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DIR108 ETICA GERAL Avaliação 1 Prof. Marcos Seixas

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ANOTAÇÕES 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
(Marcus Seixas) 
marcus.seixas.souza@gmail.com 
Elaborado por Helson 
 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
2 
 
ÍNDICE 
1. ÉTICA GERAL 
1.1. O significado da ética e da moral 
2. ÉTICA PROFISSIONAL 
2.1. Considerações iniciais 
2.2. A Ética do advogado 
2.2.1. Fontes das normas éticas 
2.2.2. A Constituição Federal e as prerrogativas do profissional de advocacia 
2.2.3. Novo Código de Ética e Disciplina da OAB - NCEDOAB 
2.3. A OAB – Ordem dos Advogados do Brasil 
2.3.1. Finalidade da OAB 
2.3.2. Sobre o Advogado 
2.3.3. Advogados Públicos seriam advogados? 
2.3.4. Nulidades de atos praticados por não advogados: 
2.4. Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Lei nº 
8.906/1994 
2.4.1. Direitos dos Advogados 
2.4.2. Direito das advogadas 
2.4.3. Estrutura Organizacional da OAB 
2.4.4. Atos privativos de advogado 
2.4.5. Requisitos de inscrição na Ordem 
2.4.6. Inscrição na Ordem 
2.4.7. Cancelamento vs. Licenciamento 
2.4.8. Incompatibilidade vs. Impedimento 
2.5. Sociedade de Advogados 
 
 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
3 
 
1. ÉTICA GERAL 
1.1. O significado da ética e da moral 
O senso comum utiliza a palavra ética para adjetivar a conduta das pessoas, a depender 
de ela estar em conformidade ou desconformidade com determinado conjunto de valores que a 
sociedade reputa como sendo adequado, a exemplo da honestidade, da generosidade, da 
transparência. 
Ocorre que dentro da teoria da ética, a palavra ética possui outro significado: 
 A ética é o conjunto de valores estabelecidos livremente por um indivíduo para 
regular sua vida. 
Isso significa dizer que ela é um produto da individualidade do ser e que não existe um 
conjunto predeterminado de valores que seja comum a todos os homens. Assim, é possível 
afirmar que não existe uma ética universal a todos os homens. 
Conduta ética x Conduta antiética 
Para uma conduta ser considerada ética, ela deve ser realizada de forma livre, 
espontânea e não deve ser praticada em razão de qualquer espécie de interesses ou receios, a 
exemplo do medo de sofrer uma sanção. 
 Assim, uma conduta só poderia ser imputada como antiética se ela violasse a ética 
individual de determinada pessoa. 
Importante 
Uma conduta antiética não é uma conduta que viola valores considerados universais, e, sim, uma 
conduta que viola a ética individual da pessoa. 
Exemplo hipotético: 
Irmã Dulce construiu ao longo de sua vida um conjunto de atos que moldaram as condutas 
definidoras de sua ética (caridade, ajudar ao próximo, benevolência, “fazer o bem sem olhar a quem”, 
solidariedade, etc.). 
Imaginando que ela um dia visse uma pessoa no chão em uma situação de dificuldade, mas que, ao 
reconhecer que era uma pessoa que a magoou bastante na infância, ela decidisse não ajudá-lo naquele 
momento, contrariado a postura ética estabelecida livremente ao longo de sua vida. Nessa hipótese, 
sua conduta seria antiética. 
Moral 
 A moral é o conjunto de valores prevalecentes dentro de uma comunidade. 
O ser humano vive em comunidade, mas as pessoas possuem suas individualidades. A 
prevalência desses valores individuais é que vai definir a moral dentro da comunidade. 
 Assim, podemos inferir que a moral surge espontaneamente, a partir da vida em 
comunidade e por meio da prevalência das éticas. 
Importante 
Ética e Moral não devem ser entendidos como palavras sinônimas. 
 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
4 
 
Força Formativa e Força Repressora 
As éticas e a moral interagem entre si, exercendo forças opostas uma contra a outra. 
As éticas exercem sobre a moral uma força denominada FORMATIVA (ou conformativa), 
enquanto que a moral exerce sobre as éticas uma força chamada REPRESSORA. 
 
