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Marcius Rocha - NR 17 Comentada

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INTRODUÇÃO
A décima sétima norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Ergonomia, visa estabelecer parâmetros que permitam a 
adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente. A ergonomia pode ser interpretada como o estudo da engenharia humana voltada para 
planejamento do trabalho, de forma a conciliar a habilidade e os limites individuais dos trabalhadores que o executam.
A NR 17 tem a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária através do artigos 198 a 199 da CLT, transcrito 
abaixo:
Um número crescente de trabalhos manuais está sendo mecanizado e automatizado acarretando um aumento significativo do ritmo de 
trabalho, associado a isto, as atividades se tornaram mais diversificadas e, algumas vezes monótonas. Por outro lado, ainda existem 
muitos trabalhos que ainda são feitos manualmente, com muito esforço físico. Estas transformações tem apresentado aspectos 
negativos, alguns deles, diz respeito, à substituição do trabalho manual por máquinas a computadores exigindo a repetição de 
operações simples ou algumas vezes somente a supervisão do processo de produção.
O biotipo dos seres humanos não mudou muito, no entanto, as máquinas e as rotinas de trabalho vem sendo modificadas num ritmo 
inadequado aos trabalhadores. Isto significa que a tecnologia está excedendo, cada vez mais, a capacidade das pessoas de se 
adaptarem às mudanças tanto no aspecto físico como psicológico.
Algumas doenças ocupacionais, resultam de uma relação inadequada do trabalhador com a tarefa a ser executada. Se a estrutura óssea 
ou muscular do ser humano for sobrecarregada, isto pode resultar, por exemplo, em lesões na coluna, nas articulações e complicações 
musculares. Muitas doenças como úlcera de estômago, pressão alta e problemas de coração são o resultado de stress ocupacional.
DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
• Capítulo V do Título II da CLT - refere-se à Segurança a Medicina do Trabalho.
• CLT Titulo III Das normas especiais do trabalho, Capítulo I - Das disposições especiais sobre duração a condições de 
trabalho
• Portaria 4.062 de 06/08/87 - Ministério da Previdência Social - Reconheceu a tenossinovite como doença do trabalho
• Portaria n° 3.751, de 23/11/1990 - Alteração já efetuada no texto
• Instrução Normativa do INSS - Detalha os procedimentos para identificação do DORT (Distúrbios Osteomusculares 
relacionados ao trabalho)
• ABNT NBR 10.152 - Níveis de ruído para conforto acústico
• ABNT NBR 5.413 - Iluminãncia de interiores
• Convenção OIT n° 127 - Peso máximo de carga que pode ser transportado pelo trabalhador
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Art. 198. É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as 
disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher
Parágrafo único. Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes 
sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites 
diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.
Art. 199. Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posições incômodas 
ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija que trabalhe sentado.
Parágrafo único. Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua disposição assentos para serem utilizados nas 
pausas que o serviço permitir.
DISCIPLINA: ERGONOMIA IND 1416 - Prof. MARCIUS ROCHA
TEXTO EXTRA
Título: NORMAS REGULAMENTADORAS COMENTADAS / NR-17 - ERGONOMIA
• Autor/Referência: 
• Local físico: pasta 140/Document Center
• Número de páginas: 14
TRANSCRIÇÃO DA NR 17
A seguir será apresentada a transcrição na íntegra da NR 17, redação dada pela Portaria n° 3.751, de 23/11/1990.
COMENTÁRIOS
Ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do ser humano ao trabalho, procurando adaptar as condições de trabalho às 
características físicas a limitações individuais do ser humano. Este conceito moderno de ergonomia data de 1948, quando foi 
elaborado o projeto da cápsula espacial norte-americana, surgindo, assim, através da antropometria, o conceito de que, o fundamental 
não é adaptar o homem ao trabalho, mas, ao contrário, procurar adaptar as condições de trabalho ao ser humano.
COMENTÁRIOS
A origem da palavra ergonomia (ergos = trabalho; nomos = regras) significa regras para se organizar o trabalho. A ergonomia tem 
cinco grandes áreas aplicadas ao trabalho: organização do trabalho pesado, biomecânica aplicada ao trabalho, adequação dos postos 
de trabalho e prevenção da fadiga no trabalho e do erro humano; destas, as três primeiras são contempladas pela NR, com maior 
profundidade.
As pessoas são diferentes em altura, estruturas óssea e muscular, algumas são mais fortes e com capacidades diferenciadas para 
suportar o stress físico e mental. Estes fatos básicos não podem ser alterados e devem ser utilizados como base para o planejamento 
das condições de trabalho.
Apesar do avanço tecnológico, ainda há muito para ser feito até que os equipamentos estejam devidamente projetados para serem 
usados em harmonia com as limitações individuais de cada trabalhador. O resultado de um planejamento precário podem acarretar 
efeitos nocivos nas pessoas causando dores lombares e problemas nas articulações e nos músculos. Os estudos ergonômicos devem ter 
atenção especial com os aspectos relacionados abaixo:
a) posições para trabalhar de pé;
b) posições para trabalhar sentado; 
c) condições visuais;
d) trabalho penoso;
e) controles e ferramentas; 
f) posicionamento a tipos de sinais visuais e painéis eletrônicos.
COMENTÁRIOS
A análise ergonômica do trabalho é prevista na regulamentação brasileira, desde 1990, mas sua realização, na prática, está cercada de 
controvérsias em função da falta de indicadores quantitativos para a maioria dos casos, tornando, desta maneira, a análise, muitas 
vezes, extremamente simples em casos complexos.
Existem diversas metodologias para pesquisas ergonômicas, sendo que algumas delas podem ser encontradas em livros especializados 
nessa área.
17.2. Levantamento, transporte a descarga individual de materiais. 
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, 
compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma 
descontínua, o transporte manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador, cujo peso seja suscetível de 
comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou 
instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
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17.1. Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte a descarga de materiais, ao mobiliário, 
aos equipamentos a às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador 
realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta 
Norma Regulamentadora.
COMENTÁRIOS
Em relação a esse item, podemos mencionar que os conceitos relacionados às técnicas de manuseio, levantamento e carregamento de 
cargas sofreram mudanças importantes, durante os últimos tempos, principalmente depois da introdução dos modelos biomecânicos, 
que demonstraram não haver muita vantagem na chamada técnica correta contra a técnica errada. É importante que todo treinamento 
relacionado a esse item, considere os novos conceitos ergonômicos relacionadas ao manuseio de cargas.
