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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ICEA- Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas Campus- João Monlevade Disciplina: Princípios de Eletrônica Digital/ CEA-341 Curso: Engenharia de Computação Prática 03: Características das famílias TTL e CMOS Nomes: Filipe de Magalhães Costa Jonathas Rocha Lucas Cedro de Lima Luíza Bastos Ribeiro João Monlevade-MG 04/05/2012 1 Sumário Introdução ................................................................................................................................2 Resumo .....................................................................................................................................3 Estudos Preliminares ..............................................................................................................4 Desenvolvimento ......................................................................................................................7 Conclusão ...............................................................................................................................11 Bibliografia .............................................................................................................................12 2 Introdução Uma família digital é um grupo de dispositivos compatíveis com os mesmos níveis lógicos e tensões de alimentação, por isso você pode conectar diretamente a saída de um dispositivo na entrada de outro se ambos forem da mesma família digital. Para conectar dispositivos de famílias diferentes, geralmente há a necessidade de uma interface entre ambas. Os circuitos lógicos executam expressões booleanas que por sua vez baseia-se totalmente na lógica e são constituídas por variáveis que podem assumir somente dois valores (0 e 1) que representam os níveis lógicos ou níveis de tensão. O valor booleano 0 (zero) pode representar qualquer tensão dentro da faixa 0 a 0,8 V; o valor booleano 1 (um) pode representar qualquer tensão dentro da faixa 2 a 5 V; Tensões entre 0,8 V e 2 V são indefinidas e não deveriam ocorrer em circunstâncias normais; Dessa forma, as variáveis booleanas 0 e 1 não representam efetivamente números, mas sim o estado do nível de tensão de uma variável. Todo sinal lógico sempre sofre retardo em suas passagens de nível lógico através de um circuito, esses retardos são chamados de TPLH e TPHL, esse tempo depende das condições em que o circuito está submetido. Entretanto, as famílias de circuitos digitais têm como características marcantes a alta velocidade de operação e valores baixos de potência dissipada (Todo circuito integrado necessita de certa quantidade de potência para operar, essa potencia é fornecida por uma ou mais tensões da fonte de alimentação conectada aos pinos de alimentação). As famílias mais comuns são a TTL e CMOS, que se diferenciam por serem respectivamente bipolar e unipolar, e por vários outros motivos que serão discutidos ao final do relatório. 3 Resumo Foi realizado no dia 02/04/12 a terceira prática de Eletrônica Digital, com os objetivos de estudar as características das famílias TTL e CMOS e algumas das características do CI inversor 7404. Com o material disponibilizado pelo professor, fomos capazes de estudar e coletar os dados necessários para a realização da atividade, como numeração e identificação dos pinos e identificação (nomenclatura) de um CI (TTL ou CMOS). Foi visto também como determinar a complexidade de cada chip e os parâmetros corretos para a alimentação do CI e o estudo de portas flutuantes. Para a parte prática foi necessário também uma análise do data-sheet do 7404 utilizado (as práticas para a leitura do data-sheet também esta presente no material disponibilizado). Com o auxilio do multímetro foram realizados alguns testes de voltagem no inversor, para comprovar a inversão dos sinais altos e baixos e também a avaliação das entradas flutuantes. Também foi montado um circuito com a utilização de um potenciômetro (aparelho com resistência ajustável) e um LED, com estes foi possível notar como a corrente e voltagem são diretamente dependentes. Com a variação da resistência, quanto menor era a resistência, maior era a corrente e a tensão de saída, consequentemente maior era o brilho do LED. Por fim construímos um circuito que tinha como objetivo perceber o atraso que cada inversor tinha para realizar esta inversão, com o uso de seis inversores, através de um osciloscópio conseguimos perceber nitidamente que os sinais de entrada no canal 1 e 2 tinham um atraso de aproximadamente 30ns(uma média de 5ns para cada inversão do CI). 