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Nutrição e desenvolvimento infantil

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Definir crescimento e desenvolvimento.
Crescimento é o aumento do organismo, que é harmônico em todas as partes do corpo, mas não ocorre em mesmo ritmo e tempo. Assim, o crescimento se refere ao aumento da massa orgânica, sendo em peso e altura. Já o desenvolvimento está relacionado com o aperfeiçoamento gradual e diferencial das várias funções orgânicas. Assim, caracteriza-se como a capacidade de adquirir habilidades cada vez mais complexas e específicas.
Caracterizar os métodos de avaliação da idade gestacional (capurro e New Ballord).
A idade gestacional é caracterizada pelo tempo que ocorre a concepção até o momento do nascimento. Porém, é impossível determinar o dia da concepção, o que nos leva a usar a data da última menstruação (DUM), mas isso depende da mãe recordar da data e da regularidade de seus ciclos menstruais. Assim, existem alguns métodos desenvolvidos para chegar à idade gestacional, sendo que pode ser determinado durante a gestação: medição do fundo do útero e pelo tamanho do feto pela ecografia (preciso até 20 semanas). E depois do nascimento: utiliza-se o método de Capurro somático para os RN maiores que 28 semanas. O Capurro somático-neurológico é para RN saudáveis com mais de 6 horas de vida. Ambos têm relação bem precisa com DUM, mas não apresenta a mesma precisão quando se trata de RN menor em relação a idade. Veja a tabela de avaliação do método de Capurro:
	Formação mamilo
A
	Mamilo pouco visível
sem aréola
0
	Mamilo nítido; aréola lisa diâmetro
 < 0,75 cm
5
	Mamilo puntiforme aréola de borda não elevada
 > 0,75 cm
10
	Mamilo puntiforme aréola de borda elevada
 > 0,75 cm
15
	
	Textura da pele
B
	Fina, gelatinosa
0
	Fina e lisa
5
	Algo mais grossa, com discreta descamação
Superficial
20
	Grossa, com sulcos superficiais, descamação de mãos e pés
15
	Grossa, apergaminhada com sulcos profundos
20
	Forma da orelha
C
	Chata, disforme pavilhão não encurvado
0
	Pavilhão parcialmente encurvado na borda
8
	Pavilhão parcialmente encurvado em toda borda superior
16
	Pavilhão totalmente encurvado
24
	
	Tamanho da glândula mamária
D
	Ausência de
Tecido mamário
0
	Diâmetro
 < 5 mm
5
	Diâmetro 
5 mm a 10 mm
10
	Diâmetro
 > 10 mm
15
	
	Sulcos plantares
E
	Ausentes
0
	Marcas mal definidas na metade anterior da planta
5
	Marcas bem definidas na metade anterior e no terço anterior
10
	Sulcos na metade anterior da planta
15
	Sulcos em mais da metade anterior da planta
20
	Sinal do Xale(posição do cotovelo)
F
	Na linha axilar do lado oposto
0
	Entre a linha axilar anterior do lado oposto e a linha média
6
	Ao nível da linha média
12
	Entre a linha média e a linha axilar anterior do mesmo lado
18
	
	Posição da cabeça ao levantar o RN (ângulo (Â)c érvico-torácico)
G
	Totalmente deflexionada
 = 270º
0
	Â entre 180º - 270º
4
	Â = 180º
8
	Â < 180º
12
	
Método Capurro somático: soma-se os pontos adquiridos em A, B, C, D e E + 204 e divide por 7.
A+B+C+D+E+204
7
Método de Capurro somático-neurológico: somam-se os pontos adquiridos em B, C, D, E, F, G + 200 e divide por 7.
B+C+D+E+F+G+200
7
Para RN com 1500g (Pig) ou menos pesados utiliza-se o método de New Ballard, o qual usa critérios físicos para determinar a idade gestacional, visto que este critério apresentou melhor especificidade. Portanto, somam-se as notas em cada critério e multiplica-a por 2. Posteriormente, faz-se uma relação do score com a idade gestacional. Veja a tabela guia:
	Maturidade 
 Física
	0
	1
	2
	3
	4
	5
	Pele
	Gelatinosa, vermelha, transparente
	Lisa, rosa, veias visíveis
	Descamação superficial e/ou rash, poucas veias
	Fenda superficial, raras veias
	Apergaminha-da, fenda profunda
	Fenda profunda enrugada
	Lanugo (no dorso)
	Nenhum
	Abundante
	Delgado
	Pequena quantidade
	Praticamente sem lanugo
	
