Buscar

Monografia braga Verbo Juridico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CRIAÇÃO DE UMA POLICIA ÚNICA REALIZANDO CICLO COMPLETO DE POLICIA ALTERAÇÃO NA FORMA DE PROCESSAR ESTIRPANDO DO CODIGO PENAL BRASILEIRO O INQUERITO POLICIAL
Carreiras Jurídicas e pós-graduação
CUIABÁ – MT/2017
JEFFERSON ANDRE BRAGA
CRIAÇÃO DE UMA POLICIA ÚNICA REALIZANDO CICLO COMPLETO DE POLICIA ALTERAÇÃO NA FORMA DE PROCESSAR ESTIRPANDO DO CODIGO PENAL BRASILEIRO O INQUERITO POLICIAL
Monografia apresentada a banca do curso de Pós-Graduação em Direito Penal Militar latu sensu do Verbo Jurídico, como um dos requisitos para conclusão do Curso de Direito. Profª.Claudia Danoski.
Carreiras Jurídicas e pós-graduação
CUIABÁ – MT/2017
JEFFERSON ANDRE BRAGA
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pela grandiosa oportunidade de adquirir conhecimento ser sempre guiados por suas mãos
Àminha família, em especial esposa, por toda ajuda e incentivo que sempre me concedeu.
DEDICATÓRIA 
	
A minha família que apesar de muito humilde com muito sacrifício acreditou que este dia chegaria, tornando-se minhafonte de inspiração.
	EPÍGRAFE 
	
	“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silencio dos bons” 
(Martin Luterking) 
RESUMO 
Trabalho de conclusão de pós-graduaçãodestinado à pesquisa sobre a alteração no sistema judiciário brasileiro criando assim o ciclo completo de polícia, o fim do Inquérito Policial presidio por um delegado, Julgamentos em caso de flagrante em 24 horas. Aos longos 18 anos dedicados a Policia Militar do Estado de Mato Grosso tendo como ingresso a data de 03 de julho de 1998, sendo a maior parte deles operacionais transcorridos em batalhões especializados denominado CIOPAER e BOPE e ROTAM, integrante da Força Nacional de segurança Pública tendo operado por mais de 08 estados brasileiros, onde em todos apresentam mudanças na condução do processo investigativo. Um breve relato “ A Polícia militar atende a uma solicitação feita via 190 (Chamadas de emergência em todo o Brasil) onde uma viatura caracterizada, composta por 02(dois) ou 04(quatro) homens vai até o local onde está ocorrendo um crime, faz a resolução caso seja necessário a condução faz a detenção do indiciado juntamente com a apreensão das provas (materialidade dos fatos) e vítima, com todos os elementos da ocorrência desloca-se até a central de flagrante (como é o Caso de Mato Grosso) para registro da Notitia criminisSendo mais conceitual, Notitia criminis é o conhecimento, espontâneo ou provocado, pela autoridade policial de um fato aparentemente criminoso.
a) Notitia criminis de cognição imediata: ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento de fato infringente da norma por meio das suas atividades rotineiras - por intermédio de jornais, da vítima, de comparsas do agente, de delação anônima (notitia criminis inqualificada) ou por meio da delatio criminis, que é a comunicação verbal ou por escrito, feita por qualquer do povo, à autoridade policial, a respeito de alguma infração penal.
b) Notitia criminis de cognição mediata: ocorre quando a autoridade policial sabe do fato por meio de requerimento da vítima ou de quem possa representá-la, requisição da autoridade judiciária ou do órgão do MP, ou ainda mediante representação.
c) Notitia criminis de cognição coercitiva: ocorre no caso de prisão em flagrante, em que a notícia do crime dá-se com a apresentação do autor do fato.
Bom em resumo Boletim de ocorrências na grande maioria esmagadora dos casos.
Apresentado ao delegado plantonista é ratificado a prisão em flagrante feita pela Policia Militar ouvidas as partes e aberto o Inquérito Policial com um prazo de 30 dias conforme Art 10 do CPP
CPP - Art. 10.  O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Concluído e remetido via oficio ao juiz competente para oferecimento da denúncia aceito os termos da linha investigativa do delegado o juiz encaminha ao Ministério público para oferecimento da denúncia onde o presente inquérito serve somente como peça informativa sendo dispensado para oferecimento da denúncia.
Adotando a metodologia de que uma prisão em flagrante possui todos os elementos, ou seja, fato típico antijurídico culpável, vítima indiciado e materialidade e feita a detenção e apresentação direito ao judiciário onde haveriam um juiz um defensor e um promotor de plantão e que nesta audiência houver provas suficientes para ser retificado direto pelo judiciário excluindo assim as fases inquisitórias pela Policia Judiciaria Civil e partindo para uma celeridade causando assim uma diminuição nos processos parados nas delegacias por falta de efetivo, material de serviço seja material de expediente combustível, viatura etc, e o enorme gasto público tendo duas forças trabalhando desconexas e um judiciário precário onde tem muitos processos parados nos escaninhos.
A possibilidade de uma força única de segurança onde é realizado o ciclo completo de polícia e criação do mecanismo de investigação direto no processo (instaurado pelo judiciário) onde o promotor do caso designaria as diligencias que julgar pertinentes a caso.
Palavras – chave: ciclo completo, modelos adotados. Violência, Estado pósmoderno. Instituição única, civilização. Criminalidade, nacional, estadual, mudanças. Polícia moderna. Polícia brasileira, modelo atual. Competência, novo procedimento investigatório
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................10
INQUERITO POLICIAL...................................................................................................11
2.0 OS MODELOS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL.................................................12
2.1 JUIZADOS DE INSTRUÇÃO......................................................................12
2.1a) FRANÇA.....................................................................................................13
2.1b) ESTADOS ÁRABES...................................................................................13
2.1 c) ESPANHA..................................................................................................13
2.1d) ARGENTINA.............................................................................................14
2.1e) MEXICO......................................................................................................14
3.0MODELOS ACUSATÓRIOS......................................................................................14
3.0 a) ALEMANHA.............................................................................................14
3.0 b) AUSTRIA E BELLGICA...........................................................................15
3.0 c) ITALIA .......................................................................................................15
3.0 d) PORTUGAL...............................................................................................16
4.0.MODELOS DE COMMON LAW.............................................................................16
4.0 a) INGLATERRA...........................................................................................16
4.0 b) ESTADO UNIDOS DA AMERICA........................................................16
MODELO BARSILEIRO.....................................................................................17
5.0 O PAPEL DO INQUERIT POLICIAL NO SISTEMA CUSATORIO BARSILEIRO.....................................................................................................................18
6.0A IMPOSTANCIA DO INQUERITO POLICIAL PARA A APLICAÇÃO DA JUSTIÇA CRIMINAL........................................................................................................19
6.1 CARACTARESITICAS.................................................................................20
7.0DISPONIBILIDADE OU INDISPONIBILIDADE DO INQUERITO.......................................................................................................................23
8.0NATUREZA DO INQUERITO E PRAZO...............................................................24
9.0 PARTICIPAÇÃO DO MINISTERIO PUBLICO NO INQUERITO.......................24
10.0INSTAURAÇÃO DE INQUERITO.........................................................................25
10.1REQUISIÇÃO.............................................................................................................25
10.1 REQUERIMENTO............................................................ ........................................26
10.1 COMUNICAÇÃO.................................. ..................................................................26
11.0. PROJETOS DE EMENDAS A CONSTITUIÇÃO PEC´S.....................................36
11.1 PROPOSIÇÕES LEGIDLATIVAS.............................................................36
11.1 CONSELHO................................................................................................38
11.1 PEC DE CRIAÇÃO DE POLICIA ÚNICA NOS ESTADOS..................39
11.1 BOMBEIROS E GUARDAS CIVIS............................................................38
11.1 ESTRUTURA...............................................................................................39
11.1 TRANSIÇÃO................................................................................................40
11.1 CONTROLE E FINANCIAMENTO.........................................................40
11.1 TRAMITAÇÃO............................................................................................41
12 .0CONTEXTUALIZANDO COM A REALIDADE ESTADUAL (MATO GROSSO)............................................................................................................................48
13.0 SINTESE DO OBJETO DO PREENTE TRABALHO MONOGRAFICO............63
CONCLUSÃO....................................................................................................................69
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................................78
NOTAS................................................................................................................................79
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho monográfico analisou uma das correntes de um dos temas mais polêmicos da atualidade qual seja a segurança caótica vivida no Brasil, retirando do contexto as paixões institucionais e os devaneios desprovidos de fundamentação científica, pois ao pesquisador resta a descoberta do oculto que deverá ser exposto a toda sociedade em combate à obscuridade da verdade. 
O foco foi direcionado para o ciclo policial tal qual se apresenta atualmente no sistema policial brasileiro, ou seja, em face de sua secção; e sua influência direta no serviço de polícia prestado pelas instituições de Segurança Pública nas esferas estaduais. No desperdício de mão de obra humana (efetivo da Policia Militar e Policia Civil) realizando mesmo serviços que não tem finalidade ou não tem prioridade ao processo judicial onde serve somente como peça informativa, ou seja (emprega-se uma viatura composta pelo menos com 02 policiais militares onde se deslocam para uma central de flagrantes local ainda possui pelo menos um boletinista (policial especializado para fazer o boletim de ocorrências) depois e registrado no plantão da Policia Civil (agente) que encaminha para um delegado de plantão que determina a um escrivão de plantão para que realize a oitiva das partes. Fazendo uma contagem rápida temos 06 (seis) agentes de segurança pública realizando um procedimento que não tem valor legal algum apara o processo judicial a não ser informar o fato ao juiz.
