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OAB - GO carolinesantos123@hotmail.com Face: Caroline Santos Página: Professora Caroline Santos Conteúdo Programático • Princípios básicos da Administração. Organização administrativa: Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. • Bens públicos: classificação; administração; utilização; proteção e defesa de bens de valor artístico, estético, hisórico, turístico e paisagístico. • Intervenção do Estado na propriedade: desapropriação; • Responsabilidade civil da Administração: reparação do dano; enriquecimento ilícito; uso e abuso de poder; sanções penais e civis. Surgimento Estado • Sociedade • Sociedade Política; • Status (Maquiavel – Príncipe ) = bem comum. Estado surge e precisa se organizar ... Primeiro passo para o Estado se organizar • Organizar internamente – cria-se Direito Administrativo. O que é Direito Administrativo? • “é o ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a exercem” (Bandeira de Mello) • - modelo da administração burocrática • Toda autoridade baseada na legalidade; • Relações hierarquizadas de subordinação entre órgãos e agentes • Competência técnica como critério para seleção de pessoal • Remuneração baseada na função desempenhada, e não pelas realizações alcançadas • Controle de seus fins • Etc. Quadro comparativo entre a administração burocrática e administração gerencial Adm. Burocrática Adm. Gerencial Período-Base Antes de 1998 Após 1998 Norma-padrão DL 200/67 Emenmda 19/98 Paradigma Lei O resultado Valores-chave Hierarquia, forma e processo Colaboração, eficiência e parceria Controle Sobre meios Sobre resultados Institutos relacionados Licitação, processo administrativo, concurso público e estabilidade Contrato de gestão, agências executivas e princípio da eficiência. Princípios • Fundamentos; • Base; • Regras gerais que condensam os valores fundamentais de um sistema. • Violar um princípio é muito mais grave que violar uma norma. Função dos princípios • A) hermenêutica: para interpretação das normas do Direito Administrativo; • B) integrativa: serve para suprir lacunas das leis ou atos normativos. Princ. Supremacia do Interesse Público • Ex: Poder da Adm. Intervir no Estado na propriedade privada. • Prazos processuais em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar. – Concurso: A FP em relação a responder aos recursos tem prazo simples!!! – Nos JEFederais não se aplicam o art. 188 e 191 do CPC em favor da Fazenda Pública, nem existe o reexame necessário (art. 9º e 13 da Lei 11.259/2001) Princípio da Indisponibilidade • Agentes, pessoas, servidores não são donos de nada que é público. Princípios Constitucionais Dto Administrativo –LIMPE Princípios da Adm. Pública • Legalidade • Impessoalidade • Moralidade ART. 37 • Eficiência • Publicidade Legalidade • Obediência aos regramentos legais. • Princ. Juridicidade – obediência não somente à lei mas também a todo o ordenamento jurídico (atos administrativos normativos, tratados e convenções internacionais, medidas provisórias e etc) Exceção à legalidade • Medida provisória (Art. 62 da CF) • Estado de defesa (art. 136) • Estado de Sítio (art. 137 a 139 CF/88) • Razoabilidade • Proporcionalidade • Reserva do Serviço Público • Supremacia do Interesse Público em detrimento do Particular Moralidade (comportamento) Ética probidade Lealdade decoro Boa-fé • Sumula Vinculante 13 do STF (antinepotismo). • “nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade até o 3º grau, inclusive da autoridade nomeante ou servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direto, chefia ou assessoramento, para o exercício de confiança ou comissão, ou, ainda, de função gratificada na adm. Pública, viola a Constituição Federal. Como combater • Ação popular • Ação civil pública • Controle externo feito pelos Tribunais de Conta • Comissão Parlamentar de Inquérito • Lei de improbidade Adm. 8.429/92. Princ. Publicidade • Transparência; • Fundamentação: art. 5º XXXIII CF – todos tem direito a receber dos órgãos informações ... • Art. 5º, XXXIV – isenção de taxas certidões, petição ao PJ; – Exceção: Lei 11.111/2005 – acesso a documentos públicos de interesse particular, coletivo ou geral – sigilo, segurança da sociedade e do Estado. Penalidade quem não cumprir a Publicidade • Art. 11, III e IV Lei 8.429/92: – Ressarcimento integral do dano, se houver – Perda da função pública etc. – “A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio indevido para a prática de um ato administrativo, pois o princípio da publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle de legalidade”. V ou F? Princ. Eficiência • Controlar resultados da Adm. Pública. • servidor público federal, a produtividade constitui, inclusive, um dos fatores avaliados durante o período de estágio probatório.