O trabalho manual pesado contínuo aumenta a freqüência respiratória a as batidas do coração. Se o trabalhador não estiver em boa 
forma física, ele se cansará rapidamente. Submeter o trabalhador à sua capacidade máxima de resistência física é muito prejudicial ao 
trabalhador. O use da força mecânica para substituir o trabalho pesado ajuda a reduzir estes riscos, além de contribuir para aumentar 
as oportunidades de trabalho entre as pessoas com menos força muscular. Não é uma boa idéia submeter o trabalhador a um trabalho 
pesado, tais serviços são monótonos e cansativos, porém, algumas vezes são inevitáveis.
Ao levantar cargas pesadas devem ser utilizadas as pernas e não as costas como apoio e sustentação do movimento. Os ombros devem 
ser posicionados para trás, com a coluna ereta e joelhos flexionados. Mantenha a carga o mais perto possível do peito e aí endureça as 
pernas para levantar a carga, mantendo as suas costas retas. Outros aspectos importantes na movimentação de cargas, citados abaixo, 
devem ser seguidos de modo a evitar lesões na coluna:
a) Posicionar a carga perto do seu corpo (posição inicial); 
b) Colocar os pés separados e o corpo devidamente equilibrado; 
c) Flexionar os joelhos;
d) Manter o pescoço e as costas alinhadas; 
e) Manter as pemas enrijecidas e as costas retas; 
f) Sempre que possível, a carga deve ser sustentada com as duas mãos.
COMENTÁRIOS
Levantar e carregar cargas pesadas manualmente deve ser evitado, tais atividades devem ser executadas por equipamentos mecânicos, 
sempre que possivel, ou então, com a ajuda da força coletiva dos trabalhadores.
Embora a CLT em seu art. 198 fixe o peso máximo de 60 kg para o levantamento manual de carga, é sabido que as atividades 
envolvendo o manuseio freqüente de cargas acima de 50 kg, bem como o manuseio de pesos em determinadas posições, 
particularmente, levantando-os do chão, aumentam, substancialmente, a incidência de lombalgias e outras doenças envolvendo a 
coluna vertebral.
Em 1991, o NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health - U.S.A.) propôs um limite de peso recomendado (L.P.R.) 
e o índice de levantamento (I.L.). Assim sendo, existe uma fórmula de cálculo estabelecida para uma situação qualquer de trabalho de 
levantamento manual de carga. O limite de peso recomendado (23 kg) representa, para uma determinada situação de trabalho, o valor 
em que mais de 90% dos homens e mais de 75% das mulheres conseguem levantar sem sofrer efeitos nocivos. Na comunidade 
européia, vem se formando um consenso em torno de 25 kg.
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17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta 
posição.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem 
proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização a operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao 
campo de trabalho e com a altura do assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas 
deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou sua segurança.
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais, feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro 
aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade 
de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o 
esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.
COMENTÁRIOS
É importante que os interruptores de controle, alavancas e botões de tipos diferentes estejam ao alcance do operador em sua postura 
normal de pé ou sentado. Freqüentemente, muitos controles de um torno mecânico ou máquinas similares estão abaixo do quadril e 
além do alcance dos braços do operador. A localização adequada dos controles é de fundamental importância, outras exigências 
incluem:
a) Seleção de tipos adequados tais como controles manuais para precisão de operações em alta velocidade e controles de pé como 
pedais para operações que requeiram força maior, embora não se deva usar dois ou mais pedais por operador;
b) Distinção entre os controles de emergência e aqueles usados em operações normais (por separação, código de cores, etiquetas 
claras ou proteção);
c) Prevenção de ativação acidental dos botões de emergência (com espaço adequado, resistência adequada, local separado e 
proteções);
d) Resistência adequada em operação, com uma indicação clara de ativação dos controles;
e) Os procedimentos de operação são fáceis de entender, de acordo com o senso comum. (botões em equipamento elétrico giram em 
sentido horário para ligar e aumentar, mas válvulas giram no sentido anti-horário para abrir etc.).
Os procedimentos operacionais baseados no bom senso são importantes para ajudar a resolver os problemas do sistema produtivo. 
Numa situação perigosa ou numa emergência, as pessoas tendem a operar controles importantes reagindo de acordo com o senso 
comum e instintos naturais, podendo variar entre os países, por isso é uma boa idéia verificar o acionamento de certos equipamentos 
principalmente os de origem estrangeira. Algumas vezes, a posição "liga e desliga" dos interruptores pode ser invertida, bem como 
cores de identificação.
É importante estar certo de que as direções de acionamento dos equipamentos são compatíveis com o senso comum e que não 
envolvem risco de acionamento errado. Se uma peça do equipamento adquirido for diferente dos hábitos locais de operação, ela deve 
ser etiquetada claramente para indicar sua posição liga e desliga.
As mesas de controle e painéis de operação de processo, que necessitam de atenção constante devem proporcionar sinal sonoro ou 
visual de fácil identificação que permita ação imediata dos operadores. Deve-se ter em mente que apertar um botão quando uma 
lâmpada de advertência se acende deve ocorrer em frações de segundo para que não ocorram erros.
As ações se tornam mais difíceis se o operador tiver que apertar um botão quando uma lâmpada vermelha de emergência pisca entre 
muitas lâmpadas de diferentes cores. Consequentemente, todas os sistemas de informações e sinais usados para iniciar as operações 
consecutivas devem ser os mais simples possíveis.Com o objetivo de permitir a leitura dos instrumentos rapidamente é importante 
que:
a) Os painéis de instrumentos sejam de fácil visualização;
b) Os instrumentos estejam marcados claramente e posicionados de acordo com o processo de trabalho ou categoria;
c) Todos os medidores se movam na mesma direção;
d) Todos os instrumentos sejam de fácil leitura indicando a posição de funcionamento normal.
Existem vários modelos de painéis de instrumentação onde diferentes tipos de sinais, luzes e medidores permitem ler rapidamente os 
aspectos diferentes do processo de produção, como velocidade, pressão, indicadores de nível, fornecimento e descarga de fluidos, que 
devem ser lidos rapidamente. Os sinais devem estar dispostos de forma que apenas uma olhada no painel seja possível indicar uma 
situação anormal no processo.
Todos os sinais e informações exibidas ao operador devem permitir sua diferenciação facilmente. Isto pode ser feito pela disposição 
apropriada das posições no painel de controle e pela mudança de tamanho, forma ou cores dos mostruários com atenção para os 
aspectos abaixo:
a) Colocar os instrumentos ou indicadores em seqüência lógica ou em correspondência com as máquinas que representam;
b) Colocar os instrumentos ou indicadores mais usados entre a altura da mesa de trabalho a nível da vista;
c) Mudando o tamanho, forma ou cor para diferentes categorias de instrumentos ou indicadores;
d) Usar palavras simples ou abreviações adequadas para marcar claramente cada instrumento ou indicador;
e) Remover ou cobrir os mostradores fora de uso;
f) Fazer sinais de emergência em destaque pela posição, tamanho e cor;
g) Usar sinais luminosos de cores diferentes onde apropriado.