INQUÉRITO POLICIAL
Como pontua Bismael Batista de Moraes o estudo do inquérito policial tem sido submetido a uma espécie de segundo plano ou mesmo a um velado abandono e preconceito por parte dos juristas pátrios.
A imagem frequentemente veiculada do inquérito policial costuma ater-se somente a dois aspectos que de forma alguma abarcam a totalidade das possibilidades apresentadas por tal instrumento. Inicia-se quase sempre por uma apresentação que procura menoscabar as funções e a natureza do inquérito, destacando suas supostas facetas negativas.
Os dois aspectos supra mencionados que costumam ser abordados na temática do inquérito policial, procurando reduzi-lo em suas funções e potencialidades são os seguintes:
a) Reduz-se o inquérito policial a instrumento a serviço da acusação, como se somente servisse para imputar condutas ilícitas a alguém.
b) Destaca-se sua característica inquisitiva, ensejando uma anacrônica relação com procedimentos ultrapassados absolutamente desrespeitosos aos direitos individuais, o que leva a uma visão superficial e negativa do inquérito.
Na realidade a abordagem de cada um dos dois aspectos acima mencionados pela doutrina numa visão reducionista do tema, demonstra a necessária interação de ambos numa relação inseparável e consequencial. Ora, no momento em que se concebe o inquérito como um instrumento primordialmente ou mesmo exclusivamente de imputação, suas facetas negativas sobressaem e seu caráter inquisitivo passa a gerar possibilidades de críticas daqueles que primam por um processo penal garantidor.
Segundo Bobbio, essa transição opera-se na mudança dos modelos de Estado Despótico e Absoluto para o modelo de Estado de Direito. "No Estado Despótico, os indivíduos singulares só têm deveres e não direitos. No Estado Absoluto, os indivíduos possuem, em relação ao soberano, direitos privados. 
No Estado de Direito, o indivíduo tem, em face do Estado, não só direitos privados, mas também direitos públicos. O Estado de Direito é o Estado dos cidadãos".
2.0 OS MODELOS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
Quando se pretende discorrer acerca de melhores caminhos para a investigação criminal, mister se faz uma observação sobre o que se opera a nível internacional, especialmente quando torna-se quase que um dogma acrítico na doutrina a afirmação de que o processo penal brasileiro, no que tange à investigação criminal, necessitaria adequar-se a modelos alienígenas em tese mais eficazes e garantidores. Afirmação esta que se faz geralmente pretendendo destacar um desprestígio da polícia judiciária no âmbito da investigação criminal, pondo em relevância a atuação do Ministério Público como titular exclusivo da ação penal. Como se verá, esse desprestígio mundial da polícia judiciária não existe, sendo que em outros modelos verifica-se, contrariamente, um grande crédito à polícia na apuração das infrações penais.
No direito internacional pode-se distinguir basicamente três modelos de investigação criminal, a saber:
a) Juizados de instrução;
b) Modelos Acusatórios;
c) Modelos de "Common Law".3
Analisaremos separadamente cada um dos modelos acima com alguns exemplos, pondo em relevo a atuação da polícia judiciária, suas funções, atribuições e grau de autonomia.
2.1 JUIZADOS DE INSTRUÇÃO
2.1 a) FRANÇA
Na França a fase de investigação criminal é tradicionalmente de competência de um "Juizado de Instrução". No entanto, paulatinamente atribuições foram sendo delegadas à Polícia Judiciária pela Magistratura e, hoje, a importância das chamadas "enquêtes préliminaires" experimenta um movimento crescente. Existe forte ligação até em nível hierárquico entre a Polícia e o Ministério Público, cabendo a este último a fiscalização sobre os trabalhos policiais. 4
2.1b) ESTADOS ÁRABES
Dentre os Estados Árabes Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbano, Iraque e Síria seguem o modelo Francês. O Egito tambémsegue em geral o modelo de juizado de instrução nos delitos mais graves. Mas nas contravenções e crimes de menor gravidade há uma indesejável mescla entre os órgãos acusador e julgador (resquícios de Sistema Inquisitivo). Nesses casos o Ministério Público exerce funções de polícia judiciária, de acusador e até a própria atividade julgadora.5
c) ESPANHA
Na Espanha o processo divide-se em três fases: sumária, intermediária e Juízo oral. Todas as fases são conduzidas por órgãos jurisdicionais, mas o Ministério Público ( "Ministério Fiscal" ) se limita à função acusatória e jamais instrutória.6
"Por esse motivo, no sistema espanhol, a necessária condução dos trabalhos preparatórios para a propositura da ação penal fica a cargo da ''polícia judicial'' , mas com endereçamento certo, o ''Ministério Fiscal'' , que exercita a ação penal, e velará, por conseguinte, pelas realizações da fase investigatória.
Assim, no que tange ao início da fase investigativa, muita semelhança existe com o nosso modelo ( ... )."7
Na "Ley de Enjuiciamiento Criminal" ( Código de Processo Penal ) estão as atribuições da Polícia Judiciária ( artigos 282 e seguintes; 492 e seguintes e 786 ), constatando-se que à polícia competem as "diligencias de prevención" ( artigo 284 ), que se constituem em atos necessários à ulterior instrução criminal.8
d) ARGENTINA
No "Código de Procedimentos em Matéria Penal" (Artigos 178 e seguintes), há previsão do chamado "Sumario" ou "Prevención del Sumario", que objetiva "comprovar a existência de um fato punível penalmente, reunir suas circunstâncias e descobrir seus autores". Tal atividade inicial é de competência de um Juiz Instrutor, mas pode, de acordo com os artigos 184 e 185, haver a intervenção da polícia nas investigações.9
e) MÉXICO
O sistema mexicano igualmente conhece o juizado de instrução. No entanto, prevê uma investigação prévia a cargo do Ministério Público, mas que na prática pode ser exercida pela Polícia Judiciária.10
É prevista a chamada "averiguación previa", fase em que o Ministério Público exerce investigações de Polícia Judiciária, procedendo a um verdadeiro inquérito preparatório da futura ação penal.11 Também no "Código de Procedimientos Penales para El Distrito Federal" (Art. 94 e seguintes ) prevê que "para comprovação do delito e de suas circunstâncias a Polícia Judiciária deverá elaborar ''um acta'', registro de tudo que se relacione ao crime, antes da ação".12
MODELOS ACUSATÓRIOS
ALEMANHA
Existe uma fase de investigação preliminar coordenada pelo Ministério Público. Trata-se do chamado "processo de investigação ou procedimento preparatório", também constituindo-se em um verdadeiro inquérito para basear a ação penal.
b) ÁUSTRIA E BELGICA
A investigação criminal pode ser conduzida pelo Ministério Público ou pela Autoridade de Segurança Pública. Entretanto, toda atividade investigatória instaurada deve ser comunicada ao Ministério Público que "tem poderes expressos de condução, requisição e valoração do acervo".
c) ITÁLIA
Antes da reforma levada a efeito em 1988 havia o Juizado de Instrução. Hoje é prevista uma etapa pré - processual denominada "indagini preliminari", semelhante ao nosso inquérito policial. As investigações são conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária em conjunto, sendo a atividade desta segunda coordenada pelo primeiro. É interessante notar "que a condução das investigações pelo Ministério Público não exclui a atividade investigativa desenvolvida pela Polícia Judiciária, está atuando sob a coordenação do Ministério Público, mas podendo realizar atos tendentes a colher meios de prova para a formação do juízo de convicção pelo legitimado ativo, e desenvolvendo, ainda, atividades que lhe são típicas, a identificação criminal".
d) PORTUGAL
Em reforma recente do Código de Processo Penal ( Decreto - Lei 78, de 17.02.87) alterou-se a denominação que se dava em Portugal à fase investigatória preliminar à ação penal de "corpo de delito" ou "instrução preparatória" para "inquérito". Tal investigação preparatória da ação penal é dirigida pelo Ministério Público, o qual é assistido pela chamada Polícia Criminal 16.
4.0 MODELOS DE "COMMON LAW"
INGLATERRA
Não existe nesse país uma figura similar ao Ministério Público, ou seja, um órgão acusador estatal. A "persecução penal acaba por ser utilizada na prática pelos funcionários da polícia, sendo que mesmo esta, muitas vezes não apresenta configuração estatal, acabando por ser exercida pela sociedade civilmente organizada, ou individualmente pelo ofendido em seu bem jurídico penalmente tutelado".17
ESTADOS UNIDOS
Os trabalhos de investigação são realizados pela polícia em contato direito com o equivalente ao Ministério Público, não havendo intermediação judicial nessa fase. Esta só ocorre quando se vai avaliar a existência de uma "probable cause" a ser levada a julgamento.
