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Texto, enunciação, discurso Oficina de Escrita, 2014 Polícia detém 14 suspeitos de integrar o grupo ‘JusBceiros’ Eles teriam espancado adolescente no Flamengo Menor acusado de pra-car assaltos é espancado e preso com trava de bicicleta em poste do Flamengo 04/02/2014 RIO -‐ Quatorze suspeitos -‐ entre menores e maiores de idade -‐ suspeitos de integrarem o grupo “JusBceiros” foram presos, no início da madrugada desta terça-‐feira por policiais do 2º BPM (Botafogo). Eles estavam na pista de skate do Parque do Flamengo, na Zona Sul do Rio, e foram denunciados por moradores de rua. Segundo eles contaram aos PMs, os jovens vêm agredindo e ameaçando mendigos, alegando que querem fazer “jusBça com as próprias mãos”. Todos os deBdos foram levados para a 9ª DP (Catete). Os maiores foram autuados por formação de quadrilha e corrupção de menores. Já os menores de idade responderão por fato análogo a formação de quadrilha. Todos foram liberados depois de pagarem fiança. O grupo “JusBceiros” é suspeito de espancar e prender a um poste com uma trava de bicicleta um adolescente de 15 anos. O menor teve parte da orelha arrancada. O fato aconteceu na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, na madrugada de sexta-‐feira. O caso tornou-‐se conhecido depois de ser denunciado pela arBsta plásBca Yvonne Bezerra de Melo, fundadora do projeto Uerê, que atende crianças e adolescente carentes no Complexo da Maré, na Zona Norte da cidade. Yvonne postou no Facebook uma foto do adolescente logo após a agressão. Segundo informações da Polícia Civil, o adolescente espancado já foi idenBficado. Ele tem três anotações por roubo e furto em sua ficha. hip://oglobo.globo.com/rio/policia-‐detem-‐14-‐moradores-‐de-‐rua-‐no-‐flamengo-‐11497176 'Jus-ceiros' acusados de torturar jovem no Flamengo são presos pela polícia Homens estavam na pista de skate do Parque do Flamengo. De acordo com moradores, eles agridem e torturam pessoas que julgam suspeitas O DIA 04/02/2014 11:21:02 -‐ Atualizada às 04/02/2014 12:17:44 Rio -‐ Acusados de integrar um bando inBtulado "JusBceiros do Flamengo" foram presos na madrugada desta terça-‐feira e encaminhados à 9ª DP (Catete). O grupo foi apontado por moradores de rua como responsável pela tortura a um rapaz, na úlBma sexta-‐feira, que foi preso pelo pescoço por uma trava de bicicleta em um poste no Aterro do Flamengo. Os suspeitos estavam na pista de skate do Parque do Flamengo quando foram surpreendidos pelos policiais. Jovem foi preso pelo pescoço por uma trava de bicicleta Foto: Reprodução Internet Os presos maiores de idade foram autuados por formação de quadrilha e corrupção de menores. Já os menores de idade foram enquadrados por formação de quadrilha. Eles pagaram fiança e foram liberados. Segundo moradores, o grupo vem atuando no bairro desde o ano passado. Eles agridem e torturam pessoas que julgam suspeitas. A imagem chocou organizações sociais, usuários do Facebook e moradores da área, que reconheceram o menor como um assaltante da região. Segundo a autora da foto, a coordenadora do Projeto Uerê, Yvonne Bezerra de Mello, que é moradora do bairro, o garoto foi encontrado por volta das 23h, na sexta-‐feira, próximo à esquina das avenidas Oswaldo Cruz e Rui Barbosa, com um corte na orelha e marcas de tortura nas costas. Ele teria dito que um grupo de três motoqueiros mascarados, inBtulados de “Os jusBceiros”, foi o responsável pela agressão. Um amigo que estaria com ele também teria sido espancado, mas não foi localizado. O adolescente, que precisou da ajuda de bombeiros para se libertar do local, foi levado para o Hospital Souza Aguiar. Em uma das fotos divulgadas, o menino aparentava chorar. O fato dividiu opiniões na página na rede social da arBsta plásBca. Enquanto muitos apoiaram a aBtude de Yvonne de resgatar o jovem, outros criBcaram a iniciaBva. Em um dos comentários, um internauta postou que o fato foi “simbólico” porque, se a polícia não faz seu papel de prender, a população faz. Já outro afirmou que também poderia ter sido a víBma, porque é