Na transferência de informações durante a mudança de turno, as instruções devem ser claras, resumidas e escritas em formulário 
próprio.
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17.3.2.1. Para trabalho que necessite também a utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e 
demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos 
adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
COMENTÁRIOS
Suporte para os pés incorporado ao posto de trabalho (em bancadas ou linhas de montagem) é o mais adequado e pode ser feito 
através de suportes em que caibam o apoio para os pés, com escalonamento a cada 5 cm, de forma que o trabalhador coloque-os na 
altura em que lhe for mais conveniente. 0 apoio dos pés em barras ou em suportes muito estreitos é inadequado.
A altura em que se realiza o trabalho é importante. Se ela não for a correta, o corpo se cansa rapidamente. A altura de trabalho deve ser 
tal que o trabalho possa ser feito sem que as costas se curvem e com os ombros relaxados e nas suas posições normais. O trabalho 
deve ser feito com a mão em posição normal e o mais perto do corpo possível.
A altura de trabalho confortável varia de acordo com o tipo de trabalho que está sendo feito. Se o trabalho requer precisão, onde a 
visão é importante, então, a altura de trabalho deve ser maior. O trabalho de precisão geralmente exige uma sustentação para os 
braços. Quando se tratar de trabalho pesado, a altura do plano de trabalho deve, para certas operações, ser baixo o suficiente para 
permitir que o trabalhador use o peso do seu corpo da melhor forma.
Os diferentes tipos de trabalho exigem alturas de trabalho diferentes. A superfície do plano de trabalho deve ser consideravelmente 
mais elevada para trabalhos de precisão do que para os trabalhos pesados. A altura do plano de trabalho pode ser variada, de acordo 
com as necessidades pessoais, com a ajuda de uma mesa de trabalho ajustável.
É importante usar o calçado adequado para os trabalhos que impliquem em caminhar a ficar de pé por muito tempo, evitando desta 
forma, o cansaço nas pernas e costas Os sapatos devem ser firmes e confortáveis para obter o apoio necessário. No caso do trabalho 
possibilitar qualquer tipo de lesão aos pés, tais como, queda de componentes metálicos pesados, deve-se calçar botas de segurança 
com proteção reforçada (biqueira de aço) para os dedos.
Se possível, o trabalhador deve ter como alternar entre uma posição e outra (sentada a de pé). 0 serviço que não exija mudança de 
posição deve ser alternado com um serviço que exija maior movimentação. O trabalho que não necessita de muita força muscular e 
que pode ser executado numa área limitada deve ser feito sentado. Deve ser possível alcançar toda a área de trabalho sem se esticar ou 
se torcer desnecessariamente.
A posição de trabalho deve ser a mais confortável possível. Uma boa postura significa que a pessoa está sentada na posição reta de 
frente e bem perto do plano de trabalho. A mesa de trabalho e a cadeira devem ser bem projetadas para que a superfície esteja no 
mesmo de nível que os cotovelos, as costas a os ombros relaxados.
Passar o dia todo sentado não é bom para o corpo, por isso, deve-se haver variação no tipo de trabalho executado. Uma boa cadeira 
permite alternar a forma de realizar o trabalho e na posição das pernas.
0 modelo da cadeira, de preferência ajustável na altura, deve ser adequada para o trabalho que está sendo executado e estar de acordo 
com altura da mesa de trabaIho. É necessário que haja espaço para as pernas, para permitir que elas se movimentem livremente. A 
altura da cadeira é mais confortável quando os pés estão apoiados no chão. Quando isso não for possível, um descanso para os pés 
pode ajudar a aumentar o conforto da posição.
COMENTÁRIOS
Pode ocorrer, na prática, situações em que a condição dos postos de trabalho estejam ergonomicamente corretas, mas as pessoas 
podem não estar tirando um bom proveito da situação, em função, às vezes, de falta de treinamento ou de programas orientativos para 
que os recursos disponíveis sejam corretamente utilizados.
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17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: 
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) Borda frontal arredondada;
d) Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser 
exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da pema do trabalhador.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em 
que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.
Trabalhos que exigem muita movimentação e utilização dos músculos, geralmente são executados de pé, como por exemplo, a 
operação de máquinas em atividades metalúrgicas, construção civil e mineração.
Um trabalho que obrigue uma pessoa a ficar de pé o dia todo representa muita tensão sob as pernas, isto pode resultar em inchaço dos 
músculos devido a falta de movimentação suficiente para bombear a quantidade adequada de sangue para o coração. Em função disto, 
o coração tem um suprimento insuficiente de sangue para trabalhar e o indivíduo se sente cansado e apático.
No trabalho realizado de pé, deve-se evitar dobrar as costas, se inclinar para a frente ou para um dos lados do corpo. Os músculos das 
pernas, das costas e dos ombros devem estar contraídos para segurar o corpo nesta posição. Se você permanecer com o corpo 
inclinado, os músculos das costas continuam tencionados e quando você voltar para a posição normal vai sentir dores nas costas como 
se estivessem tencionados numa posição fixa.
É impossível trabalhar de pé o tempo todo se o trabalhador tiver que executar a tarefa em uma altura que não esteja ajustada 
corretamente, ouse os controles, materiais e ferramentas não forem de fácil alcance. É necessário ter espaço suficiente para os pés, 
para permitir que se alterne a posição de trabalho e que as cargas possam ser distribuídas igualmente. Evite usar roupas de trabalho 
justas, pois elas inibem os movimentos exigidos pelo trabalho.
Quando as articulações estão tencionadas, uma pressão mal exercida pode causar um cansaço considerável. Ficar de pé em uma perna 
pode levar a uma pressão de carga sobre a articulação do quadril que é duas vezes e meia o peso do corpo. Um bom exemplo de como 
isto pode ocorrer pode ser encontrado nos casos em que um trabalhador aciona um pedal mal posicionado. Quando as juntas são 
estendidas, uma pressão desconfortável pode causar uma fadiga considerável. Ao trabalhar de pé, é importante ficar atento para os 
seguintes aspectos:
a) As ferramentas necessárias para o trabalho devem estar ao alcance;
b) A altura do posto de trabalho ajustada à altura do trabalhador, de forma que a área de trabalho esteja nivelada com os cotovelos, 
com as costas retas e com os ombros relaxados;
c) O trabalhador deve ficar de frente para a mesa, com o peso distribuído igualmente em ambos os pés, além de que, deve haver 
espaço suficiente para as pernas e pés;
d) A natureza especial do trabalho pode significar uma mudança na altura do plano de trabalho;
e) Os controles, como alavancas e interruptores, devem estar abaixo da altura dos ombros;
f) A área sobre a qual está o trabalhador, deve ser adequada para as condições de trabalho;
g) Um calçado adequado reduz a tensão nas costas e pernas.