	Seio
	Apenas perceptível
	Aréola chata, sem botão
	Aréola puntiforme, borda não elevada, glândula mamária 1 a 2 mm
	Aréola puntiforme, borda elevada, glândula mamária 
3 a 4 mm
	Aréola bem formada, Glândula mamária
 5 a 10 mm
	
	Orelha
	Pavilhão liso, permanece dobrado
	Pavilhão levemente encurvado desdobra lentamente
	Pavilhão encurvado, desdobra facilmente
	Pavilhão bem formado e firme, desdobra imediatamente
	Cartilagem grossa, orelha rígida
	
	Sulcos plantares
	Sem sulcos
	Marcas
	Sulcos somente no 1/3 terço anterior
	Sulcos nos
 2/3 anteriores
	Sulcos em toda a sola
	
	Genital masculino
	Bolsa escrotal vazia, sem rugas
	
	Testículos descendo, poucas rugas
	Testículos na bolsa, rugas
	Testículos na bolsa, rugas profundas
	
	Genital feminino
	Pequenos lábios, clitóris proeminente
	
	Pequenos e grandes lábios igualmente proeminentes
	Grandes lábios quase cobrindo os pequenos lábios
	Clitóris e pequenos lábios completamente cobertos
	
TOTAL X 2
Escore
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Semanas
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
Descrever os mecanismos de crescimento normal e as formas de avaliação (antropometria).
O melhor método para acompanhar o crescimento infantil é através do registro periódico de peso, da estatura e do IMC da criança na caderneta de saúde da criança. Assim, existem curvas de crescimento infantil, desenvolvidas pela OMS, que representa a maioria dos infantes, mas temos que avaliar de forma individual a realidade de cada região para de fato tal estudo ser validado. Assim, essa caderneta utiliza três critérios antropométricos para a avaliação do crescimento, são eles:
Pontos de corte de peso para a idade para crianças menores que 10 anos:
Pontos de corte de comprimento/altura para crianças menores de 10 anos:
Pontos de corte de IMC para crianças menores de 10 anos:
Entretanto, para determinar o percentil da criança são necessárias as curvas disponibilizadas pela OMS nas cadernetas da criança ou pelo SISVAN. Vejam as curvas e relacione-as com os quadros acima:
Em relação ao Peso:
Em relação estatura:
Em relação ao IMC:
Contudo, temos que ter em mente que o crescimento é influenciado por fatores intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos estão relacionados aos fatores genéticos, sendo os extrínsecos relacionados à alimentação, higiene, saúde, habitação e os cuidados gerais com a criança, que atuam acelerando ou retardando o processo de crescimento infantil. Assim, as avaliações desses dados permitem detectar crianças com maior índice de morbimortalidade através da sinalização precoce de desnutrição ou obesidade. 
O crescimento normal é avaliado desde a vida intrauterina, como avaliando alguns parâmetros que estipulam, por exemplo, que um feto de 2 meses deve representar 50% do corpo. Ou que no RN representa 25% e no adulto 10%. Além disso, deve-se averiguar o fechamento do tubo neural na terceira semana, caso possível administrar acido fólico antes deste período. 
O crescimento linear, que ocorre nas epífises dos ossos longos é de suma importância para o crescimento adequado da criança e adolescente. Dessa forma é importante avaliar a quantidade de desenvolvimento em relação à idade da criança. Para tal tarefa existe um gráfico do crescimento geral, veja:
A velocidade de crescimento no período pós-natal é acelerada até sofre declínio próximo aos 5 anos de idade. A partir desta idade o crescimento fica em torno de 5 a 6 cm por ano, até a fase do estirão que acorre nas meninas por volta dos 11 anos e nos meninos com 13 anos de idade. Nesse período o crescimento dos diferentes sistemas é irregular, conforme mostra o gráfico acima. Observe, também, a taxa de crescimento adequada para a maioria das crianças no gráfico abaixo:
Para obter um crescimento adequado é importante possuir uma boa alimentação, visto que 32% das necessidades calóricas são destinadas a este procedimento. Assim, a dieta deve ter qualidade, quantidade,consistência e frequência adequada para a idade. Crianças de até 6 meses são dependentes exclusivamente do leite materno. 