negro, morador da região e frequentemente não usa camisa. “Muitas pessoas me mandaram mensagem com aqueles argumentos do Bpo ‘está com pena, leva para casa’. Mas, se ele assaltava, a polícia Bnha que ter prendido. O que não posso aceitar é que, em um bairro residencial, tenha acontecido isso”, disse Yvonne. Caso ganha repercussão internacional Site do tabloide britânico 'Daily Mail' destacou nesta terça-‐feira a imagem do rapaz com o wtulo: "Vigilantes brasileiros pegam 'ladrão' e usam trava de bicicleta para prendê-‐lo pelo pescoço em um poste (após deixá-‐lo nu)". Na reportagem, o jornal destacaa aBtude de algumas pessoas nas redes sociais, que apoiaram a violência contra o jovem. hip://odia.ig.com.br/noBcia/rio-‐de-‐janeiro/2014-‐02-‐04/jusBceiros-‐acusados-‐de-‐torturar-‐ jovem-‐no-‐flamengo-‐sao-‐presos-‐pela-‐policia.html 'Mendigo não tem direito de cidadão', afirma vereadora Leila do Flamengo Fala de parlamentar na Câmara Municipal causou polêmica 01/11/2013 00:07:28 CHRISTINA NASCIMENTO Rio -‐ Menos de um mês após um vereador de Piraí sugerir que mendigo deveria virar ração para peixe, uma outra declaração envolvendo o mesmo assunto voltou para as rodas de discussão, por revelar a falta de sensibilidade social de alguns políBcos no país. A vereadora Leila do Flamengo (PMDB), em discurso na quarta-‐feira no plenário da Câmara do Rio, afirmou que mendigo não tem o mesmo direito que os cidadãos. Nesta quinta-‐feira, ao comentar o assunto, ela não hesitou ao afirmar que a grande maioria das pessoas mora na rua porque quer. “Defendo as famílias e os moradores, não os desocupados. (...) Não estamos falando aqui em discursos hipócritas, de querer dizer que o mendigo tem o mesmo direito que os cidadãos”, afirmou ela, no plenário. QuesBonada, a vereadora garanBu que a sua fala é reprodução do que ouve das pessoas nas ruas. Segundo a vereadora, o público que perambula nas calçadas é formado principalmente por homens fortes e bêbados, prontos para o trabalho, mas que preferem ficar sem fazer nada. Suas falas pesam inclusive sobre sua própria origem e história de vida. Nascida em Natal, capital do Rio Grande do Norte, mas criada no Rio, ela defende o retorno de pessoas que vivem de mendicância para sua terra natal. “Eu, com 16 anos, tomava três ônibus para trabalhar. Mas Bnha uma base boa. Minha família Bnha condições, mas perdemos tudo. Fomos à luta. Não fomos para a rua”, compara. Leila cri-ca programas populares Apesar de dizer que defende uma políBca social e o retorno do projeto da Fazenda Modelo — casas de vivências manBdas pelo município —, para abrigar quem vive na rua, a vereadora escorrega de novo no preconceito para jusBficar como o problema de moradores de rua surgiu na cidade: “Aumentou a mendicância no Rio devido a esses programas de R$ 1. Faltou também controlar crescimento de moradias nas áreas verdes. A população achava que vir para o Rio era só para invadir. O comerciante que paga impostos, gera emprego, tem que compeBr com o mercado que surge na porta dele”. hip://odia.ig.com.br/noBcia/rio-‐de-‐janeiro/2013-‐11-‐01/mendigo-‐nao-‐tem-‐direito-‐de-‐cidadao-‐afirma-‐ vereadora-‐leila-‐do-‐flamengo.html Mais um relato de violência contra ciclista no Aterro do Flamengo MÁRCIO DE MIRANDA 31.01.2014 13h59m A ciclista Natascha Otoya teve a sua bicicleta recém comprada brutalmente roubada, na úlBma terça-‐ feira, enquanto pedalava pela ciclovia do Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. A violência da ação ocasionou a colocação de nove pinos e uma placa no pé. Segue abaixo o relato da ciclista. Enfim, ontem (quinta-‐feira) eu passei por uma cirurgia para colocação de nove pinos e uma placa, para você ter noção da gravidade e da violência com que fui atacada. Tudo isso ocorreu as quatro da tarde de uma terça-‐feira ensolarada, enquanto eu voltava da praia, curBndo o finalzinho das minhas férias... Além disso, cheguei a ver o cara que me atacou vindo na minha direção, mas me senB segura pois, literalmente um minuto antes, Bnha cruzado com uma viatura na ciclovia... A dor sica de ter o pé deslocado, que ficou