COMENTÁRIOS
Os problemas de visão estão aumentando com a disseminação do uso de diferentes telas de terminais de vídeo e trabalho de inspeção 
que exigem acuidade visual. A utilização de telas protetoras contra as radiações não ionizantes provenientes dos monitores é uma boa 
prática preventiva.
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17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação 
evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade, sempre que possível, sendo vedada a utilização de papel brilhante, ou de qualquer 
outro tipo que provoque ofuscamento.
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo, devem observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra 
reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador,;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-
documento sejam aproximadamente iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente, 
poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta 
a análise ergonômica do trabalho.
Deve-se ver facilmente o trabalho sendo executado. A maioria dos objetos deve estar a 50 cm de distância dos olhos, já que eles não 
são tão pequenos. Se os objetos forem muito pequenos, eles devem ser colocados num plano elevado ou deve-se utilizar uma lente de 
aumento. Caso contrário, você terá que se curvar para a frente com a cabeça inclinada para baixo, criando uma tensão desnecessária 
no pescoço.
O manuseio de equipamento de precisão tais como microscópio ou computador, enquanto executados sentados, exige muito do 
trabalhador. Concentrar-se em pequenos objetos através do microscópio ou olhar para a tela de um monitor por um longo tempo 
significa uma pressão considerável nos músculos dos olhos. A vista também pode ficar embaçada, mas após o descanso, ela volta ao 
normal. Este tipo de carga estática nos músculos dos olhos causa dor de cabeça e tensão ocular.
Uma complicação a mais neste tipo de trabalho é o movimento repetitivo dos dedos e a postura limitada. Os resultados são dores nas 
mãos e nos braços; rigidez muscular; nas costas e nos ombros. Além das condições visuais e da postura, os usuários devem fazer 
intervalos para evitar o cansaço excessivo.
Uma outra causa de desconforto de trabalho são as outras partes das máquinas. Algumas vezes, estas partes estão localizadas de tal 
forma que o trabalhador tem que virar o seu corpo para olhar do outro lado. Estas condições são comuns no ambiente de trabalho.
COMENTÁRIOS
A norma técnica ABNT NBR 10.152 propõe os níveis de conforto e os níveis máximos de ruído para o trabalho, em situação de 
empenho intelectual. Em escritórios, uma fonte importante de ruído e que tem que ser mantida sob controle é o aparelho de ar 
condicionado, nem sempre silencioso como deveria ser. Outro ponto que deve ser levado em consideração, em relação ao ruído, é 
evitar escritórios próximos a ruas movimentadas e próximos a oficinas de manutenção.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) orienta que a zona de conforto de temperatura aceitável para muitas pessoas varia de 
20 a 25 °C, com umidade relativa por volta de 30 a 70 % , se a carga de trabalho for leve e não transmitir calor radiante. À proporção 
em que a carga de trabalho físico aumenta, é necessário uma temperatura mais amena para manter o conforto. Pelo fato dos músculos 
em movimento produzirem calor durante o trabalho físico pesado, o conforto é mantido somente abaixo de 20 °C.
O aumento da velocidade do ar é um fator de conforto positivo quando a temperatura estiver no limite ou acima da zona de conforto. 
A velocidade do ar de 0.1 a 0.3 m/ s é ideal na zona de conforto para o trabalho leve. Quando o clima local não permitir que o corpo 
se livre do excesso de calor ou ficar com a temperatura do corpo normal, nos deparamos com um verdadeiro desconforto térmico 
prejudicando nossa capacidade de trabalho. Em casos extremos, podemos acabar completamente exaustos e doentes. O nível de stress 
causado pelo calor pode ser calculado medindo o nível da zona de calor ou medindo a temperatura corporal de uma pessoa na zona de 
exposição.
Em regiões muito quentes para se manter o ambiente de trabalho com temperatura ambiente entre 20 a 239 C, é necessário a utilização 
do ar condicionado. A regulagem inadequada de temperatura, também poderá acarretar frio excessivo e desconforto térmico. Com 
relação aos equipamentos de ar condicionado centralizados, deve ser tomar especial cuidado com sua limpeza, pois é uma fonte 
potencial de microorganismos causadores de doenças respiratórias.
A umidade relativa do ar deve permanecer entre 50 e 65%. Para locais com umidade relativa do ar muito alta é indicado equipamento 
de ar condicionado tradicional, que esfria e seca o ambiente. Para locais secos, há necessidade de controle extra da umidade, caso 
contrario os aparelhos de ar condicionado irão ressecar, ainda mais, o ar ambiente. Em climas muito secos, pode ser necessário utilizar 
umidificadores.
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17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza 
do trabalho a ser executado.
17.5.2. Nos locals de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual a atenção constantes, tais como: salas 
decontrole, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes 
condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20 a 239 C: 
c) velocidade do ar não superior a 0,75 mls.
d) umidade relativa ao ar não inferior a 40°l (quarenta por cento).
Há várias formas de manter o local de trabalho confortável termicamente. As idéias básicas são as de evitar que o calor venha do lado 
de fora e aumentar a ventilação, como em casas tradicionais em climas tropicais. Lembre-se de:
a) Reter a temperatura amena noturna o máximo possível considerando as características da edificação. Em locais longe do mar, é 
muito mais fresco durante a noite a de manhã do que no meio do dia;
b) Abrir as janelas a as portas, para aumentar a ventilação ou instalar mecanismos de ventilação. A ventilação forçada através de 
ventiladores é uma boa ajuda
c) Evitar pisos que retenham calor, tais como madeira e carpete. Aumentar a circulação de ar abaixo do piso;
d) Projetar o telhado de modo que a facilitar a transmissão de calor, o material e a forma como ele é construído são importantes. A 
boa ventilação perto do telhado faz uma grande diferença. Para evitar a radiação direta proveniente do telhado, deve ser escolhido 
um material adequado ou construir um forro logo abaixo do teto. Cores claras ajudam a refletir a radiação do sol sobre o teto;
e) Fazer sacadas longas, para que as paredes fiquem na sombra por um período maior. Aquelas que estão ao sol devem ser pintadas 
em cores mais suaves. Evitar metais ou materiais que sejam aquecidos facilmente pelo sol;
f) Usar cores suaves para as paredes internas, pois elas absorvem menos calor do que as superfícies escuras além de proporcionarem 
um ambiente mais agradável;
g) Fazer coberturas altas, os tetos altos são melhores que os baixos;
Para o trabalho de precisão, se possível, deve-se providenciar algum tipo de suporte ajustável para os cotovelos, antebraços e mãos.
