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FUNDAMENTOS LEGAIS E NORMATIVOS DA EDUCAÇÃO 2

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Políticas e Reformas educacionais à luz da LDB 9394/96. 
 
 
 Políticas Educacionais 
 
 Qualidade x quantidade na educação brasileira 
 
 Reformas Educacionais 
 
 Diretrizes de Ensino 
 
 
 
Esta unidade traz informações para a análise compreensiva das 
políticas educacionais em seus aspectos sociopolíticos e históricos. 
Nela são abordados aspectos como qualidade versus quantidade na 
educação brasileira; as reformas educacionais que aconteceram em 
nosso país; o Plano Nacional de Educação em seus diferentes 
aspectos. 
 
 
 
OBJETIVO DA UNIDADE: 
 
Esta unidade tem o objetivo de apresentar as Políticas 
Educacionais, as reformas de ensino decorrentes da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, bem 
como os Planos e Diretrizes Nacionais para a Educação Brasileira. 
 
 
 
Bem-vindo à segunda unidade! 
2 
 
 
 
2.1 Políticas Educacionais 
 
Nos dez primeiros anos que se seguiram, houve um 
desenvolvimento do ensino ja- mais registrado no país. A 
centralização/descentralização são categorias que estão vinculadas 
à questão do exercício do poder político, mesmo porque, desde o 
final do século XX, a descentralização vem atrelada aos interesses 
neoliberais de diminuir gastos sociais do Estado. Isso ficou 
evidente após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, a Lei nº 9394/96 que centraliza no âmbito 
federal as decisões sobre currículo e sobre avaliação e repassa à 
sociedade responsabilidades estatais. 
 
Este capítulo tem o objetivo de apresentar as Políticas 
Educacionais, as reformas de ensino decorrentes da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, bem 
como Plano Nacional da Educação e Diretrizes Nacionais para a 
educação brasileira. 
 
Para abordar o tema Políticas Educacionais faz-se necessária uma 
análise das reformas educacionais em curso no mundo que 
constatam a existência de pontos comuns nas políticas 
educacionais, como a gestão da educação, o financiamento, o 
currículo, a avaliação e a formação de professores. Todavia, há 
aspectos que impregnam esses pontos e que, historicamente, 
caracterizam as políticas de educação, como sendo unicamente 
algo centrado entre o público e o privado, entre o ensino superior 
e a educação básica 
 
Para a autora Regina Vinhaes Gracindo, no contexto atual, as 
políticas educacionais podem ser observadas pelas inúmeras 
3 
 
 
contradições instituídas, resultantes de uma forma de pensar a 
sociedade, o Estado e a gestão da educação. Para vários 
pesquisadores na área das políticas educacionais, as consequências 
da inversão de prioridades estariam, por exemplo, no abandono da 
democratização do acesso e da permanência de todos na escola 
básica em nome da qualidade do ensino. 
 
Portanto, nas políticas educacionais são impressos alguns jargões 
progressistas, como a qualidade do ensino para diminuição dos 
altos índices de evasão e repetência, mas não consegue incluir 
efetivamente todas as crianças e os jovens na vida escolar. Outra 
consequência diz respeito ao descompromisso do Estado ao 
descentralizar ações para a comunidade, desobrigando-se de 
manter políticas públicas, especialmente as sociais, e repassando 
encargos para outras instâncias administrativas institucionais, 
porém sem poder decisório. Exemplos disso são as ações 
assumidas pelo voluntariado em questões de responsabilidade do 
Estado. Pode-se usar como exemplo o Programa Amigos da 
Escola, que nada mais é do que passar adiante uma tarefa que é do 
Estado. 
 
Na busca de implantar sua política, o discurso neoliberal 
argumenta que a esfera privada é detentora de maior eficiência, 
enfraquecendo, assim, os serviços públicos e levando à 
privatização desenfreada de serviços educacionais, principalmente 
no ensino superior. Devido a essa prática, há uma redução de 
investimentos públicos na educação superior pública ocorrendo 
uma inserção maior de investimentos no Ensino Fundamental. 
 
