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Políticas e Reformas educacionais à luz da LDB 9394/96. Políticas Educacionais Qualidade x quantidade na educação brasileira Reformas Educacionais Diretrizes de Ensino Esta unidade traz informações para a análise compreensiva das políticas educacionais em seus aspectos sociopolíticos e históricos. Nela são abordados aspectos como qualidade versus quantidade na educação brasileira; as reformas educacionais que aconteceram em nosso país; o Plano Nacional de Educação em seus diferentes aspectos. OBJETIVO DA UNIDADE: Esta unidade tem o objetivo de apresentar as Políticas Educacionais, as reformas de ensino decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, bem como os Planos e Diretrizes Nacionais para a Educação Brasileira. Bem-vindo à segunda unidade! 2 2.1 Políticas Educacionais Nos dez primeiros anos que se seguiram, houve um desenvolvimento do ensino ja- mais registrado no país. A centralização/descentralização são categorias que estão vinculadas à questão do exercício do poder político, mesmo porque, desde o final do século XX, a descentralização vem atrelada aos interesses neoliberais de diminuir gastos sociais do Estado. Isso ficou evidente após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 9394/96 que centraliza no âmbito federal as decisões sobre currículo e sobre avaliação e repassa à sociedade responsabilidades estatais. Este capítulo tem o objetivo de apresentar as Políticas Educacionais, as reformas de ensino decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, bem como Plano Nacional da Educação e Diretrizes Nacionais para a educação brasileira. Para abordar o tema Políticas Educacionais faz-se necessária uma análise das reformas educacionais em curso no mundo que constatam a existência de pontos comuns nas políticas educacionais, como a gestão da educação, o financiamento, o currículo, a avaliação e a formação de professores. Todavia, há aspectos que impregnam esses pontos e que, historicamente, caracterizam as políticas de educação, como sendo unicamente algo centrado entre o público e o privado, entre o ensino superior e a educação básica Para a autora Regina Vinhaes Gracindo, no contexto atual, as políticas educacionais podem ser observadas pelas inúmeras 3 contradições instituídas, resultantes de uma forma de pensar a sociedade, o Estado e a gestão da educação. Para vários pesquisadores na área das políticas educacionais, as consequências da inversão de prioridades estariam, por exemplo, no abandono da democratização do acesso e da permanência de todos na escola básica em nome da qualidade do ensino. Portanto, nas políticas educacionais são impressos alguns jargões progressistas, como a qualidade do ensino para diminuição dos altos índices de evasão e repetência, mas não consegue incluir efetivamente todas as crianças e os jovens na vida escolar. Outra consequência diz respeito ao descompromisso do Estado ao descentralizar ações para a comunidade, desobrigando-se de manter políticas públicas, especialmente as sociais, e repassando encargos para outras instâncias administrativas institucionais, porém sem poder decisório. Exemplos disso são as ações assumidas pelo voluntariado em questões de responsabilidade do Estado. Pode-se usar como exemplo o Programa Amigos da Escola, que nada mais é do que passar adiante uma tarefa que é do Estado. Na busca de implantar sua política, o discurso neoliberal argumenta que a esfera privada é detentora de maior eficiência, enfraquecendo, assim, os serviços públicos e levando à privatização desenfreada de serviços educacionais, principalmente no ensino superior. Devido a essa prática, há uma redução de investimentos públicos na educação superior pública ocorrendo uma inserção maior de investimentos no Ensino Fundamental. 