Em laboratórios de pesquisa onde se utiliza equipamentos de grande precisão que exigem atenção e esforço do sistema ocular, é 
importante que o trabalho seja executado em posição confortável em cadeiras que permitam uma postura de apoio para as costas, 
lembrando que o ângulo ocular do microscópio deve ser ajustável.
O desconforto do trabalho na posição sentada com a operação de máquinas ou unidades pode ser reduzido da seguinte forma:
a) Ajuste cuidadoso do componente ou a condição das lentes para servir a visão do indivíduo;
b) A distância olho / tela e a postura deve ser ajustada para o trabalhador;
c) Ajuste da iluminação no local de trabalho à quantidade necessária nas áreas de trabalho;
d) Variar o máximo possível, o tipo de trabalho, proporcionando descanso por um período mais longo para o trabalho que tenciona 
os olhos;
e) Garantir que as pessoas tenham o direito à intervalos com o objetivo de descansar a vista;
f) Utilizar cadeiras que se ajustem a uma altura adequada a confortável.
COMENTÁRIOS
A parte inerente à iluminação era contemplada na NR 15, Anexo 4, que foi revogado pela Portaria 3.751, de 13/11/1990, fazendo, 
atualmente, parte integrante da NR 17. Desta forma, a iluminação não é mais considerado agente físico, segundo os critérios da NR 
15, para fins de caracterização de insalubridade.
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17.5.2.1. Para as atividades que possuem as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou 
correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva 
de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados 
próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do.tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à 
natureza da atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada a instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras 
e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminância estabelecidos na 
NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a 
tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de 
incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4 este será um plano horizontal a 0,75 m do 
piso.
COMENTÁRIOS
A norma técnica ABNT NBR 5.413 estabelece os valores de iluminância médios e mínimos, em serviço, para iluminação artificial em 
interiores onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras. Além disso, na norma estão previstos os fatores 
determinantes da iluminância adequada, bem como a maneira de selecionar o valor recomendado.
a) Em relação à iluminação dos postos de trabalho, ressalta-se alguns erros cometidos e que devem ser evitados:
b) Nível insuficiente de iluminação, gerando percepção inadequada dos detalhes causando queda de rendimento, erros, fadiga e 
outros;
c) Existência de claridade excessiva ou de ofuscamento geram a fadiga visual;
d) Tamanho inadequado de letras e objetos, ocasionando a fadiga visual e posturas forçadas, para se enxergar melhor;
e) Inexistência de bom contraste dos limites do objeto;
f) Uso de lâmpadas de baixa reprodutibilidade cromática, como, por exemplo, lâmpadas de vapor de sódio para atividades em que a 
percepção de cores é fundamental.
COMENTÁRIOS
Os itens " b" , "c" a "d", relacionados nesse item devem ser detectados e analisados, no ambiente de trabalho, através de uma analise 
ergonômica, concluíndo-se, então, se a exigëncia do tempo, a determinação do conteúdo de tempo e o ritmo de trabalho estão 
razoáveis ou não.
Antes de pensarmos como o trabalho pode ser melhorado, devemos pensar em algumas desvantagens de tarefas mal organizadas como 
por exemplo:
a) Funções limitados que exigem poucas habilidades com poucas oportunidades de aprendizado;
b) Trabalhos repetitivos monótonos;
c) Empregos sem possibilidades de cooperação levam ao isolamento;
d) Trabalhos que não permitem o aprendizado e o crescimento limitando as possibilidades do trabalhador fazer carreira.
e) Tarefas sem responsabilidade direta exigem supervisão contínua.
f) Trabalhos onde o desempenho é medido pela repetição de uma tarefa simples causam frustração e cansaço.
Obviamente, os trabalhadores cujas habilidades são utilizadas de forma inadequada são excessivamente supervisionados, ficam 
cansados, chateados e frustrados e são menos propensos a se preocuparem com a qualidade do seu trabalho para a melhoria da 
produtividade. Eles tendem a cometer mais erros, a estarem distraídos e sofrer mais acidentes e quando há chance deixam o emprego.
A desorganização do trabalho é ruim para o trabalhador e para o empregador. Os funcionários devem ter a chance de desenvolver e 
usar suas habilidades para contribuir com a produtividade e a qualidade do produto final. Tratar os trabalhadores como máquinas 
implica em ignorar o seu potencial a criar um ambiente de insatisfação e de baixa produtividade.
O planejamento das atribuições de trabalho deve estar baseado na compreensão clara dos aspectos de trabalho. A ênfase nos fatores 
físicos do meio ambiente deve ser complementado pelo conhecimento do clima social e psicológico do local de trabalho e dasua 
influência no senso de bem estar do indivíduo, de sua saúde e da qualidade de vida.
Para melhorar a organização e o conteúdo do trabalho deve-se considerar que um bom ambiente de trabalho deve ser livre do stress 
excessivo, fadiga ou pressão operacional. Para executar uma tarefa adequadamente além do conhecimento técnico são necessários 
acompanhamento, ferramentas adequadas, fornecedores com qualidade, atualização profissional e tempo suficiente. Além do mais, um 
bom trabalho deve ter:
a) Variedade e ciclo de trabalho razoável; 
b) Conhecimento a comprometimento com a qualidade do produto final;
c) Oportunidades de comunicação e apoio entre os colegas de trabalho; 
d) Capacidade suficiente de auto-estima e o respeito pelos outros;
e) Treinamento contínuo para atualização profissional;
f) Oportunidade de ascensão profissional.
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17.6. Organização do trabalho.
17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a 
ser executado.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: a) as normas de produção; b) o modo 
operatório; c) a exigência de tempo; d) a determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho; f) o conteúdo das tarefas.
Estas condições fazem o trabalho mais desafiador. Em muitos casos, eles implicam em mudanças na organização de base, na 
comunicação interna da empresa e filosofia nas relações de trabalho. Sempre há o risco de aumentar excessivamente a carga de 
trabalho resultando no aumento do stress ocupacional. Mas a experiência mostra que os trabalhos monótonos e ajustados ao ritmo das 
máquinas são mais prejudiciais do que aqueles que possuem desafio mental e que operadores rigidamente controlados mostram mais 
sintomas de stress e irritabilidade do que os empregados com mais autonomia.