 
 
4 
 
 
 
Para aprofundar o conhecimento 
Assista o vídeo: Pablo Gentili – Políticas Neoliberais 
Link: 
https://www.youtube.com/watch?v=oTimRbPmh-E 
 
O estudo do histórico das políticas educacionais possibilita 
identificar tais elementos de análise nos diferentes momentos da 
história da educação brasileira. De forma suscita vamos abordar 
três aspectos importantes categorias importantes para o 
entendimento desse movimento histórico nas políticas 
educacionais que resultam em propostas atuais: 
 
Começamos pela centralização/descentralização que, na 
organização da educação brasileira, tem como fato histórico e 
marcante e que auxilia na compreensão deste primeiro item, a 
representação que obteve a Revolução de 1930. Ela representou a 
consolidação do capitalismo industrial no Brasil e foi determinante 
para o consequente aparecimento de novas exigências 
educacionais. 
Nos dez primeiros anos que se seguiram, houve um 
desenvolvimento do ensino jamais registrado no país. A 
centralização/descentralização são categorias que estão vinculadas 
à questão do exercício do poder político, mesmo porque, desde o 
final do século XX, a descentralização vem atrelada aos interesses 
neoliberais de diminuir gastos sociais do Estado. Isso ficou 
evidente após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, a Lei nº 9394/96 que centraliza no âmbito 
federal as decisões sobre currículo e sobre avaliação e repassa à 
sociedade responsabilidades estatais. 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 Qualidade x Quantidade na 
 
Educação Brasileira 
 
 
 
Sobre a qualidade da educação e do ensino, os educadores têm 
caracterizado o termo qualidade com os adjetivos social e cidadã, 
isto é, qualidade social, qualidade cidadã, para diferenciar o 
sentido que as políticas dão ao termo. Salienta-se, assim, que 
qualidade social da educação significa não apenas diminuições da 
evasão e da repetência como entendem os neoliberais, mas refere-
se à condição de exercício da cidadania que a escola deve 
promover. 
34 
 
 
 
O embate entre defensores da escola pública e privatistas na 
educação brasileira significa que, compreender a educação pública 
no Brasil, supõe conhecer como se deu, historicamente, o embate 
com as forças privatista presentes em toda a história educacional 
brasileira, ora se apresentando com maior ou menor expressão, ora 
ad- quirindo características diferenciadas. 
Destacamos que na elaboração da Constituição de 1988 evidencia-
se o favorecimento das instituições educacionais privadas, sinaliza 
Bonamino,2003, p.258, que: 
 
A nova Constituição adota uma concepção 
ampla de setor privado. Como observa Cury 
(1992), no art. 213, que trata da transferência de 
recursos e da liberdade de ensino, há uma 
inovação constitucional. Pela primeira vez, um 
texto legal faz distinção clara entre o público e o 
privado e entre diferentes modalidades de escola 
privada, com implicações diretas para as 
diferentes maneiras de qualificar os possíveis 
beneficiários dos recursos públicos. 
 
 
Assim, durante o processo de elaboração da Constituição de 1988, 
verificou-se novamente o confronto entre publicistas e privatistas. 
 
A partir de meados da década de 80, com a crise econômica 
35 
 
 
 
internacional e o desemprego estrutural que levaram ao arrocho 
salarial, a classe média, pressionada pelo custo de vida, buscou 
retirar do orçamento familiar o gasto com mensalidades escolares 
e foi à procura da escola pública. A inadimplência cresceu nas 
escolas particularese nova ofensiva apresentou-se: a ideia do 
público não estatal. 
 
O público passou a ser entendido como tudo o que se faz na 
sociedade e nela interfere. Nessa perspectiva, haveria o público 
estatal e o público privado, definindo a gratuidade do ensino 
apenas em estabelecimentos oficiais, como assegurava o artigo 
206 da Constituição Federal de 1988. Tal concepção deve-se à 
política neoliberal, que prega o Estado mínimo, ou Estado 
garantia, incluindo até mesmo a privatização ou a minimização da 
oferta de serviços sociais. 
36 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 Reformas Educacionais 
 
 
 
 
 
Ao abordar as reformas educacionais, pressupõe entender os 
múltiplos sentidos que levaram a criação de certas legislações. 
Isso significa que deve ser constatada a existência de 
determinado problema para, então, buscar soluções para ele, 
formular uma política e um plano de implementação. Ocorre que 
um problema nacional, como problema governamental, só existe 
com uma percepção coletiva. Não basta, assim, somente algumas 
pessoas terem consciência do problema; é preciso que existam 
pressões sociais coletivas para que determinado aspecto da 
realidade seja considerado problemas. 
 
