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Prescrição Farmacêutica Dor, Cefaleia e Febre CRF-SP

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Prescrição 
Farmacêutica
Febre, dor e cefaleia
Objetivos deste módulo
• Resumidamente, apresentar os fundamentos legais para
a Prescrição Farmacêutica
• Apresentar as enfermidades que não necessitam de
diagnóstico prévio e portanto, podem ser
acompanhadas com a prescrição farmacêutica, e neste
módulo vamos abordar:
• Febre
• Dor
• Cefaleia
2
FUNDAMENTOS LEGAIS...
Prescrição Farmacêutica
3
Resolução CFF 586/2013
4
Prescrição Farmacêutica
Ato pelo qual o farmacêutico seleciona e
documenta terapias farmacológicas, não
farmacológicas e outras intervenções relativas ao
cuidado a saúde do paciente, visando a promoção,
proteção e recuperação da saúde, e a prevenção
de doenças e de outros problemas de saúde.
5
O Farmacêutico
Membro da equipe de 
saúde mais acessível
Responsável
pela dispensação 
de 
medicamentos
Corresponsável 
pela terapia do 
paciente e pela 
promoção do uso 
racional dos 
medicamentos
Último profissional a entrar 
em contato com o paciente 
antes do início do 
tratamento medicamentoso
6
Fonte: Adaptado de: OPAS, 2002
conhecimentos
atitudes
habilidades
Para uma atuação clínica, é essencial que o 
farmacêutico possua
que lhe permitam integrar-se à equipe de saúde 
e interagir com mais qualidade com o paciente e 
a comunidade.
7
Conhecimento técnico e jurídico → atualização 
permanente
Ações embasadas nos preceitos éticos e legais da 
profissão
Autonomia técnica
Visão humanista→ foco no coletivo
Visão política
Além disso, a atuação clínica exige do 
farmacêutico:
8
Tem celular ligado?!?!
Coloque no modo SILENCIOSO! Ou...
9
Prescrição Farmacêutica
 Terapias não farmacológicas: 
• Orientação farmacêutica a fim de contribuir para 
o tratamento e qualidade de vida do paciente.
Hábitos alimentaresEstilo de vida
10
Medicamentos industrializados e preparações magistrais
Plantas medicinais/drogas vegetais
Alimentos
Cosméticos
Outras categorias de medicamentos que venham a ser 
aprovadas pelo órgão sanitário federal 
Prescrição Farmacêutica
MIPs
11
 Fundamentada em conhecimentos e habilidades
clínicas que abranjam:
• Boas práticas de prescrição;
• Fisiopatologia;
• Semiologia;
• Comunicação interpessoal;
• Farmacologia clínica e terapêutica.
Prescrição Farmacêutica
MIPs
12
Valorização da profissão pela sociedade – maior 
visibilidade pela população
Maior proximidade com o paciente
Consciência da responsabilidade pela saúde da 
sociedade 
Consolidação das atividades clínicas do farmacêutico
Aspectos positivos
Retomada da 
essência do 
farmacêutico
13
Fonte: Resol. CFF 586/13 
Prescrição Farmacêutica
O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer
em diferentes estabelecimentos farmacêuticos,
consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde,
desde que respeitado o princípio da
confidencialidade e a privacidade do paciente no
atendimento.
O ato da prescrição farmacêutica constitui
prerrogativa do farmacêutico legalmente
habilitado e registrado no CRF de sua jurisdição.
14
15
Uso indiscriminado de medicamentos
Agentes 1999 2008
Medicamentos 19.882 26.384
Agrotóxicos/Uso Agrícola 4.674 4.074
Agrotóxicos/Uso Doméstico 2.635 2.820
Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agentes Tóxicos:
16
Fonte: Seminário Nacional contra o uso de Agrotóxicos- Escola Florestan Fernandes Guararema –SP-2010
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas – SINITOX – Autoria: Rosany Bachner
Uso indiscriminado de medicamentos
Agentes 1999 2008
Agrotóxicos/Uso Agrícola 154 144
Medicamentos 50 87
Agrotóxicos/Uso Doméstico 16 6
Óbitos Registrados de Intoxicação Humana por Agentes Tóxicos:
17
Fonte: Seminário Nacional contra o uso de Agrotóxicos- Escola Florestan Fernandes Guararema –SP-2010
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas – SINITOX – Autoria: Rosany Bachner
MÓDULO FEBRE
Prescrição Farmacêutica
Febre – considerações gerais
• Aumento da temperatura acima do normal entre 36ºC e
37,4ºC, faixa que compreende 95% da população sadia.
• Não é uma doença e sim um mecanismo de defesa.
• Em crianças com menos de 3 anos, a febre tem maior
probabilidade de ser causada por uma doença grave do
que em crianças acima desta idade.
• É uma das causas que mais motivam o atendimento
pediátrico, sendo a queixa mais comum em unidade de
emergência.
19
O controle da temperatura corporal
Centro termorregulador, localizado no hipotálamo, 
regula a temperatura corporal. “Termostato”
Equilíbrio entre perda 
e produção de calor
20
Hipertermia
• É o resultado da falha dos mecanismos
termorreguladores em manter a eutermia.
• A hipertermia é causada por fatores externos, tais como
altas temperaturas e sobreaquecimento por excesso de
agasalho.
• Condições nas quais a temperatura central se eleva,
apesar das tentativas do organismo em manter um
estado de eutermia devem ser descritas como
hipertermia e não como febre.
21
Hipotálamo
Ponto de ajuste
37°C
Aumentar temperatura 
corporal
Diminuir temperatura 
corporal
•Vasocontrição – desvio do 
sangue para interior – diminui 
perda de calor
•Piloereção
•Vasodilatação - aproxima pele do 
vaso – aumenta perda de calor
•Sudorese
•Respiração ofegante
Brunton et al., 2005
https://lookfordiagnosis.com
www.portaleducacao.com.br
22
Ação antipirética – inibição PGs hipotálamo;
Com ↑ PGE, há elevação do ponto de ajuste do 
termostato hipotalâmico
37°C
39°C
1) Produtos bacterianos 
(endotoxinas) - infecções
Macrófagos
IL-1
AA
Estimula 
↑PGE
COX
Brunton et al., 2005
2) Lesão tecidual
Estimula 
↑PGE
Causas da febre
23
Como a febre aparece
Pirogênio
Monócitos e 
macrófagos
Pirogênio endógeno: 
IL, TNF e interferon
Resposta de fase 
aguda
MAIOR produção de calor
MAIOR conservação de 
calor
Aumento do “set point”
Aumento da PGE2
Centro termorregulador 
do HIPOTÁLAMO
FEBRE
Fonte: ATTA, 2002
Fonte: www.ama-assn.org/internal
Pirógenos 
endógenos
PGE2
IL-1 TNFIL-6
FEBRE
Expr. 
Citocinas
24
25
Sinais e sintomas – o que são?
• Sinais: são alterações percebidas ou medidas por outra
pessoa, normalmente um profissional de saúde.
• Por ex.: medida da PA, achados no exame físico,
resultados dos exames laboratoriais, etc.
• Sintomas: são alterações do metabolismo ou das
sensações percebidas pelo próprio paciente, podendo
ou não consistir-se em um indício de doença.
• Por ex.: dor, bradi ou taquicardia, azia, enjoo, cansaço,
distúrbio do sono, etc.
Semiologia associada à Febre
Fonte: Adaptado de Goic, 1999
Sinais
Facies febril
Calor
Sudorese
Oligúria
Colúria
Saburra
Hipotensão
Taquipneia
Sintomas
Calafrios
Cefaleia
Calor
Boca seca
Mal estar
Sede
Anorexia
Polialgias
Portanto, uma tomada de temperatura fora da faixa não 
deve ser chamada de febre sem anamnese!!!