A força formativa é uma força criadora, na medida em que a moral é resultado da 
prevalência das éticas de uma comunidade. É dizer, as éticas irão condicionar os valores que a 
moral irá proteger. 
A força formativa também pode ser considerada uma força transformadora, já que se 
houver alterações nas éticas individuais, isso irá refletir em transformações na moral. 
A força repressora (ou repressiva) é assim considerada por objetivar reprimir, impedir ou 
estabilizar o conteúdo das éticas individuais. 
Essa repressão acontece tanto espontaneamente - a exemplo da utilização de 
interjeições como “Ave Maria!”, “Que coisa horrível!” -, quanto intencionalmente, nos casos 
dos conservadores que ficam sancionando as condutas individuais. 
A moral é uma força estabilizadora, enquanto as éticas são uma força dinâmica. A 
moral sempre quer manter as éticas do jeito que a moral é, e as éticas têm a capacidade de 
mudar a moral. Uma sempre atua para mudar a outra. 
Importante 
A moral se vale das sanções difusas para reprimir as condutas antiéticas ou as éticas desviantes, 
quais sejam aquelas que não estão em alinhamento com a moral. 
Sanções difusas são espontâneas e brotam da opinião pública, significando que qualquer um está 
legitimado a aplicá-la (plural). Assim, a sanção não é aplicada em regime de monopólio estatal. 
Direito x Moral – Critérios distintivos 
Como a moral e o direito se relacionam? 
A moral e o direito são dois mecanismos de controle social, muito embora criem 
normatividades distintas. A moral busca a estabilização das éticas individuais. Por seu turno, o 
direito também impõe normas que buscam controlar a conduta dos indivíduos. 
Curiosidade 
É comum as normas morais e jurídicas coincidirem, mas pode ocorrer delas divergirem. 
Exemplo: 
 Jogo do bicho: Socialmente aceito e juridicamente proibido; 
 Prostituição: Juridicamente não proibida e socialmente “julgada”; 
 
 
 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
5 
 
Em que pese essa semelhança, a moral e o direito possuem características distintivas: 
Heteronomia x Autonomia 
 As normas morais são autônomas porque seus preceitos surgem espontaneamente 
– frutos das éticas individuais dos cidadãos. Assim, o dever moral não pode ser 
exigido institucionalmente. 
 As normas jurídicas são heterônomas, já que consistem no fenômeno de imposição 
de preceitos obrigatórios, impondo-se independentemente da vontade de seus 
destinatários. Os preceitos são produzidos pelo Estado. 
Espontâneo x Institucionalizado 
 As normas morais surgem espontaneamente, a partir da prevalência das éticas 
individuais em uma comunidade, enquanto que as normas jurídicas são produzidas por 
meio de procedimentos institucionalizados (organizados e predeterminados - 
eleições, debates, comissões, projetos de leis, etc.). 
Exterioridade x Interioridade 
 Afirma-se que o direito é exterior porque as normas jurídicas incidem unicamente a 
partir de um comportamento materializado no mundo externo. 
 Por sua vez as normas morais prescindem de exteriorização de uma conduta para 
regular o agir humano, uma vez que atuam na dimensão psicológica do indivíduo 
(interno). 
Sanção organizada x Sanção difusa 
 A sanção jurídica apresenta natureza organizada – predeterminada e aplicada em 
regime de monopólio pelo Estado. 
 A sanção moral apresenta uma natureza difusa – origem espontânea e aplicação 
plural pela opinião pública. 
 
Importante 
Normas morais e normas jurídicas muitas vezes tutelam os mesmos comportamentos, a exemplo 
da conduta de matar alguém, que viola tanto a moral, quanto o direito. 
Entretanto, nem sempre o conteúdo da norma moral e da norma jurídica estará alinhado a 
determinados fatos. 
Exemplos: 
 . Linchamento – é ilícito juridicamente, mas a comunidade pode entender que não violaa moral 
(casos de estupradores). 
. Ultrapassar o sinal vermelho à noite é ilícito, mas pode não ser imoral para os cidadãos. 
. Jogo do bicho – Socialmente aceito e juridicamente proibido; 
. Prostituição – Juridicamente aceita e socialmente “julgada”; 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
6 
 