4 Para aprofundar o conhecimento Assista o vídeo: Pablo Gentili – Políticas Neoliberais Link: https://www.youtube.com/watch?v=oTimRbPmh-E O estudo do histórico das políticas educacionais possibilita identificar tais elementos de análise nos diferentes momentos da história da educação brasileira. De forma suscita vamos abordar três aspectos importantes categorias importantes para o entendimento desse movimento histórico nas políticas educacionais que resultam em propostas atuais: Começamos pela centralização/descentralização que, na organização da educação brasileira, tem como fato histórico e marcante e que auxilia na compreensão deste primeiro item, a representação que obteve a Revolução de 1930. Ela representou a consolidação do capitalismo industrial no Brasil e foi determinante para o consequente aparecimento de novas exigências educacionais. Nos dez primeiros anos que se seguiram, houve um desenvolvimento do ensino jamais registrado no país. A centralização/descentralização são categorias que estão vinculadas à questão do exercício do poder político, mesmo porque, desde o final do século XX, a descentralização vem atrelada aos interesses neoliberais de diminuir gastos sociais do Estado. Isso ficou evidente após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 9394/96 que centraliza no âmbito federal as decisões sobre currículo e sobre avaliação e repassa à sociedade responsabilidades estatais. 5 2.2 Qualidade x Quantidade na Educação Brasileira Sobre a qualidade da educação e do ensino, os educadores têm caracterizado o termo qualidade com os adjetivos social e cidadã, isto é, qualidade social, qualidade cidadã, para diferenciar o sentido que as políticas dão ao termo. Salienta-se, assim, que qualidade social da educação significa não apenas diminuições da evasão e da repetência como entendem os neoliberais, mas refere- se à condição de exercício da cidadania que a escola deve promover. 34 O embate entre defensores da escola pública e privatistas na educação brasileira significa que, compreender a educação pública no Brasil, supõe conhecer como se deu, historicamente, o embate com as forças privatista presentes em toda a história educacional brasileira, ora se apresentando com maior ou menor expressão, ora ad- quirindo características diferenciadas. Destacamos que na elaboração da Constituição de 1988 evidencia- se o favorecimento das instituições educacionais privadas, sinaliza Bonamino,2003, p.258, que: A nova Constituição adota uma concepção ampla de setor privado. Como observa Cury (1992), no art. 213, que trata da transferência de recursos e da liberdade de ensino, há uma inovação constitucional. Pela primeira vez, um texto legal faz distinção clara entre o público e o privado e entre diferentes modalidades de escola privada, com implicações diretas para as diferentes maneiras de qualificar os possíveis beneficiários dos recursos públicos. Assim, durante o processo de elaboração da Constituição de 1988, verificou-se novamente o confronto entre publicistas e privatistas. A partir de meados da década de 80, com a crise econômica 35 internacional e o desemprego estrutural que levaram ao arrocho salarial, a classe média, pressionada pelo custo de vida, buscou retirar do orçamento familiar o gasto com mensalidades escolares e foi à procura da escola pública. A inadimplência cresceu nas escolas particularese nova ofensiva apresentou-se: a ideia do público não estatal. O público passou a ser entendido como tudo o que se faz na sociedade e nela interfere. Nessa perspectiva, haveria o público estatal e o público privado, definindo a gratuidade do ensino apenas em estabelecimentos oficiais, como assegurava o artigo 206 da Constituição Federal de 1988. Tal concepção deve-se à política neoliberal, que prega o Estado mínimo, ou Estado garantia, incluindo até mesmo a privatização ou a minimização da oferta de serviços sociais. 36 2.3 Reformas Educacionais Ao abordar as reformas educacionais, pressupõe entender os múltiplos sentidos que levaram a criação de certas legislações. Isso significa que deve ser constatada a existência de determinado problema para, então, buscar soluções para ele, formular uma política e um plano de implementação. Ocorre que um problema nacional, como problema governamental, só existe com uma percepção coletiva. Não basta, assim, somente algumas pessoas terem consciência do problema; é preciso que existam pressões sociais coletivas para que determinado aspecto da realidade seja considerado problemas. Sobre isso José Mário Pires Azanha afirma que somente quando essa consciência se generaliza e se