[21] Além disso, o art. 116 da Lei n.8.112/90 enumera diversos deveres do servidor público relacionados com a eficiência, tais como: atender com presteza o público em geral (inciso V) e zelar pela economia do material (inciso VII). Eficiência está ligada • a) Estágio probatório (art. 41 da CF): período após a posse no cargo público durante o qual o servidor é avaliado quanto aos quesitos de eficiência e produtividade. • b) Contrato de gestão das agências executivas (art. 37, § 8º , da CF), a ser celebrado com entidades e órgãos públicos para ampliação de sua autonomia e fixação de metas de desempenho. • c) Duração razoável dos processos administrativos (art. 5º , LXXVIII, da CF). • d) Parcerias da Administração Pública: variados instrumentos de cooperação entre a Administração e particulares para aumento da qualidade e eficiência nas atividades públicas, tais como parcerias público- privadas (Lei n. 11.079/2004), concessões e permissões de serviço público (Lei n. 9.897/99), termos de parceria firmados com organizações da sociedade civil de interesse público (9.790/99), contratos de franquia etc. Princípios Infra-Constitucionais • no art. 2º , parágrafo único, da Lei n. 9.784/99: “A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência”. ... • Princípio da autotutela • a) Súmula 346: “A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos”. • b) Súmula 473: “A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, • em todos os casos, a apreciação judicial”. Princípio da obrigatória motivação • (art. 2º , parágrafo único, VII, da Lei n. 9.784/99). • art. 93, X, da Constituição Federal: • art. 50 da Lei n. 9.784/99: Diferença entre Motivo e Motivação • Motivação: é a justificativa escrita sobre as razões fáticas e jurídicas que determinaram a prática do ato. Exemplo: na multa de trânsito, o documento de notificação do infrator contém a motivação do ato. • b) Motivo: é o fato que autoriza a realização do ato administrativo. Exemplo: a infração é o motivo da multa de trânsito. Princípio da finalidade • O princípio da finalidade está definido no art. 2º , parágrafo único,II, da Lei n. 9.784/99, como o dever de “atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei”. Teoria do desvio de finalidade • Desvio de finalidade, desvio de poder ou tresdestinação ilícita é defeito que torna nulo o ato administrativo quando praticado, tendo em vista fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência (art. 2º , parágrafo único, e, da Lei n. 4.717/65). Princípio da razoabilidade • impõe a obrigação de os agentes públicos realizarem suas funções com equilíbrio, coerência e bom senso. Princípio da proporcionalidade • constitui proibição de exageros no exercício da função administrativa. • Ponderação conforme a lei no uso do poder de polícia e no poder disciplinar. Da Organização Administrativa • Decreto-Lei n. 200/67 que “dispõe sobre a organização da Administração Pública Federal e estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa”. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: No sentido formal, subjetivo ou orgânico significa o conjunto de órgão e entidades responsáveis pela realização da atividade administrativa, perseguindo os fins do Estado (tanto direta quanto indireta). No sentido material, objetivo ou funcional, significa o exercício da atividade administrativa por meio de seus órgãos e entes. A polícia administrativa, o serviço público. O primeiro considera os sujeitos que exercem a atividade administrativa, o segundo consiste na própria atividade exercida por aqueles. (Administração Pública com maiúscula significa o Estado (conceito formal), administração pública em minúscula a atividade administrativa do estado (conceito material). Quem faz parte? ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Lei específica de âmbito federal Lei n. 10.683/03. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA: consiste em um conjunto de pessoas administrativas, com personalidade jurídica própria, vinculadas à Administração Direta que desempenham atividades administrativas de forma descentralizada. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA • Composição da Administração Pública Indireta: • a) autarquias, • b) fundações públicas, • c) empresas públicas, • d) sociedades de economia mista. Autores incluem ainda as • e) agências reguladoras e • f) agências executivas. Características comuns a) Patrimônio próprio - a entidade responsável transfere parte de seu patrimônio quando da criação da pessoa descentralizada. b) Capacidade de auto-administração - têm autonomia administrativa, mas não estão autorizadas a criarem regras para se auto-organizarem. Administram a si próprias nos limites definidos em lei, não possuem, portanto, competência legislativa. c) Necessidade de lei para existência e extinção - todas apenas existem e deixam de existir a partir da definição em lei. As autarquias passam a existir assim que publicada a lei que a criou. Já as empresas públicas, fundações e sociedades de economia mista necessitarão de seus atos constitutivos, se civil, junto ao Serviço Notarial de Pessoas Jurídicas, se, comercial, na Junta Comercial. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA d) Sem fins lucrativos - não significa que não possam promover lucros, entretanto a finalidade almejada não seja esta. e) Controle externo - exercido pela Administração Direta que a criou com poder de correção do resultado pretendido pela atividade descentralizada (poder de correção finalística). Não cabe demissão ou invalidação de contrato, por exemplo.O controle também é exercido pelo Tribunal de Contas e pelo Poder Judiciário,mediante ação popular, representação por ato de improbidade). f) Controle interno - é a atividade de controle exercida pela própria entidade, promovendo a revogação ou anulação de seus atos. Lei dos Consórcios Públicos - Lei n. 11.107/05, art. 6º, § 1º, define que o consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da federação consorciados. Consiste na criação de uma autarquia mediante um contrato, desviando-se do princípio constitucional da legalidade. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ENTIDADES PARAESTATAIS OU ENTES DE COOPERAÇÃO: são entidades de caráter privado, não pertencentes à Administração Pública Direta ou Indireta, que colaboram com o Estado desempenhando atividades de interesse público. Por exemplo os serviços sociais autônomos oferecidos pelo Sistema S (SESC, SENAI, SESI...), as organizações sociais não governamentais e as organizações da sociedade civil de interesse público. As fundações, associações e cooperativas sem fins lucrativas, embora de personalidade jurídica de direito privado, quando prestam serviços sociais não exclusivos do Estado também são paraestatais. CENTR. E DESCENT. DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: 1) Centralização: ocorre quando a atividade administrativa é realizada diretamente pelos órgãos e agentes diretos da Administração Pública, sem outra pessoa jurídica interposta. 2) Descentralização: ocorre uma distribuição externa das atividades administrativas em razão da especialidade, sendo exercidas por pessoas distintas das do Estado. Por exemplo: atividade realizada por uma autarquia. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PRINCÍPIOS DO DECRETO-LEI n. 200/67 (Reforma Administrativa Federal) 1) Princípio da descentralização administrativa - a pessoa distinta do Estado exerce atividade administrativa pública por sua conta e risco, porém, sob o controle finalístico do Estado. (art. 10 DL 200/67) 2) Princípio do planejamento - elaborar planos e programas para promover o desenvolvimento sócio-econômico do país e a segurança nacional. (art. 7 DL 200/67) 3) Princípio da coordenação - pretende harmonizar as ações administrativas, impedindo soluções divergentes ou duplicidade de atuação. (art. 8 e 9 DL 200/67). 4) Princípio da delegação de competência - objetiva garantir maior celeridade e objetividade, situando as decisões próximas aos fatos, pessoas ou problemas a atender. (art. 11 e 12 DL 200/67) 5) Princípio do controle - fundado no princípio da hierarquia, porém significa aqui subordinação e não vinculação. Será exercido por órgãos e chefias em todos os níveis. (art. 13 e 14 DL 200/67) ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FORMAS DE DESCENTRALIZAÇÃO: 1) Por serviço ou por outorga - a lei autoriza ou determina que outra pessoa tenha a titularidade e a execução do serviço, comumente concedida por prazo indeterminado. As entidade descentralizadas da administração indireta. 