4.0 c) MODELO BRASILEIRO
No Brasil é adotado o Sistema Acusatório, com uma fase preliminar de investigação que constitui, em regra, o inquérito policial. Diz-se "em regra" porque por força legal o inquérito policial não é indispensável para a propositura da ação penal(artigo 4º., Parágrafo Único, CPP), podendo ser substituído por outras peças informativas ou mesmo por procedimentos investigatórios atribuídos a outras autoridades administrativas que não as policiais. Além disso, com o advento da Lei 9099/95 criou-se para as infrações penais de menor potencial ofensivo o chamado "Termo Circunstanciado" que, em tese, substitui o inquérito policial.
Mas afinal, em que consiste o inquérito policial, instrumento tão destacado na apuração das infrações penais, conforme já foi exposto?
Nas palavras de Salles Júnior:
"Inquérito Policial é o procedimento destinado à reunião de elementos acerca de uma infração penal. É o conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária, para apuração de uma infração penal e sua autoria, para que o titular da ação penal possa ingressar em juízo, pedindo a aplicação da lei ao caso concreto."
Manoel Messias Barbosa aduz que "a doutrina ensina, quase de modo unânime, que o inquérito policial consiste em investigação do fato, na sua materialidade e da autoria, ultimada pela denominada polícia judiciária. Assim, se ostentando como um procedimento administrativo persecutório de instrução provisória, destinado a preparar a ação penal".
É necessário neste ponto atentar para o fato de que o inquérito policial não deve ser conceituado somente sob o ponto de vista que destaca sua função de fornecer elementos ao titular da ação penal (Ministério Público)
Por isso, prefere-se a conceituação de Adilson José Vieira Pinto que afirma que o inquérito policial "pode ser definido como sendo o procedimento administrativo de polícia judiciária que, por intermédio de investigação, visa a confirmação da existência ou não de uma determinada infração penal, suas circunstâncias e o estabelecimento da correspondente autoria."
5.0 O PAPEL DO INQUÉRITO POLICIAL NO SISTEMA ACUSATÓRIO BRASILEIRO
A abordagem que se foi descortinando no desenvolvimento do tema é talvez das menos exploradas no mundo jurídico. Falar do inquérito policial com maior interesse por suas mazelas. Agora, mais inusitada, é a pretensão de delinear o seu papel para a otimização do Sistema Acusatório de acordo com a tradição brasileira. Não obstante a missão solitária, trata-se de um questionamento absolutamente necessário quando somente se vislumbram posições tendentes a uma alteração do quadro processual no que tange à investigação criminal, visando o simples transplante artificial de modelos estrangeiros, deixando de lado a realidade brasileira criando assim a evolução no sistema jurídico e alterações no executivo brasileiro com o fito de propiciar celeridade processual, redução da super população carcerária, redução drástica de gastos com um procedimento que serve somente como peça informativa a propositura de uma ação penal conforme artigo 4º.,Parágrafo Único , CPP
Deve-se ter em conta, porém, que cada povo tem sua origem, seus costumes, suas tradições, sua história. Muitas vezes, embora no mesmo Continente, as sociedades são profundamente diferenciadas: vejam-se a propósito, italianos e alemães; mexicanos e norte - americanos; brasileiros e peruanos, e tantos outros confrontos que poderiam ser analisados. Depois, como o Direito deve se amoldar às realidades do povo ao qual se aplica, sendo traço marcante de sua cultura, verifica-se que, embora natural a busca por novos procedimentos jurídicos, faz-se imprescindível conhecer bem o que se tem à mão, para evitar experiências ou transplantes com riscos de rejeição ou até desastres".
No modelo brasileiro o inquérito policial está obsoleto por dois motivos bem simples vejamos: o sistema seccionado de polícia onde perde muitas informações e detalhes sobre o crime e o segundo tem grande importância e que não é primordial o inquérito para propositura de ação penal, ou seja tem se desperdício 
de tempo efetivo tanto da Policia Militar quanto da Policia Civil que de uma forma ou de outra estão trabalhando no mesmo caso para produzir um documento que terá que ser feito tudo novamente, partindo dessa premissa a ação penal direta cria celeridade tanto para o cumprimento da pena quanto para a liberdade dependendo do posicionamento que o caso requer.
6.0 A IMPORTÂNCIA DO INQUÉRITO POLICIAL PARA APLICAÇÃO DA JUSTIÇA CRIMINAL 28
Na realidade, o inquérito policial, além de ofertar indícios à propositura ou não da ação penal, produz verdadeiras provas onde o contraditório é "diferido" ou "posticipado" (ex. perícias, apreensões, reconhecimentos etc.).
Observando-se com alguma atenção o pequeno esboço de alguns modelos de investigação anteriormente expostos, constata-se sem nenhuma dificuldade ou dúvida que uma fase de investigação anterior à ação penal é imprescindível para o devido deslinde dos fatos.
É interessante pôr em relevo que o caráter sigiloso e inquisitivo do inquérito policial (artigo 20 CPP) impõe-se como garantia da eficácia da persecução penal, não infringindo, como superficialmente poder-se-ia afirmar, a igualdade processual entre acusação e defesa. Esta é a clara orientação de Scarance Fernandes32 ao afirmar:
"Por outro lado, na fase indiciária justifica-se alguma desigualdade em favor do Estado, a fim de realizar melhor colheita de indícios a respeito do fato criminoso. É o que diz Jimenez Asenjo, em trecho citado por Tourinho Filho: ''É 
difícil estabelecer igualdade absoluta de condições jurídicas entre o indivíduo e o Estado no início do procedimento, pela desigualdade real que em momento tão crítico existe entre um e outro. Desigualdade provocada pelo próprio criminoso. Desde que surge em sua mente a ideia do crime, estuda cauteloso um conjunto de precauções para subtrair-se à ação da Justiça e coloca o Poder Público em posição análoga à da vítima, a qual sofre o golpe de surpresa, indefesa e desprevenida. 
Para estabelecer, pois, a igualdade nas condições de luta, já que se pretende que o procedimento criminal não deve ser senão um duelo nobremente sustentado por ambos os contendores, é preciso que o Estado tenha alguma vantagem nos primeiros momentos, apenas para recolher os vestígios do crime e os indícios de culpabilidade do seu autor".
A eficácia do inquérito policial é constatável pela sua massiva utilização, mesmo em casos nos quais, em tese, ele é dispensado (Lei 9099/95 e Lei 4898/65). O inquérito não é utilizado dessa maneira abundante por força de lei (aliás, para a lei, ele não é obrigatório), mas sim pela premência da realidade que demonstra sua imprescindibilidade
O inquérito policial é um instrumento de natureza administrativa que tem por finalidade expor o crime em sua primeira fase, a fim de que se descubra a autoria, a materialidade, circunstâncias do crime, além de provas, suspeitas, etc.
Existem dois momentos fundamentais previstos em lei para a persecução criminal: 
1) logo após o conhecimento do fato; 
2) em juízo, pelo Ministério Público ou pelo ofendido.
São regras primordiais para tanto: 
1) que o processo seja proposto no juízo competente; 
2) que o processo seja legítimo, legal. Pois, segundo o artigo 5º, LIII, "ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente" e o inciso LIV do mesmo artigo "ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal".
6.1 CARACTERÍSTICAS 
Deve-se seguir o princípio da licitude das provas, pois como reza o artigo 5º, inc. LVI, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. 
O processo é extremamente formal, ou seja, deve seguir todos os ritos previamente estipulados para a sua conclusão.
O inquérito, como o próprio nome diz, é inquisitorial. O indiciado não tem direito ao contraditório, pois não se incrimina ninguém com o inquérito. O inquérito é apenas uma peça informativa que vai auxiliar o promotor de justiça quando da denúncia. Mas, caso o indiciado se recuse a atender ao chamado da autoridade policial, a fim de comparecer à Delegacia para ser qualificado interrogado, identificado e pregressado, pode a autoridade determinar-lhe a condução coercitiva, nos termos do art. 260, aplicável também à fase pré-processual. Diga-se o mesmo em relação as testemunhas e até mesmo às vítimas (CPP, Arts. 218 e 201, parágrafo único).
Segundo o dizer de Tourinho Filho, o inquérito tem por finalidade fornecer ao titular da ação penal, seja o MP, nos crimes de ação pública, seja o particular, nos delitos de alçada privada, elementos idôneos que o autorizem a ingressar em juízo com a denúncia ou queixa, iniciando-se desse modo o processo.
No inquérito utiliza-se o in dubio pro societa (em dúvida, pela sociedade). Já em juízo segue-se o in dubio pro reu (em dúvida, pelo réu).
A palavra "polícia", vem do grego "polis" que remete as cidades gregas. A doutrina classifica a polícia da seguinte forma:
1) quanto a organização, a polícia é: 
a) leiga - é o policial que não tem preparo para o cargo; 
b) de carreira - é regido por um Estatuto de Funcionário
2) quanto ao espaço, a polícia é: 
a) aérea; 
b) terrestre; 
c) marítima.
22
2) quanto a exteriorização, a polícia é: 
a) ostencia; 
b) secreta.
4) quanto ao objetivo, a polícia é: 
Muito embora esteja em uma visão equivocada quanto as policias pois para ingresso em seus quadros (fato especifico de Mato Grosso e exigido nível superior tanto para a policia Militar quanto para a Policia Civil)
a) administrativa - quando se preocupa em limitar direitos, ex: polícia rodoviária; 
b) polícia de segurança, preventiva ou repressiva - destinada a manter a ordem jurídica, como por exemplo, prende quem andar armado sem porte de arma, ex: PM; 
c) polícia judiciária - age somente apôs a prática da infração.