difunde amplamente na sociedade é que se pode falar de um proble- ma em termos nacionais e de governo. Para Shiroma, 2004, p. 9 compreender o sentido de uma política pública demandaria conhecer e entender o significado do projeto social do Estado. Assim, para tornar compreensível o que seja uma política educacional, três perguntas são fundamentais: 37 Qual é o projeto? Quem defende? Que política foi adotada? Poderíamos também acrescentar mais uma: A quem interessa a efetivação de uma política educacional? Assim, torna-se importante lembrarmos que ao longo da história da Educação vários programas e projetos foram instituídos como forma de organização das politicas educativas, atendendo sempre ao projeto social do Estado. 2.3.1 Manifesto dos pioneiros da Educação Nova Em 1932, um grupo de educadores apresentou o projeto educativo Manifesto dos pioneiros da Educação Nova, ligado à nova corrente da época, lançado nos Estados Unidos, que conquistava seguidores no Brasil. Esse documento pode ser considerado a primeira tentativa de elaboração de um plano de educação para o país. Atualmente estaria existindo novamente essa consciência nacional, pela presença, constante, nos diferentes discursos, da importância da educação em um mundo competitivo, em uma sociedade em que o conhecimento é fundamental e o fantasma do desemprego só se combate com a educação. Essa consciência teria provocado, no final do século XX, a aprovação e implementação de reformas no ensino 38 brasileiro por meio da LDBEN nº 9394/96 e, consequentemente, os Planos e Diretrizes por ela apontadas. Vejamos no quadro a seguir as tentativas feitas nos últimos 85 anos em relação à educação nosso país. ANO/PERÍODO OBJETO DA POLÍTICA EDUCACIONAL REPRESENTANTES 1932 Introdução da racionalidade científica Escolanovistas 1937 Controle político-ideológico Governo Getúlio Vargas – Estado Novo Novo 1961 Lei 4024/61 - LDBEN Instrumento de distribuição de recursos para os diferentes níveis de ensino Governo João Goulart 1964 Racionalidade tecnocrática na educação Ditadura Militar 1986 Racionalidade democrática Governo Sarney 1991- 1995 Programa Setorial de Ação do Governo a meta era inserir o país na nova revolução tecnológica Collor na área de Educação 1992-1994 Plano Decenal de Educação para Todos 1993-2003 desdobramento da participação do Brasil na Conferência de Educação para Todos, em 1990, em Jomtien, na Tailândia, promovida pela UNESCO, pelo UNICEF e pelo BIRD. Itamar Franco 39 Em 1932, o objetivo do plano era o da introdução da racionalidade cientifica com os autores da tendência escolanovista. Em 1937, o objeto do plano era de controle político- ideológico, durante o Governo Vargas – Estado Novo. Em 1961, temos a Lei nº 4024, LDBEN, cujo objeto era o do Instrumento de distri- buição de recursos para os diferentes níveis 1996 LDB 9394/96 Organiza a educação brasileira e as instituições de ensino e pesquisa. Fernando Henrique Cardoso (Presidente) Paulo Renato Souza (Ministro da Educação) 2001- 2010 LEI N° 10172, DE 9 DE JANEIRO DE 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE elevação global do nível de escolaridade da população; melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis; a redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública e democratização da gestão do ensino público. Aprovada pelo Congresso Nacional sancionada pelo Presidente da República 2014-2024 Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) I − erradicação do analfabetismo; II − universalização do atendimento escolar; III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV − melhoria da qualidade da educação; V − formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI − promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; Decretada pelo Congresso Nacional sancionada pelo Presidente da República Dilma Russef 40 de ensino. Em 1964, durante a Ditadura Militar, temos a racionalidade democrática. E, por fim, em 1990 até os dias de hoje, observamos a Racionalidade Financeira. Ao observar a planilha, a seguir, podemos perceber que a criação do diferentes projetos educativos são bem distintos, ocorrem a partir das mudanças sociais e econômicas do país e do mundo. Vejamos: ANO/PERÍODO PNE OBSERVAÇÕES 1962 . 