Importante – Campo de Atuação 
O campo de atuação da moral é mais amplo que o campo de atuação da norma jurídica. 
Isso porque a moral se ocupa de atos internos (psicológicos) e externos, enquanto que o direito 
apenas se ocupa de atos externos. 
Como a moral e as éticas interferem na criação e na aplicação do direito 
 A maioria dos países está organizada segundo o regime democrático de direito. A 
opção pela democracia afeta diretamente o modo como as éticas e a moral interferem no 
direito, pois a democracia exige a adoção de procedimentos institucionalizados para dar 
legitimidade às normas jurídicas. 
De outro giro, em uma democracia as éticas e a moral afetam o direito por meio de seu 
processo de criação, ou seja, por meio do processo legislativo e pela representação 
popular. 
Países democráticos vão distinguir claramente dois momentos do direito: 
 Momento de criação 
o Discurso de justificação; 
o Representatividade política; 
o Legitimidade; 
o Deliberação; 
 Momento de aplicação do direito. 
o Discurso de aplicação; 
o Normas jurídicas; 
o Aplicação e interpretação por todos; 
Momento da criação 
A existência da representatividade política é que legitima as normas criadas pelo 
Congresso Nacional, normas essas que deverão ser invariavelmente acatadas pelos cidadãos. 
O momento da criação das normas jurídicas é conhecido com o “discurso de 
justificação” ou “discurso de fundamentação”, qual seja aquele inserido no bojo do 
processo legislativo e que resultará na construção das normas jurídicas. 
O objetivo é produzir uma deliberação, que nada mais é que uma discussão política 
ampla, que levará em consideração todo tipo de argumento ético (feministas, técnicos, 
filosóficos, religiosos, econômicos, etc.). 
Atenção 
O momento da discussão ampla sobre todo tipo de moral e ética é na deliberação. 
Momento da aplicação do direito 
Depois que toda a fase da deliberação é superada, com o discurso da justificação tendo 
transformado os argumentos éticos em lei, não cabe mais a discussão sobre moral e ética. 
No discurso de aplicação os cidadãos têm que exercer o direito de cumprir a lei 
(obediência às normas). 
Discurso de aplicação 
O discurso de aplicação só admite a interpretação e a aplicação da lei. 
Todos os cidadãos participam do discurso de aplicação da lei. Todos são aplicadores do 
direito. 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
7 
 
Os profissionais do direito se diferenciam dos demais cidadãos porque são melhor 
preparados na interpretação das leis. 
Curiosidade - Estado Laico 
Significa que o Estado não tem uma religião oficial e não pode sequer obrigar as pessoas a 
seguirem uma religião. 
Mas não impede que o Estado firme convênios com instituições religiosas para alcançar fins 
públicos. 
Os legisladores podem adotar a argumentação religiosa no momento da deliberação, sem que isso 
retire sua condição de Estado Laico. 
Ética individual (libertária) x Ética do consenso 
 O paradigma da ética do consenso tange satisfazer a autonomia individual e ser uma 
conduta que não interfira na autonomia ética dos demais, ou seja, é imprescindível que sua 
conduta não restrinja ou impossibilite a autonomia ética do outro individuo. 
A ética do consenso diverge da ética individualista no seguinte ponto: Qualquer 
interferência na ética individual de alguém torna a conduta antiética. 
Exemplos: 
 Garota jovem engravidou. Como ela não estava preparada para engravidar e não 
desejava isso, passou a viver um conflito: abortar – algo que ela concorda diante da 
situação, então compõe sua ética – e ir de encontro a moral arraigada na sociedade ou 
não abortar, aceitando os argumentos de uma amiga que não concorda com o aborto? 
 
 Decorre do paradigma da ética do consenso a exigência da democracia, cuja 
ideia mais comum é respeitar o espaço e autonomia do outro; 
Estudos de caso 
1 – Tribunal de Nuremberg 
Constituiu em uma série de tribunais militares, realizado pelos Aliados depois da Segunda 
Guerra Mundial, conhecidos pelos processos contra os proeminentes membros da liderança 
política, militar e econômica da Alemanha Nazista. Os julgamentos ocorreram na cidade 
de Nuremberg, Alemanha, entre 20 de novembro de 1945 e 1º de outubro de 1946. 
Os oficiais de Altas patentes do nazismo foram condenados. Em relação aos oficiais de 
baixa patente, qual seria o julgamento mais justo? 
Dica de livro 
Hannah Arendt - Julgamento de Eichmman 
Dica de filme 
A vida é bela 
2 – Atiradores do muro de Berlim 
Em 1961, durante a Guerra Fria, foi construído o Muro de Berlim, símbolo da divisão da 
Alemanha em República Democrática Alemã (socialistas) e República Federal da Alemanha 
(capitalistas). Além de simbolizar a separação, serviu como forma de impedimento de fugitivos 
da RDA em direção à RFA. Contudo, inúmeras pessoas morreram tentando cruzar a fronteira. 
Após a queda do muro e a reunificação da Alemanha questiona-se se os guardas responsáveis 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
8 
 