A lei 2.033, de 20/09/1871, foi a primeira regra que estabeleceu normas sobre o inquérito policial. O artigo 42 desta lei (que trata da formação legal do inquérito policial), corresponde ao atual artigo 4º do CPP:
Art. 4º do CPP - A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas jurisdições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.
O termo "jurisdição" a que se refere o artigo supracitado, deve ser entendido como "circunscrição", pois somente o juiz tem jurisdição.
O inquérito abrange: 
1) o inquérito policial; 
2) o inquérito não policial - este feito por autoridades não policiais; como é o caso do inquérito administrativo; inquérito parlamentar; inquérito feito quando do envolvimento de membros do MP e da magistratura.
O inquérito administrativo serve de base para a denúncia do promotor.
Deve-se ter como claro, que segundo o Código em questão, a autoridade policial não tem competência, mas sim ATRIBUIÇÃO.
A distribuição da atribuição é feita em razão dedois fatores:
1) do lugar onde ocorreu o fato, ou seja, da circunscrição territorial;
2) da matéria pertinente ao fato, ou seja, em razão da natureza do crime; ex: delegacia de homicídios; delegacia de antitóxicos, delegacia de furtos e roubos, etc.
Não existe nulidade no inquérito policial (somente na ação penal), pois este não segue formas. A lei não estabelece formas sacramentais para a sua feitura. No inquérito policial não há nulidade pelo fato de o delegado não ter "competência" propriamente dita, o que já ocorre na competência jurisdicional.
A finalidade do inquérito está disposta nos artigos 4º, 12 e 41 do CPP.
7.0 DISPONIBILIDADE OU INDISPONIBILIDADE DO INQUÉRITO
Como bem prega os artigos 12, 27, 39,§5º, 46 §1º, todos do Código de Processo Penal, o inquérito pode ser dispensado.
Segundo Tourinho Filho, o inquérito é apenas uma informatio delicti para possibilitar ao titular da ação penal sua propositura, é claro que, se o titular do jus persequendi in judicio tiver em mãos os elementos que o habilitem a ingressar em juízo, torna-se desnecessário.
O próprio cidadão pode coletar informações sobre um determinado evento e levar de per si ao juiz ou ao promotor. Se as informações forem precisas e contiverem todos os requisitos necessários, o Promotor oferecerá a denúncia - Art. 27 do Código de Processo Penal.
8.0 NATUREZA DO INQUÉRITO E PRAZO
Art. 9º - Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
Art. 10 - O inquérito deverá terminar no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Caso o inquérito não seja concluído dentro do prazo legal, pode solicitar o juiz a sua dilação. Ver §3º do artigo 10 do CPP.
Ao inquérito não concluído dentro do prazo legal e estando o réu preso, cabe habeas corpus, nos termos do art. 648, II do CPP.
Existem dois tipos básicos de prisão:
1) prisão penal - aquela que resulta de uma sentença penal condenatória, ligando-se a ideia de culpabilidade do réu.
2) prisão processual - é uma modalidade de prisão cautelar; decretada em favor da ordem pública, celeridade processual, como garantia de que o réu irá cumprir a pena. É por simples, um tipo de prisão antecipada.
É de bom tom ressaltar que não cumprido o prazo de 10 dias para a feitura do inquérito, estando o réu preso, é válido impetrar habeas corpus. Contudo, se o prazo extrapolou um tempo mínimo devido a dificuldades comprovadas, e sendo o réu de alta periculosidade, pode o juiz não conceder o writ.
9.0 PARTICIPAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO INQUÉRITO
Quem preside o inquérito policial é o delegado de polícia. Contudo, a doutrina permite a participação do MP no inquérito. Pode o Promotor requisitar dados necessários ao inquérito, desde que este sejam realmente importantes. Deve o Promotor intervir de uma forma sadia. No entanto, não existe hierarquia entre o Promotor e o Delegado.
Deve-se realçar que o inquérito é simplesmente uma peça informativa; onde não é permitido o contraditório (art. 14 CPP). Contudo, no inquérito administrativo, no falimentar é permitido o contraditório. Segundo Tourinho Filho, tratando-se de inquérito judicial, pode ele ser contraditório, uma vez que o art. 106 da Lei de Falências concede ao falido a faculdade de, no prazo de cinco dias, contestar as arguições contidas nos autos do inquérito e requerer o que entender conveniente.
É o Promotor de Justiça, e, na esfera federal, o Procurador da República, quem deve analisá-los e, então, tomar uma das seguintes providências: 
a) requerer o arquivamento do inquérito; 
b) requerer a devolução dos autos à Polícia para novas diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia; 
c) requerer a extinção da punibilidade; 
d) oferecer denúncia.
10 INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO
1) pode ser instalado por REQUISIÇÃO do juiz ou do promotor de justiça.
2) Ou por REQUERIMENTO do ofendido ou representante legal.
3) Ou por COMUNICAÇÃO do ofendido ou representante legal.
Diferença entre REQUISIÇÃO, REQUERIMENTO e COMUNICAÇÃO:
10.1 Requisição
É uma ordem emanada de uma autoridade. Se dá nos crimes de ação pública. Segundo Tourinho Filho, a autoridade policial não pode indeferir a requisição. Requisitar é exigir aquilo que deve ser feito e, além disso, a lei não 
cuidou da possibilidade de ser a requisição indeferida, salvo quando a ordem é manifestamente ilegal.
10.2 Requerimento
É um pedido feito através de comunicação oficial (ofício, petição). Somente o ofendido ou o representante legal podem requerer. Se dá nos crimes de alçada eminentemente privada e nos crimes de ação pública condicionada. Tratando-se de requerimento, pode a autoridade policial indeferi-lo. A própria lei o permite (CPP, §2º do art. 5º). Certo que a autoridade policial não pode indeferir requerimentos que tais sem qualquer motivo, pois, do contrário e dependendo do caso concreto, pode ser criminalmente responsabilizada (CP, art. 319).
10.3 Comunicação
É o fornecimento de informações feito por qualquer um do povo. Art. 301 CPP; art. 5º, §3º CPP
Art. 5º. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§1º. O requerimento a que se refere o n. II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§2º. Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o Chefe de Polícia.
§3º. Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência da infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
Após dicotomizarmos o Inquérito Policial e sua função na ação penal partindo do pressuposto que a Policia Militar segundo o Art 144 § 5º da Carta Magna de nosso pais tema função de polícia ostensiva e a preservação da ordem pública
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
        V -  polícias militares e corpos de bombeiros militares.
    § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
    § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
No ano de 2010 cogitou-se que a Polícia Militar pudesse realizar o TCO – Termo circunstanciado de Ocorrência para dar celeridade muito embora a tenha sido barrado no Supremo Tribunal federal conforme decisão a baixo:
Decisão
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA LOCAL. LEI ESTADUAL Nº 3.514/2010. 
