo o tempo e esforço de cálculos antes necessários em métodos habituais (MELO e FILHO, 2001).
Segundo Fleury et al. (2000), os sistemas logísticos são de fato dinâmicos, que envolvem diversos elementos que interagem entre si e são influenciados por efeitos de natureza aleatória. Como incentivo, temos em nosso ambiente de trabalho, computadores cada vez mais potentes, com disponibilidade e acesso a informações quase que imediatos e uma variedade de softwares capazes de auxiliar em diferentes situações nas tomadas de decisões.
No entendimento de Gomes e Ribeiro (2004), a inconformidade de um software pode ser constatada após a sua aquisição, por isso é importante testar antes de adquiri-los, entre outras observações e sugestões como: os sistemas de roteirização devem ser instalados com a participação de uma pessoa conhecedora de tal, para adaptar o produto a real necessidade e fazer treinamentos com o pessoal envolvido, deverão ser avaliados prazos e custos; os sistemas precisam de uma representação digital e para facilitar o uso do programa é necessário que se tenha uma representação adequada da rede viária e uma base de dados geocodificados� dos endereços dos clientes.
Outro aspecto que merece destaque refere-se aos problemas de localização dos pontos de atendimento no sistema, que afetam a qualidade dos roteiros escolhidos. Não adianta um programa eficiente, se os pontos estão localizados incorretamente. O recurso de localização automática de endereços apresenta dificuldades, decorrentes dos cadastros que não são precisos (falta de CEP ou incorreto), ruas sem nome, de endereços que não constam do cadastro oficial, entre outros (CUNHA, 2000).
As tendênciastecnológicas, segundo Gomes e Ribeiro (2004), são variadas, muitos veículos já possuem sistema GPS (Global Positioning System), que indicam a localização em tempo real. 
Novaes (2001) cita alguns softwares disponíveis no mercado e comenta que estes devem ser analisados e testados antes de se optar por algum, para que se adequem às necessidades da empresa para que não haja prejuízos futuros, entre os softwares disponíveis podemos citar: Arc Logistics Route, Direct Route, Mobile Cast, Roadnet, Roadshow, Territory Planner, TransCad, TruckStops e outros. Melo e Filho (2001) cita um software nacional, RotaCerta, desenvolvido pela politécnica de São Paulo, com interface em português, que atende também as necessidades de entrega e suas restrições.
Ainda para Novaes (2001), a internet também vem sendo utilizada para roteirização de veículos,e os motoristas fazendo uso de palmtop´s, poderão se comunicar com a base, e obter informações sobre o tráfego e condições do tempo. As alternativas e as vantagens são muitas, que a tecnologia tem trazido para as organizações nas mais diversas condições de atuação e trabalho.
6 MÉTODO
Este artigo ocorreu em pesquisa preliminar qualitativa e exploratória, também é uma pesquisa bibliográfica, pois buscou em várias fontes, referências para embasamento e fundamentação teórica; é documental pois buscou em artigos e manuais do sistema informações relevantes a esta pesquisa e, é também estudo de caso pois descreve a situação do contexto em que está sendo feita a investigação. Foi articulada uma entrevista estruturada com uso de questionário, que foram aplicados ao analista de logística que faz as devidas calibragens (cadastramento de dados necessários ao processo de roteirização) e aos operadores do processo de roteirização. As respostas foram obtidas das pessoas com conhecimento abrangente sobre o processo pesquisado.
 
7 RESULTADOS
A empresa pesquisada opera com distribuição física para cargas fracionadas no ramo de bebidas, e utiliza software de roteirização, o Roadnet. O sistema opera em plataforma Windows on-line, onde as informações são guardadas num servidor de grande capacidade. As informações coletadas dos pesquisados em relação ao papel da logística nas empresas, disseram que com uma boa logística é possível minimizar os custos e maximizar a ocupação e a utilização dos caminhões, tornando qualquer empresa mais competitiva. Atualmente esta empresa roteiriza, em média, 1060 clientes diariamente, onde são atendidas 25 cidades, numa média de 36.700 caixas entregues por dia, utilizando-se de 52 caminhões na operação e para o processo de roteirização são utilizadas três pessoas em período noturno.
Com a utilização de método tradicional de roteamento (sem software) demandaria um tempo maior para o processo ou necessitaria de mais pessoas trabalhando e, os índices de otimização das cargas seriam piores. O sistema que a empresa adotou atualmente vem satisfazendo às necessidades de demanda de entrega e as vantagens que este sistema oferece em relação à otimização de entregas são: a roteirização em menor tempo, otimização da ocupação dos caminhões, melhor utilização da frota, diminuição da quilometragem rodada pelos caminhões.
Num cenário ideal, o montador de carga ou analista irá gerar a primeira rodada de rotas no Roadnet (“Rough Cut”), gerando o que chamamos de “baseline” ou “valores base”, que representam as rotas de entrega obtidas quando da otimização própria do Roadnet (sem intervenção manual), com os seus parâmetros de custos e tempos bem calibrados. Após a simulação inicial, o montador irá testar diferentes estratégias de roteirização, filtros, entre outras alterações, a fim de verificar se há possibilidade de obter um conjunto de rotas com resultado melhor do que o “baseline”. (Esta análise será realizada através da comparação dos indicadores de performance, tais como: custo total, tempo total, número de rotas total, ocupação média, etc.). Se o resultado das simulações for melhor que o “baseline”, o montador passa a considerar as simulações como “rotas prontas” e calcula o ganho da simulação.