Sobre isso José Mário Pires Azanha afirma que somente quando 
essa consciência se generaliza e se difunde amplamente na 
sociedade é que se pode falar de um proble- ma em termos 
nacionais e de governo. 
Para Shiroma, 2004, p. 9 compreender o sentido de uma política 
pública demandaria conhecer e entender o significado do projeto 
social do Estado. Assim, para tornar compreensível o que seja 
uma política educacional, três perguntas são fundamentais: 
 
37 
 
 
Qual é o projeto? 
Quem defende? 
Que política foi adotada? 
 
Poderíamos também acrescentar mais uma: A quem interessa a 
efetivação de uma política educacional? Assim, torna-se 
importante lembrarmos que ao longo da história da Educação 
vários programas e projetos foram instituídos como forma de 
organização das politicas educativas, atendendo sempre ao 
projeto social do Estado. 
 
 
2.3.1 Manifesto dos pioneiros da Educação 
Nova 
 
Em 1932, um grupo de educadores apresentou o projeto 
educativo Manifesto dos pioneiros da Educação Nova, ligado à 
nova corrente da época, lançado nos Estados Unidos, que 
conquistava seguidores no Brasil. Esse documento pode ser 
considerado a primeira tentativa de elaboração de um plano de 
educação para o país. Atualmente estaria existindo novamente 
essa consciência nacional, pela presença, constante, nos 
diferentes discursos, da importância da educação em um mundo 
competitivo, em uma sociedade em que o conhecimento é 
fundamental e o fantasma do desemprego só se combate com a 
educação. Essa consciência teria provocado, no final do século 
XX, a aprovação e implementação de reformas no ensino 
38 
 
 
 
brasileiro por meio da LDBEN nº 9394/96 e, consequentemente, 
os Planos e Diretrizes por ela apontadas. 
 
Vejamos no quadro a seguir as tentativas feitas nos últimos 
85 anos em relação à educação nosso país. 
 
 
 
ANO/PERÍODO OBJETO DA POLÍTICA EDUCACIONAL REPRESENTANTES 
1932 Introdução da racionalidade científica Escolanovistas 
1937 Controle político-ideológico Governo Getúlio 
Vargas – Estado Novo 
Novo 
1961 Lei 4024/61 - LDBEN Instrumento de 
distribuição de recursos para os diferentes 
níveis de ensino 
Governo João Goulart 
1964 Racionalidade tecnocrática na educação Ditadura Militar 
1986 Racionalidade democrática Governo Sarney 
1991- 1995 Programa Setorial de Ação do Governo a 
meta era inserir o país na nova revolução 
tecnológica 
Collor na área de 
Educação 
1992-1994 Plano Decenal de Educação para Todos 
1993-2003 desdobramento da participação 
do Brasil na Conferência de Educação para 
Todos, em 1990, em Jomtien, na Tailândia, 
promovida pela UNESCO, pelo UNICEF e 
pelo BIRD. 
Itamar Franco 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1932, o objetivo do plano era o da introdução da 
racionalidade cientifica com os autores da tendência 
escolanovista. Em 1937, o objeto do plano era de controle político-
ideológico, durante o Governo Vargas – Estado Novo. 
 
