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Ecossistemas Terrestres BIOMAS TERRESTRES Parte 4 Profa. Renata Silvino Parque do Itacolomi, MG Foto: Renata Silvino Floresta Pluvial indo-malásia Parte do sudeste da Ásia (Vietnã, Tailândia, e a Península Malásia), as ilhas entre a Ásia e a Autrália, incluindo as Filipinas, Bornéu e Nova Guiné e a costa de Queensland na Austrália. As florestas tropicais úmidas são as mais ricas e mais produtivas dos biomas terrestres da Terra, ocupando apenas 6% de sua superfície, mas abrigando cerca de 50% de suas espécies. Floresta Pluvial Americana Bacias do Amazonas e do Orinoco da América do Sul, com áreas adicionais na América Central e ao longo da costa atlântica do Brasil. Floresta Pluvial Africana Área do extremo sul da África oeste que se estende em direção a leste através da bacia do rio Congo. •Incrível complexidade de interações bióticas; são encontradas nas baixas altitudes das latitudes tropicais, onde a chuva é abundante (acima de 1800 mm anuais). •Apesar da maioria das florestas tropicais úmidas receber chuva durante o ano inteiro, a precipitação tende a ser sazonal. As temperaturas são quase uniformes no transcurso anual e varia menos sazonalmente do que diariamente. •As plantas dominantes são as grandes árvores que formam uma cobertura fechada, de 30 a 50 m de altura. Foto: Adriano Gambarini Foto: Adriano Gambarini •Nas árvores das camadas superiores crescem diversas lianas (trepadeiras lenhosas) e epífitas (orquídeas, samambaias e, no Novo Mundo, bromélias). As folhas podem ser cobertas com epífilas (finas camadas de musgos, liquens e algas). •Pouca luz ultrapassa a densa cobertura arbórea, para tingir o chão da floresta, que é surpreendentemente aberto e desprovido de vegetação. •A vegetação é importante reservatório dos nutrientes disponíveis. Foto: Renata SilvinoFoto: Eryka Moraes Alta produtividade Altas temperaturas Alta umidade Alta decomposição orgânica + Rápida lixiviação (remoção de nutrientes) PARADOXO: O bioma mais produtivo do mundo cresce em solo pobre, que possui pouco intemperismo da matriz e baixa quantidade de P. Conseqüências da supressão da Floresta Tropical • Quando as florestas pluviais tropicais são cortadas, muitos dos nutrientes se perdem. Os solos vulneráveis sofrem erosão rapidamente e sedimentam as correntes de água com silte. Em muitos casos, o ambiente se degradamuitos casos, o ambiente se degrada rapidamente e a paisagem se torna improdutiva. Causas de maior diversidade nos trópicos • A alta diversidade dos trópicos se deve a um clima constante e benigno, dando tempo para especiação e diversificação de nichos. • Os períodos de seca nos trópicos originaram refúgios• Os períodos de seca nos trópicos originaram refúgios (resultado das contrações e expansões da vegetação); • A força seletiva nos trópicos são de natureza biótica, ao contrário dos temperados; • A competição é mais intensa nos trópicos devido aos nichos menores; • A predação, aliada da diversidade de espécies, também é alta nos trópicos. Além do número de espécies ser maior nos trópicos, os tipos de espécies também diferem: • Fleming (1973) comparou mamíferos em 3 florestas, floresta pluvial, decídua temperada e boreal: – A proporção de morcegos decresce com o aumento de latitude; – Biomassa: espécies <100g são metade nas tropicais, enquanto– Biomassa: espécies <100g são metade nas tropicais, enquanto que maiores de 10Kg predominam na boreal; – Hábitat: aéreo ou dossel estão mais de 70% nos trópicos, enquanto que em temperado e boreal predominam espécies de solo e trepadoras; – Alimento: frugívoros em grande porcentagem nos trópicos, já carnivoria de vertebrados e folivoria são mais comuns na boreal. Insetivoria predomina na temperada. FLEMING, T.H. 1973. Numbers of mammal species in North and Central American forest communities. Ecology, Washington, 54: 555-563. • Espécies que constituem recursos alimentares em períodos críticos: ex. espécies vegetais do gênero Ficus que representam < 1% da diversidade vegetal das florestas tropicais e da América Central e do Sul, mas que garantem alimento à maior parte da comunidade de animais frugívoros (ex. primatas, morcegos e aves) durante o período de escassez alimentar (cerca de 3 meses do ano a produção de frutos pela maior parte das espécies vegetais diminui). • Além disso, as figueiras apresentam um papel importante na regeneração e recomposição de comunidades vegetais, atraindo animais frugívoros dispersores de outras espécies vegetais. • O conceito de espécie chave constitui uma orientação importante para definir as espécies alvo que desempenham papéis particularmente importantes no funcionamento do ecossistema. • Espécie-chave, como lontra do mar, figueiras ou• Espécie-chave, como lontra do mar, figueiras ou herbívoros-chave, como castor, bisão, veado e cães das pradarias, são espécies cuja remoção ou declínio numa ecorregião trariam um efeito negativo desproporcional sobre a persistência de outras espécies. • A remoção, adição ou alterações locais no tamanho das populações de espécies-chave implicam efeitos acentuados em outras espécies, processos e interações. Bioma Precipitação e umidade Temperatura Vegetação Solo Diversidade Tundra Umidade e chuvas moderadas Frio perpétuo e verão muito curto Herbáceas, líquens e musgos Solo congelado na maior parte do ano Baixíssima Taiga (Florestas Boreais) Umidade e chuvas moderadas Inverno muito frio e verão frio Arbóreas perenifólias e arbustos Solo raso e pedregoso Muito baixa Florestas Chuva Estações Arbóreas Fértil ModeradaFlorestas Temperadas Chuva homogênea e moderada Estações quente e fria Arbóreas caducífolias Fértil Moderada Prados Temperados Estação seca longa Inverno frio e verão moderado Principalmente gramíneas Moderado a fértil Baixa Florestas Tropicais Muita chuva, umidade alta, pouca sazonalidade Quente o ano todo Arbóreas perenes, arbustos, cipós, epífitas Pobre a moderada mente fértil Altíssima Savanas Tropicais Estações seca e úmida bem marcadas Alata a moderada Gramíneas, árvores baixas a arbustos Pobre a moderadamente fértil Alta Desertos Pouca umidade e chuva Grande variação diária Arbustos, cactus Pobre a fértil Baixa a moderada
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