Isto não significa que um bom emprego seja igual para todos. As pessoas tem experiências, habilidades e ambições diferentes bem 
como capacidade física, limitações pessoais e atitudes diferenciadas em relação ao trabalho. Por exemplo, alguns podem enfatizar o 
salário, outros, o companheirismo, a responsabilidade a capacidade técnica e produtiva. Por isso, os trabalhos devem ser ajustados de 
modo a atender às necessidades e às preferências individuais.
Os seguintes aspectos devem ser observados para melhorar a organização e a produtividade do trabalho:
a) mecanização, com o cuidado de adequar o ritmo das tarefas ao das máquinas e dos trabalhos repetitivos com baixa exigência 
intelectual;
b) melhorias ergonômicas, especialmente em relação ao equipamento apropriado e à seqüência de trabalho;
c) organização coletiva dos empregados para executar uma tarefa numa seqüência de operações.
d) mudança de lay-out dos locais de trabalho, como por exemplo, usando uma mesa redonda para permitir a comunicação mais fácil;
e) valorização da função, combinando tarefas diferentes, como por exemplo, criando linhas paralelas mais curtas, cada uma com um 
tempo de ciclo maior;
Uma forma de melhorar a organização do trabalho e sua qualidade, com muitas vantagens para a administração e para os 
trabalhadores é o trabalho coletivo. A maioria das pessoas gostam de trabalhar em grupo. Além do mais, num trabalho participativo, as 
limitações de uns podem ser compensadas pela habilidade de outros.
Uma nova organização do trabalho é a formação de grupos de trabalho semi-autônomo, que pode decidir, até um certo ponto, os 
métodos de trabalho, horário, prioridades a solução de problemas.
Para facilitar as melhorias na organização de trabalho, a participação de todos os integrantes no planejamento é essencial. Estas 
mudanças são direcionadas para as melhorias nas condições de trabalho objetivando um trabalho eficiente. Elas tornam as atividades 
mais flexíveis a adaptáveis aos procedimentos de produção e a mudanças. Para os trabalhadores, melhorias como a redução no stress 
de trabalho, maiores oportunidades de cooperação, melhor use de capacidades a melhores perspectivas profissionais estão combinadas 
com os benefícios de uma empresa mais produtiva. Muitas técnicas de administração moderna, como os ciclos de qualidade ou a 
gestão por objetivos, fazem uso de um planejamento participativo.
Uma boa organização empresarial deve fornecer espaço para iniciativas individuais e coletivas. As sugestões devem vir tanto dos 
supervisores como dos trabalhadores independentemente do seu nível hierárquico, esta é uma boa maneira para elaborar normas 
operacionais. A motivação para a implantação de um ambiente participativo é a base para o sistema de normalização de qualquer 
empresa. Dentro deste espírito na elaboração das normas de trabalho teremos a certeza que haverá um comprometimento de todos na 
sua obediência, Vale lembrar que os aspectos de segurança, higiene e saúde devem estar sempre presente em qualquer norma 
operacional.
Como não existem soluções simples para os problemas organizacionais, devemos aproveitar as vantagens destas sugestões e as 
experiências profissionais acumuladas por todos dentro da empresa.
COMENTÁRIOS
As posições que implicam ter as mãos para cima ou dobrar para frente estão entre as formas mais comuns de criar carga "estática". É 
importante que a carga de trabalho não seja muito pesada a que deva ser concedido descanso durante a jornada de trabalho.
A carga "estática", que faz com que os braços fiquem erguidos ou dobrados para a frente, são comuns e geralmente estão combinadas 
com operações repetitivas, exigência de carga ocular e alto ritmo de pressão de trabalho. Os músculos tencionados sobre uma carga 
estática ficam cansados porque ficam contraídos por um longo período, depois de algum tempo eles ficam doloridos. A carga estática 
nos músculos por um longo período aumenta o trabalho cardíaco e a pulsação.
A forma mais natural de trabalhar é através da forma ritimizada. A carga "dinâmica" viabiliza a contração e o relaxamento alternado 
dos músculos, sob uma carga estática uniforme.
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17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso a membros superiores a 
inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em 
consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retomo ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção 
deverá permitir um retomo gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento;
O desenho das ferramentas manuais pode afetar a produtividade e a saúde de um operador caso não seja adequado ao trabalhador ou à 
sua tarefa. As seguintes considerações são importantes na seleção de ferramentas manuais:
a) Evitar sustentar continuamente um equipamento pesado;
b) Evitar ângulos dos pulsos ao utilizar tesouras ou alicates;
c) Reduzir a pressão desconfortável na palma das mãos ou nas articulações (alicates muito pequenos);
d) Evitar ferramentas pontiagudas (tesouras de chapa);
e) Utilizar maçanetas fáceis de agarrar, com bom isolamento elétrico e sem pontas agudas ou cantos vivos;
f) Utilizar ferramentas especiais para ações repetidas, como ferro para soldar com a ponta dobrada e suporte de ferramenta ao usar 
uma talhadora.
O número de horas de trabalho e a forma como estão organizadas podem afetar de forma significativa o cotidiano do trabalhador. É 
essencial que os trabalhadores tenham tempo livre para o descanso e lazer.
O cumprimento do número de horas trabalhadas é uma das principais exigências de um trabalho. A limitação ou a redução das horas 
de trabalho é tema das recomendaçõesda Organização Internacional do Trabalho (OIT). A adequação da jornada de trabalho, 
incluindo os turnos diurnos e noturnos, trabalhos em turno, licenças por razões particulares e treinamento são igualmente importantes. 
As horas de trabalho básicas geralmente são fixas pela lei, podendo ser limitadas, também através de acordos coletivos entre 
empregados a empregadores. As horas trabalhadas geralmente diferem da duração normal, já que as horas extras devem ser 
acrescentadas. Se as horas de trabalho forem inadequadas, elas podem influenciar na saúde a na segurança, no grau de tensão a fadiga 
e na qualidade da vida de trabalho em geral.
Muitos países estão estabelecendo limites menores, a Convenção n° 116 da OIT de 1962 ratifica as 48 horas por semana como sendo 
o padrão mundial com redução progressiva até 40 horas por semana.
O limite legal no Brasil definido a partir da Constituição Federal de 1988 é de 44 horas semanais, entretanto a CLT (Titulo III Das 
Normas Especiais do Trabalho, Capítulo I - Das disposições especiais sobre duração e condições de trabalho) estabelece períodos 
menores para algumas atividades como por exemplo, bancários, telefonista, serviços de portaria, ferroviários e outros.