Em 1961, temos a Lei nº 4024, LDBEN, cujo objeto era o do 
Instrumento de distri- buição de recursos para os diferentes níveis 
1996 LDB 9394/96 Organiza a educação 
brasileira e as instituições de ensino e 
pesquisa. 
Fernando Henrique 
Cardoso (Presidente) 
Paulo Renato Souza 
(Ministro da Educação) 
 2001- 2010 LEI N° 10172, DE 9 DE JANEIRO DE 
2001. Aprova o Plano Nacional de 
Educação - PNE elevação global do nível 
de escolaridade da população; melhoria da 
qualidade do ensino em todos os níveis; a 
redução das desigualdades sociais e 
regionais no tocante ao acesso e à 
permanência, com sucesso, na educação 
pública e democratização da gestão do 
ensino público. 
Aprovada pelo 
Congresso Nacional 
sancionada pelo 
Presidente da República 
2014-2024 Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que 
aprova o Plano Nacional de Educação 
(PNE) I − erradicação do analfabetismo; II 
− universalização do atendimento escolar; 
III − superação das desigualdades 
educacionais, com ênfase na promoção da 
cidadania e na erradicação de todas as 
formas de discriminação; IV − melhoria da 
qualidade da educação; V − formação para 
o trabalho e para a cidadania, com ênfase 
nos valores morais e éticos em que se 
fundamenta a sociedade; VI − promoção do 
princípio da gestão democrática da 
educação pública; 
Decretada pelo 
Congresso Nacional 
sancionada pelo 
Presidente da República 
Dilma Russef 
40 
 
 
de ensino. Em 1964, durante a Ditadura Militar, temos a 
racionalidade democrática. E, por fim, em 1990 até os dias de hoje, 
observamos a Racionalidade Financeira. 
 
Ao observar a planilha, a seguir, podemos perceber que a criação 
do diferentes projetos educativos são bem distintos, ocorrem a 
partir das mudanças sociais e econômicas do país e do mundo. 
Vejamos: 
 
 
 
ANO/PERÍODO PNE OBSERVAÇÕES 
1962 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º Plano Nacional de 
Educação. Com vigência de 
dois anos, interrompido pela 
ditadura militar 
Oriundo da Constituição de 
1946 e da LDBEN 4024/61. 
Sofreu duas alterações. A 
primeira em 1965 (salário – 
educação). A s e g u n d a e m 
1966 (orientação para o tra- 
balho) 
 
1993 Plano Decenal de Educação 
para Todos 
Não saiu do papel sendo 
abandonado em 1995 
41 
 
 
2001-2010 2º Plano Nacional de 
Educação 
Aprova o Plano Nacional de 
Educação - PNE elevação 
global do nível de 
escolaridade da população; 
melhoria da qualidade do 
ensino em todos os níveis; a 
redução das desigualdades 
sociais e 
 
 
regionais no tocante ao acesso 
e à permanência, com 
sucesso, na educação pública 
e democratização da gestão 
do ensino público. 
Lei 10.172/01 
Aprovada pelo Congresso 
Nacional sancionada pelo 
Presidente da República 
2014-2024 3º Plano Nacional de 
Educação 
Aprova o Plano Nacional de 
Educação (PNE) I − 
erradicação do analfabetismo; 
II − universalização do 
atendimento escolar; III − 
superação das desigualdades 
educacionais, com ênfase na 
promoção da cidadania e na 
erradicação de todas as 
formas de discriminação; IV 
− melhoria da qualidade da 
educação; V − formação para 
o trabalho e para a cidadania, 
com ênfase nos valores 
morais e éticos em que se 
fundamenta a sociedade; VI − 
promoção doprincípio da 
gestão democrática da 
educação pública; 
Lei nº 13.005, de 25 de junho 
de 2014 
Aprovada pelo Congresso 
Nacional sancionada pelo 
Presidente da República 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este segundo quadro trata da real aplicação de cada um dos Planos, 
inclusive reconhece a existência e aplicabilidade de apenas três 
deles. Em 1962, temos o 1° Plano Nacional de Educação. Em 
1993, temos o Plano Decenal de Educação para todos, que não saiu 
do papel, sendo abandonado em 1995. E, em 2001, por meio da 
Lei n°10.172, tivemos o segundo Plano Nacional de Educação para 
o período de 2001-2010. E, vigente temos o PNE referente ao 
período 2014-2024 aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho 
de 2014 
 
 
 
2.3.2 Plano Nacional de Educação. O que é um plano? 
 
Afirma Bordignon,2014, p.33 que se pode definir plano como a 
descrição, o desenho, o projeto do caminho a seguir, nele estão as 
metas e ações para ser alcançado um futuro desejado. Trata-se de 
um documento formal que consolida as decisões tomadas no 
processo de um planejamento. Assim, o plano é um registro 
escrito, sob a forma de um documento aprovado, na instância 
própria de competência legal. 
 
