TRABALHO 5º SEMESTRE (1)

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POLO JULIO DECASTILHO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL – 5ª SÉRIE
DISCIPLINAS NORTEADORAS: Planejamento e Gestão em Serviço Social; Política de Seguridade Social; Gestão do Sistema Único de Assistência Social; Instrumentos e Técnicas de Atuação Profissional e Desenvolvimento Econômico.	
	
		BEUMIRA CATARINA DE LIMA – RA 2808838949
		CAROLINE BOGARIM DA SILVA – RA 1709960416
	 IZABEL PEREIRA DA SILVA RUFINO – RA 1920623304
			JULIANA DOS SANTOS – RA 2810702709
DESAFIO PROFISSIONAL
A IMPORTANCIA DO TRABALHO EM REDE
TUTORAS EAD: Laura Santos; Maria Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes; Renato Silva; Maria Edilene Xavier Rocha Garcia.
CAMPO GRANDE - MS
02 de Junho de 2017
		 BEUMIRA CATARINA DE LIMA – RA 2808838949
		 CAROLINE BOGARIM DA SILVA – RA 1709960416
 IZABEL PEREIRA DA SILVA RUFINO – RA 1920623304
			JULIANA DOS SANTOS – RA 2810702709
DESAFIO PROFISSIONAL
A IMPORTANCIA DO TRABALHO EM REDE.
O desafio profissional é um procedimento metodológico de ensino-aprendizagem, apresentado ao Curso de Serviço Social, do Centro de Educação à distância (CEAD), da Universidade Anhanguera/UNIDERP, tem por objetivo favorecer a aprendizagem das disciplinas norteadoras.
CAMPO GRANDE–MS
Junho de 2017
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo viabilizar a melhor compreensão da importância relativa à rede de atendimento social sob a ótica do Serviço Social juntamente abordado na Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande Mato Grasso do Sul – AMA. A Rede é fundamental para uma Política Pública eficaz, atuante com profissionais na perspectiva de compreender as concepções que o profissional tem na estratégia do trabalho em rede, considerado um potencializador dos objetivos e inovação na gestão das políticas públicas em geral.
O trabalho em Rede da AMA se efetiva através de políticas públicas com verbas adquiridas pela Prefeitura Municipal de Campo Grande/MS, Câmara municipal, juntamente com o Governo do Estado, Esferas Federais e empresas privadas parceiras. Percebe-se o quão importante é o trabalho em rede, já que atualmente os serviços sociais são fragmentados e dificilmente conseguem abranger todas as necessidades da população em um único serviço. A assistência não consegue um trabalho eficaz sem a articulação da saúde, esporte, educação, Conselhos, Esferas Municipais e Estaduais, Ministério Público, CRAS, CREAS e empresas privadas parceiras.
A rede socioassistentencial da Associação de Pais e Amigos do Autista - AMA, foi criada no intuito de desenvolver e também mostrar para as famílias que tem crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) o conhecimento sobre as políticas públicas pertencentes a este público alvo, pois muitas dessas famílias possuem certas dificuldades sobre quais são os direitos que a criança possui e como e onde recorrer por esse direito. O serviço social, em carater interventivo tem seu papel fundamental através da garantia e luta pelos direitos sociais dos usuários com TEA.  
Vale ressaltar que a Lei 12.764/12, integra na Política Nacional de Inclusão das Pessoas com o Transtorno do Espectro Autista e conduz à reflexão incluindo o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional, a nutrição adequada e a terapia nutricional, os medicamentos e as informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento. Da mesma forma, a pessoa com autismo será assegurado o acesso à educação e ao ensino profissionalizante, à moradia, ao mercado de trabalho e à previdência e assistência social.
2. BREVE HISTÓRICO AMA
A Associação de Pais e Amigos do Autista – AMA, foi fundada em 26 de Abril de 1990, Com a finalidade de atender crianças, adolescentes e adultos com transtorno do Espectro do Autismo – TEA. 
É uma entidade filantrópica, autônoma, de caráter assistencial e sem fins lucrativos, onde oferecem os serviços de assistência social, educacional, cultural, saúde em conformidade com as necessidades da pessoa com TEA, viabilizando sua integração na sociedade. Com mais de cem pacientes atendidos todos os meses, a instituição trabalha para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
A AMA tem por finalidade promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços, apoio as famílias direcionadas e a melhoria de qualidade de vida da pessoa com Transtorno do Espectro Autista e também à construção de uma sociedade justa e solidária. Tem por símbolo as letras A M A na cor vermelha inserida num coração.