POLÍCIA MILITAR. ELABORAÇÃO DE TERMO CIRCUNSTANCIADO. IMPOSSIBILIDADE. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA. ATRIBUIÇÃO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA – POLÍCIA CIVIL. PRECEDENTE. ADI Nº 3.614. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).2. Consectariamente, seo recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).3. O Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu, ao julgar a ADI nº 3.614, que teve a Ministra Cármen como redatora para o acórdão, pacificou o entendimento segundo o qual a atribuição de polícia judiciária compete à Polícia Civil, devendo o Termo Circunstanciado ser por ela lavrado, sob pena de usurpação de função pela Polícia Militar.4. In casu, o acórdão recorrido assentou:ADIN. LEI ESTADUAL. LAVRATURA DE TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA. COMPETÊNCIA DA POLÍCIA CIVIL. ATRIBUIÇÃO À POLÍCIA MILITAR. DESVIO DE FUNÇÃO. OFENSA AOS ARTS. 115 E 116 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. AÇÃO DIRETA JULGADA PROCEDENTES.- O dispositivo legal que atribui à Polícia Militar competência para confeccionar termos circunstanciado de ocorrência, nos termos do art. 69 da Lei nº 9.099/1995, invade a competência da Polícia Civil, prevista no art. 115 da Constituição do Estado do Amazonas, 
e se dissocia da competência atribuída à Polícia Militar constante do art. 116 da Carta Estadual, ambos 
redigidos de acordo com o art. 144, §§ 4º e 5º, da Constituição Federal.5. O aresto recorrido não contrariou o entendimento desta Corte.6. Recursos extraordinários a que se nega seguimento. Decisão: Trata-se de recursos extraordinários interpostos pelo GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, PELO PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS e pela ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS, todos com fundamento no disposto no artigo 102, III, a,da Constituição Federal, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, assim do (fl. 158): ADIN. LEI ESTADUAL. LAVRATURA DE TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA. COMPETÊNCIA DA POLÍCIA CIVIL. ATRIBUIÇÃO À POLÍCIA MILITAR. DESVIO DE FUNÇÃO. OFENSA AOS ARTS. 115 E 116 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. AÇÃO DIRETA JULGADA PROCEDENTES. - O dispositivo legal que atribui à Polícia Militar competência para confeccionar termos circunstanciado de ocorrência, nos termos do art. 69 da Lei nº 9.099/1995, invade a competência da Polícia Civil, prevista no art. 115 da Constituição do Estado do Amazonas, e se dissocia da competência atribuída à Polícia Militar constante do art. 116 da Carta Estadual, ambos redigidos de acordo com o art. 144, §§ 4º e 5º, da Constituição Federal. Na origem, o Procurador Geral de Justiça, ajuizou ação direta de inconstitucionalidade cujo objeto é o inciso VIII, § 3º, da Lei 3.514/2010, do Estado do Amazonas, que prevê a possibilidade da Polícia Militar, no âmbito de sua jurisdição, 
confeccionar Termo Circunstanciado de Ocorrência. Asseverou que o disposto contido no mencionado inciso viola a Constituição Estadual, pois ao tratar sobre segurança pública, 
consoante determinação da Carta Magna, disciplinou e organizou as Polícias Civil e Militar, exatamente como balizada na Constituição. Sustentou que “ao atribuir à Polícia Militar a elaboração de Termo Circunstanciado, invadiu a esfera de competência da Polícia Civil” (fl. 05). O pedido foi julgado procedente alegando-se a usurpação de competência, consoante ementa supra mencionada. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. Na sequência houve interposição de recursos extraordinários. Nas razões recursais do Governador do Estado do Amazonas, bem como do Procurador-Geral do Estado do Amazonas, sustenta-se a violação ao artigo 144, §§ 4º, 5º e 7º, da Constituição Federal, sob o fundamento de que a elaboração de Termo Circunstanciado pela Polícia Militar não é trabalho investigativo, mas sim simples registro de fatos. A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, nas razões do apelo extremo, aponta violação ao artigo 144, §§ 4º, 5º e 7º, sustentando, em síntese que “cabe às Polícias Militares a preservação da ordem pública, competência ampla e que engloba, inclusive, a competência específica dos demais órgãos policiais” (fl. 273). É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das 
questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI nº 3.614, que teve como redatora para o acórdão a Ministra Cármen Lúcia, pacificou o entendimento segundo o 
qual a atribuição de polícia judiciária compete à Polícia Civil, devendo o Termo Circunstanciado ser por ela lavrado, sob pena de usurpação de função pela Polícia Militar. Na oportunidade o acórdão restou assim ementado: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DECRETO N. 1.557/2003 DO ESTADO DO PARANÁ, QUE ATRIBUI A SUBTENENTES OU SARGENTOS COMBATENTES O ATENDIMENTO NAS DELEGACIAS DE POLÍCIA, NOS MUNICÍPIOS QUE NÃO DISPÕEM DE SERVIDOR DE CARREIRA PARA O DESEMPENHO DAS FUNÇÕES DE DELEGADO DE POLÍCIA. DESVIO DE FUNÇÃO. OFENSA AO ART. 144, CAPUT, INC. IV E V E §§ 4º E 5º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AÇÃO DIRETA JULGADA PROCEDENTE. Especificamente sobre o tema, colhem-se trechos dos votos dos ministros: O problema grave é que, antes da lavratura do termo circunstanciado, o policial militar tem de fazer um juízo jurídico de avaliação dos fatos que lhe são expostos. É isso o mais importante do caso, não a atividade material de lavratura. (Ministro Cezar Peluso). A meu sentir, o Decreto, como está posto, viola claramente o § 4º do artigo 144 da Constituição Federal, porque nós estamos autorizando que, por via regulamentar, se institua um substituto para exercer a função de polícia judiciária, mesmo que se transfira a responsabilidade final para o delegado da Comarca mais próxima. Isso , pelo contrário, a meu ver, de exceção gravíssima na própria disciplina constitucional. 
(Ministro Menezes Direito). Parece-me que ele está atribuindo a função de polícia judiciária aos policiais militares de forma absolutamente vedada pelos artigos 144, §§ 4º e 5º da Constituição. (Ministro Ricardo Lewandowski). Observe-se que o aresto recorrido não divergiu do entendimento desta Corte. Ex positis, NEGO SEGUIMENTO aos recursos extraordinários, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Publique-se. Brasília, 28 de agosto de 2012.Ministro Luiz Fux Relator Documento assinado digitalmente
Muito embora a mesma Corte Suprema reconhece que a Policia Militar é autoridade de Polícia Conforme a Lei nº Lei n o 9.099, de 26 de setembro de 1995 
STF reconhece PM como autoridade policial. 
STF decide que PM é legítima para fazer escutas telefônicas autorizadas
18 de maio de 2012 in Direito, Segurança Pública
A Polícia Militar de Minas Gerais tem legitimidade para fazer escutas telefônicas judicialmente autorizadas — tarefa usualmente executada pelas polícias civis. O reconhecimento da competência aconteceu, na terça-feira (15/5), pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. De acordo com o ministro Ricardo Lewandowski, o julgamento desse processo deverá tornar-se leading case para julgamentos semelhantes futuramente pela turma.
O entendimento foi tomado no curso de um Habeas Corpus, no qual o paciente responde, em Ação Penal, pela prática de rufianismo e favorecimento da prostituição de crianças e 
adolescentes. Por meio do remédio constitucional, ele pediu a suspensão do processo. Alegou nulidade de provas obtidas contra ele mediante escutas telefônicas feitas pelo comando da PM mineira em Lagoa da Prata.
Segundo o ministro Gilmar Mendes, o juízo de Lagoa da Prata informou que, ao autorizar as escutas telefônicas pedidas pelo Ministério Público mineiro em atendimento a ofício que lhe foi dirigido pela PM-MG, atribuiu a escuta à própria PM, diante de indícios de envolvimento de policiais civis da localidade com a prática criminosa atribuída ao réu.
Assim, como explicou o relator do Habeas Corpus,as escutas foram feitas dentro dos pressupostos previstos na Lei 9.296, de 1996, que regulamenta o assunto. Além disso, apontou, o juiz, em decisão fundamentada, mostrou os motivos singulares por que incumbiu o comando da PM mineira em Lagoa da Prata a cumprir essa determinação, atribuída pela Lei 9.296 à “autoridade policial”, subentendido, aí, tratar-se da Polícia Civil.
Para Gilmar Mendes, a decisão do juiz de primeira instância foi “mais que razoável, uma vez que a Polícia Civil poderia frustrar a empreitada”.Com informações da Assessoria de Comunicação do STF.
HC: 96986
Fonte: Conjur
Comentário:
LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996
Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5° da Constituição Federal
        
O PRESIDENTE DA   REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
        Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e 
dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça.
        Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática.
        Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:
        I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
        II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
        III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
        Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada.
        Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento:
        I - da autoridade policial, na investigação criminal
art - 4º - omissis
art- 5º -  omissis
  Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização.
        
§ 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada, será determinada a sua transcrição.
        § 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da interceptação ao juiz, 
acompanhado de auto circunstanciado, que deverá conter o resumo das operações realizadas....
 Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata esta Lei, a autoridade policial poderá requisitar serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público. 
omissis...
omissis...
Ou seja,está quebrado o paradigma de que a Polícia Militar não é Autoridade Policial, voltando a linha de raciocínio iniciada a cima temos 11 (onze) agentes de segurança sejam Policiais Militares e Policias Civis na confecção de um Boletim de ocorrências e instauração de um Inquérito Policial em que não terá validade alguma na ação penal, pois como foi feito de forma inquisitória não tendo a ampla defesa e o contraditório terá que ser feito tudo novamente pelo judiciário.
O objetivo do presente trabalho monográfico e demonstrar o desperdício do erário público com duas forças trabalhando congruentes em um ciclo seccionado onde se perde muito na produção de provas e na obtenção da verdade real, pois quem atendeu a ocorrência foi a polícia militar que relata em um boletim as núncias e detalhes do fato em concreto somente o quem atendeu a ocorrência detém que nem sempre são materializados em um boletim que é simplificado.
Segundo o doutrinador Rogerio Greco em sua obra Atividades policiais no Cap. 6 item, 6.1 Dispensabilidade do Inquérito Policial narra que a função do Inquérito e somente dar suporte para propositura ação penal traz a tona o código 
de processo penal em seus Art´s 12, 27, 39, §5º e 46 §1º, no entanto o ministério públiconão pode oferecer denúncia sem que tenha como base o mínimo de provas
A proposta e alteração legislativa na constituição em seu Art. 144, no código penal e no código de processo penal para criar mecanismo legal com fito de atingir o objetivo esperado uma Polícia de excelência onde seus integrantes são técnicos possuam material adequado de trabalho e que sejam o braço do ministério público.
11 PROJETOS DE EMENDAS A CONSTITUIÇÃO – PEC´S
Não é nova a preocupação com a segurança, muito embora a política não leve a sério existem políticos que se preocupam com a segurança e criaram os projetos de emenda a constituição muito embora o senado e congresso não os vota por não ter relevância política, enquanto isso o povo sofre com a criminalidade em níveis caóticos.