 
Neste sentido, O Plano Nacional de Educação sempre será 
aprovado pelo Congresso Nacional e transforma- do em Lei com 
43 
 
 
uma duração prevista para dez anos. Em consequência, os Estados, 
o Distrito Federal e os municípios devem elaborar também seus 
Planos Decenais correspondentes para se adequarem às 
especificidades locais. 
 
O Plano Nacional de Educação, portanto, se refere a todos os níveis 
e modalidades de ensino, e é o primeiro a ser submetido à aprovação 
do Congresso Nacional, tanto por exigência da Constituição Federal 
de 1988, que o institui, quanto pelo artigo 9º da LDBEN nº 9394/96. 
É importante esclarecer que, por ter sido instituído pela 
Constituição Federal de 1988, o PNE é autônomo em relação ao 
que estabelece a LDBEN de 1996. 
 
QUAIS SÃO OS PLANOS? PNE 
A Constituição brasileira, em seu Art 214, previu a implantação 
legal do Plano Nacional de Educação Plano (PNE). Entretanto, a 
Emenda Constitucional (EC) nº 59/2009 melhor qualificou o papel 
do PNE, ao estabelecer sua duração como decenal – no texto 
anterior, no plano era plurianual – e ao aperfeiçoar seu objetivo: 
articular o sistema nacional de educação em regime de 
colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de 
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento 
do ensino, em seus diversos níveis, etapas e modalidades, por meio 
de ações integradas das diferentes esferas federativas. 
Assim, destacamos no PNE 2014- 2024: 
Art. 2º São diretrizes do PNE: I − erradicação do 
44 
 
 
analfabetismo; II − universalização do atendimento 
escolar; III − superação das desigualdades educacionais, 
com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação 
de todas as formas de discriminação; IV − melhoria da 
qualidade da educação; V − formação para o trabalho e 
para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos 
em que se fundamenta a sociedade; VI − promoção do 
princípio da gestão democrática da educação pública; 
VII − promoção humanística, científica, cultural e 
tecnológica do país; VIII − estabelecimento de meta de 
aplicação de recursos públicos em educação como 
proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure 
atendimento às necessidades de expansão, com padrão 
de qualidade e equidade; IX − valorização dos(as) 
profissionais da educação; X − promoção dos princípios 
do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à 
sustentabilidade socioambiental. (Lei 13.005 2014). 
 
 
A introdução do Plano inclui, entre as prioridades maiores, a erradicação 
do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; superação das 
desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na 
erradicação de todas as formas de discriminação. Assim, a Constituição 
1988 e a LDB 9394/96 atribuem responsabilidades específicas à União, 
aos estados e aos municípios, determinando que cada instância organize 
o respectivo sistema de ensino em regime de colaboração com as demais, 
cooperando entre si para garantir o ensino obrigatório. Neste sentido, a 
alfabetização e o ensino fundamental de jovens e adultos compõem esse 
campo de responsabilidades compartilhadas, que exigem a colaboração 
http://educacaouniverso.blogspot.com.br/2014/06/ja-conhece-o-
novo-plano-nacional-de.html 
45 
 
 
dos municípios, estados e da União, cabendo ao governo federal as 
funções de coordenação das políticas nacionais, de articulação e apoio 
técnico e financeiro às demais instâncias. 
 
Na segunda metade do século passado, Dermeval Saviani, um teórico 
brasileiro, já destacava as diferentes racionalidades existentes nas 
muitas tentativas de elaboração e de implementação de um Plano 
Nacional de Educação. A CONAE – Conferência Nacional de 
Educação ocorreu entre 28 de março e 1º de abril de 2010. Foi um espa- 
ço de discussão sobre a educação brasileira em que o tema principal 
foi a construção do sistema nacional articulado e o Plano Nacional de 
Educação. 
 
O documento resultou de debates, das discussões que ocorreram nos 
estados, DF e municípios. Esse documento deve servir de base para a 
formulação e materialização de políticas de Estado, sobretudo na 
construção do PNE. 
 
