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TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas TEORIA E PROJETO III CLIMATIZAÇÃO NATURAL DAS EDIFICAÇÕES TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas FONTES DE CALOR CLIMATIZAÇÃO NATURAL Considerando o foco no conforto térmico, devemos avaliar de que forma o nosso ambiente se comportará em termos de ganhos térmicos. Nesse caso precisamos saber quais serão as fontes de calor que irão interferir na temperatura interna. Frota (2003) indica que em se tratando da carga térmica interna ao edifício, as fontes podem ser classificadas como: a) presença humana; b) sistemas de iluminação artificial; c) motores e equipamentos; d) processos industriais; e) calor solar TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas FONTES DE CALOR CLIMATIZAÇÃO NATURAL Frota indica que a quantidade de calor dissipada pelo organismo humano para o ambiente depende essencialmente de sua atividade e que para este cálculo de ganho de calor, considera-se apenas o calor sensível. (tabela ao lado) PRESENÇA HUMANA TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas FONTES DE CALOR CLIMATIZAÇÃO NATURAL A conversão de energia elétrica em luz gera calor sensível. Esse calor é dissipado, por radiação, para as superfícies circundantes, por condução, através dos materiais adjacentes, e por convecção para o ar. (FROTA, 2003) ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas FONTES DE CALOR CLIMATIZAÇÃO NATURAL Lâmpadas incandescentes convertem apenas 10% de sua potência elétrica em luz, sendo que 90% se transforma em calor, dos quais 80% se dissipa por radiação e 10% por condução e convecção. Lâmpadas fluorescentes convertem 25% de sua potência elétrica em luz, sendo 25% dissipado, sob forma de calor radiante, para as superfícies circundantes e 50% dissipado por convecção e condução. O reator da lâmpada fluorescente fornece mais 25% da potência nominal da lâmpada sob forma de calor para o ambiente. Mas, como a luz também se transforma em calor depois de absorvida pelos materiais, no caso de iluminação com lâmpadas incandescentes adota-se como carga térmica a potência instalada e para fluorescentes, 125%, o que se refere à potência nominal total mais 25% referentes aos reatores. (FROTA, 2003) ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas FONTES DE CALOR CLIMATIZAÇÃO NATURAL O sol vai ser responsável, em maior ou menor escala, pelo aquecimento dos ambientes internos, isto vai depender basicamente da intensidade da radiação que chega ao edifício e das características dos materiais da envoltória. Os dados relativos à intensidade da radiação solar incidente sobre as superfícies podem ser calculados por meio de fórmulas, sendo função da latitude, da data, da altitude, da nebulosidade, da poluição do ar etc e também da orientação do plano de incidência. Esses dados podem ser apresentados sob a forma de tabelas e de gráficos. SOL TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas FONTES DE CALOR CLIMATIZAÇÃO NATURAL SOL Umas das formas de avaliar a necessidade de proteção solar se dá por meio da temperatura do ar externo. O software SOL-AR indica as temperaturas por hora por meio de manchas plotadas sobre a cara solar. TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas CLIMATIZAÇÃO CLIMATIZAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL A ventilação natural é basicamente o deslocamento do ar através do edifício. Ela vai ocorrer através de aberturas, umas funcionando como entrada e outras, como saída. Assim, as aberturas para ventilação deverão estar dimensionadas e posicionadas de modo a proporcionar um fluxo de ar adequado ao recinto. O fluxo de ar que entra ou sai do edifício depende da diferença de pressão do ar entre os ambientes internos e externos, da resistência ao fluxo de ar oferecida pelas aberturas, pelas obstruções internas e de uma série de implicações relativas à incidência do vento e forma do edifício. (Adaptado de FROTA, 2003) TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas CLIMATIZAÇÃO CLIMATIZAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL Além da possibilidade de redução da temperatura e umidade interna de um ambiente (dependendo do clima), a ventilação é importante como elemento de higienização do ambiente. A ventilação natural pode ocorrer em um edifício de duas maneiras: • Ação dos ventos: A força dos ventos promove a movimentação do ar através do ambiente. • Efeito chaminé: Onde o deslocamento de ar ocorre devido a diferença de densidade. Considerando que o ar quente (menos denso) tende a subir e o ar frio (mais denso) tende a descer. *É importante verificar a correlação entre esses princípios para que um não ocorra em contraposição ao outro. TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas CLIMATIZAÇÃO CLIMATIZAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL Frota (2003) indica que a renovação do ar dos ambientes pode ocasionar ganho ou perda de calor, dependendo da relação entre as temperaturas externa e internas (te ti). O cálculo de carga térmica transferida pela ventilação será: Esse cálculo revelará o número de renovações para uma determinada carga térmica! V __ Volume do recinto (m3) TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas CLIMATIZAÇÃO CLIMATIZAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL Para definir a quantidade de renovações por hora para um determinado ambiente deverá ser levado em consideração os aspectos relacionados a qualidade do ar e a temperatura. Em relação ao suprimento de oxigênio e a concentração máxima de gás carbônico no ar, é importante salientar que a diluição da concentração de gás carbônico requer maiores taxas de ventilação que o suprimento de oxigênio, entretanto, a renovação do ar para a diluição da concentração de gás carbônico é insuficiente para a desconcentração de odores corporais, que podem causar náuseas, dores de cabeça e mal-estar. Além disso o corpo humano emite, através da exsudação e da respiração, vapor de água para o ambiente, aumentando o teor de umidade do ar. TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas CLIMATIZAÇÃO CLIMATIZAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL Em relação a essas necessidades, Frota (2003) indica o uso do gráfico ao lado, apresentado pela A.C.G.I.H. (American Conference of Governmental Industrial Hygienists) e pela A.S.H.R.A.E. (American Society of Heating, Refrigerating and Air Condictioning Engineers) para a definição das renovações de ar por hora TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL A diferença de pressão exercida sobre o edifício pode ser causada pela ação dos ventos. O vento, considerado aqui como o ar que se desloca paralelamente ao solo em movimento lamelar, ao encontrar um obstáculo o edifício sofre um desvio de seus filetes e, ultrapassando o obstáculo, tende a retomar o regime lamelar.Paredes expostas ao vento estarão sujeitas a pressões positivas (sobrepressões), enquanto as paredes não expostas ao vento e à superfície horizontal superior estarão sujeitas a pressões negativas (subpressões). (Adaptado de FROTA, 2003) AÇÃO DOS VENTOS TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Fonte:www.fpcolumbofilia.pt /meteo/main0619.htm Um dos primeiros estudos realizados sobre a ação dos ventos, em busca de gerar uma escala de medição foi feito pelo General Francis Beaufort (1806). Essa escala determina condições confortáveis ou perturbadoras em relação a ventilação. MAURÍCIO RORIZ MAURÍCIO RORIZ MAURÍCIO RORIZ MAURÍCIO RORIZ TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL A distribuição das pressões sobre o edifício depende da direção dos ventos com relação ao edifício e do fato de estar exposto às correntes de ar ou protegido por outros edifícios ou qualquer obstáculo. A pressão exercida sobre um determinado ponto do edifício depende também da velocidade do vento e do seu ângulo de incidência. AÇÃO DOS VENTOS TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS O fluxo da ventilação devido à ação dos ventos pode ser calculado por meio da seguinte expressão: TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Maurício Roriz TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL Ao lidar com edificações situadas na área urbana, o efeito da ação dos ventos pode ser pequeno em razão da proximidade entre as construções. Outra alteração previsível se refere à direção do vento, que não se mantém a nível intra-urbano, tendendo a seguir o traçado viário. Na eventualidade de construções espaçadas, até mesmo por exigência climática, o fator preponderante quanto à ação dos ventos é a determinação do sentido do fluxo de ar no interior das edificações. Obstáculos, produzidos por construções vizinhas, muros ou mesmo vegetação, podem inverter este sentido, modificando as pressões do ar sobre as superfícies externas. (FROTA, 2003) AÇÃO DOS VENTOS TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Olgyay 1963 TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Lamberts 1997 TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Lamberts 1997 Olgyay 1963 Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS As condições do micro clima local podem ser fortemente influenciadas pela existência de obstruções naturais ou edificadas, como a própria topografia local, a vegetação e edifícios circunvizinhos. Estas obstruções podem provocar alterações nas direções predominantes e velocidade dos ventos interceptados pela edificação. No meio urbano a velocidade dos ventos pode ser reduzida em menos da metade em relação a velocidade do ar do entorno, embora ruas estreitas e edifícios altos possam provocar efeitos de afunilamento duplicando a velocidade dos ventos. Fortes turbulências podem acontecer no lado oposto às obstruções (edificações). Os edifícios devem ser situados onde as obstruções aos ventos de verão são mínimas. No alto de morros a edificação tem exposição máxima aos ventos. Esta localização porém a torna vulnerável aos ventos de inverno. A lateral de morros e encostas é uma localização mais vantajosa onde o ar fresco flui morro abaixo ao longo das encostas criando brisas que pode ser bem diferentes dos padrões de ar da região Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Olgyay 1963 TEORIA E PROJETO III: CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA Prof. Me. Paulo Dantas VENTILAÇÃO NATURAL CLIMATIZAÇÃO NATURAL AÇÃO DOS VENTOS Olgyay 1963
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