 A associação tem por finalidade promover melhoria e qualidade de vida das pessoas com o transtorno de crianças, adolescentes e adultos buscando auxiliar o pleno exercício da cidadania, bem como fortalecer e integrar os usuários despertando nos mesmos a ação coletiva, bem como, de modo à prestar serviços na área de assistência social, esporte, lazer e zelar pela qualidade de vida de seus associados, além de desenvolver programas de habilitação, reabilitação e adaptação dos mesmos para inclusão na sociedade e inserção no mercado de trabalho.
A Organização se mantém através de licitações estaduais e municipais e também através de eventos promovidos como: Bingos Beneficentes, rifas e sorteios, bazar, almoços beneficentes, celebrar convênios, receber subvenções, doações, fazer aplicações financeiras que visem o rendimento do capital da entidade. Dentro da organização foi criado o projeto de Oficina de Costura “Mães da Ama”, que tem por objetivo angariar recursos financeiros para a entidade.
A associação conta com uma equipe de profissionais que consiste em: Assistente Social, Psicóloga, Pedagoga, Terapeuta Floral, Terapeuta Ocupacional, Musicoterapia, Educador Físico, Enfermeira, além da Presidente, Coordenadora, Secretárias, Cozinheira e Auxiliar de limpeza. Atualmente atende no total de cento e cinco usuários, incluindo crianças, adolescentes e adultos.
Salientamos ainda os avanços com a criação e aprovação da Lei 12.764 (Lei Berenice Piana), de 27 de dezembro de 2012 que institui a Política Nacional de Proteção da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Apoiada nesta Lei a AMA procura satisfazer às necessidades de seus usuários, e também adequar as normas e leis dentro instituição, que garantem a atenção integral às necessidades, objetivando o diagnostico precoce, o atendimento multiprofissional adequado a cada pessoa com TEA.
3. CONCEITO DE REDE
Conceituar a rede socioassistencial é trazer para o nosso cotidiano a relação entre um conjunto de sistemas organizacionais capazes de reunir indivíduos e instituições, de forma democrática e participativa, entre as pessoas beneficiadas e a comunidade em geral, com o objetivo de favorecer não apenas o desenvolvimento de pessoas, mas de uma comunidade inteira. A rede permite que informações e soluções de problemas possam ser compartilhadas, possibilitando a organização de pessoas em torno de um único objetivo.
A partir da percepção dos assistentes sociais é possível elencar os objetivos específicos na realização de identificar e possibilitar o atendimento social a partir da junção de uma equipe, tendo em vista buscar compreender o funcionamento da rede a partir do atendimento social, identificando as instituições que a compõem mediante a contribuição dos profissionais que participam, visando os limites e possibilidades para efetivação e acesso ao serviço prestado.
 A partir desta compreensão do trabalho em rede, torna-se fundamental para o campo do Serviço Social, identificar os limites e possibilidades encontradas pelos profissionais. Encontrar o papel mais adequado a cada organização no conjunto de articulações possíveis a um desafio a ser superado.
Uma rede envolve processos de articulação, participação, cooperação, pressupõe uma forma conectada, autônoma, participativa, colaborativa, coloca a organização em rede e favorece a circulação e a troca de informações, o compartilhamento de experiências, acolaboração em ações e projetos e o aprendizado coletivo e inovação, o fortalecimento de laços entre os membros, a manutenção do espírito de comunidade e de decisão compartilhada, onde as famílias são atendidas em todas as suas necessidades e por todas as políticas públicas de maneira integral. 
Devemos considerar ainda que o trabalho em Rede fortalecesse práticas descentralizadas, onde transmitem informações e idéias, criam condições para a produção de conhecimento e para a efetiva participação dos envolvidos que facilitam o monitoramento e a avaliação das ações na área da assistência social. 
Sendo assim, as redes devem ser consideradas e representadas como alguns pressupostos fundamentais que derivam da sociabilidade e das relações inerentes às atividades humanas, se manifestam como objeto útil e indicador do planejamento, execução, acompanhamento e avaliação da ação entre os parceiros sociais, facilita a participação dos excluídos nos processos de desenvolvimento das ações e possibilita a utilização do conhecimento necessário às estratégias de atuação e solução de impasses. 