26
Etiologia da febre
• A febre tem etiologia variada e, de modo geral, são
classificadas, em:
• Infecciosa - mais comum
• Neoplásica
• Inflamatória - incluindo reumática, não reumática e
relacionada com drogas
• A causa de uma febre aguda (duração de até 4 dias) em
adultos tem alta probabilidade de ser infecciosa.
27
Etiologia da febre
• Quando pacientes apresentam febre devido a uma
causa não infecciosa, a febre é geralmente crônica ou
recorrente.
• Um evento febril agudo isolado em pacientes com
doença inflamatória ou neoplásica também tem alta
probabilidade de ser infeccioso.
• Em indivíduos saudáveis, um evento febril agudo tembaixa probabilidade de ser uma manifestação inicial de
uma doença crônica.
28
Semiologia associada à febre
Farmacológica
• Alopurinol
• Barbitúricos 
• Cefalosporinas
• Cloranfenicol
• Eritromicina
• Fenitoína
• Griseofulvina
• Haloperidol
• Hemoderivados
• Heparina
• Hidralazina
• Hidroxiureia
• Iodo 
• Isoniazida
• Metildopa 
• Nitrofurantoína
• Penicilinas 
• Pirazinamidas
• Procainamida
• Propiltiouracil
• Sulfonamidas
• Tetraciclinas 
• Trimetropima
29
30
Febre
• Febre como defesa
Processo evolutivo  Papel na destruição de bactérias
incapazes de sobreviver em um meio ambiente mais quente.
• Febre como malefício
•  do consumo de O2 leva a:
• Insuficiência cardíaca em pacientes com DC
• Confusão mental em pacientes idosos
• Indução de crises convulsivas em crianças e pacientes com
doenças neurológicas, alterações fetais durante a gravidez, mal-
estar físico e delírio.
Fonte: Adaptado de FEVERISH ILLNESS IN CHILDREN – Clinical Guideline
2007. National Institute of Clinical Excellence (NICE)
Caracterização da febre
Baixo Risco Médio Risco Alto Risco
Cor Pele, lábios e 
língua normais
Palidez Relativa
(referida por 
parentes)
Palidez, 
cinzento, 
cianótico
31
Fonte: Adaptado de FEVERISH ILLNESS IN CHILDREN – Clinical
Guideline 2007. National Institute of Clinical Excellence (NICE)
Caracterização da febre
Baixo Risco Médio Risco Alto Risco
Reações •Resposta 
interação 
social normal;
•Sorri quando 
estimulado;
•Fica e 
permanece 
em pé;
•Choro normal 
ou ausente
•Resposta 
interação social 
diminuída;
•Reage apenas 
insistência;
•Não sorri
•Resposta interação
social ausente;
•Sonolento não 
permanece acordado;
•Fraqueza não se 
sustenta;
•Choro intenso -
entrecortado
32
Fonte: Adaptado de FEVERISH ILLNESS IN CHILDREN – Clinical
Guideline 2007. National Institute of Clinical Excellence (NICE)
Caracterização da febre
Baixo
Risco
Médio Risco Alto Risco
Padrão
Respiratório
•Batimento de 
asa;
•Taquipneia;
•6 a 12 meses FR 
> 50 rpm;
•> 12 meses FR > 
40 rpm
•Grunhidos;
•Taquipneia;
•FR > 60rpm;
•Afundamento 
subcostal, 
fúrcula 
33
Fonte: Adaptado de FEVERISH ILLNESS IN CHILDREN – Clinical
Guideline 2007. National Institute of Clinical Excellence (NICE)
Caracterização da febre
Baixo
Risco
Médio Risco Alto Risco
Hidratação •Mucosas secas;
• Ingestão líquido 
diminuída; 
•Oligúria;
•Tempo retração 
cutânea > 3 s
•Flacidez cutânea
34
Fonte: Adaptado de FEVERISH ILLNESS IN CHILDREN – Clinical
Guideline 2007. National Institute of Clinical Excellence (NICE)
Caracterização da febre
Baixo
Risco
Médio Risco Alto Risco
Outras •Febre > 5 dias;
•Edema 
(qualquer 
membro ou 
junta);
•Baixo peso;
•Nódulos > 2 cm
•0-3 meses e T°C > 38;
•3-6 meses e T°C > 39;
•Fontanela afundada;
•Sinais meníngeos 
(nuca);
•Sinais neuropatias;
•Vômito com bile
35
Febre - tratamento não medicamentoso
• Uso de compressas e medidas para diminuição da
temperatura corpórea.
• Ingestão de líquidos a fim de
prevenir desidratação.
• Algumas medidas não medicamentosas são sinérgicas
com os medicamentos em relação à eficácia
antitérmica, especialmente durante a latência do
fármaco.
36
Pausa para...
37
Gripe X Resfriado
38
Gripe Resfriado
Ambos são doenças infecciosas
Causa Vírus Influenza 
Rhinovírus, 
principalmente
Sintomas
Surgem de forma 
repentina, tosse 
seca, febre >38°C 
e podem evoluir 
para pneumonia e 
levara até ao óbito
Surgem lenta e 
gradativamente, 
espirros, coriza e 
febre até 38°C
Extraído de texto assessoria de imprensa do Instituto de infectologia Emílio Ribas
Gripe X Resfriado
39
Gripe Resfriado
Tratamento
Recomendável 
ir ao médico
Tratar em casa com repouso,
hidratação, alimentação saudável, 
antitérmicos e analgésicos 
(quando necessário)
Prevenção
Lavar bem as mãos com água e sabão, uso de álcool 
gel para higienização, manter ambientes ventilados 
e evitar o contato com indivíduos gripados ou 
resfriados. No caso da gripe há vacina disponível na 
rede pública aos grupos considerados mais 
vulneráveis, como gestantes, idosos e crianças 
menores de cinco anos de idade
Extraído de texto assessoria de imprensa do Instituto de infectologia Emílio Ribas
Gripe X Resfriado
1. Possui febre, qual é a temperatura?
R: Pode estar relacionado tanto à gripe quanto ao 
resfriado, mas a diferença fica por conta da intensidade. 
Resfriados causam febres de, no máximo, 38°C, 
enquanto temperaturas acima de 38°C são 
considerados sintomas de gripes;
2. Como começou?
R: O resfriado se instala lenta e gradativa, enquanto a 
gripe sempre ocorre de forma repentina e rápida;
Cinco perguntas básicas para identificar se o paciente 
possui gripe ou resfriado
40Extraído de texto assessoria de imprensa do Instituto de infectologia Emílio Ribas
Gripe X Resfriado
3. Possui tosse?
R: É sintoma marcante da gripe, especialmente a tosse seca. Se for o 
caso, fique alerta! Resfriados não causam tosse ou apresentam 
o sintoma apenas na reta final da doença;
4. Possui espirro?
R: O espirro, a coriza e o nariz vermelho, são características do 
resfriado e não da gripe. Quadros de gripe quase não 
apresentam irritação relacionada às narinas;
5. Há quanto tempo o paciente está com relatando esses 
sintomas?
R: Resfriados duram em média de três a quatro dias. Gripes duram 
em média sete dias.
Cinco perguntas... (continuação)
41Extraído de texto assessoria de imprensa do Instituto de infectologia Emílio Ribas
Gripe X Resfriado
• Em princípio o tratamento é sintomático (analgésicos e 
antitérmicos) para ambos os casos, no entanto se a 
gripe for constatada e a febre persistir por mais de três 
dias, o médico deve ser procurado.
• Medicamentos que contêm AAS devem ser evitados, 
especialmente pelas crianças.
• Hidratação oral ajuda umedecer as secreções a fim de 
que sejam mais facilmente expelidas.