1º Plano Nacional de Educação. Com vigência de dois anos, interrompido pela ditadura militar Oriundo da Constituição de 1946 e da LDBEN 4024/61. Sofreu duas alterações. A primeira em 1965 (salário – educação). A s e g u n d a e m 1966 (orientação para o tra- balho) 1993 Plano Decenal de Educação para Todos Não saiu do papel sendo abandonado em 1995 41 2001-2010 2º Plano Nacional de Educação Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE elevação global do nível de escolaridade da população; melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis; a redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública e democratização da gestão do ensino público. Lei 10.172/01 Aprovada pelo Congresso Nacional sancionada pelo Presidente da República 2014-2024 3º Plano Nacional de Educação Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) I − erradicação do analfabetismo; II − universalização do atendimento escolar; III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV − melhoria da qualidade da educação; V − formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI − promoção doprincípio da gestão democrática da educação pública; Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014 Aprovada pelo Congresso Nacional sancionada pelo Presidente da República 42 Este segundo quadro trata da real aplicação de cada um dos Planos, inclusive reconhece a existência e aplicabilidade de apenas três deles. Em 1962, temos o 1° Plano Nacional de Educação. Em 1993, temos o Plano Decenal de Educação para todos, que não saiu do papel, sendo abandonado em 1995. E, em 2001, por meio da Lei n°10.172, tivemos o segundo Plano Nacional de Educação para o período de 2001-2010. E, vigente temos o PNE referente ao período 2014-2024 aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014 2.3.2 Plano Nacional de Educação. O que é um plano? Afirma Bordignon,2014, p.33 que se pode definir plano como a descrição, o desenho, o projeto do caminho a seguir, nele estão as metas e ações para ser alcançado um futuro desejado. Trata-se de um documento formal que consolida as decisões tomadas no processo de um planejamento. Assim, o plano é um registro escrito, sob a forma de um documento aprovado, na instância própria de competência legal. Neste sentido, O Plano Nacional de Educação sempre será aprovado pelo Congresso Nacional e transforma- do em Lei com 43 uma duração prevista para dez anos. Em consequência, os Estados, o Distrito Federal e os municípios devem elaborar também seus Planos Decenais correspondentes para se adequarem às especificidades locais. O Plano Nacional de Educação, portanto, se refere a todos os níveis e modalidades de ensino, e é o primeiro a ser submetido à aprovação do Congresso Nacional, tanto por exigência da Constituição Federal de 1988, que o institui, quanto pelo artigo 9º da LDBEN nº 9394/96. É importante esclarecer que, por ter sido instituído pela Constituição Federal de 1988, o PNE é autônomo em relação ao que estabelece a LDBEN de 1996. QUAIS SÃO OS PLANOS? PNE A Constituição brasileira, em seu Art 214, previu a implantação legal do Plano Nacional de Educação Plano (PNE). Entretanto, a Emenda Constitucional (EC) nº 59/2009 melhor qualificou o papel do PNE, ao estabelecer sua duração como decenal – no texto anterior, no plano era plurianual – e ao aperfeiçoar seu objetivo: articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino, em seus diversos níveis, etapas e modalidades, por meio de ações integradas das diferentes esferas federativas. Assim, destacamos no PNE 2014- 2024: Art. 2º São diretrizes do PNE: I − erradicação do 44 analfabetismo; II − universalização do atendimento escolar; III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV − melhoria da qualidade da educação; V − formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI − promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII − promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; VIII − estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX − valorização dos(as) profissionais da educação; X − promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. (Lei 13.005 2014). A introdução do Plano inclui, entre