4.1 - Etapas do crescimento
1ª - Intra-uterina: Embrionária, fetal, precoce e fetal-tardia.
2ª - Primeira infância: Do nascimento aos 2 anos. Crescimento é rápido, mas desacelerado.
3ª - Segunda infância: 2 aos  10 anos , crescimento é constante e lento.
4ª - Adolescência: 10 aos 20 anos, crescimento acelerado até os 15 anos, declinando até os 20 anos
4.2 - Período de crescimento
Período neonatal: De  0 a 28 dias .
Período da infância: 29 dias a 2 anos (Pré-escolar= 2 a 7 anos e Escolar= 7 a 10 anos)
Período da adolescência:
Pré-puberal= 10 a 12-14 anos;
Puberal= 12-14 a 14-16 anos;
Pós-puberal= 14-16 a 18-20 anos
4.3 - Tipos de crescimento
Tipo geral ou somático: Curva em S deitado.
Tipo neural: Crescimento rápido do sistema nervoso, nos dois primeiros anos de vida .
Tipo genital: Latência até o início da puberdade; daí para frente ocorre um crescimento rápido.
Tipo linfóide: Desenvolvimento máximo até 8 a 10 anos, depois ocorre involução.
Reconhecer as fases e os mecanismos que levam ao desenvolvimento neuropsicomotor normal.
O desenvolvimento É um processo contínuo, segue fases, obedece a uma sequência fixa e invariável, direção céfalo-caudal e próximo-distal, procedendo de atividades gerais às específicas. A teoria de Gessell se refere á conduta da criança como sendo todas as reações reflexas, voluntárias, espontâneas ou aprendidas. O teste tem como objetivo determinar se o desenvolvimento está ou não dentro dos limites da normalidade, avaliando conforme 4 condutas básicas:
1 – Motora
2 – Adaptativa
3 – Linguagem
4 – Pessoal-social
A primeira infância é o período de vida que se estende desde o nascimento até os três anos de idade, desenvolvimento de habilidades físico motoras, linguagem, descoberta do próprio corpo e do meio ambiente.
A segunda infância é o período que se estende dos três anos até os seis ou sete anos. Idade pré-escolar, organização e consolidação das atividades adquiridas na primeira infância.
A terceira infância é o período de vida que se estende dos sete aos doze anos. Possui solidamente configurada, toda uma estrutura de comportamento.
Na primeira infância temos um crescimento físico rápido e variado, aparecimento dos movimentos controlados de partes específicas do corpo. Coordenação visual da cabeça; capacidade compreensiva e desenvolvimento da marcha bípede. Fase áurea do desenvolvimento motor.
Na segunda infância temos o crescimento físico mais lento ou menos acelerado. Habilidades adquiridas serão desenvolvidas até se tornarem mais complexas e refinadas. Apresenta grande exuberância motora.  
A terceira infância, o crescimento é menos acelerado; mudança da dentição temporal pela permanente, o amadurecimento de grandes e pequenos músculos possibilita praticar um grande número de atividades altamente coordenadas. Maturidade psicomotriz para leitura e escrita.
Aos nutrientes também se atribui um papel fundamental: do crescimento e desenvolvimento.A criança tem um metabolismo protéico bem ativo, o que contribui para o aumento de suas necessidades energéticas. Quando a criança está passando pelos seus primeiros anos de vida, sua atividade muscular é muito intensa, e suas perdas calóricas são muito acentuadas, estas são proporcionais a maior superfície relativa do corpo. No início da vida infantil, a criança apresenta uma dependência total dos adultos, pois o alimento só terá acesso à criança com pouca idade por meio de ações adultas, nestas ações de “doar” o alimento a criança deve-se ter preocupações com: a qualidade e a quantidade alimentar, e também o modo de administração deste alimento. Se o adulto não tiver tais cuidados com alimentação das crianças dependentes, estas podem ter sua saúde danificada fisicamente (ficando mal-nutrido) e psicologicamente.