Tratamento
42Extraído de texto assessoria de imprensa do Instituto de infectologia Emílio Ribas
MÓDULO DOR
Prescrição Farmacêutica
A dor é subjetiva... 
Há necessidade de caminhos 
para identificá-la, descrevê-la 
e propor tratamento. 
Odor Paladar
44
DOR – definição
• 1986 - International Association for the Study of Pain
(IASP) a definiu como uma desagradável experiência
sensorial e emocional associada a um dano atual ou
potencial do tecido - dor nociceptiva.
• 1996 - American Pain Society (APS) a introduziu como o
5º sinal vital...
• Lembre-se dos outros quatro sinais vitais: temperatura
(ºC), pulso, pressão arterial (PA) e frequência
respiratória.
45
DOR – características
• Dor é um fenômeno multidimensional que
envolve aspectos fisiológicos, sensoriais,
afetivos, cognitivos, comportamentais e
socioculturais.
• Experiência com grande variedade de domínios e
sua mensuração se torna ampla e complexa,
pois entre os indivíduos, há considerável
variação na tolerância à dor.
46Sousa & Silva, 2005; Ciena et al., 2008
Dor e Saúde Pública
A dor é uma das 
queixas mais comuns 
dos pacientes que 
procuram tanto o 
atendimento de 
urgência, quanto o 
tratamento 
ambulatorial.
47
Fisiopatologia da dor
Estímulo nocivo Lesão Tecidual 
Liberação e/ou Formação de mediadores químicos 
(mediadores inflamatórios)
Sensibilização ou ativação das 
terminações nervosas livres Dor
48
Fisiopatologia da dor
• A dor aguda geralmente ocorre em resposta à
lesão tecidual, resultado da ativação de
receptores periféricos de dor (nociceptores) e
suas fibras nervosassensoriais específicas.
49http://www.univadis.com.br/merck-manual-pro/Trastornos-neurologicos/Pain/Overview-of-Pain#t-v1032669_pt
Fisiopatologia da dor
• A dor crônica é causada provavelmente pela
ativação persistente das fibras nervosas
sensoriais específicas. A dor crônica também
pode resultar de dor neuropática, causada por
lesão ou disfunção do sistema nervoso central
ou periférico, em vez de estimulação de
receptores de dor.
50http://www.univadis.com.br/merck-manual-pro/Trastornos-neurologicos/Pain/Overview-of-Pain#t-v1032669_pt
Exemplo: trauma mecânico
Estímulo nocivo: 
acidente, cirurgia, 
infecção, etc.
Lesão e reação 
tecidual
Liberação de 
mediadores químicos 
(inflamatórios)
Sensibilização ou ativação
das terminações nervosas 
livres
DOR
51
Dor – sinais e sintomas
• Além da dor, propriamente dita, os pacientes podem
apresentar:
• Alguns sintomas da dor crônica: cansaço, distúrbio
de sono, diminuição do apetite, perda do paladar,
perda de peso, diminuição da libido, constipação
intestinal, depressão;
• E aqueles sem causa evidente, têm história de
tratamentos que falharam, uso de várias drogas (às
vezes envolvendo abuso ou vício) e uso inadequado
de assistência médica.
52http://www.univadis.com.br/merck-manual-pro/Trastornos-neurologicos/Pain/Chronic-Pain#t-v1033737_pt
http://www.dor.org.br/profissionais/s_campanhas_mulher.asp
Dor – características
• Em algum momento na vida, 15 a 25% de
adultos sofrerão de dor crônica e acima de 65
anos, este percentual aumenta para 50%.
53
54
Dor – características
• Mulheres têm depressão mais comumente que homens, o que
está relacionado à dor e pode ser um fator de risco adicional no
sexo feminino.
• Durante a gestação, aproximadamente 45% das mulheres
experimentam dor lombar baixa e pélvica, que pode ocorrer no
pós-parto em 25% dos casos.
http://www.dor.org.br/profissionais/s_campanhas_mulher.asp
Dor
Diferenças relacionadas ao gênero
• Geralmente, as mulheres informam experimentar uma
dor mais recorrente, intensa e duradoura do que os
homens.
• Possuem > limiares de dor e > tolerância à dor diante da
presença de diversos estímulos de dor em comparação
com os homens;
• ....mulheres suportam mais os efeitos quando está em
uma fase de altos índices hormonais..... hormônios
femininos acabam por reduzir a dor.
55http://www.dor.org.br/profissionais/s_campanhas_mulher.asp
Diferenças relacionadas ao gênero
• Maior prevalência em mulheres: fibromialgia,
síndrome do intestino irritável, transtorno
temporomandibular, artrite reumatoide e
osteoartrite, lesões por esforço repetitivo e
enxaqueca com aura.
56
No que diz respeito aos mecanismos de 
inflamação
http://www.dor.org.br/profissionais/s_campanhas_mulher.asp
Diferenças relacionadas ao gênero
• Maior prevalência em homens: cefaleia em
salvas (unilateral), doença cardíaca coronária,
gota, espôndilo-artrite anquilosante
(inflamatória, crônica e autoimune), úlcera
duodenal e doença pancreática.
57
No que diz respeito aos mecanismos de 
inflamação
http://www.dor.org.br/profissionais/s_campanhas_mulher.asp
Dor - parâmetros a serem avaliados
• Utilizados pelos profissionais da saúde pois
permitem o acesso aos componentes
motivacional-afetivo; sensório-discriminativo e
cognitivo-avaliativo.
58
Descrições verbais ou escritas da dor
Lopes et al., 2006
Medidas da intensidade da dor 
(unidimensionais)
• Neste instrumento os pacientes avaliam a sua
dor em uma escala de 0 a 10 com 0
representando “ausência da dor" e 10 indicando
“dor máxima".
59
Escala de Estimativa Numérica
(Numeric Rating Scale – NRS)
Leal et al., 2007
Medidas da intensidade da dor
60
Medidas da intensidade da dor
• Nestes tipos de escala os pacientes estimam a
intensidade da dor utilizando descritores verbais ou
visuais.
• Escala Facial de Dor (Face Pain Scale - FPS) para adultos
e crianças.
61
Escalas de Categorias Verbais ou Visuais
(Verbal - Visual Rating Scale - VRS) 
Viana et al., 2004
Medidas da intensidade da dor
62
Escala de Faces de Wong Baker para crianças
Escala verbal
Escala Verbal:
0 – Sem Dor
1 – Dor Ligeira
2 – Dor Moderada
3 – Dor Intensa
4 – Dor Máxima
O paciente quantifica a experiência dolorosa usando frases
que representam diferentes intensidades subjetivas de dor.
63
Gomes et al., 2006 64
Pausa para...
Alimentação saudável...
Mantenha a saúde
65
66
TENDINITE e BURSITE
• Tendinite é a inflamação ou irritação de um tendão.
• Bursite é a inflamação ou irritação de uma bolsa sinovial
(bursa). É um pequeno saco localizado entre o osso e
outras estruturas móveis, como músculos, pele, ou
tendões.
• Causa: trauma local ou "overuse" (excesso) durante
trabalho ou jogo. Ocasionalmente uma infecção dentro
da bursa ou ao redor do tendão será responsável pela
inflamação.
67
TENDINITE e BURSITE
• Sintomas semelhantes: dor e rigidez, agravadas por
movimento, dor principalmente noturna, inchaço local.
Ombros, cotovelos, punhos, dedos, quadris, joelhos,
tornozelos e pés, são os mais frequentes.
• Diagnóstico realizado pelo médico: História médica
cuidadosa e principalmente um exame físico bem feito.
Radiografias podem ser úteis para excluir
anormalidades ósseas.
TENDINITE E BURSITE
68
TENDINITE e BURSITE
• Repouso em casos de "overuse" ou trauma; e 
posicionamento correto durante atividades 
traumatizantes.
