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OAB - GO
carolinesantos123@hotmail.com
Face: Caroline Santos
Página: Professora Caroline Santos
Conteúdo Programático
• Princípios básicos da Administração.
Organização administrativa: Administração
direta e indireta, centralizada e
descentralizada.
• Bens públicos: classificação; administração;
utilização; proteção e defesa de bens de valor
artístico, estético, hisórico, turístico e
paisagístico.
• Intervenção do Estado na propriedade:
desapropriação;
• Responsabilidade civil da Administração:
reparação do dano; enriquecimento ilícito;
uso e abuso de poder; sanções penais e civis.
Surgimento Estado
• Sociedade 
•  Sociedade Política;
•  Status (Maquiavel – Príncipe ) = bem 
comum. 
Estado surge e precisa se organizar ...
Primeiro passo para o Estado se 
organizar
• Organizar internamente – cria-se Direito 
Administrativo. 
O que é Direito Administrativo?
• “é o ramo do Direito Público que disciplina a 
função administrativa, bem como pessoas e 
órgãos que a exercem” (Bandeira de Mello)
• - modelo da administração burocrática
• Toda autoridade baseada na legalidade;
• Relações hierarquizadas de subordinação entre órgãos 
e agentes
• Competência técnica como critério para seleção de 
pessoal
• Remuneração baseada na função desempenhada, e 
não pelas realizações alcançadas
• Controle de seus fins
• Etc.
Quadro comparativo entre a administração burocrática e administração 
gerencial
Adm. Burocrática Adm. Gerencial
Período-Base Antes de 1998 Após 1998
Norma-padrão DL 200/67 Emenmda 19/98
Paradigma Lei O resultado
Valores-chave Hierarquia, forma e 
processo
Colaboração, 
eficiência e 
parceria
Controle Sobre meios Sobre resultados
Institutos 
relacionados
Licitação, processo 
administrativo, 
concurso público e 
estabilidade
Contrato de gestão, 
agências executivas 
e princípio da 
eficiência. 
Princípios
• Fundamentos;
• Base;
• Regras gerais que condensam os valores 
fundamentais de um sistema.
• Violar um princípio é muito mais grave que 
violar uma norma.
Função dos princípios
• A) hermenêutica: para interpretação das 
normas do Direito Administrativo;
• B) integrativa: serve para suprir lacunas das 
leis ou atos normativos.
Princ. Supremacia do Interesse Público 
• Ex: Poder da Adm. Intervir no Estado na 
propriedade privada. 
• Prazos processuais em dobro para recorrer e 
em quádruplo para contestar.
– Concurso: A FP em relação a responder aos 
recursos tem prazo simples!!!
– Nos JEFederais não se aplicam o art. 188 e 191 do 
CPC em favor da Fazenda Pública, nem existe o 
reexame necessário (art. 9º e 13 da Lei 
11.259/2001)
Princípio da Indisponibilidade
• Agentes, pessoas, servidores não são donos 
de nada que é público.
Princípios Constitucionais Dto
Administrativo
–LIMPE 
Princípios da Adm. Pública
• Legalidade
• Impessoalidade
• Moralidade ART. 37
• Eficiência
• Publicidade
Legalidade
• Obediência aos regramentos legais.
• Princ. Juridicidade – obediência não somente 
à lei mas também a todo o ordenamento 
jurídico (atos administrativos normativos, 
tratados e convenções internacionais, 
medidas provisórias e etc)
Exceção à legalidade
• Medida provisória (Art. 62 da CF)
• Estado de defesa (art. 136)
• Estado de Sítio (art. 137 a 139 CF/88)
• Razoabilidade
• Proporcionalidade
• Reserva do Serviço Público
• Supremacia do Interesse Público em 
detrimento do Particular
Moralidade (comportamento)
Ética 
probidade
Lealdade
decoro
Boa-fé
• Sumula Vinculante 13 do STF (antinepotismo).
• “nomeação de cônjuge, companheiro ou parente 
em linha reta, colateral ou por afinidade até o 3º 
grau, inclusive da autoridade nomeante ou 
servidor da mesma pessoa jurídica investido em 
cargo de direto, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de confiança ou comissão, ou, ainda, de 
função gratificada na adm. Pública, viola a 
Constituição Federal. 