Reconhecer a importância do aleitamento materno e como ele deve ser feito e as necessidades alimentares da infância.
O aleitamento materno é importante quanto à questão do vinculo, afeto, proteção e nutrição para a criança, além de ser a maneira mais econômica e eficaz de evitar morbimortalidade futuramente. Assim, este alimento consegue manter as necessidades nutricionais até 6 meses, período que começa a introduzir novos hábitos alimentares. Além disso, a o aleitamento exclusivo deve ser orientado quanto aos seus benefícios e cabe ao médico detectar a cultura familiar em relação a amamentação, sendo que em alguns casos são necessárias intervenções para uma melhor relação mãe/bebê. Cabe lembrar que o leite materno é rico nutricionalmente para o bebê, o que leva ao pleno desenvolvimento neuropsicomotor e imunológico. 
O aleitamento é classificado em aleitamento materno exclusivo: quando a alimentação da criança é exclusiva de leite materno, seja da mãe ou de outra mulher, mas que não seja complementado por nenhum liquido ou alimento sólido. Já o Aleitamento materno predominante: a criança recebe além do leite materno, líquidos. O aleitamento materno: refere-se a qualquer forme de aleitamento materno. O aleitamento materno complementado: além do leite materno há a ingesta de alimentos sólidos ou semissólidos, com a finalidade de complementá-lo. O aleitamento materno misto ou parcial: quando a criança recebe outros tipos de leite.
O MS recomenda o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, e complementado até 2 anos ou mais. Sendo que os casos que iniciam o aleitamento complementar antes dos seis meses estão associados a: maiores episódios de diarreia, maior número de hospitalizações por doenças respiratórias, risco de desnutrição, menor absorção do ferro e zinco presente do leite materno.
O aleitamento materno evita morte infantis, uma vez que estudos comprovaram que ele previne 13% das mortes ocorridas em crianças antes dos 5 anos de vida. Isso porque o risco de infecções, diarreia e problemas respiratórios também diminuem.
Em relação à diarreia, o leite materno previne sua ocorrência. Isso por que a adição de agua a alimentação do bebê aumenta a chance de diarreia e de morte por desidratação. Em relação as infecções respiratórias, o aleitamento materno manter a defesa e a previne como foi comprovado em vários estudos, inclusive em Pelotas que comprovou que o risco de pneumonia em bebês sem alimentação exclusiva era de 61 vezes maior quando comparado com aquele a possuía.
Além dessas vantagens, há a diminuição do risco a alergias a proteína do leite de cava, dermatite atópica e asma; diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes; reduz a chance de obesidade; melhor nutrição; efeito positivo na inteligência; melhor desenvolvimento da cavidade oral, o que leva a disposição dos dente com boa oclusão dentária e promove o vínculo mãe e filho.
Veja a composição do leite e a relação do colostro com a baixa quantidade de lipídeos comparada com o leite maduro. E como eles são mais ricos do que o leite de vaca:
A concentração de gordura no leite aumenta conforme cada mamada, assim o leite final é mais tico e sustenta de forma melhor o bebê, daí a importância de esvaziar bem a mama. Além disso, a principal enzima do leite materno é a lactoalbumina, e a do leite de vaca é caseína, de difícil digestão. Outro ponto é que o leite materno possui IgA, imunoglobulinas importantes que levam proteção ao bebê decorrente da exposição ambiental da mãe, o que o protege contra infecções. Além dessas imunoglobulinas, existem os IgM, IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisozima, e fator bífido. Este irá ativar o crescimento de lactobacilos bifus, que acidifica as vezes e matar microorganismos invasores que provocam a diarreia.
O calor quebra e destroem alguns desses componentes, o que nos leva a concluir que o leite materno pasteurizado não tem a mesma eficácia que o materno. 