• Aquecimento prévio antes da atividade física e cuidar 
da postura é fundamental. 
• Utilizar anti-inflamatórios MIPs que vão atuar no alívio 
dos sintomas e no controle do processo inflamatório –
cetoprofeno, ibuprofeno e naproxeno. 
Tratamento com MIPs
•69
Algoritmo de avaliação do paciente com lesão 
muscular, ligamentar ou tendínea parte 1/4
70
Encaminhar ao 
médico
Recomendar 
proteção, repouso, 
gelo, compressão e 
elevação
SIM
NÃO
SIM
1) O paciente tem menos 
de 2 anos de idade?
2) A lesão ocorreu dentro 
das últimas 24 ou 48 
horas?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
71
Encaminhar ao 
médico
Recomendar 
dispositivo 
apropriado. 
Cuidado com o 
uso concomitante 
de analgésicos 
tópicos
SIM
NÃO
SIM
3) Já se passaram mais de 
7 dias da ocorrência da 
lesão?
4) O paciente deseja usar 
termoterapia?
Continua...
NÃO
Algoritmo de avaliação do paciente com lesão 
muscular, ligamentar ou tendínea parte 2/4
Fonte: Finkel, 2007
72
Recomendar o 
uso de analgésicos 
de uso interno, 
exceto se 
contraindicado
Evitar recomendar 
produtos que 
contenham 
salicilato de metila
NÃO
SIM
SIM
5) O paciente deseja usar 
analgésicos tópicos?
6) O paciente é alérgico à 
salicilatos ou usa 
medicamento que 
poderiam interagir com 
este composto?
Continua...
NÃO
Algoritmo de avaliação do paciente com lesão 
muscular, ligamentar ou tendínea parte 3/4
Fonte: Finkel, 2007
• Recomendar qualquer produto que contenha
concentrações adequadas de substâncias revulsivantes
seguras e efetivas, exceto se contraindicado :
• Associação de paracetamol 500 mg e cafeina 65 mg
• Cetoprofeno
• Dipirona
• Ibuprofeno
• Naproxeno
73
Recomendar por meio de uma Prescrição!
Algoritmo de avaliação do paciente com lesão 
muscular, ligamentar ou tendínea parte 4/4 - Final
Adaptado Finkel, 2007
Lombalgia
• São dores da coluna vertebral na região lombossacra, que
muitas vezes apresentam irradiação para os membros
inferiores. Também conhecida como dor ciática.
• Sua causa mais frequente é a hérnia dedisco intervertebral
na região lombossacra.
• Como dor lombar, pode estar relacionada a causas
traumática, tumoral, degenerativa, etc. Neste caso,
encaminhar ao médico para diagnóstico diferencial.
• Atinge de 65% e 80% da população mundial em alguma fase
de vida.
74
75
Lombalgia – Quadro clínico
• Inicia como um desconforto que começa na parte
inferior das costas e se espalha pelas nádegas, pernas,
tornozelos e, ocasionalmente, para o pé.
• Às vezes, começa gradualmente, piora durante a noite e
é agravada pelos movimentos.
• O desconforto inicial evolui com dor acompanhada de
entorpecimento, pontada ou queimação
76
LOMBALGIA – Quadro clínico
• A dor ciática também pode causar formigamento,
parestesias (baixa sensibilidade) ou fraqueza nos
músculos da perna afetada.
• Utilizar anti-inflamatórios MIPs que vão atuar no
alívio dos sintomas e no controle do processo
inflamatório – cetoprofeno, ibuprofeno e
naproxeno.
• “Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser
procurado”
77
Cervicobraquialgias
• Sãos as dores cervicais localizadas ou irradiadas para os
membros superiores e têm como causa principal as
discopatias.
• O termo discopatia abrange tanto as hérnias discais
puras como as degenerações com os osteófitos (bico de
papagaio).
• Também podem surgir decorrentes de distensão
muscular.
78
Cervicobraquialgias
• A osteofitose (bico de papagaio) aparece decorrente da
protrusão progressiva do anel fibroso do disco
intervertebral, dando origem à formação de osteófitos
cujos efeitos são agravados pela desidratação gradual
do disco intervertebral, causando a aproximação das
vértebras, comprimindo a raiz nervosa e causando
dores.
Lombalgia e Cervicobraquialgias
• O diagnóstico da cervicobraquialgia, assim como da
lombalgia, é por imagem. Radiografia simples em
ambos os casos e ainda mais a tomografia
computadorizada para lombalgia, enquanto ressonância
magnética região cervical.
Diagnóstico: Sempre realizado pelo médico
79
Lombalgia e Cervicobraquialgias
• As hérnias podem ser tratadas por dois meios,
conservador e cirúrgico.
• O tratamento conservador consiste em repouso,
fisioterapia e medicamentoso:
• No caso de MIPs:
• analgésicos, AINEs e miorrelaxantes (carisoprodol,
orfenadrina).
Tratamento 
80
Lombalgia e cervicobraquialgia
81
Algoritmo de avaliação do paciente Lombalgia 
parte 1/6
82
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
1) Já se passaram mais de 
10 dias desde que a 
lombalgia começou?
2) O paciente tem mais 
de 20 anos ou menos de 
55 anos de idade?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
83
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
3) O paciente apresenta 
formigamento, adormecimento, 
fraqueza (em algumas parte do 
corpo, incontinência intestinal ou 
de bexiga, anormalidade ao 
caminhar, febre ou sensação de 
frio (calafrios)
4) O paciente tem dor na 
região lombar inferior ou 
quadril que se irradia para a 
parte posterior das pernas
Continua...
NÃO
Algoritmo de avaliação do paciente Lombalgia 
parte 2/6
Fonte: Finkel, 2007
84
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
5) O paciente tem história 
recente de trauma ou dor 
persistente e progressiva 
que não é aliviada por 
terapias padronizadas?
6) O paciente apresenta 
perda de peso, doença 
sistêmica, história de 
câncer, doenças crônicas, 
uretrite ou sensação de 
queimação ao urinar
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente Lombalgia 
parte 3/6
85
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
7) A dor piora à noite ou 
quando o paciente se 
inclina para baixo?
8) O paciente usa drogas 
intravenosas ou ingere 
frequentemente álcool?
Continua...
NÃO
Algoritmo de avaliação do paciente Lombalgia 
parte 4/6
Fonte: Finkel, 2007
86
Encaminhar ao 
médico
Agentes revulsivantes 
são contraindicados, 
mas analgésico de uso 
interno podem ser 
usados por um por 
período de 10 dias do 
início da dor, exceto se 
isso for contraindicado
SIM
NÃO
SIM
9) O paciente é 
imunossuprimido?
10) Já se passaram mais 
de 7 dias desde que a 
lombalgia começou?
Continua...
NÃO
Algoritmo de avaliação do paciente Lombalgia 
parte 5/6
Fonte: Finkel, 2007
• Ácido acetilsalicílico
• Cetoprofeno
• Dipirona
• Ibuprofeno
• Naproxeno (base ou sódico)
• Paracetamol
87
Recomendar por meio de uma Prescrição!
Algoritmo de avaliação do paciente Lombalgia 
parte 6/6 - Final
Adaptado Finkel, 2007
MÓDULO CEFALEIA
Prescrição Farmacêutica
http://iwritemedical.com/not-again-another-headache/
Cefaleia
Cefaleia é o nome técnico para dor de cabeça e 
enxaqueca, também chamada de migrânea, é uma dos 
mais de 150 tipos reconhecidos pela Sociedade 
Internacional de Cefaleia.
89
Imagem:http://newsinhealth.nih.gov/2008/June/docs/01features_02.htm
Cefaleia – Epidemiologia
• Nos EUA, a prevalência é de 18% em mulheres e 6% em
homens.