Debate na CCJ sobre unificação de polícias não chega a consenso
Da Redação | 26/11/2015, 16h13 - ATUALIZADO EM 27/11/2015, 08h59 
11.1 PROPOSIÇÕES LEGISLATIVAS
PEC 102/2011 
PEC 19/2013 
PEC 40/2012 
PEC 51/2013 
PEC 73/2013 
Consenso em torno da unificação e desmilitarização das polícias parece ainda estar longe de ser alcançado dentro do aparato de segurança brasileiro. Isso 
ficou evidenciado em debate promovido pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), nesta quinta-feira (26), sobre cinco propostas de emenda à Constituição (PECs 102/2011;  40/2012; e 19, 51 e 73, de 2013) que modificam a estrutura das diversas polícias. A discussão foi conduzida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), relator das PECs.
As divergências expostas no debate gravitaram em torno de duas propostas: a construção de um ciclo completo de polícia (a mesma corporação poder acumular atividades de polícia judiciária, investigação criminal, prevenção a delitos e manutenção da ordem pública) e a ampliação da possibilidade de lavratura do Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO (qualquer policial fazer o registro de infrações mais leves, com pena máxima de até dois anos de prisão ou multa). Os debates tangenciaram, ainda, a criação ou não de um Conselho Nacional de Polícia.
Na avaliação do representante do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militares do Brasil, Alessandri da Rocha Almeida, “o TCO é o pontapé inicial para o ciclo completo de polícia”. Em complementação, o representante da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais e do Distrito Federal, Elias Silva, defendeu o ingresso da guarda municipal no policiamento ostensivo, admitindo que a Polícia Militar não dá conta sozinha dessa missão.
Para o presidente da Conferência Nacional das Guardas Municipais do Brasil, Oséias Francisco da Silva, é preciso desmilitarizar as polícias e aproveitar a 
expertise da guarda municipal na estruturação de uma polícia comunitária, que preze pela preservação da vida e dos direitos dos cidadãos. O representante da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, Janio Bosco, defendeu, por sua vez, a delimitação do ciclo completo de polícia com respeito às atribuições de cada força e a organização de uma carreira única para ingresso no setor.
11.2 Conselho
A exemplo das entidades já citadas, o representante da Associação de Delegados de Polícia do Brasil, Wladimir Sergio Reale, sustentou que a criação de um Conselho Nacional de Polícia vai conferir um maior controle social sobre os atos da instituição. Reale reivindicou ainda a vinculação de recursos públicos para a segurança, assim como é feito para a saúde e a educação.
Entendimento diverso sobre o conselho foi apresentado pelo procurador regional da República Alexandre Camanho de Assis.
A PEC 102 [do senador Blairo Maggi (PR/MT) traz essa ideia, que me parece sem sentido. Conselhos nacionais servem para o controle firme e social das magistraturas constitucionais, que são o Judiciário e o Ministério Público. Não haveria essa necessidade de um conselho nacional para fazer o controle de um organismodo Poder Executivo — considerou Camanho. ao final do debate, o senador José Medeiros (PPS-MT) reconheceu a controvérsia em torno das propostas de unificação e desmilitarização das polícias. E lamentou que a segurança seja “o patinho feio” na lista de prioridades para recebimento de verbas públicas.
Já Randolfe prometeu promover novos debates com setores envolvidos na questão antes de elaborar seu parecer.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
11.3 PEC DE CRIAÇÃO DE POLICIA ÚNICA NOS ESTADOS
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 430/09, em análise na Câmara dos Deputados, institui uma nova organização policial estadual e extingue as atuais polícias militares. Pelo texto, do ex-deputado Celso Russomanno, caberá à União legislar sobre essa nova estrutura (polícia estadual), que será subordinada aos governadores de estado e do Distrito Federal.
O autor da PEC ressalta não se tratar de unificação das polícias, mas da criação de um novo sistema de segurança pública. Ele destaca também que os integrantes das polícias existentes “não sofrerão nenhum tipo de prejuízo remuneratório ou funcional”.
A proposta assegura aos atuais integrantes das polícias – civil e militar – optar por migrar para o novo sistema ou permanecer na carreira vigente. Caso faça a segunda escolha, o projeto assegura paridade remuneratória e igualdade em todos os direitos.
11.4 BOMBEIROS E GUARDAS CIVIS
A PEC também extingue os corpos de bombeiros militares – a instituição passa a ser totalmente civil. Embora permaneça de competência dos estados, a organização das corporações será instituída por lei federal, editada pelo Executivo.
Ainda conforme a proposta, as guardas municipais poderão realizar atividades complementares de vigilância ostensiva comunitária. Para isso, no entanto, será necessário convênio com a polícia estadual e coordenação do delegado.
http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/11/26/debate-sobre-unificacao-de-policias-nao-chega-a-consenso-na-ccj
11.5 ESTRUTURA
O texto estabelece a organização básica da polícia. A nova estrutura terá uma direção geral em cada estado e no DF. O delegado-geral será escolhido pelo governador entre os integrantes da última classe da carreira de delegado.
Para ocupar o cargo, o candidato deverá ter mais de 35 anos e ser aprovado pela maioria absoluta dos integrantes da assembleia ou câmara legislativa. O mandato será de dois anos, permitida uma recondução.
Para ser delegado, por sua vez, a proposta prevê a exigência de formação superior em Direito. Todos os cargos da polícia somente poderão ser preenchidos por concurso público de provas e títulos, com a participação obrigatória da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no processo.
Ainda segundo o texto, a atividade de perícia, apesar de integrar a polícia e subordinar-se ao delegado, terá autonomia técnico-funcional.
11.6 TRANSIÇÃO
Durante o período de transição do modelo atual para o novo, a direção da polícia será exercida de forma alternada entre um oficial da polícia militar e um delegado da polícia civil. Cada um permanecerá no cargo por dois anos. Ainda assim, a proposta determina que os critérios de atuação desse profissional serão estabelecidos em lei, e somente poderá exercer a função quem tiver curso superior em Direito.
11.7 CONTROLE E FINANCIAMENTO
Com o objetivo de exercer o controle da atividade policial e dos corpos de bombeiros, a PEC institui o Conselho Nacional de Segurança Pública, órgão colegiado composto por 20 membros. Esses integrantes, oriundos de diversos órgãos relacionados à segurança pública e da sociedade civil, serão nomeados pelo presidente da República, depois de aprovação pela maioria absoluta do Senado. O mandato será de dois anos.
A proposta prevê ainda a criação, por meio de lei complementar, dos fundos nacional, estadual e municipal de segurança pública, constituídos por um porcentual da arrecadação de cada um desses entes federados.
11.8 TRAMITAÇÃO
A proposta encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para análise da admissibilidade, com relatoria da deputada Sandra Rosado (PSB-RN). Caso seja acolhida, deverá ser avaliada por comissão especial criada para este fim, antes da votação em dois turnos pelo Plenário.
PEC que tramita no Senado quer unificar polícias, com desmilitarização
Proposta de Emenda à Constituição 51/2013 converte as polícias Civil e Militar em uma só. Assunto divide opiniões em Joinville 
Daiana Constantino, Joinville 15/05/2014 09h21
A proposta de desmilitarização da polícia brasileira, assunto que é considerado polêmico, voltou a repercutir no país. Está sendo discutida no Senado Federal a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 51/2013, que altera modelo de segurança pública vigente, convertendo as polícias Militar e Civil em uma só, de natureza civil.
Como o assunto não é novo, o delegado de Polícia Civil Thiago Nart, de Joinville, diz que já pensou a respeito. Ele fala que é a favor da desmilitarização. “Esse modelo de duas polícias não funciona porque não há interação. ” Segundo Nart, os interesses são divergentes. “A queda de braço interna entre as polícias chega a ser maior do que o combate à criminalidade”, analisou.
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/471218-PEC-INSTITUI-NOVA-POLICIA-CIVIL-E-EXTINGUE-POLICIAS-MILITARES-NOS-ESTADOS.html
Para Nart, o ponto crucial desse debate é como seria feita a desmilitarização na prática. “Os policiais não podem ser prejudicados, porque há muitas diferenças entre a civil e a militar, ” ponderou. O delegado prevê que, mesmo com as divergências, cedo ou tarde a desmilitarização vai acontecer. “Não faz sentido um policial receber treinamento militar. Nos países desenvolvidos não existe isso. A militarização é resquício da ditadura”, opinou. 
A opinião do comandante do 17º Batalhão da PM (Polícia Militar), Sandro Maurício Isaque, é bem diferente. Para ele, o militarismo é ideal para o controle da segurança por ser um modelo que tem hierarquia e disciplina. “Há uma tendência mundial para militarização de colégios”, alegou ele, reforçando sua defesa em prol do militarismo.
Para o comandante, a falta de diálogo entre as polícias Civil e Militar prejudica o trabalho na segurança. Contudo, o comandante destaca que em Joinville a relação é boa entre as polícias. “O trabalho é feito em conjunto”, garantiu. 
Questionado sobre o assunto, o vereador Fabio Dalonso (PSDB) disse que desconhece o teor da PEC 51/2013. Em princípio, o político tucano, que é ex-militar do Exército, diz não ver com bons olhos a desmilitarização, por acreditar que a fusão das polícias não seria de fácil implementação.
Para quem é de fora do meio policial, o assunto causa dúvidas. A comerciante joinvilense Maria Elisa da Silva, 58 anos, reconhece que a sociedade precisa encontrar meios mais eficientes de combate à violência. Nas ruas, a reportagem ouviu outros moradores sobre a proposta de desmilitarização da polícia.