Como combater
• Ação popular
• Ação civil pública
• Controle externo feito pelos Tribunais de 
Conta
• Comissão Parlamentar de Inquérito
• Lei de improbidade Adm. 8.429/92.
Princ. Publicidade
• Transparência;
• Fundamentação: art. 5º XXXIII CF – todos tem 
direito a receber dos órgãos informações ...
• Art. 5º, XXXIV – isenção de taxas certidões, 
petição ao PJ;
– Exceção: Lei 11.111/2005 – acesso a documentos 
públicos de interesse particular, coletivo ou geral –
sigilo, segurança da sociedade e do Estado. 
Penalidade quem não cumprir a 
Publicidade
• Art. 11, III e IV Lei 8.429/92:
– Ressarcimento integral do dano, se houver
– Perda da função pública etc.
– “A declaração de sigilo dos atos administrativos, 
sob a invocação do argumento da segurança 
nacional, é privilégio indevido para a prática de 
um ato administrativo, pois o princípio da 
publicidade administrativa exige a transparência 
absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle
de legalidade”. V ou F?
Princ. Eficiência
• Controlar resultados da Adm. Pública.
• servidor público federal, a produtividade constitui, inclusive, um 
dos fatores avaliados durante o período de estágio probatório.[21] 
Além disso, o art. 116 da Lei n.8.112/90 enumera diversos deveres 
do servidor público relacionados com a eficiência, tais como: 
atender com presteza o público em geral (inciso V) e zelar pela 
economia do material (inciso VII).
Eficiência está ligada
• a) Estágio probatório (art. 41 da CF): período após a posse no cargo
público
durante o qual o servidor é avaliado quanto aos quesitos de eficiência e
produtividade.
• b) Contrato de gestão das agências executivas (art. 37, § 8º , da CF), a ser
celebrado com entidades e órgãos públicos para ampliação de sua
autonomia e fixação de metas de desempenho.
• c) Duração razoável dos processos administrativos (art. 5º , LXXVIII, da CF).
• d) Parcerias da Administração Pública: variados instrumentos de
cooperação entre a Administração e particulares para aumento da
qualidade e eficiência nas atividades públicas, tais como parcerias público-
privadas (Lei n. 11.079/2004), concessões e permissões de serviço público
(Lei n. 9.897/99), termos de parceria firmados com organizações da
sociedade civil de interesse público (9.790/99), contratos de franquia etc.
Princípios Infra-Constitucionais
• no art. 2º , parágrafo único, da Lei n. 9.784/99:
“A Administração Pública obedecerá, dentre
outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência”.
...
• Princípio da autotutela
• a) Súmula 346: “A administração pública pode 
declarar a nulidade dos seus próprios atos”.
• b) Súmula 473: “A Administração pode anular 
seus próprios atos, quando eivados de vícios que 
os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada,
• em todos os casos, a apreciação judicial”.
Princípio da obrigatória motivação
• (art. 2º , parágrafo único, VII, da Lei n. 
9.784/99).
• art. 93, X, da Constituição Federal: 
• art. 50 da Lei n. 9.784/99: 
Diferença entre Motivo e Motivação
• Motivação: é a justificativa escrita sobre as 
razões fáticas e jurídicas que determinaram a 
prática do ato. Exemplo: na multa de trânsito, 
o documento de notificação do infrator 
contém a motivação do ato.
• b) Motivo: é o fato que autoriza a realização 
do ato administrativo. Exemplo: a infração é o 
motivo da multa de trânsito.
Princípio da finalidade
• O princípio da finalidade está definido no art. 
2º , parágrafo único,II, da Lei n. 9.784/99, 
como o dever de “atendimento a fins de 
interesse geral, vedada a renúncia total ou 
parcial de poderes ou competências, salvo 
autorização em lei”.