2) Por colaboração ou delegação - é um contrato unilateral ou bilateral que impõe a outra pessoa a execução de certo serviço. Não ocorre a titularidade. E o exercício da execução corre por conta e risco da pessoa, mas sob a fiscalização do Estado. Comumente o prazo é determinado. Contratos de concessão ou atos de permissão. Divisão de Maria Sylvia Zanella Di Pietro quanto a descentralização a) Política: a CF/88 fundamenta as atribuições e competências de cada ente para legislar e governar. Consiste no princípio da autonomia. Exemplo: criação de municípios. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA b) Administrativa: as atribuições dos entes descentralizados decorre da centralização administrativa do ente e não da própria CF/88. Estarão sempre subordinados às leis impostas pelo poder central. Tipos de descentralização administrativa: b1) territorial ou geográfica; b2) por serviço, funcional ou técnica, ou por outorga; b3) por colaboração ou por delegação. CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 1) Concentração: todos os serviços a serem prestados pelo ente estão lotados em uma mesma unidade administrativa, não possuindo divisões em órgãos, confundindo-se com a totalidade da pessoa jurídica. Exemplo:um pequenino município. Segundo Hely Lopes Meirelles, a mínima unidade administrativa de um órgão composto, ou seja, simples, exerce suas atribuições de forma desconcentrada. 2) Desconcentração: ocorre a distribuição de competência no âmbito da próprio estrutura hierárquica do ente, objetivando tornar a prestação dos serviços mais ágil e eficiente. Pressupõe a existência de uma só pessoa jurídica. Exemplo: União - Ministérios; Universidade - Departamento. Ocorre tanto na AP Direito como na Direta. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIFERENÇA NÃO EXCLUDENTE ENTRE DESCENTR. E DESCONC. DESCENTRALIZAÇÃO - Pessoas jurídicas diversas - Ocorre controle finalístico pelo Estado DESCONCENTRAÇÃO - Apenas uma pessoa jurídica - Presença de hierarquia PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO 1) Pessoa Jurídica de Direito Público: pessoas jurídicas criadas para exercer típica atividade administrativa, tendo prerrogativas e restrições de direito público. Exemplos: os entes federados, as autarquia e fundações públicas (alguns entendem as fundações públicas como capaz de ser de direito público ou de direito privado). 2) Pessoa Jurídica de Direito Privado: são as empresas públicas e as sociedades de economia mista, criadas para prestar serviços públicos, mas também para realizar atividade econômica, tendo, pois, neste caso, os mesmos direitos e limitações das demais pessoas jurídicas privadas. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ÓRGÃOS PÚBLICOS: são centros de competência integrantes das pessoas estatais instituídos para o desempenho das funções públicas por meio de agentes públicos. Definição do art. 2º, §2, I da Lei 9.784/99 "a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta". ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA AUTARQUIAS: são pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei ordinária específica, para titularizar atividade típica da AP. Qualquer ente político pode criá-la, desde que por lei ordinária e com o fim de realizar atividade típica da Administração. VER: art. 5º, I, do D.L. 200/1967, "Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada". EXEMPLOS: INSS, INCRA, IBAMA. Autarquias especiais: ANATEL, ANVISA. BACEN e USP SÃO AUTARQUIAS DE REGIMES ESPECIAIS - possui alguns privilégios em relação às demais autarquias. Características Autarquia • Nunca exercem atividade econômica; • São PJDP; • São criadas e extintas por lei específica (Art. 37, XIX CF) • São imunes a impostos (art. 150 §2º CF) • Seus bens são públicos; • Praticam atos administrativos; • Celebram contratos administrativos; • Possuem todos os privilégios processuais como da FP; • Responsabilidade objetiva. • São controladas pelos TCs. • Devem realizar licitação. Fundações Públicas • Pessoa jurídica de direito público interno; posição negada art. 5º, II Dec. Lei 200/67 • Lei específica afetação acervo patrimonial com finalidade pública; • Prestar serviços públicos; • Exercer poder de polícia; Agências Reguladoras • Privatização no Brasil; • Concepção Neo-Liberal; • EC 8/95 e 9/95 marco histórico; Nem tudo que tem nome agência é ... • Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – é agência e não tem nome. • Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) – é um órgão • Agência Espacial Brasileira (AEB) – é uma autarquia. • Agência de Promoção de Exportações Brasil é um serviço social autônomo (Apex-Brasil) e