as prioridades maiores, a erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação. Assim, a Constituição 1988 e a LDB 9394/96 atribuem responsabilidades específicas à União, aos estados e aos municípios, determinando que cada instância organize o respectivo sistema de ensino em regime de colaboração com as demais, cooperando entre si para garantir o ensino obrigatório. Neste sentido, a alfabetização e o ensino fundamental de jovens e adultos compõem esse campo de responsabilidades compartilhadas, que exigem a colaboração http://educacaouniverso.blogspot.com.br/2014/06/ja-conhece-o- novo-plano-nacional-de.html 45 dos municípios, estados e da União, cabendo ao governo federal as funções de coordenação das políticas nacionais, de articulação e apoio técnico e financeiro às demais instâncias. Na segunda metade do século passado, Dermeval Saviani, um teórico brasileiro, já destacava as diferentes racionalidades existentes nas muitas tentativas de elaboração e de implementação de um Plano Nacional de Educação. A CONAE – Conferência Nacional de Educação ocorreu entre 28 de março e 1º de abril de 2010. Foi um espa- ço de discussão sobre a educação brasileira em que o tema principal foi a construção do sistema nacional articulado e o Plano Nacional de Educação. O documento resultou de debates, das discussões que ocorreram nos estados, DF e municípios. Esse documento deve servir de base para a formulação e materialização de políticas de Estado, sobretudo na construção do PNE. 41 Direito aplicado à educação PESQUISE SOBRE AS 20 METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024 Acesse: http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conecendo_2 0_metas.pdf 2.4 Diretrizes de Ensino As Diretrizes Nacionais de Ensino têm sua origem no artigo 9º da LDBEN e se constitui incumbência da União. Elas são elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação, e em virtude das inúmeras mudanças política, econômicas e sociais no Brasil as nossas políticas educacionais, consequentemente, são alteradas dependendo das intencionalidades e aspirações financeiras ou, na maioria das vezes, da agenda política e do interesses da classe dominante. Após aprovação e publicação oficial devem ser cumpridas em todo o território nacional. Enfim, diferentes Diretrizes Educacionais já foram elaboradas e aprovadas, tratando dos níveis e modalidades da educação nacional estando constituídas conforme o quadro que veremos a seguir: 42 DIRETRIZ NACIONAL ASSUNTO Parecer CNE/CEB nº 7/2010, aprovado em 7 de abril de 2010 . Resolução CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica Parecer *CEB nº 04/98 Ensino Fundamental (alterado pela Res.CEB nº 03/2005 e Res. CNE/CEB nº 01/2010) CEB nº 03/2005 e Res. CNE/CEB nº 01/2010) Parecer CEB nº 15/98 Ensino Médio (atualizadas pela Res. CNE/CEBnº 01/2005 e Res CNE/CEB nº 04/2005) Parecer CEB nº 22/98 Educação Infantil (atualizadas pela Res. CNE/CEB nº 05/2009) Parecer CEB nº 01/99 Formação d e P r o f e s s o r e s n a modalidade Normal em nível médio 43 Direito aplicado à educação Parecer CEB nº 14/99 Educação em Escolas Indígenas Parecer CEB nº 16/99 Educação Profissional de Nível Técnico(atualizadas pela Res. CNE/CEB nº01/2005 e Res. CNE/CEB nº 04/2005) Parecer CEB nº 04/2000 Diretrizes Operacionais para a Ed.Infantil Parecer CNE/CEB nº 17/2012, aprovado em 6 de junho de 2012 - Orientações sobre a organização e o funcionamento da Educação Infantil,inclusive sobre a formação docente, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Parecer CEB nº 11/2000 Educação de Jovens e Adultos Parecer CEB nº 17/2001 Educação Especial na Educação Básica Parecer CEB nº 36/2001 Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo Parecer CNE/CEB nº 02/2008 Estabelece Diretrizes complementares, nor- mas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educa- ção Básica do Campo 44 CNE/CEB nº 02/2009 Fixa as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública, em conformidade com o artigo 6º da lei nº11.738/2008, e com base nos artigos 206 e 211 da CF/88, nos art. 8º, parágrafo 1º, e 67 da Lei nº 9394/96, e no art. 40 da Lei nº11.494/2007. CNE/CEB nº 04/2009 Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Edu- cação