Teoria do desvio de finalidade
• Desvio de finalidade, desvio de poder ou 
tresdestinação ilícita é defeito que torna nulo 
o ato administrativo quando praticado, tendo 
em vista fim diverso daquele previsto, explícita 
ou implicitamente, na regra de competência 
(art. 2º , parágrafo único, e, da Lei n. 
4.717/65).
Princípio da razoabilidade
• impõe a obrigação de os agentes públicos 
realizarem suas funções com equilíbrio, 
coerência e bom senso.
Princípio da proporcionalidade
• constitui proibição de exageros no exercício da 
função administrativa.
• Ponderação conforme a lei no uso do poder 
de polícia e no poder disciplinar.
Da Organização Administrativa
• Decreto-Lei n. 200/67 que “dispõe sobre a 
organização da Administração Pública Federal 
e estabelece diretrizes para a Reforma 
Administrativa”.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: No sentido formal, subjetivo ou orgânico significa o
conjunto de órgão e entidades responsáveis pela realização da atividade administrativa,
perseguindo os fins do Estado (tanto direta quanto indireta).
 No sentido material, objetivo ou funcional, significa o exercício da atividade
administrativa por meio de seus órgãos e entes. A polícia administrativa, o serviço
público. O primeiro considera os sujeitos que exercem a atividade administrativa, o
segundo consiste na própria atividade exercida por aqueles. (Administração Pública com
maiúscula significa o Estado (conceito formal), administração pública em minúscula a
atividade administrativa do estado (conceito material).
Quem faz parte?
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. Lei
específica de âmbito federal Lei n. 10.683/03.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA:
consiste em um conjunto de pessoas
administrativas, com personalidade jurídica
própria, vinculadas à Administração Direta que
desempenham atividades administrativas de
forma descentralizada.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Composição da Administração Pública Indireta:
• a) autarquias,
• b) fundações públicas,
• c) empresas públicas,
• d) sociedades de economia mista. Autores incluem ainda as
• e) agências reguladoras e
• f) agências executivas.
Características comuns
a) Patrimônio próprio - a entidade responsável transfere parte de
seu patrimônio quando da criação da pessoa descentralizada.
b) Capacidade de auto-administração - têm autonomia
administrativa, mas não estão autorizadas a criarem regras para se
auto-organizarem. Administram a si próprias nos limites definidos em
lei, não possuem, portanto, competência legislativa.
c) Necessidade de lei para existência e extinção - todas apenas
existem e deixam de existir a partir da definição em lei.
As autarquias passam a existir assim que publicada a lei que a criou.
Já as empresas públicas, fundações e sociedades de economia
mista necessitarão de seus atos constitutivos, se civil, junto ao Serviço
Notarial de Pessoas Jurídicas, se, comercial, na Junta Comercial.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
d) Sem fins lucrativos - não significa que não possam promover lucros, entretanto a
finalidade almejada não seja esta.
e) Controle externo - exercido pela Administração Direta que a criou com poder de
correção do resultado pretendido pela atividade descentralizada (poder de correção
finalística). Não cabe demissão ou invalidação de contrato, por exemplo.O controle
também é exercido pelo Tribunal de Contas e pelo Poder Judiciário,mediante ação popular,
representação por ato de improbidade).
f) Controle interno - é a atividade de controle exercida pela própria entidade,
promovendo a revogação ou anulação de seus atos.
Lei dos Consórcios Públicos - Lei n. 11.107/05, art. 6º, § 1º, define que o consórcio
público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de
todos os entes da federação consorciados. Consiste na criação de uma autarquia
mediante um contrato, desviando-se do princípio constitucional da legalidade.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 ENTIDADES PARAESTATAIS OU ENTES DE COOPERAÇÃO: são entidades de caráter
privado, não pertencentes à Administração Pública Direta ou Indireta, que colaboram com
o Estado desempenhando atividades de interesse público. Por exemplo os serviços sociais
autônomos oferecidos pelo Sistema S (SESC, SENAI, SESI...), as organizações sociais não
governamentais e as organizações da sociedade civil de interesse público. As fundações,
associações e cooperativas sem fins lucrativas, embora de personalidade jurídica de direito
privado, quando prestam serviços sociais não exclusivos do Estado também são
paraestatais.