pela segurança da fronteira da RDA, bem como seus superiores podem responder pelo 
homicídio de tais fugitivos. 
3 – Discussão sobre os Direitos Humanos 
A Declaração dos Direitos Humanos foi concebida no berço ocidental. 
Com base nisso, os ocidentais acreditam que toda cultura que vai de encontro a seus 
ideais é considerada uma cultura absurda. 
Pode o ocidente fazer prevalecer seus valores morais no oriente? 
4 – Lobby 
Curiosidade 
Antesala de espera. 
O lobbysta é aquela pessoa que fica aguardando no lobby para conversar com pessoas 
O Lobby é atividade de defender interesses de determinados grupos perante órgãos 
públicos ou empresas privadas. 
Lobista é um profissional contratado para representar os interesses pessoais de uma 
pessoa/empresa. Sua função é abordar as autoridades e tentar convencê-las sobre os 
interesses do seu cliente. 
Eles não são na essência corruptos, apenas tentam com argumentos mudar a ideia de 
autoridades públicas (deputados, senadores, ministros...). 
O Lobby não é proibido, embora não exista regulamentação no Brasil (projeto de lei está 
em tramitação). 
Nos EUA, os lobistas têm carteira de classe e têm acesso a cartórios, Casa Branca, etc. 
Dica de série 
House of Cards 
Dicas de filme 
Obrigado por fumar 
Senhor das armas 
2. ÉTICA PROFISSIONAL 
2.1. Considerações iniciais 
A Ética profissional não se trata propriamente de normas morais, sendo constituída, em 
verdade, por um conjunto de normas jurídicas que prescreve os comportamentos que 
devem ser seguidos pelos diversos profissionais. 
O descumprimento das normas jurídicas implica uma sanção organizada. 
Vantagem 
 Segurança jurídica para os clientes em relação ao comportamento da categoria 
profissional. 
 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
9 
 
Desvantagem 
 Esvaziamento do corpo ético do profissional. Isso porque o profissional se comporta no 
limite da norma, por estar obrigado a seguir uma “ética” imposta por regulamento. Assim, é 
possível dizer que o profissional está deixando de eticizar a sua ética. 
2.2. A Ética do advogado 
Constitui-se em um corpo de normas jurídicas presentes principalmente na Constituição e 
na Lei Federal nº 8.906/94 – Estatuto do Advogado. 
Com base nessa lei, a OAB criou o Regulamento Geral e o Código de Ética e Disciplina- 
CED. 
A OAB tem a prerrogativa de criar provimentos – regras avulsas – que devem ser 
observadas pelos profissionais da advocacia. 
2.2.1. Fontes das normas éticas 
 Constituição Federal de 1988 
 Lei nº 8.906/94 - Estatuto da Advocacia e da OAB 
 Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB - RGEAOAB 
 Novo Código de Ética e Disciplina da OAB - NCEDOAB 
 Provimentos do Conselho Federal da OAB 
2.2.2. A Constituição Federal e as prerrogativas do profissional de advocacia 
Inviolabilidade da atuação do advogado 
Constituição Federal de 1988 
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e 
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
Os advogados são invioláveis por seus atos e palavras, no exercício de suas funções. 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da 
Magistratura, observados os seguintes princípios: 
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de 
provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se 
do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à 
ordem de classificação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
2.2.3. Novo Código de Ética e Disciplina da OAB - NCEDOAB 
O NCEDOAB, em vigor desde 1º/09/2016, possui força normativa emanada do Art.33 do 
EAOB. 
Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética 
e Disciplina. 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
10 
 
Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com a 
comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de 
assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares. 
2.3. A OAB – Ordem dos Advogados do Brasil 
A Ordem dos Advogados do Brasil é um órgão privado que exerce função pública. 
A OAB possui uma natureza jurídica especial, o que a diferencia dos demais Conselhos 
de Classe (Medicina, Enfermagem, etc.) que possuem natureza jurídica de autarquia pública 
(certa independência, mas estão submetidas à fiscalização do setor público). 
Características: 
 OAB é órgão privado, por isso é independente do controle estatal; 
 Não está submetida à exigência de concurso público para contratação de funcionários; 
 Corpo funcional está regido pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; 
 Não precisa fazer licitação para aquisição de bens ou contratação de serviços; 
 Suas contas não estão sujeitas à fiscalização do TCU; 
 As contribuições profissionais que os associados pagam à OAB não possuem natureza 
tributária, não estando sujeitas à execução fiscal; 
 Possui poderes constitucionais especiais, exercendo funções públicas. 
Os demais Conselhos de Classe são autarquias públicas, por isso são submetidos à 
fiscalização do setor público; estão obrigados a fazer licitações, concurso público e estão 
submetidos à fiscalização do TCU. 
 