A discussão de mudanças na gestão das polícias Civil e Militar vem ganhando força com projetos no Senado e Câmara dos Deputados, em Brasília. Há 
43
duas propostas de emenda à Constituição (PEC) em tramitação – uma no Senado Federal, a PEC 51/13, que visa a alteração do atual modelo de segurança pública, convertendo as duas corporações em uma só; outra na Câmara dos Deputados, a PEC 431/14, que amplia a competência da PM, dando-lhe atribuições de polícia judiciária, com poderes de investigação. Os dois projetos são bastante polêmicos. Para o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais (Sindepominas), delegado Marco Antônio de Paula Assis, o modelo ideal para o Brasil é o da Polícia de Ciclo Completo, a chamada polícia unificada, segundo ele adotado em quase todos os países.
Trata-se de uma organização civil, com delegação à mesma corporação policial tanto das atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação criminal quanto da prevenção aos delitos e manutençãoda ordem pública, incluindo a presença ostensiva uniformizada de agentes nas ruas. Assis afirma que, no Brasil, a Constituição Federal dispõe sobre as duas polícias, prevendo o exercício da polícia judiciária pelas corporações civis e a atuação ostensiva e preservação da ordem pública pelas Policias Militares. “Nessas condições, as duas entidades atuam de forma isolada, tendo como único contato o momento da apresentação dos presos em flagrante, pelos militares, nas delegacias da Polícia Civil, para as providências de polícia judiciária cabíveis”, disse o delegado.
Em agosto, o sindicato criou a Campanha de Esclarecimento Público sobre o Papel e a Importância do Delegado de Polícia. Além da valorização da função dos delegados de Minas Gerais, a campanha busca estreitar as relações com a população e mostrar a importância dessa parceria. Atualmente, Minas conta com um efetivo de 1.200 delegados para atender os 853 municípios mineiros. O número está abaixo do indicado pela Lei Orgânica de Minas Gerais. O efetivo para o estado deveria ser de 1.987.
Na opinião do chefe da sala de imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais, major Gilmar Luciano Santos, o melhor modelo de polícia para o país não é de uma polícia única, mas sim a potencialização operacional das corporações já 
44
existentes. “O ciclo completo de polícia é hoje a melhor proposta para potencializar e agilizar a prestação do serviço policial do Brasil.
 Nesse modelo, seja a Polícia Civil ou a PM, quem prende em flagrante já apresenta à Justiça”, explicou o major. Quanto a militarização, ele afirmou ser necessário para manter a hierarquia e a disciplina.
O major Lázaro Tavares de Melo da Silva, assistente de gabinete do comandante-geral, explicou que o ciclo completo de polícia considerado ideal pela corporação prevê a capacidade que as agências policiais têm de desenvolver a fase pré-processual por inteiro. “A PM pode realizar tanto atividades de prevenção e patrulhamento ostensivo, quanto as de polícia repressiva, lavrando autos de prisão em flagrante e abrindo inquérito. Quem ganha nesse modelo é a sociedade”, afirmouCOM A APROVAÇÃO DO NOVO PROJETO QUAIS AS VANTAGENS TRAZIDAS PARA O JUDUCIARIO PARA A SOCIEDADE PARA O EXECUTIVO.APRESENTAÇÃO DAS VANTAGENS DE SE TER O CILCLO COMPLETO DE POLICIA. Após o evento ocorrido no estado do Espirito Santo – ES onde a Policia Militar parou por alguns dias demonstra a fragilidade do sistema de segurança nacional e seu ancoramento na Policia Militar Estadual
O senado no afã de resolver o problema sem qualquer estudo de situação inicia a lançar propostas legislativas PECs:
A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC 6/2017) que propõe a federalização dos órgãos de segurança pública no país.
A PEC incorpora as polícias civis à Polícia Federal, unifica todas as polícias militares em uma Polícia Militar da União e ainda propõe a unificação dos corpos de bombeiros militares em um Corpo de Bombeiros Militares da União. A proposta altera os artigos 21, 22, 42 e 144 da Constituição e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
Na justificativa, Rose argumenta que o país está convivendo com um "número absurdo de mortes violentas intencionais", citando os 58.492 
casos de 2015, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Ela enumerou ainda o fortalecimento das facções criminosas, sangrentas rebeliões em presídios e greves de policiais militares.
"Estes são sinais gritantes de que o modelo de segurança pública brasileiro está falido, exaurido. Os estados não têm mais condições de suportar sozinhos o peso de garantir a segurança dos seus próprios cidadãos", argumenta.
A senadora lembra que o Brasil tem hoje, de um lado, três polícias em nível federal e, de outro, 27 polícias civis e militares que em nível estadual estariam "sucateadas, desvalorizadas e ineficientes, sem interagir ou cooperar umas com as outras ou a nível federal".
Rose ainda defende que a federalização da segurança pública valorizará os policiais civis, militares e bombeiros militares, proporcionando uma maior "racionalização, desburocratização e padronização de estruturas", tornando assim em seu entender a prestação do serviço mais eficiente.
A proposta chegou para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e cabe ao presidente Edison Lobão (PMDB-MA) escolher um relator para a matéria.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Acelerado o processo de implantação da POLÍCIA MILITAR FEDERAL
Revista Sociedade Militar – DF – Essa semana muita gente se surpreendeu com uma nova proposta de unificação das polícias. A ideia, já em andamento, faz com que todos os policiais militares do país sejam subordinados à polícia federal, que é subordinada ao Ministro da Justiça, indicado pelo Presidente da República. A proposta deixaria os militares das Forças Armadas de fora no que diz respeito à resolução de problemas em nível nacional, deixando isso a cargo da criada POLÍCIA MILITAR FEDERAL. 
A proposta também deixa claro que os estados não terão mais poder para determinar mobilizações, convocações e dotação de armamento. 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização da Polícia Militar da União e do Corpo de Bombeiros Militares da União;
A proposta também deixa claro que a POLÍCIA MILITAR DA UNIÃO será órgão permanente e comandada por um oficial no mais alto posto da corporação. A norma não especifica se o posto será em nível de oficial general ou superior. 
§ 4º À Polícia Militar da União, instituída por lei federal específica como órgão permanente, organizado e mantido pela União, estruturado em carreira e comandado por oficial do posto mais elevado da corporação, cabem: I – o policiamento ostensivo, preferencialmente comunitário; e II – a preservação da ordem pública. 
Um item chama a atenção ao mencionar que as forças auxiliares e “reserva do exército” PODEM ser utilizadas pelos governadores de estado depois de criada lei específica para isso. 
§ 6º A Polícia Militar da União e o Corpo de Bombeiros Militares da União, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se ao Presidente da República e podem ser utilizadas pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal nos termos de lei federal específica.
“Art. 115. Ficam as polícias civis dos Estados e do Distrito Federal incorporadas à Polícia Federal.
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/10/01/interna_gerais,693646/policiamento-em-debate.shtml
Importante destacar aqui que a proposta dessa vez parte da chamada Câmara ALTA, o SENADO, e que a maior parte dos 25 senadores que assinam como autores são membros chave da base do atual governo. Evidentemente isso pode fazer com que a tramitação ocorra em ritmo bastante acelerado 
Destacamos entre os autores os nomes de Magno Malta, Edson Lobão, Cristovão Buarque e Paulo Paim, esse último, apesar de ser do Partido dos Trabalhadores também assina como autor. 
Militar na reserva ouvido pela Revista Sociedade Militar diz que pode ser apenas questão de tempo para que ocorra essa unificação: "parece que a idéia de desmilitarização aos poucos desaparece diante do maior potencial de politização de membros de corporações civis, o que gera aborrecimento para o governo, e da notória simpatia do povo pelos militares. Quanto a unificação, de certa forma isso já começou com a força nacional. Essa instituição funciona como um laboratório. E para o governo está dando certo a integração de policiais de vários estados em uma só corporação… Se observarmos o número e status dos senadores signatários do documento é impossível não perceber que se trata de grupo forte e influente. Foram bastante perspiscazes na maneira de apresentar sua idéia, ao deixar claro que a nova corporação será subordinada à POLÍCIA FEDERAL, hoje com enorme status diante da sociedade. Percebe-se, como vocês disseram, que em apenas uma semana de consultapública já mostra a simpatia da sociedade ante a proposição… quem não quer a Polícia Federal patrulhando a cidade? Isso vai atrair a atenção sim. Mas, ah muitas outras implicações… haverá resistência por parte das corporações estaduais. "  
12.0 CONTEXTUALIZANDO COM A REALIDADE ESTADUAL (MATO GROSSO)
Não se atentando que o problema nãoestána origem seja estadual ou federal o problema consiste na temática é um conjunto de órgãos públicos federais e estaduais que deixam de fazer suas funções acarretando assim para a Policia Militar, que fica limitada ao ciclo seccionado.
Deixando mais translucido usamos num exemplo na Policia Militar do estado de mato Grosso.
