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CASOS CONCRETOS PRINCIPAIS - CORRIGIDOS DIREITO CONSITUCIONAL 1 BY WEST GAVE Correto. A primeira parte fala de Lassale, que defende o sentido sociológico ao afirmar que uma Constituição só seria legítima a partir do momento em que se submetesse aos fatores reais de poder, sendo esta a Constituição real e efetiva. A segunda parte fala de Konrad Hesse dizendo que a Constituição deve impor-se sobre estes fatores não tomando uma postura exclusivamente passiva, onde as normas jurídicas e a realidade sejam consideradas em um condicionamento recíproco. Por fim, fala-se de Kelsen e o sentido jurídico no qual a Constituição seria o equivalente a norma positiva suprema, ou seja, um conjunto de normas que regula a criação de outras normas(Constitucionalização do Direito). a) Como o pluralismo principiológico pode favorecer a estabilidade da CRFB/88? De acordo com o pluralismo principiológico, a CRFB/88 é dotada pelo Estado Democrático de Direito, onde sua população possui seus direitos e deveres igualitários pela própria; contudo através de sua busca pela melhoria do bem comum. A Constituição de 88 por ser uma Constituição heterodoxa, ela permite tanto um presidente liberal vir ao poder como um socialista, sem que isso cause a ruptura da Constituição, pois ela é formada por diversas correntes ideológicas conciliatórias. Se fosse ortodoxia ficaria impossível essa alternância de poder, pois ela só admite uma única corrente ideológica. b) Diante de tal característica, como a doutrina classificaria a CRFB/88? Quanto a ideologia a doutrina classifica a Constituição Federal de 1988 como Heterodoxa, ou seja, formada por diversas correntes ideológicas conciliatórias. Correto. A Constituição Federal de 1988 foi um marco no que se refere à garantia de direitos sociais. A Carta Magna elencou uma série de direitos trabalhistas, estabelecidos nos incisos do artigo 7º. Dentre tais garantias estão o “direito ao pagamento de adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei” (inciso XXIII). O artigo 5º da Constituição Federal, em seu inciso XIII assegura que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”, então entende-se que, as pessoas são livres para escolher onde querem trabalhar, exigindo apenas qualificações profissionais em profissisões que são exigidas por lei. Portanto, a aparente colisão de normas fundamentais decorrente da atividade profissional de “provador de cigarros” soluciona-se mediante o principio da harmonização. Considerando-se o livre exercício de profissão ou de ofício, e a livre iniciativa e o livre exercício de qualquer atividade econômica sugerem o Princípio da concordância prática. Princípio que manda harmonizar as normas ou princípios conflitantes, de forma que a aplicação de um não implique a exclusão do outro. Não. Está incorreta essa afirmação. O correto é norma de eficácia contida e aplicabilidade direta(imediata). Com base no principio da intransmissibilidade a pessoa não terá que cumprir a pena privativa de liberdade imposta aos pais ou outra pessoa, mas o patrimônio herdado deve ser usado para satisfazer as obrigações anteriormente constituídas, pois apenas os efeitos cíveis, como a obrigação da reparação ex delito, se transmitem aos herdeiros, ainda assim até o esgotamento da herança recebida. Sendo assim, prevalece a incomunicabilidade da pena aos herdeiros, os quais só respondem com o seu hereditário, porem jamais com o seu próprio patrimônio. As normas constitucionais de eficácia plena têm a possibilidade de produzir efeitos desde o momento em que são editadas e entram em vigor, pois não dependem de outras normas para serem efetivadas. Elas já são completas e estão aptas a serem seguidas de imediato. Enquanto que as normas de eficácia contida, “tem sua aptidão contida para uma produção de efeito. Ela pode ser restringida por uma norma infra- constitucional”. A aplicabilidade tem em regra, a inviolabilidade, mas a norma está autorizada a ser restringida, portanto imediata. As ações afirmativas (medidas especiais com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas) excepcionam a igualdade formal(escrita/lei) em prol da construção da igualdade material(trata os iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade na medida de suas desigualdades, ou seja, incidi no mundo real dos fatos), sendo incorreto afirmar que sempre serão incompatíveis com a Constituição. Exemplo: Prouni, Bolsa Família, Cotas Raciais em Concursos e Vestibulares, dentre outras ações afirmativas. É incorreto. Artigo 5º, §1º “As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata”. Ou seja, tem todas as condições para incidir no mundo dos fatos. Mesmo aquele direito que precisa de uma regulamentação legal, tem remédios constitucionais para resolver (exemplo: mandato de injunção). As normas de eficácia plena não precisam de normas regulamentadora (aplicabilidade imediata), as normas de eficácia contida, assim como a de eficácia plena, produzem todos os seus efeitos, entretanto, admitem serem restringidas (aplicabilidade imediata), já as normas de eficácia limitada precisam de norma regulamentadora (aplicabilidade mediata), porém, caso não exista uma lei para regulamentar, pode ser valer de um mandato de injunção para saber como o judiciário irá regulamentar o exercício de um determinado direito no caso concreto, como por exemplo, fazer uma greve. Errado. O Remédio Constitucional Habeas Data está correto, porém ele depende da formulação de prévio requerimento de retificação na esfera administrativa. Onde por meio disso, possa verificar os dados, tendo então acesso as informações referentes a ele, visando proteger sua esfera íntima. Porém, não poderá levar nenhum documento, só poderá visualizar para poder saber alguma informação e identificar os dados errados a seu respeito. E para a utilização do Habeas Data, é preciso esgotar as instancias administrativa, é preciso a recusa da administração publica em fornecer uma informação, para então, poder ingressar no habeas datas para retificar uma informação. É uma alternativa expressa, e mediante a Certidão Negativa, poderá ingressar com o habeas data. Não é Habeas Corpus, e sim Habeas Data, e precisa da negativa porque é uma entidade publica (Autarquia Municipal). E por ser informações íntimas, só o impetrante pode ingressar com o Habeas Data, ou seja, somente o João pode utilizar o Remédio Constitucional Habeas Data porque a Constituição assegura do Direito de Privacidade, ninguém mais pode ter acesso a dados íntimos alheio. Errada. As comunicações telefônicas são invioláveis, e só podem ser interceptadas por ordem judicial. Maria tem uma prova ilícita. A inviolabilidade das comunicações telefônicas está no artigo 5º, inciso XII, e a regra do artigo trás a inviolabilidade. Mas como se trata de uma norma de eficácia contida, nós temos a lei 9.296/96 que regulamenta a exceção, ou seja, a possibilidade de fazer a interceptação telefônica, que seria apenas em caso de ordem judicial/execução penal, o que não é o caso da Maria, pois não há crime algum. Adultério não é crime desde 2005, não existiria execução penal possível no caso em tela em que Maria procedeu a interceptação sem autorização judicial, e, portanto, o artigo 5º XII diz que só pode por ordem judicial. Ordem administrativa e legislativa não pode. Inclusive nem mesmo a CPI está autorizadaa proceder diretamente a quebra do sigilo telefônico, porque a quebra do sigilo telefônico é matéria de reserva de jurisdição. Os pais de Ednaldo não estavam a serviço do Brasil. Estavam a serviço de uma ONG. Como o enunciado não diz que Ednaldo foi registrado numa autoridade competente brasileira, entende-se que ele não foi registrado com a nacionalidade brasileira. Portanto, a redação do artigo 12, inciso I, alínea c, da Constituição brasileira de 1988, dispõe que: São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Ou seja, Ednaldo conseguiria a nacionalidade originária através de um ato de vontade(Direito Potestativo/Nacionalidade Potestativa). Então, Ednaldo pode vir adquirir a nacionalidade originária pelo critério jus sanguinis (filiação do indivíduo), pois um dos requisitos para a aquisição da mesma, é o nascimento no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira. José Carlos não é brasileiro, mesmo nascendo no Brasil. É Austríaco, pois os pais estavam a serviço do país de origem.
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