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ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TEORIA E PROJETO III DESEMPENHO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES ARQUITETURA E URBANISMO RECAPITULANDO Prof. Me. PAULO DANTAS Conceito de conforto Homeotermia Metabolismo Termorregulação O papel da vestimenta Reações ao Frio e ao Calor Variáveis do Conforto Térmico Índices de Conforto Térmico COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES TROCAS TÉRMICAS NAS EDIFICAÇÕES Corpos em temperaturas diferentes (Δt) Mudança de estado de agregação Fluxo de calor ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS SECAS CONVECÇÃO Convecção: troca de calor entre dois corpos, sendo um deles sólido e o outro um fluido (líquido ou gás). (Frota, 2003) ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS SECAS edifício edifício CONVECÇÃO Para superfícies verticais, as trocas por convecção ativas pela ventilação serão consideradas como «convecção forçada». Em relação a superfícies horizontais o sentido do fluxo de calor representa um fator importante no processo de convecção: exterior exterior ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS SECAS CONVECÇÃO Sup. Horizontal, fluxo descendente Sup. Vertical Sup. Horizontal, fluxo ascendente edifício hc=1,2(W/m²°C) hc=4,7(W/m²°C) hc=7(W/m²°C) edifício edifício Segundo Croiset (Frota, 2003) ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS SECAS RADIAÇÃO Esse mecanismo de troca é conseqüência da natureza eletromagnética da energia, que, ao ser absorvida, provoca efeitos térmicos, o que permite sua transmissão sem necessidade de meio para propagação, ocorrendo mesmo no vácuo. (Frota, 2004) «Capacidade de emitir e de absorver energia térmica» ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS SECAS CONDUÇÃO Troca de calor entre dois corpos em contato ou entre partes de um mesmo corpo, em diferentes temperaturas. CORPO 2 CORPO 1 ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS SECAS CONDUÇÃO e λ θi θe int. ext. ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS SECAS e λ θi θe int. ext. CONDUÇÃO Considerando que a resistencia térmica da parede (r) é igual a espessura (e) dividida pela pelo coef. de condutibilidade térmica do material (λ), temos: ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS SECAS CONDUÇÃO O coef. de condutibilidade térmica do material (λ) é “o fluxo de calor que passa, na unidade de tempo, através da unidade de área de uma parede com espessura unitária e dimensões suficientemente grandes para que fique eliminada a influência de contorno, quando se estabelece, entre os parâmetros dessa parede, uma diferença de temperatura unitária”. (Gomes apud Frota, 2003). Esse coeficiente vai depender da: Densidade do material da parede; Natureza quimica do material; Umidade do material ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS ÚMIDAS EVAPORAÇÃO Troca térmica úmida proveniente da mudança do estado líquido para o estado gasoso. Para ser evaporada, passando para o estado de vapor, a água necessita de um certo dispêndio de energia. Para evaporar um litro de água são necessários cerca de 700 J. A velocidade de evaporação é função do estado higrométrico do ar e de sua velocidade. A uma determinada temperatura, o ar tem capacidade de conter apenas uma certa quantidade de vapor d’água, inferior ou igual a um máximo denominado peso do vapor saturante. Portanto, o grau higrométrico é a relação entre o peso de vapor d’água contido no ar, a uma certa temperatura, e o peso de vapor saturante do ar à mesma temperatura. (Frota, 2003) ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS ÚMIDAS CONDENSAÇÃO troca térmica úmida decorrente da mudança do estado gasoso do vapor d’água contido no ar para o estado líquido. Quando o grau higrométrico do ar se eleva a 100%, a temperatura em que ele se encontra é denominada ponto de orvalho e, a partir daí, o excesso de vapor d’água contido no ar se condensa — passa para o estado líquido. Se o ar, saturado de vapor d’água, entra em contato com uma superfície cuja temperatura está abaixo da do seu ponto de orvalho, o excesso de vapor se condensa sobre a superfície, no caso de esta ser impermeável — condensação superficial —, ou pode condensar-se no interior da parede, caso haja porosidade. (Frota, 2003) ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS ÚMIDAS ARQUITETURA E URBANISMO CONDENSAÇÃO Resistência térmica (R) Resistência térmica - capacidade de evitar as trocas térmicas: *Com uma R adequada pode-se evitar a condensação superficial! Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS CONDUTÂNCIA TÉRMICA SUPERFICIAL (he ou hi) θi θe hi he int. ext. te ti Relativo as trocas que se dão na superfícies da parede os coeficientes de condutância térmica superficial engloba as trocas por convecção e radiação: Uma vez que se considere he e hi como coeficientes de condutância térmica superf ic ia l , a resis tências térmicas superficiais serão, respectivamente: 1 e 1 he hi ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS AR CONFINADO ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS ARQUITETURA E URBANISMO Coeficiente Global de Transmissão Térmica (K ou U) O coeficiente Global de Transmissão Térmica engloba as trocas térmicas superficiais (por convecção e radiação) e as trocas térmicas através do material (por condução). Portanto, engloba as trocas de calor referentes a um determinado material segundo a espessura da lâmina, o coeficiente de condutibilidade térmica, a posição horizontal ou vertical da lâmina e, ainda, o sentido do fluxo. O coeficiente K quantifica a capacidade do material de ser atravessado por um fluxo de calor induzido por uma diferença de temperatura entre dois ambientes que o elemento constituído por tal material separa. (Frota, 2003) Manual de Conforto Térmico------------------------(W/m²°C)------------------(K) NBR 15220 e E. Energética na Arq.