 
41 
 
 
 
 
Direito aplicado à 
educação 
 
 
 
 
 
PESQUISE SOBRE AS 20 METAS DO PLANO 
NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024 
 
Acesse: 
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conecendo_2
0_metas.pdf 
 
 
 
 
2.4 Diretrizes de Ensino 
 
 
 
As Diretrizes Nacionais de Ensino têm sua origem no artigo 9º 
da LDBEN e se constitui incumbência da União. Elas são 
elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação, e em virtude 
das inúmeras mudanças política, econômicas e sociais no Brasil 
as nossas políticas educacionais, consequentemente, são 
alteradas dependendo das intencionalidades e aspirações 
financeiras ou, na maioria das vezes, da agenda política e do 
interesses da classe dominante. Após aprovação e publicação 
oficial devem ser cumpridas em todo o território nacional. Enfim, 
diferentes Diretrizes Educacionais já foram elaboradas e 
aprovadas, tratando dos níveis e modalidades da educação 
nacional estando constituídas conforme o quadro que veremos a 
seguir: 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
DIRETRIZ NACIONAL ASSUNTO 
Parecer CNE/CEB nº 7/2010, 
aprovado em 7 de abril de 2010 
. Resolução CNE/CEB nº 4, de 13 de 
julho de 2010 
 
Diretrizes Curriculares Nacionais 
Gerais para a Educação Básica 
Parecer *CEB nº 04/98 Ensino Fundamental (alterado pela 
Res.CEB nº 03/2005 e Res. 
CNE/CEB nº 01/2010) 
CEB nº 03/2005 e Res. CNE/CEB nº 
01/2010) 
Parecer CEB nº 15/98 Ensino Médio (atualizadas pela Res. 
CNE/CEBnº 01/2005 e Res 
CNE/CEB nº 04/2005) 
Parecer CEB nº 22/98 Educação Infantil (atualizadas pela 
Res. CNE/CEB nº 05/2009) 
Parecer CEB nº 01/99 Formação d e P r o f e s s o r e s n a 
modalidade Normal em nível médio 
43 
 
 
 
 
Direito aplicado à educação 
 
 
 
 
Parecer CEB nº 14/99 Educação em Escolas Indígenas 
Parecer CEB nº 16/99 Educação Profissional de Nível 
 
Técnico(atualizadas pela Res. 
CNE/CEB nº01/2005 e Res. CNE/CEB 
nº 04/2005) 
Parecer CEB nº 04/2000 Diretrizes Operacionais para a 
Ed.Infantil 
Parecer CNE/CEB nº 17/2012, aprovado 
em 6 de junho de 2012 - 
 
Orientações sobre a organização e o 
funcionamento da Educação Infantil,inclusive sobre a formação docente, em 
consonância com as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil. 
Parecer CEB nº 11/2000 Educação de Jovens e Adultos 
Parecer CEB nº 17/2001 
 
 
 
Educação Especial na Educação Básica 
Parecer CEB nº 36/2001 Diretrizes Operacionais para a 
Educação Básica nas Escolas do Campo 
Parecer CNE/CEB nº 02/2008 
 
 
 
 
 
 
 
Estabelece Diretrizes complementares, nor- mas e 
princípios para o desenvolvimento de políticas 
públicas de atendimento da Educa- 
ção Básica do Campo 
44 
 
 
CNE/CEB nº 02/2009 Fixa as Diretrizes Nacionais para os 
Planos de Carreira e Remuneração dos 
Profissionais do Magistério da Educação 
Básica Pública, em conformidade com o 
artigo 6º da lei nº11.738/2008, e com 
base nos artigos 206 e 211 da CF/88, 
nos art. 8º, parágrafo 1º, e 
67 da Lei nº 9394/96, e no art. 40 da 
Lei nº11.494/2007. 
CNE/CEB nº 04/2009 Institui Diretrizes Operacionais para o 
Atendimento Educacional 
Especializado na Edu- 
cação Básica, modalidade Educação 
Especial da Educação Básica, 
modalidade Educação Especial. 
Parecer CNE/CEB nº 5/2011, 
aprovado em 5 de maio de 2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diretrizes Curriculares Nacionais para 
o Ensino Médio. 
Para você obter todas as publicações atualizadas referente as legislações 
brasileiras, acesse o Portal do MEC. 
 
 
http://portal.mec.gov.br/pnaes/323-secretarias-112877938/orgaos-
vinculados-82187207/12992-diretrizes-para-a-educacao-basica 
 