4 Estudos Preliminares (Letra a) Seção 4.9 (Número 1) a) O tipo mais comum de transistor usado em TTL é bipolar (NPN e PNP). b) O tipo mais comum de transistor usado em CMOS é unipolar (MOSFETs Canal P e N). (Número 2) Relação das seis classificações existentes para os CIs digitais de acordo com a complexidade dos circuitos dos CIs: Complexidade Portas por CI Integração em pequena escala (SSI) Menos de 12 Integração em média escala (MSI) Entre 12 e 99 Integração em grande escala (LSI) Entre 100 e 9999 Integração em escala muito grande (VLSI) Entre 10.000 e 99.9999 Integração em escala ultragrande (ULSI) Entre 100.000 e 999.999 Integração em escala giga (GSI) 1.000.000 ou mais Tabela 1 – Complexidade dos circuitos (Número 3) A sentença: “Um 74S74 contém a mesma lógica e a mesma configuração de um 74LS74”. É verdadeira. (Número 4) A sentença: “Um 74HC74 contém a mesma lógica e a mesma configuração de um 74AS74”. É verdadeira. (Número 5) As séries de CIs CMOS que não são compatíveis pino a pino com TTL são: 74AC e 74ACT. (Número 6) A faixa de tensão aceitável para um nível lógico 0 na família TTL é de 0 à 0,8V. E para um nível lógico 1 é de 2 à 5V. (Número 7) A faixa de tensão aceitável para um nível lógico 0 na família CMOS é de 0 à 1,5V. E para um nível lógico 1 é de 3,5 à 5V. (Número 8) A resposta de um CI TTL a uma entrada flutuante é de gerar uma tensão CC entre 1,4 e 1,8, entretanto, apesar de gerar uma tensão indeterminada, ela produzirá a mesma resposta que para um nível lógico 1. (Número 9) A resposta de um CI CMOS pode ser prejudicial, ou seja, o CI pode superaquecer e ser danificado. (Número 10) As séries CMOS que podem ser conectadas diretamente à família TTL sem um circuito integrado são a 74HCT. (Número 11) Os números nos pinos em um diagrama de conexão de circuitos lógicos servem para que se possa identificar qualquer ponto do circuito facilmente. 5 Seção 8.1 (Número 1) Definição dos termos: ● VOH - Tensão de saída em nível alto. ● VIL - Tensão de entrada em nível baixo. ● IOL - Corrente de saída em nível baixo. ● IIH - Corrente de entrada em nível alto. ● tPLH - Tempo de atraso do estado lógico 0 para o estado lógico 1. ● tPHL - Tempo de atraso do estado lógico 1 para o estado lógico 0. ● ICCL - Quando todas as correntes de saída estão em nível lógico baixo, a corrente que sai da fonte VCC é chamada ICCL. ● ICCH - Quando todas as correntes de saída estão em nível lógico alto, a corrente que sai da fonte VCC é chamada ICCH. (Número 2) A sentença: “Se um circuito lógico tem um fan-out de 5, o circuito tem5 saídas”, é falsa. (Número 3) A sentença: “A margem de um ruído em nível ALTO é a diferença entre VIH (mín) e VCC”, é falsa. (Número 4) A diferença entre fornecimento e absorção de corrente é que no fornecimento, quanto a saída da porta número 1 está em nível alto, ela fornece uma corrente IIH para a entrada da porta número 2, que funciona essencialmente como resistência para GND. Assim a saída da porta 1 funciona como fornecedor de corrente para a porta 2. E quando ocorre o contrário, ou seja, a porta 1 passa para nível baixo, o circuito da saída que aciona a entrada da porta 2 deve ser capaz de absorver correte IIL vinda dessa entrada. (Letra C) A voltagem será sempre zero para qualquer valor de corrente, pois como possui uma porta NOT, ela transformará a tensão de nível ALTO para nível BAIXO. Figura 1 - Simulação do circuito 2.7 6 (Letra D) O potenciômetro é uma resistência variável e serve para controlar a corrente e a tensão e dosar sinais que passam por ele em um circuito. A utilização consiste em girar o cursor nele presente de forma a aumentar ou diminuir a resistência. 7 Desenvolvimento 2.1 Identificação dos pinos de entrada e saída do CI 7404: Figura 2 – Pinos de entrada e saída do CI7404 Parâmetros do CI 7404: ◦VOH - min = 2,4V | TYP§ = 3,4V ◦VOL - TYP§ = 0,2V | max = 0,4V ◦VIH - min = 2V ◦VIL - max = 0,8V ◦IOH - max = -0,4mA ◦IOL - max = 16mA ◦IIH - max = 40µA ◦IIL - max = -1,6mA ◦tPLH - TYP = 12 ns | max = 22ns (condições de teste RL = 400 Ω, CL = 15 pF) ◦tPHL - TYP = 8 ns | max = 15ns (condições de teste RL = 400 Ω, CL = 15 pF) 2.3 Nesse item foi verificado se o inversor lógico estava funcionando corretamente, ou seja, ao inserir uma voltagem alta, o ideal seria que fosse obtido como resposta uma voltagem baixa. Após configurar os aparelhos conforme o indicado foram obtidos os seguintes valores: VENTRADA VSAÍDA 0V 4,42V 5V 0,12V Tabela 2 – Verificação do Inversor Os parâmetros solicitados no item 2.1 que correspondem com os resultados medidos na tabela 2 são o VOH e o VIH. Os resultados obtidos estão dentro das especificações do datasheet do CI correspondente. 