2.3.1. Finalidade da OAB 
Art. 44, I, II, do EAOB 
I - defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos 
humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e 
pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; 
II - promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados 
em toda a República Federativa do Brasil. 
2.3.2. Sobre o Advogado 
 Presta serviço público e exerce função social em “ministério privado”; 
 É inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão; 
 Não há hierarquia nem subordinação entre os advogados, magistrados e membros do 
Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos; 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
11 
 
 As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar 
ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da 
advocacia; 
Importante 
O advogado tutela o Ministério Privado, mas nada impede que ele exerça um serviço muito 
especializado para um Órgão Público. 
A jurisdição estatal é um serviço público à disposição das pessoas. Sendo assim, o 
advogado presta esse serviço público, representando seu cliente. 
Curiosidade 
Nos Estados Unidos, o advogado é chamado Officer of the court. 
Há uma equiparação do advogado a um oficial do tribunal, muito embora os advogados sejam 
contratados de forma privada. 
Diz-se que o advogado exerce o munus publico – uma função pública. 
2.3.3. Advogados Públicos seriam advogados? 
Da atividade da advocacia 
Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado 
são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a 
que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, 
da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. 
Curiosidade 
Procuradores da República e juízes não são servidores públicos, mas sim agentes políticos 
membros do Ministério Público Federal e membros da magistratura, respectivamente. 
 
2.3.4. Nulidades de atos praticados por não advogados: 
O art. 4º do EAOAB dispõe que são nulos os atos privativos de advogado praticados por 
pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. 
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do 
impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. 
2.4. Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - 
Lei nº 8.906/1994 
Atividades privativas – art. 1º 
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8) 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. 
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer 
instância ou tribunal. 
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser 
admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. 
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. 
 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
12 
 
Advocacia como atividade indispensável à administração da justiça – art. 2º 
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça. 
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. 
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu 
constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público. 
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites 
desta lei. 
Reserva de mercado pela OAB – art. 3º 
Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado 
são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-seao regime desta lei, além do regime próprio a 
que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, 
da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. 
§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na 
forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste. 
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem 
prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. 
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do 
impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. 
 
Art. 5º 
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. 
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no 
prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. 
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em 
qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. 
§ 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação 
da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. 
Art. 6º 
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do 
Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. 
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem 
dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia 
e condições adequadas a seu desempenho. 
2.4.1. Direitos dos Advogados 
 Exercer com liberdade a profissão em todo território nacional; 
 Inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos 
de trabalho, de correspondência escrita, eletrônica, telefônica (...), desde que relativas 
ao exercício da advocacia. 
o Não é uma garantia absoluta. 
o Os equipamentos particulares, por exemplo, não estão garantidos. 
 Comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, 
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou 
militares, ainda que considerados incomunicáveis. 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
13 
 
 Ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo 
ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de 
nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; 
 Não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de 
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela 
OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar. 
 Transitar livremente 
Estrutura do Fórum – Vara 
 Recepção 
o O atendimento dos cidadãos se dá pela recepção, mas o 
advogado tem acesso livre. 
 Cartório 
 As portas dos cartórios ficam abertas por conta de forte 
atuação da OAB. 
 Gabinete do juiz 
 Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes 
de trabalho, independentemente de horário previamente 
marcado ou outra condição, observando-se a ordem de 
chegada. 
 Direito de desagravo. A OAB designa um advogado para defender o advogado 
ofendido em razão do exercício da profissão. 
 Direito de se recusar a ser testemunha, mas não é proibido. 
Direitos do advogado 
Art. 7º São direitos do advogado: 
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; 
II - ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu 
escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas 
comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por 
magistrado e acompanhada de representante da OAB; 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de 
trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao 
exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008) 
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando 
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que 
considerados incomunicáveis; 
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao 
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a 
comunicação expressa à seccional da OAB; 
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado 
Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em 
prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8) 
VI - ingressar livremente: 
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada 
aos magistrados; 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços 
notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e 
independentemente da presença de seus titulares; 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
14 
 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público 
onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade 
profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer 
servidor ou empregado; 
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou 
perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; 
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, 
independentemente de licença; 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de 
chegada; 
IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, 
após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se 
prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1.127-8) (Vide ADIN 1.105-7) 
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para 
esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no 
julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; 
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a 
inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; 
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração 
Pública ou do Poder Legislativo; 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração 
Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não 
estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; 
XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de 
inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar 
apontamentos; 
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem 
procuração, autosde flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda 
que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou 
digital; (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016) 
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na 
repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; 
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; 
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão 
dela; 
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; 
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou 
sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou 
solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; 
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta 
minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a 
ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade 
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos 
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, 
inclusive, no curso da respectiva apuração: (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) 
a) apresentar razões e quesitos; (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) 
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Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
15 
 