• Surge em geral durante a puberdade ou no início da
idade adulta, oscila em frequência e gravidade nos anos
subsequentes.
• Diminui após os 50 anos de idade.
• Estudos apontam para história familiar.
http://www.univadis.com.br/merck-manual-pro/Disturbios-neurologicos/Cefaleia/Migranea#t-v1040351_pt 90
Cefaleias
• Sinônimo de dor de cabeça, esse termo engloba todas
as dores de cabeça existentes:
• ENXAQUECA OU MIGRÂNEA;
• CEFALEIA OU DOR DE CABEÇA TENSIONAL;
• DOR DE CABEÇA DA COLUNA OU CERVICOGÊNICA;
• CEFALEIA EM PONTADA;
• CEFALEIA SECUNDÁRIA OU SINUSITE, entre outras, 
são tipos de grupos de cefaleias ou dores de cabeça 
(SBC, 2009)
91
Classificação cefaleias
International Headache Society
1. Enxaqueca ou migrânea
2. Cefaleia tipo tensão (tensional)
3. Cefaleia em salvas (períodos sem cefaleias): episódios 
de 1h, dor bilateral, no mesmo lado da dor ocorre 
inchaço abaixo dos olhos, coriza, lacrimejamento)
4. Cefaleias diversas não associadas a lesões estruturais
CEFALEIAS PRIMÁRIAS
(Prado, 2001) 92
Classificação cefaleias
International Headache Society
5. Cefaleia associada a trauma crânio
6. Cefaleia associada a doenças vasculares
7. Cefaleia associada a outros distúrbios intracranianos
não vasculares
8. Cefaleia associada a substâncias ou a sua retirada
9. Cefaleia associada a infecção não encefálica
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS OU SINTOMÁTICAS
(Prado, 2001) 93
Classificação cefaleias
International Headache Society
10. Cefaleia associada a distúrbio metabólico
11. Cefaleia ou dor facial associada a distúrbios de crânio,
pescoço, olhos, orelhas, seios paranasais, dentes ou
outras estruturas faciais ou cranianas
12. Neuralgias cranianas, dor de tronco nervoso
13. Cefaleia não classificável
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS OU SINTOMÁTICAS
(Prado, 2001) 94
Fatores desencadeantes
• Estresse,
• Sono prolongado,
• Jejum
• Traumas cranianos,
• Ingestão de certos 
alimentos (chocolate, 
laranja, comidas 
gordurosas e lácteas),
• Privação cafeína,
• Uso vasodilatadores,
• Exposição a ruídos altos, 
odores fortes e 
temperaturas elevadas,
• Mudanças súbitas de 
pressão atmosférica (ex: 
voos), 
• Alterações climáticas, 
• Exercícios intensos, 
• Queda dos níveis 
hormonais que ocorre 
antes da menstruação
95
Enxaquecas (Migrânea)
• É a cefaleia recorrente de intensidade moderada a
grave, associada a sintomas gastrintestinais,
neurológicos e autônomos (Wells, 2006)
• Costuma ser acompanhada de náuseas, vômitos,
sensibilidadeluz (fotofobia) e sensibilidade a sons
(fonofobia). Mãos e pés podem ficar frios e suados e os
odores não-usuais ficam intoleráveis (osmofobia)
(CEEZAR, 2009).
• As crises duram de 4 a 72 h se não tratadas.
• Há alterações de humor, perda de apetite e escotomas
cintilantes (pontos cegos e de luminosidade).
96
Tipos de enxaqueca
• Enxaqueca com aura (fenômeno neurológico):
alterações visão ou perda da visão temporária;
auras não visuais incluem fraqueza motora,
alterações na fala, tonturas, vertigens,
parestesias (dormência) da face, língua e
extremidades
97
Tipos de enxaqueca
• Enxaqueca sem aura: mais comum e pode ser
unilateral ou bilateral. Cansaço ou alterações do
humor podem ser sentidos um dia antes do
início da cefaleia
• Enxaqueca basilar: sintomas de disfunção no
tronco cerebral, como vertigens, visão dupla, fala
enrolada e falta de coordenação motora. Ocorre
mais em jovens.
98
Tipos de enxaqueca
• Aura enxaquecosa sem cefaleia: alterações aurais sem
dor de cabeça. Ocorre com maior frequência em idosos
que tiveram enxaqueca com aura no passado.
• Enxaqueca oftalmoplégica: inicia com dores nos olhos e
vômitos. A medida que a dor aumenta ocorre ptose
(queda da pálpebra) e paralisia dos movimentos
oculares; isso pode persistir por dias ou semanas.
99
http://healthystuffu.com/
Tipos de enxaqueca
• Estado enxaquecoso: complicação em que a
cefaleia intensa persiste sem melhora por 72h ou
mais. Pode necessitar de hospitalização
100
Tratamento
• Triptanos (sumatriptano, zolmitriptano, naratriptano, rizatriptano,
eletriptano, almatriptano e fravotriptano); ergóticos; e antieméticos
• AINEs: cetoprofeno, ibuprofeno e naproxeno
(base ou sódico);
• Analgésicos comuns: ácido acetilsalicílico,
dipirona e paracetamol
101
ENXAQUECA
Algoritmo de Avaliação do Paciente
102
Algoritmo de avaliação do paciente 
Enxaqueca parte 1/6
103
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
1) A paciente está grávida 
ou amamentando?
2) O paciente tem menos 
de 18 anos de idade?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Enxaqueca – parte 2/6
104
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
NÃO
SIM
SIM
3) O paciente já possui 
diagnóstico de enxaqueca 
realizado por um 
médico?
4) Esta dor de cabeça é 
diferente da usual 
enxaqueca do paciente?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Enxaqueca – parte 3/6
105
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
5) Esta é a pior dor de 
cabeça da vida do 
paciente?
6) O paciente apresenta 
febre ou rigidez na nuca?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Enxaqueca – parte 4/6
106
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
7) A cefaleia iniciou após 
ou foi causada por 
trauma ou lesão na 
cabeça, esforço, tosse ou 
movimento (deitar, 
levantar)?
8) O paciente teve 
cefaleia após os 50 anos 
de idade?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Enxaqueca – parte 5/6
107
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
9) A enxaqueca é tão 
grave que requer repouso 
na cama ou está 
causando vômito?
10) O paciente apresenta 
dor estomacal?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Enxaqueca – parte 6/6 - FINAL
• Recomendar medicamentos que contenham instruções 
específicas para enxaqueca como :
• Associação de paracetamol 500 mg e cafeina 65 mg
• Cetoprofeno
• Dipirona
• Ibuprofeno
• Naproxeno – 750 mg ao primeiro sintoma, seguido 
de 250 a 500 mg como dose adicional. 
108
Recomendar por meio de uma Prescrição!
Adaptado Finkel, 2007
Cefaleia tipo tensional
• Este tipo de cefaleia também já foi chamada de cefaleia
de contração muscular, cefaleia de estresse e cefaleia
psicogênica.
• Como formas clínicas, considera-se atualmente cefaleia
do tipo tensional episódica (CTTE) e cefaleia do tipo
tensional crônica (CTTC).
• Algumas vezes, a CTTE evolui para a forma crônica, mas,
outras vezes, o quadro é contínuo desde o seu início.
109Sociedade Brasileira de Cefaleia – Texto original modificado
Cefaleia tipo tensional
• Em geral, os pacientes descrevem a dor como uma
sensação de aperto, pressão ou peso envolvendo a
cabeça como uma faixa ou capacete.
• De intensidade leve ou moderada não impedindo as
atividades rotineiras diárias.
• Não raro essa dor melhora com atividade física ou
relaxamento.
• Normalmente não há sintomas associados como náusea
e osmofobia e vômito não acompanha essa dor.