Técnica de amamentação
O RN precisa aprender a retirar o leite materno de forma eficiente. Para isso ele deve abrir amplamente a boca, abocanhando boaparte da aréola, formando-se um lacre perfeito para a presença do vácuo, importante para a saída do leite. 
As laterais da língua do bebê se elevam, formando uma concha que se encaixa na mama, promovendo um movimento peristáltico que leva o leite até a faringe e esôfago. A ordenha é realizada pela ponta da língua e comprime levemente o mamilo. Assim, durante a amamentação o bebê respira pelo nariz, estabelecendo sua respiração normal.
O movimento mandibular para cima para trás, para baixo e para frente promove o desenvolvimento harmônico da face. 
A posição correta é a melhor possível para a mãe e bebe, mas recomenda-se que fiquem de barriga com barriga. Entretanto, é necessário que haja tais pontos:
Rosto de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
Corpo do bebe próximo da mãe;
Cabeça e tronco alinhados;
Bebê bem apoiado;
Mais aréola visível acima da boca do bebê;
Boca bem aberta;
Lábio inferior virado para fora;
Queixo tocando a mama;
Bochechas com covas a cada sucção;
Ruídos de língua;
Mama aparentando esticada;
Mamilos com estrias vermelhas ou aréolas esbranquiçadas ou achatadas na solta do bebê;
Dor na amamentação.
Em geral um bebê com aleitamento materno exclusivo mama de 8 a 12 vezes por dia, de forma irregular. A duração da mamada é relativo a relação mãe/bebê, visto que é importante esvaziar a mama decorrente da questão de o período final possível maior caloria.
As fórmulas infantis devem conter gordura, carboidrato, proteínas, minerais, oligoelementos, componentes como nucleotídeos, prebióticos e probióticos. Após os seis meses, pode-se associar o leite materno com essas fórmulas, avaliando também o desenvolvimento neural, como sustentação do tronco e deglutição adequada. Assim a introdução deve acorrer da seguinte maneira:
Até 6 meses leite materno exclusivo;
6 meses completos- papa de frutas e primeira refeição o almoço;
7 a 8 meses, segunda refeição (jantar);
9 a 11 meses passar para a refeição da família gradativamente;
12 meses alimentação da família, incentivar hábitos saudáveis;
As refeições citadas acima devem ser preparadas conforma seguinte tabela:
Todos os alimentos devem ser cozidos, especialmente a carne em agua. Após cozidos amassá-los com garfo e adicionar uma colher de sobremesa de óleo de soja ou azeite. A carne é de 70 a 120g por dia, sendo picada ou desfiada. Não se utiliza sal, mas pode usar cebola, salsinha, olho e cebolinha para temperar. A partir do 6 mês já pode introduzir o ovo inteiro. 
As hortaliças são introduzidas a partir do 7° mês. Não é recomendável a ingesta de beterraba e espinafre todos os dias pois a baixa de ferro interfere na absorção de cálcio. 
Os alimentos com glúten devem ser introduzidos até o 9° mês, por isso a partir do 7° mês oferecer uma vez por semana macarrão. As frutas são oferecidas duas vezes ao dia em forma de papa, entre as refeições. Suco não ultrapassar 100ml. A água é oferecida a partir do 6 mês nos intervalos das refeições. NÃO OFERECER AÇUCAR SIMPLES ATÉ O FINAL DO SEGUNDO ANO!
Os lactantes de até 18 semanas que recebam formula alimentar inferior a 500ml/dia, deve receber vitamina D a 400UI/dia.
A exposição solar deve ser 30 minutos semanais com a criança apenas de frauda, ou 2 horas semanais com a criança exposta apenas o rosto e mãos. 
A suplementação de ferro deve ocorrer a partir do sexto mês de vida até 2 anos de idade.
Reconhecer as consequências dos principais carências alimentares e nutricionais na primeira infância (até cinco anos) e a oferta de alimentos adequados.
Considera-se eutrófica a criança que apresenta estado nutricional normal. Distrofia significa qualquer alteração do estado nutricional normal e compreendem distúrbios da nutrição por carência (anemia, deficiência calórico-protéica) ou por excesso (obesidade).
 