b) (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) 
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 
1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância 
relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela 
autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da 
parte interessada; 
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos 
autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. 
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou 
desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora 
dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. (Vide ADIN 
1.127-8) 
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, 
em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo. 
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, 
delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e 
controle assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8) 
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão 
da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da 
responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. 
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a 
autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II 
do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e 
pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, 
vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado 
averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre 
clientes. (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008) 
§ 7o A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado 
que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do 
mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008) 
§ 8o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008) 
§ 9o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008) 
§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos 
direitos de que trata o inciso XIV. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) 
§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do 
advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados 
nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das 
diligências. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) 
§ 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos 
ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo 
implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir 
o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito 
subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. (Incluído pela Lei nº 
13.245, de 2016) 
 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
16 
 
2.4.2. Direito das advogadas 
Art. 7o-A. São direitos da advogada: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 
I - gestante: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios 
X; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 
Não impede que ela seja revistada. O objetivo é preservar o bebê. 
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 
2016) 
Somente para a advogada gestante. 
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao 
atendimento das necessidades do bebê; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 
Se houver creche no tribunal. 
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e 
das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição; (Incluído pela 
Lei nº 13.363, de 2016) 
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da 
causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 
Não precisa pedir autorização do cliente. O juiz também não interfere. Só fica ciente da suspensão. 
O prazo é definido pelo art. 6º do art. 313 da Lei nº 13.105/2015 (30 dias). 
§ 1º Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, 
respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 
2016) 
§ 2º Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz 
serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 
(Consolidação das Leis do Trabalho). (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 
§ 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será 
concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de 
Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 
 
 
2.4.3. Estrutura Organizacional da OAB 
 Conselho Federal da OAB (arts. 74 a 83 do RGEAOAB) 
o Composto por três conselheiros federais eleitos de forma indireta pelas 
seccionais. 
o Conselho Pleno 
o Órgão Especial do Conselho Pleno 
o Primeira, Segunda e TerceiraCâmaras 
 Conselhos Seccionais (art. 106 do RGEAOAB) 
o Uma seccional por estado da Federação. 
o Os conselheiros são escolhidos por eleição direita pelos advogados das 
seccionais. 
o A quantidade de advogados é proporcional ao número de advogados que 
compõem a seccional. 
o Até 3000 dá direito a 24 
o A cada 3000 extra dá direito a mais 1 
o No limite de 60 
 Órgãos fracionados são subórgãos que pertencem ao órgão maior. 
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Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
17 
 
 Subseções das seccionais são representações das seccionais instaladas em cidades 
estratégicas, não se afigurando em OAB municipais. 
 Caixa de Assistência dos advogados – EOAB 45 
o Personalidade jurídica própria 
o Seguridade complementar 
o Assistência Médica e odontológica 
o Farmácia, livraria. 
o 20% das receitas. 
 Conselho Federal 
o O presidente fica mais um ano; 
o IAB – Instituto dos Advogados do Brasil, que discute temas relevantes para a 
sociedade. 
 Não pode ter atribuições concorrentes com a OAB 
 O presidente do IAB tem cadeira no Conselho Federal. 
o 81 CF + 27 presidentes + 1 presidente IAB + ex-presidentes e agraciados com 
medalhas. 
 