É preciso um bom conhecimento técnico do sistema para poder operá-lo e manter os parâmetros do Roadnet sempre atualizados. A maior preocupação do operador do software de roteirização quando este está efetuando o processo de montagem e a elaboração das cargas, é de, testar vários parâmetros de simulação para a criação da melhor rota de entrega. Os pesquisados ainda comentam que o software escolhido está atendendo todas as necessidades operacionais da distribuição física para o negócio de bebidas. O sistema tem-se mostrado satisfatório para o negócio que a empresa atende, o mercado de fabricação e distribuição de bebidas.
O conceito proposto é o de utilizar o Roadnet como uma ferramenta de simulação e comparação de cenários, a fim de explorar todas as principais possibilidades de otimização dos trajetos de entrega durante o processamento noturno das cargas. 
8 CONCLUSÃO
Como já comentado, as cidades em tempos primórdios, concebidas como ambiente de negócios, onde se agrupavam comerciantes para efetuarem o escambo, troca de mercadorias, veio se multiplicando rapidamente até chegar no cenário atual onde, temos um aglomerado de atividades, fazendo com que tudo isso transforme os centros urbanos, cada vez mais, num caos populacional e um desafio para autoridades de gestão de tráfego e empresas que precisam estar inseridas, para distribuição de seus produtos, para um número cada vez maior de pontos comerciais, estas por sua vez, precisam atender e melhorar seu nível de serviço aos clientes e ao mesmo tempo buscar reduções de custo e otimização de frota e de pessoal.
As autoridades que estudam a reorganização do tráfego das grandes cidades, tem tido dificuldades para apresentar projetos que venham amenizar os congestionamentos urbanos, devido ao crescimento rápido dos grandes centros, consequentemente o aumento da frota de veículos leves que ocupam estes espaços, dividindo-os com caminhões de entregas, ônibus coletivos, ciclistas, motociclistas, entre outros.
As soluções logísticas estão sendo buscadas no avanço da tecnologia, com o uso de sistemas de informações, o uso de softwares de roteirização para escolha do melhor trajeto a ser percorrido por seus veículos, o uso de rastreadores GPS (Global Positioning System), para localização e acompanhamento de sua frota.
Pelas constatações verificadas, para as empresas que operam com distribuição física de cargas fracionadas, que objetivam aumentar seu nível de serviço ao cliente, otimizando sua frota e pessoal, é imprescindível a utilização de sistemas informatizados de roteirização.
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística Aplicada, Suprimento e Distribuição Física. 3. ed., São Paulo: Edgard Blucher, 2000.
BALLOU, R. H. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 1993.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística Empresarial, o Processo de Integração da Cadeia de Suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
CAIXETA-FILHO, J. V., et.al. Gestão Logística do Transporte de Cargas. São Paulo: Atlas, 2001.
CUNHA, C. B. Uma contribuição para o problema de roteirização de veículos com restrições operacionais. 1997. Tese (Doutorado em Engenharia de Transportes), Departamento de Engenharia de Transportes, Universidade de São Paulo, São Paulo.
_________. Aspectos práticos da aplicação de modelos de roteirização de veículos a problemas reais. Artigo – Departamento de engenharia de transportes – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2000.
FLEURY, P. F. et al. Logística Empresarial: a perspectiva Brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.
GOMES, C. F. S.; RIBEIRO, P. C. C. Gestão da Cadeia de Suprimentos Integrada à Tecnologia da Informação. São Paulo: Pioneira Thomson, 2004.
MELO, A. C. da S.; FILHO, V. J. M. F. Sistemas de Roteirização e Programação de Veículos, Artigo Programa de Engenharia de Produção / COPPE Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro,–RJ, 2001. Disponível em: <http:/www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-74382001000200007> acesso em: 07 jun. 2007.
NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2001.
TIGERLOG. História da Logística. Disponível em <http:/www.tigerlog.com.br/logística/historia.asp> acesso em 25 fev. 2007.
� Acadêmico do Curso de Administração com habilitação em Logística e Transportes;
� Acadêmico do Curso de Administração com habilitação em Logística e Transportes;
� Professora Orientadora Faculdade Assis Gurgacz, Mestre em Engenharia de Produção - Logística pela UFSC.
� em 1901 a logística é examinada pela primeira vez sob o prisma acadêmico no início do século XX através de um artigo de John Crowell, no artigo Report of the Industrial Commission on the Distribution of Farm Products, tratando de custos e fatores que afetavam a distribuição dos produtos agrícolas – e no início dos anos 60 , a Michigan State Universtity e a The Ohio State University, são as primeiras Faculdades a ministrar cursos de graduação em Logística, devidamente reconhecidos pelo Governo Americano.
Fonte: www.tigerlog.com.br/logistica/historia.asp
� Codificados ou localizados geograficamente num plano ou mapas digitalizados.

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