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3/9/2009 1 MICROBIOLOGIA DO RÚMENMICROBIOLOGIA DO RÚMEN Adriana Dantas Palmieri IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução Características do rúmenCaracterísticas do rúmen Proporciona um ambiente favorável ao crescimento bacteriano: – Tamanho (100-150 L) – pH entre 6,5-7,0 – Temperatura de 39ºC – Anaeróbico – Pressão osmótica constante – Movimentos misturadores fortes • A ingestão de alimento quase continuamente e a movimentação da parede ruminal, juntamente com a absorção ou passagem de metabólitos bacterianos resulta numa reposição contínua de substratos que permite o crescimento de uma população microbiana densa e diversificada Insalivação Insalivação Ruminantes produzem saliva (tamponante): – Ajuda na mastigação e deglutição – Mantém condições físico-químicas favoráveis para o conteúdo ruminal – Atividade enzimática lipolítica e não amilolítica – Grandes quantidades de sódio e potássio: neutralizadores dos ácidos • A saliva provém certos nutrientes para os microrganismos como mucina, uréia, fósforo magnésio e cloro • A saliva tem propriedades anti-espumantes, importantes para evitar o timpanismo espumoso 3/9/2009 2 Microrganismos Microrganismos • 10% do conteúdo ruminal é constituído de microrganismos • A maioria dos microrganismos são bactérias e protozoários ciliados • Há também fungos, protozoários flagelados e vírus principalmente em animais jovens Quantidade de microrganismosQuantidade de microrganismos • 1010 – 1011 bactérias/ml • 105 protozoários/ml • 105 fungos/ml • Medida de atividade bacteriana: teste do azul de metileno Teste azul de metilenoTeste azul de metileno líquido ruminal Líquido ruminal + azul de metileno Oxiredução do azul de metileno Oxiredução total • Nº protozoários < nº bactérias • Protozoário: de 500.000 a 1.000.000 vezes > que as bactérias • Normalmente: volume de protozoários = volume de bactérias Fatores que alteram a Fatores que alteram a concentração de microrganismosconcentração de microrganismos • Dieta: – Rica em volumoso: aumento das bactérias celulolíticas, hemicelulolíticas , metanogênicas e protozoários (aumento de pH) – Rica em concentrado: aumento das bactérias amilolíticas e queda das bactérias celulolíticas, hemicelulolíticas e protozoários (queda de pH) • Tamponantes • Antibióticos • Inoculantes microbianos 3/9/2009 3 Bactérias Bactérias Grupo Espécies Substrato Produtos Celulolíticos Fibrobacter succinogenes, Ruminococcus albus, Ruminococcus flavefaciens, Butirivibrio fibrisolvens Celulose AGVs Acetato Amilolíticas Bacteroides ruminicola, Bacterioides amilophilus, Selenomonas ruminantium, Streptococcus bovis, Succinomonas Amido AGVs Propionato Bactérias Bactérias Grupo Espécies Sustrato Produtos Glicolíticas Todas Açúcares simples AGVs Butirato Láticas Megasphaela elsdenii, Selenomonas ruminantium Subprodutos e ácidos AGVs e lactato Pectínicas Lachnospira multiparus Succinovibrio dextrinosolvens Pectina AGVs Lipolíticas Anaerovibrio lipolytica Glicerol AG livres Bactérias Bactérias Grupo Espécies Sustrato Produtos Proteolíticas Peptostreptoccus sp. Clostridium aminophilum Wolinella succcinogenes Proteínas AGVCR, AGVs, NH3, AAs, Pepit Ureolíticas Aerobacter aerogenes Uréia NH3, AAs Metanogênicas Metanobrevibacter sp., Metanosarcina sp. Formato, H2 e CO2 Acetato CH4 Facultativas Lactobacilos sp. Enterobacter sp. Streptococcus sp. Amido, Lactato e Ácidos diversos AGVs, La e H2 Protozoários Protozoários Classe Subclasse Ordem Gênero Ciliado Holotrica