 CENTR. E DESCENT. DA ORGANIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA:
1) Centralização: ocorre quando a atividade
administrativa é realizada diretamente pelos órgãos e
agentes diretos da Administração Pública, sem outra
pessoa jurídica interposta.
2) Descentralização: ocorre uma distribuição externa
das atividades administrativas em razão da especialidade,
sendo exercidas por pessoas distintas das do Estado. Por
exemplo: atividade realizada por uma autarquia.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 PRINCÍPIOS DO DECRETO-LEI n. 200/67 (Reforma Administrativa Federal)
1) Princípio da descentralização administrativa - a pessoa distinta do Estado exerce
atividade administrativa pública por sua conta e risco, porém, sob o controle finalístico do
Estado. (art. 10 DL 200/67)
2) Princípio do planejamento - elaborar planos e programas para promover o
desenvolvimento sócio-econômico do país e a segurança nacional. (art. 7 DL 200/67)
3) Princípio da coordenação - pretende harmonizar as ações administrativas, impedindo
soluções divergentes ou duplicidade de atuação. (art. 8 e 9 DL 200/67).
4) Princípio da delegação de competência - objetiva garantir maior celeridade e
objetividade, situando as decisões próximas aos fatos, pessoas ou problemas a atender. (art.
11 e 12 DL 200/67)
5) Princípio do controle - fundado no princípio da hierarquia, porém significa aqui
subordinação e não vinculação. Será exercido por órgãos e chefias em todos os níveis. (art.
13 e 14 DL 200/67)
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 FORMAS DE DESCENTRALIZAÇÃO:
1) Por serviço ou por outorga - a lei autoriza ou determina que outra pessoa tenha a
titularidade e a execução do serviço, comumente concedida por prazo indeterminado. As
entidade descentralizadas da administração indireta.
2) Por colaboração ou delegação - é um contrato unilateral ou bilateral que impõe a outra
pessoa a execução de certo serviço. Não ocorre a titularidade. E o exercício da execução corre
por conta e risco da pessoa, mas sob a fiscalização do Estado. Comumente o prazo é
determinado. Contratos de concessão ou atos de permissão.
 Divisão de Maria Sylvia Zanella Di Pietro quanto a descentralização
a) Política: a CF/88 fundamenta as atribuições e competências de cada ente para legislar e
governar. Consiste no princípio da autonomia. Exemplo: criação de municípios.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
b) Administrativa: as atribuições dos entes descentralizados decorre da centralização
administrativa do ente e não da própria CF/88. Estarão sempre subordinados às leis impostas
pelo poder central. Tipos de descentralização administrativa: b1) territorial ou geográfica;
b2) por serviço, funcional ou técnica, ou por outorga; b3) por colaboração ou por delegação.
 CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
1) Concentração: todos os serviços a serem prestados pelo ente estão lotados em uma
mesma unidade administrativa, não possuindo divisões em órgãos, confundindo-se com a
totalidade da pessoa jurídica. Exemplo:um pequenino município. Segundo Hely Lopes
Meirelles, a mínima unidade administrativa de um órgão composto, ou seja, simples, exerce
suas atribuições de forma desconcentrada.
2) Desconcentração: ocorre a distribuição de competência no âmbito da próprio estrutura
hierárquica do ente, objetivando tornar a prestação dos serviços mais ágil e eficiente.
Pressupõe a existência de uma só pessoa jurídica. Exemplo: União - Ministérios; Universidade
- Departamento. Ocorre tanto na AP Direito como na Direta.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 DIFERENÇA NÃO EXCLUDENTE ENTRE DESCENTR. E DESCONC.
DESCENTRALIZAÇÃO
- Pessoas jurídicas diversas
- Ocorre controle finalístico pelo
Estado
DESCONCENTRAÇÃO
- Apenas uma pessoa jurídica
- Presença de hierarquia
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO 
PÚBLICO E PRIVADO
1) Pessoa Jurídica de Direito Público: pessoas jurídicas criadas
para exercer típica atividade administrativa, tendo
prerrogativas e restrições de direito público. Exemplos: os
entes federados, as autarquia e fundações públicas (alguns
entendem as fundações públicas como capaz de ser de
direito público ou de direito privado).