No entanto as redes podem funcionar como um elemento mediador, capaz de auxiliar e realizar a ponte com o outro, de induzir a anulação da incompreensão, com objetivos pautados na destruição de resistências às comunicações diversas, facilitando a circulação das interações pessoais como um todo, mas, jamais, priorizando-as em detrimento das políticas de atendimento institucionais e tendo como objetivo o atendimento com qualidade ao usuário dos serviços sociais. Os desafios são grandes e encontram-se relacionados às necessidades de mudanças e transformações culturais, organizacionais, políticas, dentre outras, as quais representam as dinâmicas que integram a sociedade como um todo. 
3.1 MAPEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA REDE
Para que a rede possa funcionar de maneira a garantir melhor qualidade de vida dos pacientes com TEA (transtorno com Espectro Autista) e reafirmar o compromisso de ampliar significativamente o acesso e a qualidade da atenção direcionada às pessoas com transtornos do espectro do autismo e suas famílias, considera-se fundamental que cada ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial, se responsabilize em oferecer diversificadas possibilidades de acesso e diferentes modalidades de cuidado para compreender e responder às necessidades das pessoas com TEA em seu contexto de vida. Isto significa convocar todos os pontos de atenção da rede e os profissionais que são compostos pelo CRAS (encaminhamento da família para fazer o Cadastro Único/NIS) e posteriormente dar entrada no Bolsa família ou outro benefício que o paciente tem direito, encaminhamento ao CEM- Centro de especialidades médicas de Campo Grande/MS, no qual são encaminhados para odontologia. 
O autista pode contar também com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) que é um benefício socioassistencial, regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei 8.742/93), para se obter esse benefício é necessário que a renda familiar seja inferior a 1/4 do salário mínimo e haja a comprovação da deficiência e do nível de incapacidade para vida independente e para o trabalho (atestada por perícia médica e social do INSS), se comprovada à necessidade da família, logo, a assistente social providencia o encaminhamento para dar entrada no benefício. 
Outro benefício obtido por meio de requisição das políticas públicas setoriais, junto a Defensoria Publica a qual compete prestar gratuitamente orientação jurídica e promover os direitos para dar entrada no Termo de Curatela no qual nomeia um familiar que recebe o nome de Curador, para que este administre os interesses do portador do TEA.
A rede socioassistencial da AMA também é interligada ao CREAS e este se encarrega de averiguar maus tratos quando há queixa de negligência, descuido por parte de algum familiar, o CREAS passa a fazer acompanhamento e visitas domiciliares para certificar-se especificamente das denuncias e tomar as devidas providências.
A entidade conta também com o apoio de empresas parceiras para o emprego apoiado, onde o jovem é acompanhado por uma psicóloga para ver onde melhor ele se encaixa para desenvolver a atividade dentro da empresa. Sendo assim, outro beneficio que é de direito da pessoa com TEA (Transtorno do Espectro Autista) é o vale transporte, a Assistente Social orienta o outorgado responsável a procurar a ASSETUR (Associação de Empresas de Transporte Urbano de Campo Grande/MS), para requerer o beneficio amparada pela Lei 8.899/94.
O trabalho em rede é de suma importância para que os serviços unidos e conectados busquem meios para que o usuário supere a situação vivenciada, sem nenhum trauma ou conseqüências graves e impossíveis de serem solucionadas.
3.2 O DESAFIO DE SE TRABAHAR EM REDE 
Considerando que um dos maiores desafios relatadas pela Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande/MS – AMA, uma das principais dificuldades do trabalho em rede é a morosidade pelos serviços prestados, dificuldade em conseguir agendar uma consulta odontológica pelo órgão conveniado – CEM (Centro de Especialidades Médicas), ou a delonga no atendimento pela Defensoria Publica e até mesmo pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. 
Outro desafio percebido é a questão de adaptação das famílias aos serviços, onde muitas começam, porém logo desistem pela dificuldade encontrada pela família para fazer o deslocamento com a criança ou o jovem até o local de atendimento.