110Sociedade Brasileira de Cefaleia – Texto original modificado
Cefaleia tipo tensional
• O tratamento para a forma episódica são os analgésicos
comuns ou os anti-inflamatórios não esteroidais e
temos MIPs que serão estudados.
• Se o paciente estiver tendo mais de 15 dias por mês ou
180 dias por ano de dor, ele deve ser encaminhado ao
médico para tratamento específico, além de ser
orientado para diminuir o uso dos analgésicos comuns
para que o tratamento profilático possa atuar.
111Sociedade Brasileira de Cefaleia – Texto original modificado
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Febre, Dor e Cefaleia
Ácido acetilsalicílico (AAS)
• Mecanismo de ação:
• Provoca inativação irreversível da COX-1 e COX-2
• Interações:
• O AAS pode aumentar os níveis séricos e a toxicidade
do metotrexato e pode deslocar o ácido valproico
dos sítios de ligação, podendo acarretar toxicidade
• O tempo de sangramento pode ser mais prolongado
com o uso de varfarina.
113
AAS
Absorção 
de:
Efeito de:
concentrações 
sérica de:
toxicidade 
de:
Efeito 
por: 
ácido fólico
inibidores da 
ECA AINEs
Metotrexato
(antimet.
cancer_)
Ibuprofeno
de β-
bloqueadores
ácido 
valpróico
(antiep.)
Frutas 
secas 
contendo 
vitamina C
diuréticos de 
alça
tiazídicos
Interações AAS
114
AAS – Interações
• O uso do AAS com ácido fólico pode acarretar
deficiência de ácido fólico, o que pode levar a
anemia macrocítica.
• O consumo intenso com álcool pode aumentar o
risco de sangramento
115
AAS - Reações adversas
• Os efeitos adversos do AAS estão relacionados à dose e
são extremamente raros em baixas doses.
• Em doses terapêuticas é comum a ocorrência de algum
sangramento gástrico.
• Em doses altas pode ocorrer tonteira, surdez e zumbido,
além de alcalose respiratória compensada.
• Em doses tóxicas pode haver acidose respiratória não
compensada com acidose metabólica, esta última
sendo observada particularmente em crianças.
116
AAS
Recomendações complementares
• Deve ser ingerido com grande volume de água
para minimizar o desconforto gastrintestinal.
• Está relacionado à suspeita de Síndrome de Reye
(rara combinação de distúrbio hepático e
encefalopatia) quando administrado em crianças
com infecção viral.
117
• Contraindicado em caso de suspeita de dengue
Gravidez nos 2 primeiros 
trimestres
À critério médico
Lactação – período maior ou 
dose acima de 3 g
Suspender a amamentação
Adulto
500 a 1.000 mg a cada 4 a 8 h, 
não excedendo 4.000 mg/dia
Crianças
10-15 mg/kg/dose a cada 4 a 
6 h
Lactação – curto período
Não é necessário suspender a 
lactação
Gravidez no último trimestre
Contraindicado
AAS - esquema posológico
118
Dipirona
• Indicações: algias por afecções reumáticas, cefaleias ou
odontalgias, dores decorrentes de intervenções
cirúrgicas, espasmos do aparelho gastrointestinal,das
vias biliares, rins e vias urinárias e estados febris.
• Contraindicações: pacientes com hipersensibilidade aos
pirazolônicos e em presença de determinadas
enfermidades metabólicas (porfiria hepática, deficiência
congênita de G6PD).
119
Dipirona
Reações adversas
• As mais comuns são as de hipersensibilidade, que podem chegar
a produzir transtornos hematológicos por mecanismos
imunológicos, como a agranulocitose. A agranulocitose, a
leucopenia e a trombocitopenia são pouco frequentes, porém
apresentam gravidade o suficiente para serem levadas em
consideração.
• Outra reação essencial de hipersensibilidade é o choque,
manifestando-se com prurido, sudorese fria, obnubilação,
náuseas, descoloração da pele e dispneia. Além disto, podem
manifestar-se reações de hipersensibilidade cutânea, nas
mucosas oculares e na região nasofaríngea.
120
Faringite Estomatite
AmigdalitePneumonia
Dipirona – Agranulocitose
121
CATANI, A . Allergologia e immunologia pediatrica –dall’infanzia all’adolescenza 2000 Verduci Editore – Roma, ISBN 88-
7620-545-4
Dipirona - associação
Possível aumento da incidência de agranulocitose
• Alopurinol 
• Benzodiazepínicos
• Captopril 
• Carbamazepina 
• Cefalosporina 
• Cimetidina 
• Clindamicina 
• Cloranfenicol 
• Cloroquina
• Clorpromazina 
• Clorpropamida 
• Metildopa 
• Paracetamol 
• Propiltiouracil 
• Propranolol
• Ranitidina 
• Sulfametoxazol 
• Sulfonamidas 
• Tetraciclina, 
• Trimetropima 
• Vancomicina
• Clozapina 
• Dapsona 
• Desipramina 
• Estreptomicina
• Fenitoína 
• Gentamicina
• Hidralazina 
• Indometacina
• Isoniazida 
• Levamizol 
122
ANVISA FDA
Dipirona
123
124
Dipirona
• Reconhecido como analgésico e antipirético, algumas 
literaturas classificam como analgésico-anti-
inflamatório não esteróide (AINE).
• Apresenta efeitos diversos conforme a dose empregada:
• Baixa (10mg/kg) – antipirético;
• Mediana (15-30mg/kg) – analgésico;
• Alta (>50mg/kg) anti-inflamatório e 
antiespasmódico. 
124
Gravidez 
à critério médico 2° trim
Lactação
após 48 horas da última dose
Adulto ou > 15 anos
500 mg até 4 x dia
Criança 46 a 53 Kg
15-35 gotas até 4 x dia
Criança 31 a 45 Kg
10-30 gotas até 4 x dia
Criança 16 a 23 Kg
5-15 gotas até 4 x dia
Criança 9 a 15 Kg
3-10 gotas até 4x dia
Criança 3 a 8 Kg
2-5 gotas até 4 x dia
Dipirona - esquema posológico
125
Paracetamol
• Indicações: cefaleia, odontalgia e febre leves a
moderadas (ação antipirética/analgésica).
• Contraindicações:hipersensibilidade reconhecida
à droga ou a qualquer componente da
formulação.
126
Paracetamol
• Em raras ocasiões, apresentaram-se erupções cutâneas
e outras reações alérgicas.
• Os pacientes que mostram hipersensibilidade aos
salicilatos somente raras vezes a exibem para o
paracetamol.
127
Advertências e precauções
Paracetamol
• O efeito adverso mais grave descrito com a
superdosagem aguda de paracetamol é uma necrose
hepática, dose dependente, potencialmente fatal.
• Os pacientes que consomem álcool regularmente
devem ser alertados para não excederem a dose de
paracetamol.
128
Advertências e precauções
Paracetamol
Interações
↑Efeito de: ↓ Efeito de: ↓ Absorção por:
anticoagulantes 
orais
Lamotrigina
(anticonvulsivante)
alimentos
agentes 
trombolíticos
diuréticos alça
Erva-São-João 
(hipérico)
varfarina Zidovudina (HIV)
129
Prymula R. et al. (2009) Os títulos de 
anticorpos formados após vacina foram 
significativamente menores com o uso 
profilático de paracetamol.