ADBI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI). Características • Espécie de autarquia; • Dirigentes são estáveis • Mandatos fixos – prazo determinado 3, 4 anos. • Responsabilidade de Quarentena – 4 meses da exoneração ou término do mandato – fica impedido o dirigente para exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência (art. 8 LEI 9.986/2000) Agências Executivas • Art. 37, § 8 CF; • Título atribuído pelo governo federal a: – Autarquias, fundações públicas e órgãos que celebrem contrato de gestão para ampliação de sua autonomia mediante a fixação de metas de desempenho. – Flexibilização, eficiência. – Celebram contrato de gestão com o ministério supervisor para ampliação da autonomia Empresa pública e sociedade de economia mista Pessoas jurídicas de direito privado; Regime privado derrogado em parte; Criadas por lei; Sujeitas ao controle estatal; Atividade de natureza econômica; Sociedade anônima (SEM) qualquer forma admitida (EP) Capital integralmente público (EP) e majoritariamente público (SEM) Entidades paraestatais Não integram a administração. São pessoas privadas que colaboram com o Estado, exercem sem fins lucrativos atividade de interesse público, e recebem especial proteção. Serviços sociais autônomos- SENAI, SENAC, SESI, etc. arrecadam contribuições parafiscais ou são subsidiadas. Licitação, processo seletivo e sujeições. Entidades de apoio – fundações privadas, associações e cooperativas; Organizações Sociais (lei 9637/98) e OSCIPS, qualificações dadas a pessoas jurídicas privadas para o fomento, incentivo a iniciativa privada de interesse público. Pessoas Jurídicas de Direito Público PJ Direito Privado Autarquias Empresas Públicas Fundações Públicas Soc. Econ. Mista Agências Reguladoras Fundações governamentais ou públicas Associações Públicas 58 Sec. Seg. Pública Sec. Saúde ADMINISTRAÇÃO DIRETA Legislativo – Executivo - Judiciário Sec. Ciência e Tecnologia Sec. Infraestrutura Sec. Educação ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Autarquia AGETOP Fundação funai Empresa Pública Correios Soc. Econ. Mista CELG 59 59 DIREITO ADMINISTRATIVO 60 DICA DIFERENÇA ENTRE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA As empresas públicas e as sociedades de economia mista são autorizadas por meio de lei para prestarem um serviço público ou explorarem uma atividade econômica. Ambas são pessoas jurídicas de direito privado. Não se esqueça das diferenças entre elas. As Empresas Públicas tem 100% de capital público, podem ser constituídas por qualquer forma societária e, quando federais, tem foro na justiça federal. Já as Sociedades de Economia Mista tem a maioria de capital público (restante é privado), só podem adotar a forma societária S/A e sempre tem foro na justiça estadual. 60 DIREITO ADMINISTRATIVO Responsabilidade Civil • Uma conduta pode ser classificada ao mesmo tempo como ilícito penal, civil e administrativo. Nesse caso poderá ocorrer a condenação em todas as esferas ou não, ou seja, na ação civil poderá ser condenado e na ação penal absolvido, pois vale a regra da independência e autonomia entre as instâncias. • Mas há exceções, nas quais haverá vinculação entre as instâncias, o que significa que não poderá ser condenado na esfera civil ou administrativa quando for absolvido na esfera penal por: • - inexistência de fato; • - negativa de autoria. • Está é a inteligência dos seguintes dispositivos legais: • Lei 8.112/90: • Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendoindependentes entre si. (grifos nossos) • Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso deabsolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Código Civill: • Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendoquestionar mais sobrea existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor,quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal . Código de Processo Penall : • Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal , a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato . (grifos nossos) • Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil : I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; II - a decisão que julgar extinta a punibilidade; • III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime . (grifos nossos) • Note-se que, a absolvição no processo penal por inexistência de fato ou negativa de autoria não se confunde com a condenação por insuficiência de provas. E ainda, se o tipo penal exigir dolo na conduta e ela tiver sido praticada com culpa, poderá, haver condenação no