Anemias:
Suspeita-se da presença de anemia quando ao exame físico for constatada presença de palidez cutâneo-mucosa. Poderá ser percebida em: mucosas conjuntivais, labial e intra-oral; ponta dos dedos e orelhas; leitos ungueais, face palmar e a pele como um todo (LEÃO, 1989). Tem como causas 3 mecanismos para o seu aparecimento: hemorragia aguda (interna ou externa), hemólise (defeito congênito ou fator extrínseco à hemácia levando-a a uma destruição precoce) e produção deficiente de hemácias (medula hipoplásica, invadida por células neoplásicas ou disfuncional por causa da carência de ferro, vitamina B12 ou outros fatores) (LEÃO, 1989).
A deficiência de ferro é a causa mais frequente de anemia, principalmente em populações de baixa renda. Estão mais sujeitos à anemia ferroprina, segundo IONEMOTO (1994):
Lactentes sob amamentação mista ou em aleitamento materno estendido por longo tempo sem receber suplementação de ferro;
pré-termos, já que o feto recebe a maior parte do ferro durante os últimos 3 meses de gravidez;
Baixo peso ao nascimento;
gemelaridade;
Perda de sangue fetal durante o parto (placenta prévia, deslocamento prematuro de placenta,...);
Pré-escolares e escolares que tenham uma dieta pobre em ferro;
Parasitismo intestinal (analóstomos, em especial);
Outras perdas gastrintestinais;
Ingestão de leite cru.
O quadro clínico é caracterizado por:
Déficit de crescimento e desenvolvimento;
Alteração da pele e anexos - palidez, glossite, quelite...;
Alterações gastrointestinais - gastrite, acloridria,...;
Distúrbios comportamentais-irritabilidade, desinteresse pelo meio, distração, falta de memória, pica (perversão do apetite, ingerindo gelo, terra...);
Diminuição da capacidade de trabalho e do rendimento físico;
Alterações da imunidade - maior índice de infecções.
Para o tratamento é fundamental uma diversificação da dieta, principalmente com produtos de origem animal e vegetais em geral.
Desnutrição: 
Agravo desencadeado por uma má-nutrição, na qual são ingeridas quantidades insuficientes de alimentos ricos em proteínas e/ou energéticos a ponto de suprir as necessidades do organismo. A desnutrição pode originar-se de forma:
Primária: baixo nível socioeconômico - pobreza, privação nutricional, más condições ambientais levando a infecções e hospitalizações frequentes, baixo nível educacional e cultural, negligência, falta de amamentação, privação afetiva. Neste caso a correção da dieta bastará para que se obtenha a cura.
Secundária: apesar de haver oferta existem outros fatores que impedem a ingestão e absorção dos alimentos - má-absorção estenose do piloro, ou aumentam a sua necessidade - hipertireoidismo. Sua evolução estará na dependência da doença que a ocasionou.
Mista: situação em que os dois mecanismos estão envolvidos.
A desnutrição pode ser classificada por diversos critérios, porém no Estado de São Paulo, utiliza-se percentis (valores que dividem o conjunto ordenado de dados obtidos em 100 partes iguais). Os percentis de corte escolhidos foram 10 e 90. Assim, consideram-se normais valores compreendidos entre os dois.
A gravidade da desnutrição também pode ser classificada segundo critérios de Gomez, em 1º, 2º e 3º graus, conforme a perda de peso apresentada pela criança.