2) Pessoa Jurídica de Direito Privado: são as empresas
públicas e as sociedades de economia mista, criadas para
prestar serviços públicos, mas também para realizar
atividade econômica, tendo, pois, neste caso, os mesmos
direitos e limitações das demais pessoas jurídicas privadas.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 ÓRGÃOS PÚBLICOS: são centros de competência integrantes das pessoas estatais
instituídos para o desempenho das funções públicas por meio de agentes públicos.
Definição do art. 2º, §2, I da Lei 9.784/99 "a unidade de atuação integrante da estrutura
da Administração direta e da estrutura da Administração indireta".
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 AUTARQUIAS: são pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei ordinária
específica, para titularizar atividade típica da AP. Qualquer ente político pode criá-la, desde que
por lei ordinária e com o fim de realizar atividade típica da Administração. VER: art. 5º, I, do D.L.
200/1967, "Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada".
EXEMPLOS: INSS, INCRA, IBAMA. Autarquias especiais: ANATEL, ANVISA. BACEN e USP SÃO
AUTARQUIAS DE REGIMES ESPECIAIS - possui alguns privilégios em relação às demais
autarquias.
Características Autarquia
• Nunca exercem atividade econômica;
• São PJDP;
• São criadas e extintas por lei específica (Art. 37, XIX CF)
• São imunes a impostos (art. 150 §2º CF)
• Seus bens são públicos;
• Praticam atos administrativos;
• Celebram contratos administrativos;
• Possuem todos os privilégios processuais como da FP;
• Responsabilidade objetiva.
• São controladas pelos TCs.
• Devem realizar licitação.
Fundações Públicas
• Pessoa jurídica de direito público interno; 
posição negada art. 5º, II Dec. Lei 200/67
• Lei específica afetação acervo patrimonial com 
finalidade pública;
• Prestar serviços públicos;
• Exercer poder de polícia;
Agências Reguladoras
• Privatização no Brasil;
• Concepção Neo-Liberal;
• EC 8/95 e 9/95 marco histórico;
Nem tudo que tem nome agência é ...
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – é 
agência e não tem nome.
• Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) – é um 
órgão
• Agência Espacial Brasileira (AEB) – é uma 
autarquia. 
• Agência de Promoção de Exportações Brasil é um 
serviço social autônomo (Apex-Brasil) e ADBI 
(Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial 
– ABDI).
Características
• Espécie de autarquia;
• Dirigentes são estáveis
• Mandatos fixos – prazo determinado 3, 4 anos. 
• Responsabilidade de Quarentena – 4 meses da 
exoneração ou término do mandato – fica 
impedido o dirigente para exercício de atividades 
ou de prestar qualquer serviço no setor regulado 
pela respectiva agência (art. 8 LEI 9.986/2000)
Agências Executivas
• Art. 37, § 8 CF;
• Título atribuído pelo governo federal a:
– Autarquias, fundações públicas e órgãos que 
celebrem contrato de gestão para ampliação de 
sua autonomia mediante a fixação de metas de 
desempenho. 
– Flexibilização, eficiência. 
– Celebram contrato de gestão com o ministério 
supervisor para ampliação da autonomia
Empresa pública e sociedade de economia 
mista
Pessoas jurídicas de 
direito privado;
Regime privado derrogado 
em parte;
Criadas por lei;
Sujeitas ao controle 
estatal;
Atividade de natureza 
econômica;
Sociedade anônima (SEM) 
qualquer forma 
admitida (EP) 
Capital integralmente 
público (EP) e 
majoritariamente 
público (SEM)
Entidades paraestatais
Não integram a administração. São pessoas privadas que 
colaboram com o Estado, exercem sem fins lucrativos 
atividade de interesse público, e recebem especial proteção.
Serviços sociais autônomos- SENAI, SENAC, SESI, etc. arrecadam 
contribuições parafiscais ou são subsidiadas.
Licitação, processo seletivo e sujeições.