Prymula R, Siegrist CA, Chlibek R, et al. Effect of prophylactic paracetamol administration at time of
vaccination on febrile reactions and antibody responses in children: two open-label, randomised
controlled trials. Lancet 2009;374:1339–50
Center of Disease Control (2008) Evidências
científicas não recomendam o uso de antipiréticos
profilaticamente à vacinação, mas no controle da
febre posterior.
ref AAP Steering Committee on Quality Improvement and Management, Subcommittee on Febrile Seizures, Pediatrics, 2008
Paracetamol
130
Diminui o efeito das vacinas
Paracetamol
ESQUEMA POSOLÓGICO
Gravidez ou lactação 
Por períodos curtos, mas sob prescrição médica
Adulto ou > 12 anos
500 mg a 1 g até 4 x dia - Dose máx. diária 4 g
Criança > 2 anos ou 11 Kg 
1 gota/kg (máx 35 gotas) ou 10 - 15 mg/Kg/dose até 4 x dia
Criança < 2 anos ou 11 Kg
À critério médico 
131
Combinação de fármacos
• AAS + paracetamol + cafeína
• Paracetamol + cafeína
132
Cafeína – um adjuvante analgésico – em dose de 65 a 
100 mg. Mecanismo de ação não é totalmente 
conhecido.
Pausa para...
133
AINEs
• É necessário 
compreendermos a 
evolução do pensamento a 
respeito da inflamação, a 
partir de uma perspectiva 
histórica científica e das 
características e estratégias 
do mercado de 
medicamentos.
134
Inflamação
A inflamação é uma resposta protetora 
direcionada para eliminar a causa inicial, 
bem como as células e tecidos necróticos 
que resultam do insulto original.
135
Características Gerais da Inflamação
http://www.thecrohnsprovision.com/
Calor Rubor Inchaço Dor Perda Função
136
Anti-inflamatórios
• Os anti-inflamatórios apresentam 3 efeitos básicos:
antipirético, analgésico e anti-inflamatório.
• Tratar a dor com analgésicos é diferente de controlar
um processo inflamatório que também causa dor (por
um processo crônico, por exemplo) ou que causará a
dor (quando numa cirurgia programada , por ex.).
137
Luz et al., 2006; Scheiman, 2010; Wallace J L, Soldato P D, 2003; Arceo, 2003 
Características Gerais dos AINES
• Estão entre as classes mais consumidas no mundo e em alguns
países, a mais consumida sem receita;
• Uso em 70% da população com mais de 65 anos nos EUA;
• O mercado de AINES, incluindo os inibidores seletivos de COX-2,
excede os 8 bi € por ano;
• Mais de 30 milhões de pessoas adm. AINES diariamente e só nos
EUA, mais de 30 bi de comprimidos são vendidos anualmente;
• Segunda causa de RAM, atrás apenas dos β-lactâmicos.
138
Grupo de substâncias de variada composição química que 
antagonizam a inflamação interferindo na ação da COX
139
Riscos do uso de medicamentos
• Mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos,
dispensados ou vendidos inadequadamente. WHO. Disponível
em: < http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/43384/1/9241593911_eng.pdf?ua=1 >
• Urticária causada 
pelo uso de AINEs
139
Ác. Araquidônico
COX-1 COX-2
Prostaglandinas
Tromboxano
 Proteção gástrica
 Contração uterina
 Função renal
Agregação 
plaquetária
Dor
Inflamação
Prostaglandinas
“Constitutiva ou 
Fisiológica” “Indutiva ou Patológica”
Brunton et al., 2005
Seletividade dos AINEs
140
Piroxicam
Tenoxicam
Fenilbutazona
Indometacina
Ác. mefenâmico
Cetoprofeno
Diclofenaco
Naproxeno
Ibuprofeno
Nimesulida
Meloxicam
Celecoxibe
Rofecoxibe
Etoricoxibe
Valdecoxibe
Dipirona
Paracetamol
Não+
-
Capacidade ulcerativa gástrica
141
Obs.: são MIPs 
apenas:
Cetoprofeno
Naproxeno
Ibuprofeno
Ibuprofeno
• Indicações: tratamento de inflamações musculoesqueléticas,
processos inflamatórios e dolorosos, agudos e crônicos, de
tecidos moles, osteoartrite, artrite reumatoide, dor leve a
moderada, dismenorreia e febre.
• Contraindicações: hipersensibilidade à droga. Síndrome de
pólipos nasais, angioedema ou broncoespasmo diante do ácido
acetilsalicílico ou outros AINEs, assim como hipersensibilidade a
estes. Ulceração péptica ou sangramento intestinal ativos.Terceiro trimestre da gravidez.
142
Ibuprofeno
• Reações mais frequentes: exantema, tontura,
distúrbios gastrointestinais, pirose ou indigestão
• Reações ocasionais: retenção de líquido,
cefaleia, irritabilidade, flatulência, constipação,
diminuição do apetite ou anorexia.
143
Reações adversas
Ibuprofeno
• O ibuprofeno apresenta ação anti-inflamatória
moderada dose dependente!
• Medicamentos que contenham ibuprofeno na dose de
600mg por unidade são de venda sob prescrição
médica, portanto não devem ser indicados pelo
farmacêutico
144
Recomendações complementares
Gravidez, lactação e criança < 6 meses
Contraindicado
Adulto e > 12 anos
200 a 800 mg de 3 a 4 X dia
Criança 6 meses a 2 anos
À critério médico 
Criança > 2 e < 12 anos
10 mg/Kg de 3 a 4 X dia
Máx. de 200 mg/ dose e de 1200 mg/dia
Ibuprofeno
145
Esquema posológico
Cetoprofeno
• Indicações: artrite reumatoide, osteoartrite, dor leve ou
moderada, dismenorreia e inflamação não reumática.
• Contraindicações: hipersensibilidade ao cetoprofeno, anemia,
asma, função cardíaca comprometida, hipertensão, hemofilia ou
outros problemas hemorrágicos, disfunção hepática, úlcera
péptica, colite ulcerativa, disfunção renal, sintomas de
broncoespasmo, dor no período perioperatório da
revascularização do miocárdio e gestação. Ter cuidado em
pacientes geriátricos, nos quais é mais provável o
desenvolvimento de efeitos renais, hepáticos ou gastrointestinais
graves.
146
Cetoprofeno
• Reações adversas: edema periférico, náuseas, irritação
gastrointestinal, dispepsia (11%), cefaleias, nervosismo,
dor abdominal, obstipação, diarreia, flatulência,
disfunção renal, problemas para dormir, visão turva,
tontura, depressão, insônia, irritação do trato urinário,
erupção cutânea, zumbido nos ouvidos.
147
Gravidez, lactação e criança < 1 ano
Não recomendado (à critério médico)
Adulto e > 12 anos
50 mg de 3 a 4 X dia, máx. 300 mg/dia
Crianças
 1 e  6 anos 10 mg/kg de 3 a 4 X dia
 7 e  12 anos 25 mg de 3 a 4 X dia
Cetoprofeno
148
Esquema posológico
Naproxeno
• Indicações: artrite reumatoide, artrite reumatoide juvenil,
bursite, dismenorreia, distúrbios musculoesqueléticos agudos
(distorção, distensão, trauma direto, dor lombossacral,
espondilite cervical, tenossinovite e fibrosite), espondilite
anquilosante, febre, gota aguda, osteoartrite e tendinite.
• Contraindicações: hipersensibilidade ao naproxeno. Úlcera
péptica ativa e dor no período perioperatório da revascularização
do miocárdio. Terceiro trimestre da gestação.
149
Naproxeno
• Reações adversas: obstipação, diarreia, dispepsia,
dor abdominal, estomatite, epigastralgia,
flatulência, indigestão, náuseas e vômitos,
angioedema, cefaleia, reações de fotossensibilidade,
equimose, erupção cutânea, hemorragia
gastrointestinal, úlcera péptica (com hemorragia e
perfuração), colite e urticária.
150
Gravidez, lactação e criança < 2 anos
À critério médico
Adulto e > 12 anos
Dose inicial 500 mg, seguida de 250 a cada 6-8 h. 
Dose máx. diária de 1250 mg
Criança > 2 e < 12 anos
10 mg/kg como dose inicial, seguidos de 2,5 a
5 mg/kg a intervalos de 8 horas.