2.4.4. Atos privativos de advogado 
Estatuto dos Advogados 
Art. 1º São atividades privativas de advocacia: 
 
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; (Vide ADIN 
1.127-8) 
 O direito brasileiro não admite que o cidadão privado ingresse uma ação ou faça sua 
própria defesa em juízo, como ocorre nos E.U.A, por exemplo. 
 Os juizados especiais integram o Poder Judiciário, então não faz sentido ter escrito os 
dois termos. 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. 
 Consultoria jurídica é uma atividade em que o advogado orienta e responde a 
questões formuladas pelo cliente. 
o Normalmente são contratadas por Pessoas Jurídicas, a exemplo de 
Planejamentos Tributários. 
o A produção de 
 A assessoria jurídica pressupõe o atributo da habitualidade. 
o Um assessor de órgão público. 
o Um advogado de um partido político. 
 A direção jurídica relaciona-se à chefia de departamento jurídico de qualquer 
instituição. 
 A violação desses incisos configura crime: 
o Art. 47 do Decreto-lei nº 3.688/41 – Lei das Contravenções Penais. 
o Art. 171, CP 
Exceções 
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer 
instância ou tribunal. 
 O estatuto da OAB é uma lei de 94, mas antes disso as hipóteses excepcionais já 
existiam no ordenamento 
o Juizados especiais cíveis estaduais (art. 9º da Lei nº 9.099/95) nas causas cujo 
valor não exceda 20 salários mínimos, em primeira instância. 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
18 
 
o Juizados especiais cíveis federais (art. 10º da Lei nº 10.259/01) nas causas de 
qualquer valor, em primeira instância. 
o Justiça do trabalho, nas causas de qualquer valor, até a segunda instância (art. 
791 da CLT e Enunciado nº 425 da Súmula do TST) 
o Impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. 
 O ADIN 1.127-8 foi admitido pelo STF, que declarou a inconstitucionalidade 
parcial do inciso I, para admitir as exceções. 
 
2.4.5. Requisitos de inscrição na Ordem 
Requisitos de Inscrição na Ordem 
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: 
I - capacidade civil; 
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente 
autorizada e credenciada; 
 Não se admite um diploma de bacharelado obtido fora do Brasil, a menos que seja 
revalidado aqui no Brasil, conforme §2º. 
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
IV - aprovação em Exame de Ordem; 
 Necessário, mas não suficiente. 
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
 Hipóteses previstas no art. 28, EAOAB 
VI - idoneidade moral; 
 Hipóteses previstas nos art. 8º, §3º; art. 11, EAOAB 
 Por meio de editais publicados na sociedade civil 
VII - prestar compromisso perante o conselho. 
 Há uma solenidade de compromisso (hino, discurso, etc.) 
§ 1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB. 
§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do 
título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos 
demais requisitos previstos neste artigo. 
§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão 
que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em 
procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
2.4.6. Inscrição na Ordem 
 Inscrição principal 
o Art. 10, §1º do EAOAB; 
o No Conselho Seccional do território do domicílio profissional; 
o Só pode praticar fora da seccional principal, 5 atos por ano por seccional; 
 Inscrição suplementar 
o Gerar ônus econômico. 
2.4.7. Cancelamento vs. Licenciamento 
 Cancelamento é efeito definitivo, perdendo-se inclusive o número de inscrição na 
Ordem; 
 Licenciamento tem efeito provisório, mantendo-se o número de inscrição. 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
19 
 
Art. 11 – Cancelamento de Inscrição 
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: 
I - assim o requerer; 
II - sofrer penalidade de exclusão; 
III - falecer; 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. 
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de 
ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. 
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - 
deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º. 
 Não é necessário apresentar o diploma de bacharelado, comprovação de quitação 
eleitoral e militar e não é necessário se submeter a novo exame da Ordem. 
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser 
acompanhado de provas de reabilitação. 
Art. 12 – Licenciamento 
Art. 12. Licencia-se o profissional que: 
I - assim o requerer, por motivo justificado; 
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; 
III - sofrer doença mental considerada curável. 
2.4.8. Incompatibilidade vs. Impedimento 
 Incompatibilidade é a proibição completa do exercício da advocacia, inclusive em 
causa própria. 
o Se a incompatibilidade for anterior, ocorrerá o indeferimento do pedido de 
inscrição. 
o Se a incompatibilidade for posterior, teremos dois cenários. 
 Temporária – implica licenciamento 
 Ex. Exercer cargo político. 
 Definitiva – Implica cancelamento 
 Ex. Aprovado em cargo de juiz. 
 