Entidades de apoio – fundações privadas, associações e 
cooperativas;
Organizações Sociais (lei 9637/98) e OSCIPS, qualificações dadas 
a pessoas jurídicas privadas para o fomento, incentivo a 
iniciativa privada de interesse público.
Pessoas Jurídicas de Direito Público PJ Direito Privado
Autarquias Empresas Públicas
Fundações Públicas Soc. Econ. Mista
Agências Reguladoras Fundações governamentais ou públicas
Associações Públicas
58
Sec.
Seg. Pública
Sec.
Saúde
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
Legislativo – Executivo - Judiciário
Sec.
Ciência e Tecnologia
Sec.
Infraestrutura
Sec.
Educação
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Autarquia
AGETOP
Fundação 
funai
Empresa Pública
Correios 
Soc. Econ. 
Mista 
CELG
59
59
DIREITO ADMINISTRATIVO 
60
DICA DIFERENÇA ENTRE EMPRESA 
PÚBLICA E SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA
 As empresas públicas e as sociedades de economia mista são
autorizadas por meio de lei para prestarem um serviço público ou
explorarem uma atividade econômica. Ambas são pessoas
jurídicas de direito privado.
 Não se esqueça das diferenças entre elas. As Empresas Públicas
tem 100% de capital público, podem ser constituídas por qualquer
forma societária e, quando federais, tem foro na justiça federal.
 Já as Sociedades de Economia Mista tem a maioria de capital
público (restante é privado), só podem adotar a forma societária
S/A e sempre tem foro na justiça estadual.
60
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Responsabilidade Civil
• Uma conduta pode ser classificada ao mesmo tempo 
como ilícito penal, civil e administrativo. Nesse caso 
poderá ocorrer a condenação em todas as esferas ou 
não, ou seja, na ação civil poderá ser condenado e na 
ação penal absolvido, pois vale a regra da 
independência e autonomia entre as instâncias.
• Mas há exceções, nas quais haverá vinculação entre as 
instâncias, o que significa que não poderá ser 
condenado na esfera civil ou administrativa quando for 
absolvido na esfera penal por:
• - inexistência de fato;
• - negativa de autoria.
• Está é a inteligência dos seguintes dispositivos legais:
• Lei 8.112/90:
• Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão 
cumular-se, sendoindependentes entre si. (grifos nossos)
• Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso deabsolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria. Código Civill:
• Art. 935. A responsabilidade civil é independente da 
criminal, não se podendoquestionar mais sobrea 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor,quando
estas questões se acharem decididas no juízo criminal . 
Código de Processo Penall :
• Art. 66. Não obstante a sentença absolutória 
no juízo criminal , a ação civil poderá ser 
proposta quando não tiver sido, 
categoricamente, reconhecida a inexistência 
material do fato . (grifos nossos)
• Art. 67. Não impedirão igualmente a 
propositura da ação civil : I - o despacho de 
arquivamento do inquérito ou das peças de 
informação; II - a decisão que julgar extinta a 
punibilidade;
• III - a sentença absolutória que decidir que o 
fato imputado não constitui crime . (grifos 
nossos)
• Note-se que, a absolvição no processo penal 
por inexistência de fato ou negativa de autoria 
não se confunde com a condenação por 
insuficiência de provas. E ainda, se o tipo 
penal exigir dolo na conduta e ela tiver sido 
praticada com culpa, poderá, haver 
condenação no âmbito civil, tendo em vista 
que neste é admitida a culpa levíssima.
• Ressalte-se que não há necessidade de suspensão do 
processo civil ou administrativo para aguardar o 
julgamento no processo penal. 
• Salvo, se o juiz entender que a suspensão é 
conveniente a fim de evitar conflito ou divergência de 
sentenças. 
• Porém, se houver conflito ou divergência de sentenças, 
ou seja, se no processo penal for absolvido por 
negativa de autoria ou inexistência de fato e no 
concomitante processo civil ou administrativo for ao 
final condenado, será viável a propositura de Ação 
Rescisória.