Desnutrição de 1º grau ou leve - o percentil fica situado entre 10 e 25% abaixo do peso médio considerado normal para a idade.
Desnutrição de 2º grau ou moderada - o déficit situa-se entre 25 e 40 %.
Desnutrição de 3º grau ou grave - a perda de peso é igual ou superior a 40%, ou desnutridos que já apresentem edema, independente do peso.
A desnutrição grave pode apresentar-se de três formas: Marasmo, Kwashiorkor e Marasmo-Kwashiorkor.
Marasmo: criança fica com baixa atividade, pequena para a idade, membros delgados devido à atrofia muscular e subcutânea, costelas proeminentes, pele se mostra solta e enrugada na região das nádegas, apresenta infecções constantes, comumente é irritadiça e seu apetite é variável.
Kwashiorkor: déficit importante de estatura, massa muscular consumida, tecido gorduroso subcutâneo preservado, alterações de pele dos membros inferiores, alterações dos cabelos, hepatomegalia, face de lua, anasarca e baixa concentraçãosérica de proteínas e albumina, área perineal frequentemente irritada com dermatites e escoriações devido à diarréias. Apatia exagerada, raramente responde a estímulos e não apresenta apetite.
Marasmo-Kwashiorkor: a origem pode ser de um marasmo que entrou em déficit protéico ou um Kwashiorkor que passou a sofrer déficit energético. Estão presentes: retardo da estatura, do desenvolvimento neuro psicomotor e queda da resistência imunológica.
Por tais problemas citados acima é necessário oferecer uma dieta balanceada na primeira infância, conforme a seguir: 
- De um a três anos (primeira infância) 
Fase crucial para a definição de o futuro alimentar e também para o crescimento das crianças, aqui a quantidade de carboidratos aumenta, assim como a de frutas. Leites e seus derivados e açúcares podem ser introduzidos na alimentação. A quantidade de porções de cada grupo alimentar por dia deve ser:
Carboidratos – 5 
Verduras e legumes – 3 
Frutas – 4 
Leite e derivados – 3 
Carnes e ovos – 2 
Feijões – 1 
Óleos e gorduras – 2 
Açúcares – 1
Relacionar condições socioeconômicas e culturais com o crescimento e desenvolvimento infantil.
O crescimento linear de uma criança depende de fatores genéticos e ambientais. Assim, o crescimento depende de fatores socioeconômicos e culturais e hereditários, estando claro que o individuo que vive em um ambiente favorável terá condições melhores dos genes se expressarem. 
Não se sabe qual fator é mais forte, o hereditário é forte quando dois indivíduos estão submetidos às mesmas condições. Já o ambiental foi comprovado com crianças de raças diferentes, mas com alimentação adequada. 
O fator socioeconômico está diretamente ligado ao mau desenvolvimento e crescimento, pela falta de necessidades alimentares. Isso porque a baixa renda per capita não consegue adquirir saneamento básico, educação, moradia adequada, acesso ao serviço de saúde, bens de consumo, bens alimentares. Portanto, relacionado a cultura e a baixa escolaridade, os cuidados maternos podem ser deficientes em relação ao afeto e higiene, o que acarreta maiores índices de infecção e problemas respiratórios. A baixa renda familiar está correlacionada com a falta de informação que promove uma alimentação deficiente em nutriente e minerais essenciais para manter a homeostase.
 