-------------(W/m²K)---------------------(U) *verificar índices em tabelas Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS ARQUITETURA E URBANISMO *Análise desenvolvida em parceria com o Prof. Dr. Irving M. Franco Prof. Me. PAULO DANTAS TROCAS TÉRMICAS ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES ARQUITETURA E URBANISMO O ENVELOPE CONSTRUÍDO Segundo Lamberts (1997), o envelope construtivo que envolve o ser humano é o cerne das trocas de energia (luz ou calor) entre o meio exterior e interior. O autor ainda define que em se tratando de radiação solar é conveniente distinguir o envelope construtivo em opaco ou transparente de acordo com a sua capacidade ou incapacidade de transmitir a radiação solar para o interior do edifício. Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES TROCAS POR OPACO ARQUITETURA E URBANISMO K — coeficiente global de transmissão térmica (W/m2°C); te — temperatura do ar externo (°C); α — coeficiente de absorção da radiação solar; Ig — intensidade de radiação solar incidente global (W/m2); he — coeficiente de condutância térmica superficial externa (W/m2°C); ti — temperatura do ar interno (°C). Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕESTROCAS POR OPACO ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES COEFICIENTES DE ABSORÇÃO E EMISSIVIDADE ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES COEFICIENTES DE ABSORÇÃO ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES COEFICIENTES DE ABSORÇÃO E EMISSIVIDADE ARQUITETURA E URBANISMO *Análise desenvolvida em parceria com o Prof. Dr. Irving M. Franco Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES TROCAS POR TRANSLÚCIDOS ARQUITETURA E URBANISMO K — coeficiente global de transmissão térmica (W/m2°C); te — temperatura do ar externo (°C); α — coeficiente de absorção da radiação solar; Ig — intensidade de radiação solar incidente global (W/m2); he — coeficiente de condutância térmica superficial externa (W/m2°C); Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES FATOR SOLAR ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES PROTEÇÃO DE PAREDES OPACAS ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES ARQUITETURA E URBANISMO PROTEÇÃO DE PAREDES OPACAS FACHADAS VENTILADAS Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES ARQUITETURA E URBANISMO PROTEÇÃO DE PAREDES TRANSLÚCIDAS OU TRANSPARENTES PORTETOR EXTERNO PORTETOR INTERNO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES ARQUITETURA E URBANISMO PROTEÇÃO DE PAREDES TRANSLÚCIDAS OU TRANSPARENTES PORTETOR EXTERNO PORTETOR INTERNO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES ARQUITETURA E URBANISMO INÉRCIA TÉRMICA A inércia térmica associa dois fenômenos de grande importância para o desempenho das edificações, o Amortecimento e o Atraso da onda de calor. A inércia térmica é determinada em função da densidade, da condutibilidade e da capacidade calorífica da parede. A capacidade calorífica da parede é expressa através do fator denominado calor específico, que se mede pela quantidade de calor necessária para fazer elevar de uma unidade de temperatura, a sua unidade de massa (J/kg°C). Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES INÉRCIA TÉRMICA ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES ARQUITETURA E URBANISMO INÉRCIA TÉRMICA Para a avaliação da inércia térmica da construção, recorre-se ao conceito de superfície equivalente pesada — que é igual à somatória das áreas das superfícies de cada uma das paredes interiores, inclusive piso e teto, multiplicadas por um coeficiente que será função do peso da parede e da resistência térmica de seus revestimentos — em relação à área do piso do local. Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES INÉRCIA TÉRMICA 1) Calcula-se o peso de cada superfície: (e/2).d (kg/m²) 2) Calcula-se a resistência térmica do revestimento de cada superfície: e/λ (m²°C/W) 3) Determina-se o coeficiente de cada superfície: ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES INÉRCIA TÉRMICA 4) Calcula-se a sup. equivalente pesada: (A1.Coef1)+(A2.Coef2)+...+(AN.CoefN)(m²) 5) Calcula-se: Superfície equivalente pesada/ Área do piso 6) Determina-se o fator de inércia (m) de acordo com a tabela: ARQUITETURA E URBANISMO Prof. Me. PAULO DANTAS int. ext. COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS EDIFICAÇÕES ARQUITETURA E URBANISMO INÉRCIA TÉRMICA O amortecimento e o atraso serão tanto maiores quanto maior for a inércia da construção. Considera-se que a construção está assentada diretamente sobre o solo ou erguida sobre laje de grande espessura. Prof. Me. PAULO DANTAS
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