Direito Administrativo II
Bens Públicos
• Bens de uso especial
• São todos aqueles que visam à execução dos
serviços administrativos e dos serviços públicos
em geral. Correspondem às coisas móveis e
imóveis destinadas a realização das ações do
Estado para o público;
• Exemplos: edificações onde estão instaladas
escolas, hospitais, creches, cemitérios, etc.
• Bens dominicais
• São aqueles destituídos de qualquer destinação,
prontos para ser utilizados ou alienados, ou
ainda, ter seu uso repassados a quem por eles se
interesse; constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de
direito pessoal ou real de cada uma dessas
entidades.
• Podem ser utilizados pelo Estado para fazer
renda. Não se enquadram nas categorias de uso
comum do povo ou de uso especial;
Direito Administrativo II
Bens Públicos
• Exemplos: as terras devolutas, os terrenos de
marinha, os prédios públicos desativados, a
dívida ativa, etc.
• Outros dispositivos do Código Civil que
disciplinam os bens públicos:
• Art. 100. Os bens públicos de uso comum do
povo e os de uso especial são inalienáveis,
enquanto conservarem a sua qualificação, na
forma que a lei determinar.
• Art. 101. Os bens públicos dominicais podem
ser alienados, observadas as exigências da lei.
• Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião.
• Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode
ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem.
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Bens Públicos
Classificação dos bens públicos
(continuação)
•Quanto à disponibilidade
•Bens indisponíveis por natureza;
•São aqueles que dada a sua natureza
não-patrimonial, não podem ser
alienados ou onerados pelas entidades
a que pertencem. São insuscetíveis de
alienação, até mesmo pela
inviabilidade de aferição de seu valor, a
exemplos dos mares, rios, estradas, etc.
Direito Administrativo II
Bens Públicos
• Bens patrimoniais indisponíveis;
• São aqueles de que o poder público
não pode dispor, embora tenham
natureza patrimonial, uma vez que
estão afetados a uma destinação
pública específica. Possuem valor
patrimonial e este é de fácil
visualização, mas não podem ser
alienados porque são utilizados
pelo Estado para uma finalidade;
• Exemplo: bens de uso especial;
Direito Administrativo II
Bens Públicos
• Bens patrimoniais disponíveis;
• São todos aqueles que possuem
natureza patrimonial e, por não
estarem afetados a certa finalidade
pública, podem ser alienados, na
forma e nas condições que a lei
estabelecer;
• Correspondem aos bens dominicais
em geral: não se destinam a o
público em geral, nem são
utilizados para a prestação de
serviços públicos;
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Bens Públicos
• Características dos bens 
públicos:
• Inalienabilidade;
• Impenhorabilidade;
• Imprescritibilidade;
• Não-onerabilidade;
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Bens Públicos
• Inalienabilidade;
• Artigo 100, CC;
• A inalienabilidade impede a
transferência do bem a terceiros, seja por
doação, venda ou permuta;
• Pode excluir a inalienabilidade um
dispositivo de lei, um fato ou um ato
administrativo;
• Os bens públicos dominicais ou
disponíveis, podem ser objeto de
alienação, obedecidos os requisitos
legais, constantes da Lei nº 8.666/1993,
que exige demonstração de interesse
público, prévia avaliação, licitação e, caso
se trate de bem imóvel, autorização
legislativa;
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Bens Públicos
• Impenhorabilidade;
• Natureza jurídica da penhora;
• Diferenciação do processo de
execução para as pessoas jurídicas
de direito público interno;
• Código de Processo Civil, artigo
649, I;
• Regramento do artigo 100 da CF;
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Bens Públicos
• Imprescritibilidade;
• Os bens públicos, seja qual for a sua
natureza, são imprescritíveis;
• Visa proteger a propriedade dos bens
públicos frente a aquisição por terceiros
através de usucapião;
• Vedação disposta nos artigos 183, par. 3º e
191, par. Único da CF/88; Súmula 340, STF:
os bens dominicais, como os demais bens
públicos não estão sujeitos a usucapião;
• Embora os dispositivos legislativos
refiram-se a impossibilidade de usucapião
de bens imóveis, é entendimento pacífico
que a regra também se aplica aos bens
móveis;

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