8 2.4 Ao deixar o pino de entrada de um inversor flutuando, e ao medir os valores de tensão de entrada e tensão de saída foram obtidos os resultados seguintes: VENTRADA - 1,32 V VSAÍDA – 0,12V Os resultados obtidos já eram esperados, pois, ao “flutuar” o pino de entrada, ele responde com valores de entrada indeterminado, porém apesar do valor indeterminado de entrada, o CI comporta-se como se tivesse valor lógico alto, pois a sua saída é baixa. 2.6 Foram conectados dois inversores para verificar que um inversor pode realmente acionar outro inversor. Figura 3 – Inversores conectados Ao alimentar o circuito da forma ideal, e conectar todos os cabos corretamente, foram medidos os valores de tensão de V1 e V2 e obtidos os seguintes valores: V1 V2 V3 0V 4,49 0,12 5V 0,13 4,40 Tabela 3 – Medição das tensões Os valores medidos condizem com a realidade, pois uma tensão invertida duas vezes terá o seu valor inicial, ou seja, V3 terá sempre o mesmo valor de V1. Há uma pequena diferença entre os valores nominais e reais, pois todo CI tem um erro tolerado. E o V2, sempre terá valor oposto ao de V1. 9 2.7 Após montar o seguinte circuito: Figura 4 - Simulação Foram medidas as tensões de saída e obtidos os seguintes resultados: Corrente de Saída Tensão de Saída 4 mA 264 mV 6 mA 314 mV 8 mA 344 mV 10 mA 384 mV 12 mA 416 mV 14 mA 448 mV 16 mA 488 mV 18 mA 528 mV Tabela 4 – Medição das correntes. Tabela 5 - Gráfico Corrente x Tensão 0 5 10 15 20 264 314 344 384 416 448 488 528 Corrente X Tensão Corrente de Saída 10 Os parâmetros solicitados no item 2.1 que correspondem com os resultados medidos na tabela 4 são o IOH e o IIH. Os dados medidos estão dentro das especificações do data-sheet. 2.8/2.9 Após montar o circuito ilustrado nessa seção, e ajustar o gerador de funções para uma onda quadrada de 5VPP/100kHz, e no próprio gerador introduzir um offset de 2,5V, ou seja, subir a onda em 2,5V, para que ela possa ter apenas valores positivos. Foi aplicada essa forma de onda V1 no circuito e medido a onda de saída V3. As duas formas de onda obtidas do circuito acima foram: Figura 5 – Duas formas de ondas correspondentes ao circuito. Figura 6 - Duas formas de ondas correspondentes ao circuito com zoom. 11 2.10 Ao medir o tempo de propagação do nível baixo para o nível alto foi obtido um valor de 6,67 ns por inversor. O parâmetro solicitado no item 2.1 que corresponde com o tempo medido nesse item é o tPLH . O tempo medido confere com o valor indicado no datasheet, portanto o tempo é consistente. 12 Conclusão Depois de realizada essa prática concluiu-se que ao medir a voltagem de um inversor lógico do CI 7404, foi verificado que ele funciona corretamente, pois entrando um uma voltagem baixa (0 v) a voltagem de saída é alta(4,42v), e entrando com a voltagem alta(5v) a voltagem de saída é baixa(0,12v), certificando a funcionalidade do inversor. Depois foi feito um teste que consistia em deixar o pino de entrada flutuante (não alimentado), para poder analisar o comportamento do inversor. E o valor da tensão de saída medida foi de 0,13V, como analisado acima isso significa que o sinal de entrada é indeterminado (1,32V), porém se comporta como se tivesse um sinal lógico de entrada alto. Percebeu-se também que é possível acionar outro inversor a partir de um anterior e assim por diante, provamos isso fazendo três inversores em série, e com isso percebemos que se o primeiro é alimentado com uma voltagem baixa, o terceiro tem como saída uma voltagem baixa e o segundo uma voltagem alta, já alimentando o primeiro com uma voltagem alta, o próximo inverte ficando baixa e o terceiro inverte de novo ficando com tensão alta mais uma vez. O circuito montado na seção 2.7 tinha uma alimentação de 0V devido a existência de um inversor ligado a uma fonte de 5V, verificou-se que a tensão medida no osciloscópio deveria ser sempre 0 em um circuito ideal(resultado obtido no simulador) , porém após a montagem do circuito percebeu-se que ele não fica sempre 0 pois ao variar a corrente com o potenciômetro, a tensão no osciloscópio aumentou. Já no circuito montado da seção 2.8, foram ligados seis inversores em série, isso significa que a onda caracterizada pela voltagem que alimenta o primeiro inversor deve ser a mesma da saída do ultimo inversor, entretanto, cada inversor gasta um tempo para realizar a inversão, esse atraso é informado no datasheet do CI 7404. O atraso calculado foi de 40ns dando um atraso de 6,67ns por inversor, esse resultado encontra-se dentro do padrão informado pela fabrica Esse comportamento pode ser observado nas figuras três e quatro. 13 Bibliografia - http://www3.di.ufpb.br/jose/familias.pdf - http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/artigos/54-dicas/projetos-educacionais/3692- art511.html - http://d.yimg.com/kq/groups/22144157/391153234/name/ttl+e+cmos+completo.pdf - Notas de aula do professor Juan.
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