âmbito civil, tendo em vista que neste é admitida a culpa levíssima. • Ressalte-se que não há necessidade de suspensão do processo civil ou administrativo para aguardar o julgamento no processo penal. • Salvo, se o juiz entender que a suspensão é conveniente a fim de evitar conflito ou divergência de sentenças. • Porém, se houver conflito ou divergência de sentenças, ou seja, se no processo penal for absolvido por negativa de autoria ou inexistência de fato e no concomitante processo civil ou administrativo for ao final condenado, será viável a propositura de Ação Rescisória. Direito Administrativo II Bens Públicos • Bens de uso especial • São todos aqueles que visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral. Correspondem às coisas móveis e imóveis destinadas a realização das ações do Estado para o público; • Exemplos: edificações onde estão instaladas escolas, hospitais, creches, cemitérios, etc. • Bens dominicais • São aqueles destituídos de qualquer destinação, prontos para ser utilizados ou alienados, ou ainda, ter seu uso repassados a quem por eles se interesse; constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. • Podem ser utilizados pelo Estado para fazer renda. Não se enquadram nas categorias de uso comum do povo ou de uso especial; Direito Administrativo II Bens Públicos • Exemplos: as terras devolutas, os terrenos de marinha, os prédios públicos desativados, a dívida ativa, etc. • Outros dispositivos do Código Civil que disciplinam os bens públicos: • Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. • Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. • Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. • Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Direito Administrativo II Bens Públicos Classificação dos bens públicos (continuação) •Quanto à disponibilidade •Bens indisponíveis por natureza; •São aqueles que dada a sua natureza não-patrimonial, não podem ser alienados ou onerados pelas entidades a que pertencem. São insuscetíveis de alienação, até mesmo pela inviabilidade de aferição de seu valor, a exemplos dos mares, rios, estradas, etc. Direito Administrativo II Bens Públicos • Bens patrimoniais indisponíveis; • São aqueles de que o poder público não pode dispor, embora tenham natureza patrimonial, uma vez que estão afetados a uma destinação pública específica. Possuem valor patrimonial e este é de fácil visualização, mas não podem ser alienados porque são utilizados pelo Estado para uma finalidade; • Exemplo: bens de uso especial; Direito Administrativo II Bens Públicos • Bens patrimoniais disponíveis; • São todos aqueles que possuem natureza patrimonial e, por não estarem afetados a certa finalidade pública, podem ser alienados, na forma e nas condições que a lei estabelecer; • Correspondem aos bens dominicais em geral: não se destinam a o público em geral, nem são utilizados para a prestação de serviços públicos; Direito Administrativo II Bens Públicos • Características dos bens públicos: • Inalienabilidade; • Impenhorabilidade; • Imprescritibilidade; • Não-onerabilidade; Direito Administrativo II Bens Públicos • Inalienabilidade; • Artigo 100, CC; • A inalienabilidade impede a transferência do bem a terceiros, seja por doação, venda ou permuta; • Pode excluir a inalienabilidade um dispositivo de lei, um fato ou um ato administrativo; • Os bens públicos dominicais ou disponíveis, podem ser objeto de alienação, obedecidos os requisitos legais, constantes da Lei nº 8.666/1993, que exige demonstração de interesse público, prévia avaliação, licitação e, caso se trate de bem imóvel, autorização legislativa; Direito Administrativo II Bens Públicos • Impenhorabilidade; • Natureza jurídica da penhora; • Diferenciação do processo de execução para as pessoas jurídicas de direito público interno; • Código de Processo Civil, artigo 649, I; • Regramento do artigo 100 da CF; Direito Administrativo II Bens Públicos • Imprescritibilidade; • Os bens públicos, seja qual for a sua natureza, são imprescritíveis; • Visa proteger a propriedade dos bens públicos frente a aquisição por terceiros através de usucapião; • Vedação disposta nos artigos 183, par. 3º e 191, par. Único da CF/88; Súmula 340, STF: os bens dominicais, como os demais bens públicos não estão sujeitos a usucapião; • Embora os dispositivos legislativos refiram-se a impossibilidade de usucapião de bens imóveis, é entendimento pacífico que a regra também se aplica aos bens móveis;
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