É visto como possibilidade e talvez uma possível solução, se todos os profissionais envolvidos na rede e no atendimento a essas crianças e famílias, buscassem de uma maneira diferente entender o porquê essa não adaptações aos atendimentos e procurassem os problemas existentes e apresentar soluções para que essas famílias se adaptem aos serviços que em muitos casos é essencial.
 A rede poderia criar uma equipe própria, com profissionais capacitados e treinados para fazer essa busca a famílias que não aderem aos serviços, fazendo visitas domiciliares, reuniões, encontros não formais, palestras, entre outros para evidenciar a importância do atendimento.
 Para que a articulação entre os serviços funcione de forma a buscar realmente uma transformação na vida e na realidade de seus usuários e familiares e a superação de todos os atendimentos com êxito, é necessário que os profissionais envolvidos na rede trabalhem e se dediquem ao máximo para alcançar esse objetivo, fato este que não ocorre em todos os serviços, onde ainda existem profissionais conservadores e com uma visão equivocada e distante da luta para transformar a realidade.
Tendo em vista a Lei 12.764/12 também conhecida por Berenice Piana trouxe como avanços significativos o estabelecimento de uma Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o reconhecimento legal dos autistas, mesmo com todos os desafios observados dentro a entidade, a Lei é fundamental para a articulação e aplicação de todos os benefícios concedidos a fim de garantir os direitos sociais dos autistas atendidos pelo AMA.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que dessa forma, a Associação de Pais e Amigos do Autista – AMA, juntamente com uma equipe multidisciplinar, busca utilizar os serviços oferecidos pela rede socioassistencial, para garantir um melhor desenvolvimento junto a Rede para que atendam seus pacientes de forma humanitária a fim de alcançar a satisfação das necessidades básicas de cada usuário da AMA.
Nesse sentido, os serviços de proteção social especial voltado às pessoas com TEA são importantes, muito mais pela centralidade na família pensada pela assistência social. O trabalho psicossocial, contudo, deve levar em consideração que essa família faz parte de um contexto social mais amplo, na abrangência, contanto com o apoio, a orientação e informações, solucionando as necessidades e especificidades de cada um, podendo constituir uma melhor qualidade de vida, compreensão e ação diante da complexidade quepode envolver a pessoa com o Transtorno do Espectro Autista- TEA, aos recursos necessários para o seu desenvolvimento e superações. Nesse contexto, as políticas públicas têm um papel muito importante, especialmente para as famílias de menor poder aquisitivo, uma vez que o investimento em ações para atendimento especializado é significativo, em termos de pessoal e condições materiais para a oferta de um trabalho da melhor qualidade.
Portanto, devem buscar cada vez mais estratégias para a sua articulação, que essa rede se fortaleça através de uma conexão de ações coletivas para o desenvolvimento dos serviços socioassistenciais, e para que isso ocorra, as equipes devem se conectar e trocar idéias, desenvolver reuniões e lutar por uma rede socioassistencial articulada e justa. 
Dessa forma, fica claro que a Lei Berenice Piana (Lei nº 12.764/12) refletiu sobre os benefícios e conquistas, não restando dúvidas concernentes a inclusão de pessoas com Transtorno Espectro Autista configurando o trabalho em rede para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas tão especiais, aprimorando as relações sociais.
	
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
SENRA, Michele. Benefícios para autismo. Disponível em: http://corautista.org/beneficios-para-autismo.html. Acesso em: 16 abril 2017.
PESSOA Nataly. A Lei Interpretada Por Quem Precisa Dela. Disponivel em http://www.cartapotiguar.com.br/2013/01/19/os-autistas-e-a-lei-berenice-piana/. Acesso em 10 maio 2017.
PILONI, Thiago. Lei Berenice Piana e o acompanhante especializado. Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br. Acesso em: 22 abril 2017.
AUTISMO, cartilha direito das pessoas com. http://www.revistaautismo.com.br/CartilhaDireitos.pdf. Acesso em: 10 abril 2017.
WAY, Juris. DIREITOS DAS PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA). Disponível em: https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=10515. Acesso em: 4 abril 2017.
República, Presidência da. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm. Acesso em: 21 abril 2017
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. DIREITOS DAS PESSOAS COM AUTISMO. Disponível em: http://www.revistaautismo.com.br/. Acesso em: 16 abril 2017.
ATA Livro e Regulamento Interno da Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande/MS: Campo Grande, 20 de abril 2017