Reconhecer a importância da puericultura para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil.
A puericultura ganhou força em 1865 com o medico Frances Caron, que coloca está técnica como a arte de elevar higienicamente e fisiologicamente a criança. Isso porque percebeu que existiam doenças e internações evitadas com a maneira correta de amamentação e cuidados maternos e paternos. Assim, determina que é fundamentalmente a pediatria preventiva.
Fica claro, portanto, que a puericultura efetiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático das crianças para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, vacinação, orientações aos pais e/ou cuidadores sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno e orientação alimentar no período do desmame, higiene individual e ambiental, assim como pela identificação precoce dos agravos, com vistas à intervenção efetiva e apropriada. Para isso, demanda a atuação de toda a equipe de saúde e multiprofissional que assiste a criança e sua família por meio da consulta de enfermagem, consulta médica, consulta odontológica, grupos educativos e visitas domiciliares, no contexto da Atenção Básica. Portanto, a avaliação do crescimento físico normal é uma forma importante de conhecer e vigiar o estado geral da saúde de uma criança e o desenvolvimento socioeconômico e de saúde da comunidade onde ela vive. 
Assim, as atividades de recuperação nutricional devem priorizar crianças até dois anos de idade para permitir uma total recuperação e prevenção de problemas de saúde futuros. As causas que afetam o crescimento também podem influenciar o desenvolvimento infantil. A avaliação periódica da saúde da criança permite o acompanhamento do progresso individual, identificando aquelas de maior risco de morbimortalidade, sinalizando o alarme precoce para a desnutrição e a obesidade, causa básica da instalação ou do agravamento da maior parte dos problemas de saúde infantil. Esse monitoramento do crescimento também possibilita o incentivo ao aleitamento materno exclusivo, a orientação adequada da introdução da alimentação complementar, prevenindo problemas comuns durante o primeiro ano de vida.
Reconhecer a aplicação dos programas de vigilância nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN).
O SISVAN corresponde a um sistema de informação que tem como objetivo promover a informação contínua sobre as condições nutricionais da população e os fatores que a influenciam. É uma ferramenta informatizada desenvolvida pelo DATASUS, possibilitando através do Tabnet o acesso a informação nutricional local, coletadas pela equipe de saúde da família e ACS’s. Este sistema está presente em quase todos os municípios.
Nele conseguimos avaliar o estado nutricional em relação a medidas antropométricas, o que nos leva conclusão de desnutrição ou obesidade de tal população em certa área e em certo tempo. Possibilita a compreensão das necessidades da população a ser cuidada pela equipe de saúde da família, favorecendo o desenvolvimento de planos para o controle de possíveis dificuldades. 
Curva ponderoestrutural: A avaliação do desenvolvimento pondero-estatural, ou seja, a curva de crescimento peso x estatura, segundo a OMS, é o método antropométrico que estimula o agrupamento dos diagnósticos individuais e permite avaliá-los em sua situação nutricional de acordo com faixas etárias e compará-los em nível nacional.
Produção de Leite materno:
Os ductos mamários não se dilatam para formar os seis lactíferos, como se acreditava até pouco tempo atrás. O que ocorre é que durante as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a aréola se enchem de leite e se dilatam (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). A mama, na gravidez, é preparada para a amamentação (lactogênese fase I) sob a ação de diferentes hormônios. Os mais importantes são o estrogênio, responsável pela ramificação dos ductos lactíferos, e o progestogênio, pela formação dos lóbulos. Outros hormônios também estão envolvidos na aceleração do crescimento mamário, tais como lactogênio placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica. Na primeira metade da gestação, há crescimento e proliferação dos ductos e formação dos lóbulos. Na segunda metade, a atividade secretora se acelera e os ácinos e alvéolos ficam distendidos com o acúmulo do colostro. A secreção láctea inicia após 16 semanas de gravidez. Com o nascimento da criança e a expulsão da placenta, há uma queda acentuada nos níveis sanguíneos maternos de progestogênio, com consequente liberação de prolactina pela hipófise anterior, iniciando a lactogênese fase II e a secreção do leite. Há também a liberação de ocitocina durante a sucção, hormônio produzido pela hipófise posterior, que tem a capacidade de contrair as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, expulsando o leite neles contido. A produção do leite logo após o nascimento da criança é controlada principalmente por hormônios e a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o terceiro ou quarto dia pós-parto, ocorre mesmo se a criança não sugar o seio. Após a “descida do leite”, inicia-se a fase III da lactogênese, também denominada galactopoiese. Essa fase, que se mantém por toda a lactação, depende principalmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Nos primeiros dias após o parto, a secreção de leite é pequena, e vai aumentando gradativamente: cerca de 40-50 mL no primeiro dia, 300-400 mL no terceiro dia, 500-800 mL no quinto dia, em média (CASEY, 1986). Veja abaixo a composição do leite materno:

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