Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doença de Parkinson A doença de Parkinson, mal de Parkinson ou paralisia agitante, descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817, neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Não somente os neurônios dopaminérgicos estão envolvidos, mas outras estruturas produtoras de serotonina, noradrenalina e acetilcolina estão envolvidas na gênese da doença. A idade de maior incidência é por volta dos 60 anos, mas pode surgir entre os 35 aos 85 anos. Causas A Doença de Parkinson é uma doença idiopática caracterizada pela destruição dos neurônios dopaminérgicos da substância negra e que tem como consequência a redução drástica dos níveis de dopamina no corpo estriado dos pacientes; os neurônios dopaminérgicos enervam as principais estruturas dos gânglios da base (corpo estriado, os segmentos externo e interno do globo pálido, o núcleo subtalâmico, substância negra), assim como os alvos das suas projeções (tálamo e córtex motor, por exemplo) servindo como moduladores dos circuitos corticoestriatais. A perda de dopamina nestas zonas compromete o delicado equilíbrio entre inibição tónica e “desinibição” dos circuitos motores e da seleção consciente de um determinado movimento. Níveis saudáveis de dopamina potenciam a via direta (GO) e impedem a via indireta (NoGO), uma vez que os neurónios da via direta expressam receptores de dopamina D1 (ativadores) e os neurónios da via indireta expressam receptores de dopamina D2 (desativadores). Por outro lado, baixos níveis de dopamina revertem esse efeito: impedem a via GO e favorecem a via NoGO, resultando numa excessiva inibição tálamo-cortical. Esta disfunção do circuito que os gânglios da base mantêm entre o córtex e o tálamo motor é a base dos sintomas motores clássicos parkinsonianos: tremores, hipocinesia (lentidão e dificuldade em iniciar movimentos), rigidez muscular e instabilidade postural. Tal como o circuito motor, outros importantes circuitos que envolvem os gânglios da base, e que estão, portanto, dependentes da dopamina, são afetados na Doença de Parkinson; são estes os circuitos: oculomotor, associativo, límbico e orbito frontal, responsáveis por variadas funções como a atenção, aprendizagem, memória e emoções. Curiosamente, todas estas funções são afetadas na Doença de Parkinson, manifestando-se como sintomas não-motores de disfunções da fala, funções autônomas, problemas a nível da memória e raciocínio, podendo mesmo chegar a demência em alguns casos.
Compartilhar