O trabalho extra compreende as horas trabalhadas além das horas normais. Quando o trabalho extra for freqüente, as longas horas de 
trabalho podem afetar a saúde, a segurança e o bem-estar. O trabalho extra significa também, custos mais elevados para a empresa, o 
trabalho extra pode ser necessário para a organização de algum trabalho de emergência ou por razões econômicas para não 
contratação de mão de obra externa. Os problemas surgem quando o trabalho extra se torna uma regra, mais do que uma exceção, o 
que envolve acréscimos substanciais ao salário. Estes ganhos mais elevados são vantajosos para os trabalhadores, entretanto, os 
ganhos a mais são a despesa do descanso, da vida familiar e do lazer. As horas extras constantes têm outras desvantagens, incluindo 
ganhos instáveis, efeitos adversos na saúde e segurança.
As horas de trabalho excessivas podem ser o resultado de: 
a) concentração sazonal de trabalho;
b) trabalho intermitente distribuído em longas jornadas de trabalho;
c) falta de mão-de-obra especializada ou qualificada;
d) controle de execução fraco ou com dificuldades.
As horas de trabalho excessivas acarretam efeitos adversos nos trabalhadores, à saber:
a) tensão e cansaço excessivo, tanto físico como mental; 
b) baixa qualidade de trabalho e aumento da incidência de erros;
c) aumento no número de acidentes;
d) sono insuficiente, em alguns casos, associados com a dificuldade em dormir e o possível uso de medicamentos;
e) diminuição da resistência a doenças, geralmente levando ao envelhecimento precoce;
f) alterações na vida familiar e nas atividades sociais.
Os efeitos negativos de muitas horas de trabalho podem estar associados a outros fatores, tais como: higiene e segurança deficientes, 
alimentação inadequada, saúde geral precária, condições de moradia precárias, falta de serviços sociais públicos, longas horas de 
viagem a meios de transporte ineficientes.
A existência de períodos de descanso e intervalos é necessária para a segurança, a saúde e o bem estar dos trabalhadores. Tais períodos 
de descanso e intervalos devem incluir:
a) intervalos curtos durante as horas de trabalho; 
b) intervalos longos para as refeições;
c) descanso diurno e noturno;
d) descanso semanal
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Os pequenos intervalos durante a jornada de trabalho são necessários para evitar a fadiga, eles são importantes nos trabalhos de 
supervisor das máquinas ou processos contínuos.
O intervalo de uma hora para as refeições é obrigatório por lei, sendo indispensável para a jornada a partir de oito horas diárias. O 
empregador deve disponibilizar um local adequado para as refeições fora do local de trabalho. È recomendável a utilização de 
recursos que possam distrair o trabalhador durante seu período de almoço, como por exemplo, televisão, sala de jogos ou de leitura. 
Os intervalos para as refeições e as pausas curtas para descansar evitam a perda de concentração, o contato com os colegas de trabalho 
é essencial para criação de um bom clima social no trabalho.
O descanso diurno ou noturno deve assegurar o sono, o lazer e o convívio familiar devem ser garantidos ao trabalhador. No caso do 
trabalho de turno, as precauções são necessárias para assegurar um descanso diurno ou noturno. O descanso semanal é fundamental 
para a saúde e o bem estar dos trabalhadores. O tempo mínimo de descanso semanal estabelecido na Convenção OIT n° 14 sobre o 
Descanso Semanal na Indústria e a OIT n° 106 sobre o Descanso Semanal no Comércio e Escritórios é de 24 horas consecutivas em 
qualquer período de sete dias. A adoção generalizada da jornada de cinco dias na semana, tornou o descanso semanal de 48 horas 
comum em muitos países.
O direito a férias anuais remuneradas e o tempo mínimo de férias, estabelecido por lei é de 30 dias com direito a conversão de dez 
dias, no máximo, na forma de pagamento. É importante garantir o direito às férias e assegurar que estas realmente sejam utilizadas. O 
pagamento no lugar das férias não tem o mesmo efeito que o tempo de descanso fora do trabalho. Este direito possui sua abordagem 
na Convenção n°. 132 da OIT sobre Férias Remuneradas.
As licenças ocasionais, como por exemplo a licença maternidade, de saúde e outras, não devem ser computados como parte integrante 
das férias anuais.
Em muitas empresas, os turnos de trabalho estão se tornando mais comuns, o que, inevitavelmente cria problemas na saúde e à vida 
social. Poucas pessoas se adaptam adequadamente, devido às alterações nos seus "relógios biológicos" e no seu cotidiano. O turno de 
trabalho é necessário nas situações em que a produção não pode ser interrompida por razões técnicas e/ou econômicas ou quando o 
trabalho exercido envolve interesses da coletividade, como por exemplo, serviços de transporte, corpo de bombeiros, hospitais e 
outros de utilidade pública.
Os trabalhadores de turno sofrem com as condições de sono alteradas, problemas estomacais e outros. Este tipo de trabalho pode 
trazer outros distúrbios no ritmo biológico normal, a temperatura do corpo varia durante o dia, normalmente ela tem sua mínima na 
manhã e sua máxima, à noite. Isto coincide com outras mudanças no sistema circulatório, nos tecidos, nas atividades hormonais e 
cerebrais que estão adequadas para o trabalho durante o dia a sono durante a noite. 
Este ritmo biológico não se inverte completamente na mudança dos turnos. Sabe-se que a adaptação completa não acontece, mesmo 
depois de várias semanas. Esta é a razão pela qual o trabalho noturno é mais penoso e porque o sono do dia é mais curto e menos 
compensador que o sono normal da noite.
O trabalho em turno deve ser programado e adaptado para evitar que o trabalhador se isole socialmente. Para melhorar as condições 
dos trabalhadores por turnos, é recomendável agir em duas áreas:
a) Melhorar a programação dos turnos:
• reduzir a carga horária de trabalho;
• permitir maior flexibilidade de modo a permitir que os trabalhadores escolham seu turno de trabalho no caso de turnos fixos;
• garantir o revezamento, uma variação com mais equipes geralmente é mais favorável, já que ela reduz a necessidade de ajuste e a 
freqüência de turnos noturnos;
• adequar períodos de descanso adequado entre os turnos;
• garantir dias de descanso, principalmente aos finais de semana;
• variar o período dos turnos.
b) Melhorar as condições de trabalho e de vida:
• fixar pausas para as refeições e outros intervalos durante o turno;
• fornecer lugares para comer e outras instalações com comidas quentes e bebidas;
• fornecer serviços de transporte;
• assegurar serviços de primeiros socorros e supervisão médica;
• fornecer locaispara descanso e lazer durante os intervalos de trabalho;
• melhorar as condições de vida;
• melhorar o acesso à atualização profissional e às atividades sociais.
