Buscar

CASO 11Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito, da 1ª Vara Criminal da Comarca do Município do Rio de Janeiro - RJ 
Processo n° ----
BRAD NORONHA, j á qualificado nos autos do Processo em referência, que lhe move o Ministério Público, por seu advogado regularmente constituído conforme procuração de fls ---- vem à presença de Vossa Excelência para, inconformado com a sentença condenatória proferida, interpor 
RECURSO DE APELAÇÃO, 
O que faz tempestivamente, com fundamento no artigo 593, I do Código de Processo Penal. 
Requer, assim, que após recebida, com as razões anexas, ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do xxxx, onde deverá ser processado o presente recurso e, ao final, provido.
Data/assinatura
RAZÕES DE APELAÇÃO 
Processo N° --------
Apelante: BRAD NORONHA 
Apelado: Ministério Público 
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro 
Colenda Câmara Criminal
1.DOS FATOS
...
2. Das preliminares: 
Destaque-se, inicialmente, que a inobservância do disposto no artigo 226, II, do Código de Processo 
Penal, que impõe condições para o procedimento de reconhecimento de pessoas e, por isso mesmo, impõe se reconheça a nulidade processual, nos termos do artigo 564, IV do CPP. 
3. Do mérito: 
Evidentemente, observando os autos, merece o Apelante ser absolvido da imputação que lhe é feita através da denúncia. Não há qualquer prova de ter o acusado, ora Apelante, concorrido para a prática do crime de roubo, eis que não comprovada a autoria. 
Concretamente o que existe nos autos não serve para apontar autoria. A vítima reconheceu o acusado, ora Apelante, em procedimento totalmente impróprio e inadequado, já que ‘espiou’ por um pequeno orifício de porta em direção a sala onde se encontrava o réu. Assim procedendo, não observou a autoridade as condições impostas pela legislação penal para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do Código de Processo Penal. Assim, procedendo, incorreu, inclusive, em prova ilícita, contrariando, também, o contido no artigo 157 do CPP. 
Ressalta-se ainda, que a coleta da prova, irregular e ilícita, feita em sede policial, não tendo sido judicializada e, por isso mesmo, não pode ser usada para sustentar a condenação do acusado, ora 
Apelante. 
Além disso, há apontada nulidade, conforme explicitado em preliminar, já que o acusado deveria ter sido colocado em sala própria, ao lado de outras pessoas, a fim de que pudesse ser, verdadeiramente, identificado pela vítima. 
Assim, não há como se sustentar esteja provada a autoria, impondo- se, não reconhecida a nulidade, a absolvição, por ausência de prova da autoria. 
Data/assinatura

Outros materiais