Isotricha Dasyticha Entodinium Spirotricha Entodinomorfa Diplodinium Euplodinium Polyplastron Holotricha Spirotricha 3/9/2009 4 Protozoários Protozoários Holotricha Spirotricha 103 a 104/mL, a base forragem 103 a 104/mL, a base de grãos Livres, rápidos e visíveis Associado às partículas Utilizam açúcar Utilizam pouco CHO solúvel Engolfam bactérias Engolfam amido, partículas, bactérias e pequenos protozoários Possuem enzimas proteolíticas Proteína é a fonte de energia ProduzemCO2, acetato, butirato, lactato, amônia ProduzemCO2, H2, acetato, butirato, propionato, lactato, amônia Fungos Fungos Ficomicetos Basiodimicetos Ascomicetos Fungos Fungos • “túneis” na parede celular (hifas) • Fermentação • Consumo de O2 no rúmen Como se dá o estabelecimento da Como se dá o estabelecimento da microbiotamicrobiota ruminalruminal?? • Ato de lamber; • Contato entre animais; • Saliva; • Alimentos contaminados; • Esterco • Água • Aerossóis Distribuição parcial dos Distribuição parcial dos microrganismos no rúmenmicrorganismos no rúmen � População do líquido � População aderente a partículas � Intermediária � População aderente a parede QUAL O BENEFÍCIO QUE OS QUAL O BENEFÍCIO QUE OS MICRORGANISMOS E O MICRORGANISMOS E O PROCESSO DE FERMENTAÇÃO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO PROPORCIONAM AOS PROPORCIONAM AOS RUMINANTES?RUMINANTES? 3/9/2009 5 Síntese de proteína de alta qualidadeSíntese de proteína de alta qualidade • Todos os vertebrados necessitam de aa que eles não podem sintetizar (essenciais) • Os microrganismos presentes no rúmen sintetizam todos os aminoácidos essenciais Síntese de Síntese de ptnptn a partir de fontes a partir de fontes de nitrogênio não protéicode nitrogênio não protéico • Os microrganismos presentes na fermentação podem sintetizar proteína a partir da uréia • Em alguns casos os ruminantes são alimentados com uréia como fonte barata de proteína Síntese das vitaminas do Síntese das vitaminas do complexo Bcomplexo B • Os microrganismos do rúmen podem sintetizar todas as vitaminas do complexo B, por isso é difícil encontrar deficiência dessa vitamina em ruminantes Produtos da fermentaçãoProdutos da fermentação Ácidos graxos voláteis (AGV) – A fermentação ocorre sob condições anaeróbicas e os açúcares são convertidos a ácidos graxos voláteis – Outros produtos também são formados como o ácido lático, o dióxido de carbono e o metano Ácidos graxos voláteisÁcidos graxos voláteis AcetatoAcetato PropionatoPropionato ButiratoButirato CH3-COOH CH3-CH2-COOH CH3-CH2-CH2-COOH Após a oxidação...Após a oxidação... AcetatoAcetato PropionatoPropionato ButiratoButirato 10 ATPs 17 ATPs 25 ATPs 3/9/2009 6 Ácidos graxos voláteisÁcidos graxos voláteis • Acetato – Síntese de gordura do leite • Butirato – Formação de corpos cetônicos (ATP cérebro e músc. esquelético) – Fornecedor de energia p/ epitélio ruminal • Propionato – Gliconeogênese – produção de leite Citrato Isocitrato ααααcetoglutarato CO2 Succinil CoA CO2 Succinato Fumarato Malato Oxaloacetato Glicose PEP Butirato Acetato Acetil CoA Propionato L-Metilmalonil CoA Lactato AAs Glic. CICLO DE KREBS CICLO DE KREBS Vitamina B12 (Cobalto) Considerações finaisConsiderações finais ConhecerConhecer a a microbiotamicrobiota ruminalruminal e e suassuas característicascaracterísticas é é importanteimportante parapara formularformular as as dietasdietas e e incrementarincrementar a a eficiênciaeficiência de de utilizaçãoutilização dos dos alimentosalimentos
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