 
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À medida que as instituições privadas e os conselhos estaduais de 
educação encaminham consultas referentes à temas ligados aos níveis 
e modalidades de ensino, o Conselho Nacional de Educação, por meio 
de suas Câmaras constituídas, se manifesta criando os pareceres. 
Enfim, esses documentos são marcos regulatórios vigentes para além 
de uma letra fria da lei configura-se com um imenso desafio aos 
educadores comprometidos com a qualidade do ensino. Não há 
dúvidas que a legislação cumpre um papel fundamental de assegurar 
direitos conquistados. Assim, torna-se necessário considerar as 
constantes transformações sociais e avançar na compreensão do papel 
social da escola 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
MENESES, João Gualberto de Carvalho et.al. Estrutura e 
funcionamento da educação básica: leituras. São Paulo: Pioneira, 
1998. 
 
A obra trata sobre a educação nacional, sua estrutura e 
funcionamento a partir da 
 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacinal 9394/96. 
 
Bonamino, 
 
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SOUZA, Paulo Nathanael Pereira; SILVA, Eurides Brito. Como 
entender e aplicar a nova LDB. São Paulo: Pioneira Thomson 
Learnin, 2002. 
 
Nesta obra os autores apresentam com clareza a nova legislação 
da educação na- cional e sua aplicabilidade no chão da escola. 
 
BRZEZINSKi, Iria. (org.)LDB interpretada: diversos olhares se 
entrecruzam. 4 ed. são paulo: cortez editora, 2000. 
Esta obra foi elaborada a partir do conjunto de 13 textos de 
diferentes autores que abordam de forma interpretativa a lei de 
diretrizes e bases da educação nacional de 
1996 revelando suas possibilidades de aplicação. 
 
 
 
 
 
 
-AUTOAVALIAÇÃO 
 
I.PARTINDO DA SUA PESQUISA SOBRE AS 20 METAS DO 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024, RESPONDA: 
 
1.Meta 6 do PNE 2014-2024 trata: 
a. Educação Infantil 
e Educação em tempo integral 
c. Educação Indígena 
d. Alfabetização 
e. Educação na integralidade 
 
2. A meta 20 discute sobre o Financiamento da Educação, no 
sentido de ampliar o investimento público na educação. Assim, 
para o final do decênio o PNE indica o valor mínimo de 
investimento equivalente a um percentual do PIB, de: 
a. 2% do PIB 
b. 7% do PIB 
c. 12% do PIB 
d. 15% do PIB 
e. 10% do PIB 
 
3.Meta 7 do PNE 2014-2024 trata 7 - Aprendizado adequado na 
idade certa. Assim, são afirmações incorretas: 
a. Estimular a qualidade da educação básica em todas etapas e 
modalidades. 
b. melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem 
c. atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 
 
 
d. priorizar os aspectos qualitativos sobre os aspectos quantitativos. 
e. Estimular a qualidade da educação básica nas modalidades de 
ensino. 
 
 
5.. Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou 
mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência do PNE, 
erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de 
analfabetismo funcional. Estamos falando da: 
a. Meta 8 
b. Meta 7 
c. Meta 9 
d. Meta 5 
e. Meta 6 
 
6.Que documento pode ser considerado a primeira tentativa de 
elaboração de um plano de educação para o País. 
 
a) A Constituição Federal de 1988. 
 
b) O Manifesto dos Pioneiros da Educação. 
 
c) O Plano Decenal de Educação para Todos. 
d) A Lei nº 4024/1961. 
e) A Lei nº 9394/96. 
 
 
 
QUESTÕES DISCURSIVAS 
 
1. Após a leitura do capítulo, provavelmente surgiram 
questionamentos do tipo: como toda essa legislação chega até à 
escola? Como os professores veem a legisla- ção e sua relação com 
as Políticas Públicas? Faça uma saída de campo até uma escola 
 
 
pública ou privada de qualquer nível ou modalidade de ensino e tente 
encontrar essas respostas. Converse com a equipe diretiva da escola 
e, na sequência, transcreva e apresente suas conclusões para seus 
colegas, de forma virtual ou presencial, antes do próximo capítulo. 
 
 
 
De acordo com as questões apontadas e discutidas sobre qualidade 
nesta unidade. Conceitue qualidade na educação..

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