 
 
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: 
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; 
  O deputado federal que não é chefe não é incompatível. 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
20 
 
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de 
contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam 
função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e 
indireta; (Vide ADIN 1127-8) 
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou 
indireta, em suas fundações e emsuas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder 
Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; 
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de 
qualquer natureza; 
VI - militares de qualquer natureza, na ativa; 
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou 
fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; 
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. 
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo 
temporariamente. 
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante 
sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração 
acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico. 
Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos 
jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o 
exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. 
 Impedimento ocorre quando um advogado detém certos tipos de cargos 
públicos. 
o Neste caso, não pode advogar contra a Fazenda Pública que o remunera. 
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia: 
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os 
remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; 
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, 
entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. 
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos. 
 Senão inviabilizaria que houvesse advogados atuando como professores. 
2.5. Sociedade de Advogados 
Iniciou a aula falando sobre Pessoas Jurídicas e seus tipos: 
 Associações – Reunião de duas ou mais Pessoas Físicas para alcançar fins não 
lucrativos; 
 Fundações – Patrimônio destacado por uma Pessoa Física sem fins lucrativos; 
 Sociedades – Diferentemente das Associações e Fundações, é uma reunião de 
sócios, com propósitos comerciais e finalidade de obter lucros. 
Características das Sociedades de Advogados 
 Passam a existir formalmente por meio de registro na Ordem de Advogados do Brasil e 
não perante a Junta Comercial, momento em que adquirem personalidade jurídica. 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
21 
 
 Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de 
serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma 
disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. (Redação dada pela Lei nº 13.247, 
de 2016) 
 § 1o A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem 
personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no 
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. (Redação 
dada pela Lei nº 13.247, de 2016) 
 § 5o O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e 
arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular 
da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. 
o Necessário registrar também as filiais. 
 Deontologia: Art. 15, §2º do EAOB: Aplica-se à sociedade de advogados o Código de 
Ética e Disciplina, no que couber. 
 Procurações: Art. 15, §3º do EAOB: As procurações dever ser outorgadas 
individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. 
  Ausência de “Chinese Wall”: Art. 15, §6º do EAOB: Os advogados sócios de 
uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de 
interesses opostos. Art. 19 e 20 do Novo Código de Ética. 
  Limitações – Art. 16 do EAOB: 
o Não se admite sociedades com forma ou características mercantis. 
 Um imaginário de que o advogado teria uma função tão nobre e tão 
digna que jamais poderia ser confundida com atividade empresarial 
(Ministério Privado, uma função pública, exercida privativamente, 
protetor dos necessitados). 
 Por isso, a função foi afastada da noção de atividade empresarial. Por 
isso que há restrições até mesmo para publicidade. 
o Não se permite ser sócio-investidor; 
 O Reino Unido permitiu, mas no Brasil só se permite ser sócio, quem é 
advogado. 
 Um escritório de advocacia não pode abrir ações na Bolsa de 
Valores; 
 Só pode ser sócio de apenas um escritório de advocacia. 
o Não pode utilizar Nome Fantasia. 
 As regras de nomenclaturas são bastante restritas; 
 Deve ter obrigatoriamente o sobrenome de ao menos um dos 
sócios. 
o Não pode realizar atividades estranhas à advocacia; 
 O objeto social é tão somente o serviço jurídico. 
 Mesmo se o objeto for relacionado à área jurídica. Por exemplo, ofertar 
cursos da área jurídica. Não pode ser feito pelo escritório. 
 O escritório terá apenas o CNAE 6911-7/01 
o Não pode ter sócio que não seja advogado (OAB) ou que esteve proibido de 
advogar. 
o É permitido manter o sobrenome do sócio falecido, para não causar prejuízo à 
marca, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 
o O provimento nº 112/2006 permite o uso do símbolo “&” no nome. 
Opinião do professor 
Sociedade de advogados deveriam ser empresas como as demais. 
 
 Art. 17 do EAOB 
o Além da sociedade, o sócio responde subsidiária e ilimitadamente pelos 
danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da 
DIR108 – ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 
Anotações da 1ª avaliação [ Helson ] 
22 
 
advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possa 
incorrer. 
 Isso diverge de uma sociedade LDTA comum. 
 Toda vez que a sociedade de advogados não conseguir alcançar o 
ônus, o patrimônio do advogado vai responder ilimitadamente pelo 
prejuízo. 
 Por isso estão se popularizando seguros 
 Paga-se de 10 a 15 mil por ano, com franquia de 10 a 15% do 
valor, para seguro de 1 milhão.

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