Básica, modalidade Educação Especial da Educação Básica, modalidade Educação Especial. Parecer CNE/CEB nº 5/2011, aprovado em 5 de maio de 2011 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Para você obter todas as publicações atualizadas referente as legislações brasileiras, acesse o Portal do MEC. http://portal.mec.gov.br/pnaes/323-secretarias-112877938/orgaos- vinculados-82187207/12992-diretrizes-para-a-educacao-basica 43 À medida que as instituições privadas e os conselhos estaduais de educação encaminham consultas referentes à temas ligados aos níveis e modalidades de ensino, o Conselho Nacional de Educação, por meio de suas Câmaras constituídas, se manifesta criando os pareceres. Enfim, esses documentos são marcos regulatórios vigentes para além de uma letra fria da lei configura-se com um imenso desafio aos educadores comprometidos com a qualidade do ensino. Não há dúvidas que a legislação cumpre um papel fundamental de assegurar direitos conquistados. Assim, torna-se necessário considerar as constantes transformações sociais e avançar na compreensão do papel social da escola LEITURA COMPLEMENTAR MENESES, João Gualberto de Carvalho et.al. Estrutura e funcionamento da educação básica: leituras. São Paulo: Pioneira, 1998. A obra trata sobre a educação nacional, sua estrutura e funcionamento a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacinal 9394/96. Bonamino, 43 SOUZA, Paulo Nathanael Pereira; SILVA, Eurides Brito. Como entender e aplicar a nova LDB. São Paulo: Pioneira Thomson Learnin, 2002. Nesta obra os autores apresentam com clareza a nova legislação da educação na- cional e sua aplicabilidade no chão da escola. BRZEZINSKi, Iria. (org.)LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam. 4 ed. são paulo: cortez editora, 2000. Esta obra foi elaborada a partir do conjunto de 13 textos de diferentes autores que abordam de forma interpretativa a lei de diretrizes e bases da educação nacional de 1996 revelando suas possibilidades de aplicação. -AUTOAVALIAÇÃO I.PARTINDO DA SUA PESQUISA SOBRE AS 20 METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024, RESPONDA: 1.Meta 6 do PNE 2014-2024 trata: a. Educação Infantil e Educação em tempo integral c. Educação Indígena d. Alfabetização e. Educação na integralidade 2. A meta 20 discute sobre o Financiamento da Educação, no sentido de ampliar o investimento público na educação. Assim, para o final do decênio o PNE indica o valor mínimo de investimento equivalente a um percentual do PIB, de: a. 2% do PIB b. 7% do PIB c. 12% do PIB d. 15% do PIB e. 10% do PIB 3.Meta 7 do PNE 2014-2024 trata 7 - Aprendizado adequado na idade certa. Assim, são afirmações incorretas: a. Estimular a qualidade da educação básica em todas etapas e modalidades. b. melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem c. atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: d. priorizar os aspectos qualitativos sobre os aspectos quantitativos. e. Estimular a qualidade da educação básica nas modalidades de ensino. 5.. Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência do PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Estamos falando da: a. Meta 8 b. Meta 7 c. Meta 9 d. Meta 5 e. Meta 6 6.Que documento pode ser considerado a primeira tentativa de elaboração de um plano de educação para o País. a) A Constituição Federal de 1988. b) O Manifesto dos Pioneiros da Educação. c) O Plano Decenal de Educação para Todos. d) A Lei nº 4024/1961. e) A Lei nº 9394/96. QUESTÕES DISCURSIVAS 1. Após a leitura do capítulo, provavelmente surgiram questionamentos do tipo: como toda essa legislação chega até à escola? Como os professores veem a legisla- ção e sua relação com as Políticas Públicas? Faça uma saída de campo até uma escola pública ou privada de qualquer nível ou modalidade de ensino e tente encontrar essas respostas. Converse com a equipe diretiva da escola e, na sequência, transcreva e apresente suas conclusões para seus colegas, de forma virtual ou presencial, antes do próximo capítulo. De acordo com as questões apontadas e discutidas sobre qualidade nesta unidade. Conceitue qualidade na educação..
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