A dose não deve exceder 15 mg/kg/dia
Naproxeno
151
Esquema posológico
Fármaco Ação analgésica Ação anti-
inflamatória
Ação antipirética
Aspirina +++ +++ +++
Ác. Mefenâmico ++ ++ +
Piroxicam +++ +++ +
Diclofenaco +++ +++ +++
Naproxeno +++ +++ ++
Cetoprofeno ++ +++ +
Ibuprofeno +++ +++ +++
Celecoxib + +++
Rofecoxib ++ +++
Etoricoxib ++ +++
Valdecoxib ++ +++
Paracetamol** ++ +++
Dipirona** ++++ ++++
Adaptado Teixeira, 20° CIOSP
Comparação de ações de diferentes 
fármacos
152
Titulação de DOSE
• Ibuprofeno 100 mg/mL - 1 mL = 10 gotas (bula
Alivium®)
• Paracetamol 200 mg/mL - 1 mL = 15 gotas (bula
Tylenol®)
• Dipirona 500 mg/mL - 1 mL = 20 gotas (bula Novalgina®)
153
CASOS CLÍNICOS
Prescrição Farmacêutica
Caso 1
• Uma mulher com 35 anos de idade chega à farmácia
relatando dor de cabeça há dois dias e deseja um
medicamento e orientação. Durante a anamnese, o
farmacêutico descobre que ela também apresenta
“empaxamento nos intestinos” (sic) e prisão de ventre
há uns 3 ou 4 dias, mas que isso ocorre com frequência.
155
Qual seria a conduta que o 
farmacêutico deverá adotar?
Algoritmo de avaliação do paciente Cefaleia 
parte 1/6
156
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
1) A paciente está grávida 
ou amamentando?
2) Paciente tem menos 
de 7 anos de idade?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Cefaleia – parte 2/6
157
Ver algoritmo de 
enxaqueca
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
3) O paciente identifica a 
dor de cabeça como 
enxaqueca (migrânea)?
4) Esta é a primeira ou 
pior dor do paciente?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Cefaleia – parte 3/6
158
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
5) A cefaleia foi 
desencadeada por 
esforço ou exercício?
É de início agudo?
6) O paciente apresenta o 
estado mental alterado 
de alguma forma?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Cefaleia – parte 4/6
159
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
7) O paciente apresenta 
rigidez na nuca, 
sensibilidade à luz, 
náuseas ou vômitos?
8) O paciente apresenta 
cefaleia que 
gradualmente piora dos 
dias ou semanas?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Cefaleia – parte 5/6
160
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
9) O paciente apresenta 
glaucoma associado com 
dor ao redor dos olhos?
10) A cefaleia está 
presente por um período 
superior a 10 dias?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Cefaleia – parte 6/6 - FINAL
• Ácido acetilsalicílico
• Cetoprofeno
• Dipirona
• Ibuprofeno
• Naproxeno (base ou sódico)
• Paracetamol
161
Recomendar através de uma Prescrição!
Adaptado Finkel, 2007
Resposta - caso 1
• Após registros dos dados pertinentes, a prescrição
farmacêutica deve incluir orientação não
medicamentosa e MIPs para tratar a dor de cabeça e a
prisão de ventre, sua possível causa.
• Prescrição de orientação não medicamentosa:
• alimentação rica em fibras e muita água para que as
fibras tenham sua utilidade no transito intestinal;
• Uso de chás adequados pode ser uma opção.
162Continua...
Resposta - caso 1
• Prescrição de medicamentos:
• Pode ser indicado um supositório de glicerina, para
uso pela manhã.
• indicar algum laxativo, por ex.: bisacodil 5 mg. Tomar
1 a 2 drágeas à noite para que a evacuação ocorra
pela manhã seguinte.
• Conforme a anamnese, indicar um analgésico (AAS,
dipirona ou paracetamol) para alívio da cefaleia
• Orientar para retorno e/ou procurar o médico, caso os
sintomas piorem.
163
final
Caso 2
A Sra. M.A.S, se dirigiu a farmácia com seu filho de 12
anos, informando que ele vem apresentando coriza há uns
3 dias e febre de 38º C que começou no dia anterior.
Relata diminuição do apetite e das atividades, quando
está com febre; nega outras queixas.
164
Qual intervenção deverá ser 
realizada?
Algoritmo de avaliação do paciente 
Febre – parte 1/3
165
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
1) A paciente está grávida 
ou amamentando?
2) Paciente tem menos 
de 6 meses de idade?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel,2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Febre – parte 2/3
166
Encaminhar ao 
médico
Encaminhar ao 
médico
SIM
NÃO
SIM
3) A temperatura 
corporal do paciente 
excede 39,4°C?
4) A febre está presente 
por mais de três dias?
Continua...
NÃO
Fonte: Finkel, 2007
Algoritmo de avaliação do paciente 
Febre – parte 3/3 - FINAL
• Um antipirético apropriado à idade e corretamente 
dosado pode ser usado para deixar o paciente mais 
confortável. Por exemplo:
• AAS
• Dipirona
• Ibuprofeno
• Paracetamol
167
Recomendar através de uma Prescrição!
Fonte: Finkel, 2007
Resposta – Caso 2
• Após registros dos dados pertinentes, a prescrição
farmacêutica deve incluir orientação não
medicamentosa e MIPs para tratar a febre e o possível
resfriado.
• Prescrição de orientação não medicamentosa:
• orientar para higiene nasal com soro fisiológico e
uma hidratação adequada (água, chás, suco de frutas
cítricas, etc.).
168Continua...
Resposta – Caso 2
• Prescrição de medicamentos:
• Antisséptico nasal
• Vitamina C efervescente
• Antitérmico para o alívio da febre (AAS, dipirona ou
paracetamol)
• Orientar para retorno e/ou procurar o médico, caso os
sintomas piorem. Se a febre persistir por mais de 3
dias, ou se elevar acima de 39,4 º C o médico deve ser
consultado imediatamente.
169
Final
Caso 3
• O sr. “João”, ao sair do trabalho passou na farmácia
procurando ajuda do farmacêutico por causa de uma
indisposição geral que ele alega ser gripe.
• Esclarecendo que no dia seguinte teria uma reunião
vital para seu trabalho, o sr. João queria tomar uma
injeção, que segundo ele seria “tiro e queda” e assim
não teria problemas no seu trabalho.
170Continua...
Caso 3
• Mediante essa solicitação, o farmacêutico realizou a 
consulta para poder realizar a intervenção farmacêutica 
adequada.
• Durante a anamnese, o farmacêutico identificou o 
seguinte quadro: congestão nasal, coriza, leve dor de 
garganta, febre e dor de cabeça. 
171
Continuação...
Qual intervenção deverá ser 
realizada?
Continua...
Resposta – Caso 3
• Após registros dos dados pertinentes, a prescrição
farmacêutica deve incluir orientação não
medicamentosa e MIPs para tratar a possível gripe,
doença autolimitada, em que na maioria dos casos
basta o tratamento de suporte.
• Prescrição de orientação não medicamentosa:
• orientar para higiene nasal com soro fisiológico e
uma hidratação adequada (água, chás, suco de frutas
cítricas, etc.).
172Continua...
Resposta – Caso 3
• Prescrição de medicamentos:
• Antisséptico nasal
• Vitamina C efervescente
• Antitérmico para o alívio da febre (AAS, dipirona ou
paracetamol) e AINEs para alívio da dor de garganta
(cetoprofeno, ibuprofeno ou naproxeno)
• Orientar para retorno e/ou procurar o médico, caso os
sintomas piorem. Se a febre persistir por mais de 3
dias, ou se elevar acima de 39,4 º C o médico deve ser
consultado imediatamente.
173
Continuação...
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