pendurado apenas pela pele é brutal, mas o pior é a sensação de insegurança que não me abandona desde então... Será que terei coragem de voltar a pedalar no Rio? Eu sempre fiz campanha pela bicicleta como transporte, pedalava para o trabalho todos os dias, incenBvava amigos e colegas à adotarem a bike e mesmo depois de sofrer um grave acidente (quando a bike quebrou pelo estado em que se encontram as ruas do centro) e de já ter Bdo uma bike furtada na porta do trabalho, eu conBnuava acreditando na força do pedal urbano... Agora, já não estou mais tão certa... Desculpe o desabafo -‐ ando muito triste com a brutalidade do que me aconteceu -‐ basta eu fechar os olhos para ver aquele cara me atacando repeBdas vezes, nem preciso dizer que não consegui dormir direito desde de terça. “Natascha e a sua bicicleta com menos de um mês de uso” Menor acusado de pra-car assaltos é espancado e preso com trava de bicicleta em poste do Flamengo Linchamento de Thomas Shipp e Abram Smith Indiana, 1930. Linchamento de Thomas Shipp e Abram Smith Indiana, 1930. Thomas Shipp e Abram Smith foram dois homens afro-‐americanos que foram linchados em 7 de Agosto de 1930 em Marion, Indiana. Eles foram presos na noite anterior,acusados de roubar e assassinar um operário branco, Claude Deeter, e estuprar sua namorada branca, Mary Ball. Uma grande mulBdão invadiu a cadeia com marretas, bateu nos dois homens, e os enforcou. Quando Abram Smith tentou libertar-‐se da corda, ele foi abaixado e teve seus dois braços quebrados para impedi-‐lo de tentar libertar-‐se novamente. Os Policiais que estavam no meio da mulBdão colaboraram com o linchamento. Uma terceira pessoa, de 16 anos, James Cameron, escapou por pouco de linchamento graças a um parBcipante não idenBficado que anunciou que ele não Bnha nada a ver com o assassinato. Um fotógrafo estúdio, Lawrence Beitler, Brou uma foto dos corpos pendurados em uma árvore cercados por uma grande mulBdão; milhares de cópias da foto foram vendidas. Cameron afirmou em entrevistas que Shipp e Smith Bnham, de fato, começado a roubar um homem branco, que depois foi encontrado morto. Ele diz que fugiu quando percebeu o que estava acontecendo. Mary Ball testemunhou mais tarde que ela não Bnha, ao contrário das acusações contra os três homens, sido estuprada. Cameron mais tarde (em 1988) tornou-‐se fundador e diretor da America's Black Holocaust Museum, um museu em Milwaukee, Wisconsin dedicado a retratar a história de linchamentos nos Estados Unidos. Em 1937 Abel Meeropol, um professor judeu de Nova Iorque viu a fotografia. Meeropol mais tarde afirmou que a foto o "assombrou por dias" e o inspirou a escrever o poema "Strange Fruit". Esse poema foi publicado na New York Teacher e depois na revista New Masses, tendo em ambos usado o pseudónimo Lewis Allan. O poema tornou-‐se a base da letra da canção de mesmo nome, que ficou famosa na voz de Billie Holiday. A canção alcançou a posição numero 16 das paradas em julho de 1939. hip://pt.wikipedia.org/wiki/Linchamento_de_Thomas_Shipp_e_Abram_Smith Strange fruit Southern trees bear strange fruit, Blood on the leaves and blood at the root, Black body swinging in the Southern breeze, Strange fruit hanging from the poplar trees. Pastoral scene of the gallant South, The bulging eyes and the twisted mouth, Scent of magnolia sweet and fresh, Then the sudden smell of burning flesh! Here is fruit for the crows to pluck, For the rain to gather, for the wind to suck, For the sun to rot, for the trees to drop, Here is a strange and biFer crop. As árvores do Sul estão carregadas com um estranho fruto, Sangue nas folhas e sangue na raiz, Um corpo negro balançando na brisa sulista Um estranho fruto pendurado nos álamos. Uma cena pastoral no galante Sul, Os olhos esbugalhados e a boca torcida, Perfume de magnólia doce e fresco, Então o repenBno cheiro de carne queimada! Aqui está o fruto para os corvos arrancarem, Para a chuva recolher, para o vento sugar, Para o sol apodrecer, para as árvores derrubarem, Eis aqui uma estranha e amarga colheita.
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