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Já que as dificuldades dos trabalhadores de turnos aumentam com o trabalho noturno, os esforços sistemáticos são particularmente 
necessários para reduzir a carga de trabalho.
As condições, durante as horas de trabalho a lazer, estão ligadas intimamente e afetam o nosso bem estar. Há uma interação entre o 
homem e o seu meio ambiente total, que afeta nossa habilidade de enfrentar o stress. A vida social, o lazer, o hábito de fumar, o 
descanso e o relaxamento, todos estes fatores podem afetar nossa saúde.
De acordo com as recentes mudanças tecnológicas e sociais, alguns novos modelos de organização da jornada de trabalho estão se 
difundindo, levando em consideração as necessidades individuais como por exemplo os horários flexíveis, meio expediente, horários 
diferenciados a outros. Estes modelos permitem maior flexibilidade da jornada de trabalho, mas podem levar a problemas com o 
excesso de trabalho, atritos entre grupos, danos nas atividades sindicais e outros. É preciso ser prudente ao introduzir estas novas 
modalidades que devem ter a aceitação dos trabalhadores e suas organizações representativas.
COMENTÁRIOS
DORT (Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho) ou LER (Lesões por Esforços Repetitivos) é uma doença ocupacional 
reconhecida pela Previdência Social. Esta enfermidade é comum aos trabalhadores de qualquer faixa etária, sexo ou condição social 
que exercem atividades envolvendo movimentos repetitivos do punho e da mão, como por exemplo o serviço de digitação.
A terminologia DORT é recente e substitui, o termo LER, que vinha sendo utilizado para conceituar este tipo de distúrbio. De acordo 
com os especialistas, o termo LER, não é correto porque pré define uma causa, que é a repetitividade e o seu efeito que são as lesões. 
A LER representa um grupo heterogéneo de quadros clínicos, alguns deles bem definidos, como a tenossinovite, sìnovite e outros. 
Como, a termmologia já esta consagrada no Brasìl, sendo que a própria instrução do INSS sobre a matéria utiliza este termo de forma 
rotineira, da mesma forma estaremos utilizando a terminologia LER, no decorrer destes comentários.
A LER é uma "síndrome clínicá" caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não por alterações objetivas e que se manifesta 
principalmente no pescoço, cintura e ou membros superiores. Como termo LER é genérico, e o médico deve sempre procurar 
determinar o diagnóstico específico. Como se refere a diversas patologias distintas, toma-se difícil estabelecer o tempo necessário 
para uma lesão passar a ser considerada como crônica, além disso, até a mesma patologia pode se instalar a evoluir de forma diferente, 
dependendo dos fatores etiológicos, isto é das causas íntimas e fundamentais.
Com todas essas limitações, o que se pode dizer é que a LER são patologias, manifestações ou síndromes patológicas que se instalam 
insidiosamente em determinadas partes do corpo, em conseqüência do trabalho, realizado de forma inadequada. Assim o nexo é parte 
indissociável do diagnóstico que se fundamenta numa boa anamnese ocupacional e em relatórios profissionais que conhecem a 
situação de trabalho, permitindo a correlação do quadro clírnco com a atividade ocupacional efetivamente desempenhada pelo 
trabalhador.
O reconhecimento da LER como doença ocupacional, data de 06/08/87, quando o Ministério da Previdência Social reconheceu, 
através da Portaria 4.062, a tenossinovite como doença do trabalho.
Para a caracterização de um quadro clínico como LER é necessário definir o nexo através da anamnese ocupacional, exame clínico, 
relatórios do médico responsável pela assistência ao paciente, do coordenador do PCMSO e, eventualmente visita ao local de trabalho. 
Uma boa anamnese ocupacional deve incluir informações sobre.
a) Ambiente de trabalho: percepção do segurado quanto à temperatura, ruído, poeiras e iluminamento;
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17.6.4. Nas atividades de processamento eletrónico de dados deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de 
trabalho, observar o seguinte
a) empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, 
baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de 
qualquer espécie;
b) número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado 
toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado;
c) tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que no período de 
tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das 
Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo; uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não 
deduzidos da jornada normal de trabalho;
e) quando do retomo ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção 
em relação ao número de toques deverá ser iniciada em níveis inferiores ao máximo estabelecido na alínea b e ser ampliada 
progressivamente.
b) Equipamentos: qualidade dos equipamentos e ferramentas, manutenção, necessidade do emprego de força de corrente de 
equipamento inadequado, desvios posturais impostos pelo equipamento, necessidade de repetir a tarefa por falta do equipamento;
c) Mobiliário: qualidade a manutenção, freqüëncia de reposição, adaptação dos postos de trabalho à introdução de novos processos, 
desvios posturais impostos pelo mobiliário;
d) Organização do trabalho: ritmo, pausas, hierarquia, horas extras, estímulo, à produção, rotatividade a composição de mão de obra 
quanto ao sexo a idade, relacionamento interpessoal.
Caracterizado o quadro clínico como LER, deverá o empregador emitir a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) e dar 
prosseguimento administrativo ao caso.
Abaixo apresentamos um resumo das principais causas, patologia e quadro clínico da LER:
a) Causa: Movimentos que causam atrito excessivo entre os tendões e o paratendão circundante pelo uso excessivo da mão sendo 
diferente da tenossinovite infecciosa.
b) Patologia: Os tendões mais freqüentemente afetados são os músculos profundos do dorso do antebraço, especialmente os 
extensores do polegar, e os extensores radiais do punho. Ocorre uma reação inflamatória ao redor do tendão a suas bainhas, com 
aumento de volume pelo edema.
c) Quadro clínico: Após o uso freqüente, não habitual do punho ou da mão por um período de dias ou semanas o paciente começa a 
sentir dor no dorso do punho e no extremo distal do antebraço. A dor agrava-se quando se utiliza a mão enferma. Ao exame há 
aumento de volume no trajeto dos tendões afetados, geralmente os extensores do polegar e do punho. Se o examinador coloca sua 
mão sobre a região edemaciada, sente uma crepitação fina e estende os punhos e os dedos: ele é causado pelo deslizamento do 
tendão coberto de fibrina no interior do paratendão inflamado.
Recomendamos a leitura da Ordem de Serviço 606 da INSS na Parte III.
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	DISCIPLINA: ERGONOMIA IND 1416 - Prof. MARCIUS ROCHA
	TEXTO EXTRA
	Autor/Referência: 
	Local físico: pasta 140/Document Center
	Número de páginas: 14
	INTRODUÇÃO
	DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
	TRANSCRIÇÃO DA NR 17
	COMENTÁRIOS
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