As vantagens são incontáveis tendo como start a diminuição significativa de agentes públicos executando serviços dispensáveis,como demonstrado em uma situação real:
Read more http://www.sociedademilitar.com.br/wp/2017/02/unificacao-em-tramitacao-implantacao-policia-militar-federal-forca-nacional-melhorada.html
Fonte: http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/03/06/pec-preve-a-federalizacao-do-sistema-de-seguranca-publica-do-pais
	
	ESTADO DE MATO GROSSO
POLÍCIA MILTAR
COMANDO ESPECIALIZADO
BATALHÃO ROTAM
CUIABÁ - MT, 07 DE MARÇO DE 2017 (TERÇA-FEIRA)
	
VISTO EM
___/__ /____
CMD ROTAM
	COMANDANTE DO BATALHÃO ROTAM
	TENCEL PM FERNANDO RGPMMT 
	SUBCOMANDANTE DO BATALHÃO ROTAM
	MAJ PM AIRTON RGPMMT 
	ROTAM COMANDO (OFICIAL DE DIA)
	2º TEN PM DORILEO JUNIOR RGPMMT 
	ROTAM NOVENTA (ADJUNTO DE DIA)
	SUBTEN PM SANTOS RGPMTT 
	RESERVA DE ARMAMENTOS ROTAM – ARMEIRO 
	CB PM JOAB RGPMMT 
	MOTORISTA DO COMANDO RT- 01 (08H00MIN AS 20H00MIN)
	CB PM PADILHA RGPMMT 
	ESTAFETA RT-19 
	SD PM NONATO RGPMMT 
	GUARDA DO BATALHÃO ROTAM RT-02 (07H30MIN ÀS 07H30MIN)
	3º SGT PM RENILDO RGPMMT 
CB PM WELLITON RGPMMT 
SD PM TAVARES RGPMMT 
SD PM ARRUDA RGPMMT 
	- O ROTAM CMD DEVERÁ DISTRIBUIR AS VIATURAS NAS ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA O PATRULHAMENTO TÁTICO;
- O ROTAM CMD DEVERÁ, QUANDO NECESSÁRIO, BAIXAR UMA EQUIPE PARA COMPOR A GUARDA NO PERIODO NOTURNO;
- O ROTAM CMD DEVERÁ, QUANDO NECESSÁRIO, DESIGNAR UMA EQUIPE PARA BUSCAR ALMOÇO AS 10H00MIN E A JANTA AS 16H00MIN;
- CONF. A SEÇÃO DE PLANEJAMENTO E OP., A EQUIPE SATURAÇÃO REALIZAR POLICIAMENTO, ÁREA DO 3ºBPM, NOS BAIRROS MORADA DO OURO E CPA 4;
- OS POLICIAIS QUE POSSUEM COR, DEVERÃO AVALIAR E ORIENTAR OS ESTAGIÁRIOS NAS SUAS RESPECTIVAS BARCAS;
- A GUARDA DEVERÁ BUSCAR OS REEDUCANDOS NO CRC CARUMBÉ ASSIM QUE ASSUMIR O SERVIÇO (07H30MIN);
- TODOS OS POLICIAIS DO BATALHÃO ROTAM QUE ESTIVEREM DE FÉRIAS, LICENÇAS PREMIO OU QUALQUER OUTRO AFASTAMENTO, DEVERÁ MANTER OS NUMEROS DE TELEFONES E ENDEREÇOS ATUALIZADOS, PARA ALGUM EVENTUAL CONTATO. FINS DE CIENTIFICÁ-LO A RESPEITO DE AUDIENCIA EM FÓRUM QUE POR VENTURA POSSAM OCORRER NO PERÍODO DO AFASTAMENTO. (CONF. MANIFESTAÇÃO Nº07/ASS.JUR./PMTMT/2017);
- POLICIAIS QUE NÃO SÃO VOLUNTÁRIO PRA VIAGEM, PROCURAR A ADM.
	EVENTOS, APRESENTAÇÕES E ATIVIDADES OPERACIONAIS.
2ªCIA - SERVIÇO DIÁRIO
EQUIPE ROTAM – VTR 
07H30MIN ÀS 07H30MIN
	VTR
	RT-02 
	RT-03
	1ºH
	2º TEN PM DORILEO JUNIOR RGPMMT 
	SUBTEN PM SANTOS RGPMTT 
	2ºH
	SD PM BUENO NETO RGPMMT 
	CB PM RENE RGPMMT 
	3ºH
	CB PM PINHEIRO RGPMMT 
	SD PM CAMPOS ALMEIDA RGPMMT 
	4ºH
	SD PM LIMA RGPMMT 
	SD PM ROMÁRIO RGPMMT 
	VTR
	RT-05 
	RT-04 
	1ºH
	1º SGT PM JENMES RGPMMT 
	3º SGT PM CLAUDEMIR RGPMMT 
	2ºH
	SD PM W. VIEIRA RGPMMT 
	SD PM CLERISMAR RGPMMT 
	3ºH
	CB PM MARCO ANTONIO RGPMMT 
	3º SGT PM BRAGA RGPMMT 
	4ºH
	SD PM SOUZA RGPMMT 
	SD PM CLEZIO RGPMMT 
EQUIPE ROTAM – CAR 
10H00MIN AS 18H00MIN
	VTR
	MOTOS
	MOTOS
	1ºH
	SUBTEN PM CUSTÓDIO RGPMMT 
	CB PM MEDEIROS JUNIOR RGPMMT 
	2ºH
	SD PM ELIMAR RGPMMT 
	CB PM VANDERLEY RIBEIRO RGPMMT 
	3ºH
	SD PM EDIVALDO RGPMMT 
	SD PM DUTRA RGPMMT 
	4ºH
	SD PM ASSIS RGPMMT 
	SD PM JOÃO SILVA RGPMMT 
EQUIPE DE SATURAÇÃO
14H00MIN AS 00H00MIN
	VTR
	RT-06 
	1ºH
	CB PM JORGE RGPMMT 
	2ºH
	SD PM COVATTI RGPMMT 
	3ºH
	SD PM RICARTE RGPMMT 
	4ºH
	SD PM SALES RGPMMT 
51
52
Na data de 07 de março de 2017, na avenida Joao Gomes sobrinho em Cuiabá-MT a equipe da RT 04 composta pelos graduados SGT PM Claudemir e SGT PM Braga juntamente com os SD PM Clezio e SD PM Clerismar, quando 02 indivíduos em um veículo civic avistaram a viatura desviaram para a rua Américo salgado onde devido a atitude suspeita o veículo foi abordado realizado a busca pessoal nada encontrado ao realizar a busca no interior do veículo foi localizado em uma mochila 04 (quatro) tabletes de substancia análoga a maconha, diante de dos fatos feita a detenção os ocupantes do veículo e encaminhados a central de flagrantes onde foi confeccionado o presente Boletim de ocorrências. 
Iniciando a analise temos 04 (quatro) policiais militares que atenderam a ocorrência na central de flagrantes tem mais 01 (um policial) para confecção do boletim de ocorrências que após a confecção é entregue ao plantonista da Policia Civil que recebe o Boletim de ocorrências e apresenta-o ao Delegado que determina ao Escrivão que proceda a oitiva das testemunhas da vítima e indiciado bem como termo de apreensão exposição de material apreendido e nota de culpa para o detido, logo após encaminha o detido ao agente prisional para colocá-lo em uma cela.
O fato narrado a cima é uma demonstração simples de quantos agentes da segurança estão trabalhando para produzir um inquérito policial, que tem por finalidade meramente informar o juiz do crime da autoria do crime a materialidade do crime e a vítima. Fato que se fosse direito para a ação penal diminuiria em apenas 02 ou 04 agentes púbicos ao invés de 11 (onze) senão vejamos: uma viatura são 04 policiais, o boletinista 01 policial, plantonista da polícia civil 01 policial civil delegado plantonista 01, escrivão da polícia civil 01, agente penitenciário 01. Lembrando que ainda tem a equipe de 02investigadores da Polícia Judiciaria Civil para finalizar a investigação
Legenda:
	Quant.
	Função
	Salario
	Total
	02
	Soldados PM (VTR)
	R$ 3.421,02
	R$ 6.842,04
	02
	Sargentos PM (VTR)
	R$ 7.957,77 
	R$ 15.915,54
	01
	Soldado Boletinista PM
	R$ 3.421,02 
	R$ 3.421,02 
	01
	Plantonista da Policia Judiciaria Civil
	R$ 9.652,22
	R$ 9.652,22
	01
	Delegado Plantonista
	R$ 19.316,49 
	R$ 19.316,49 
	01
	Escrivão da Policia Civil
	R$ 9.652,22
	R$ 9.652,22
	01
	Agente prisional
	R$ 4.912,60
	R$ 4.912,60
	02
	Investigadores da policia Civil
	R$ 9.652,22
	R$ 19.304,44
	11
	
	R$ 67,895,56
	R$ 89.016,57
Fazendo uma matemática simples temos a comprovação de que para cada boletim de ocorrências gerado e registrado temos o empenho de aproximadamente 11 (onze) agentes públicos totalizando um gasto de R$ 89.016,57 (oitenta e nove mil dezesseis reais e cinquenta e sete centavos) para produzir a ação penal que ainda não foi oferecida a denúncia.
Somente em pessoal não incluso material administrativo viatura combustível energia elétrica entre outros agrupadores (instalação computadores, energia elétrica, internet, alimentação, material de expediente) de gastos para o estado para formalizar uma peça que a função meramente informativa e que segundo o código penal e dispensável para a ação penal.
Seguindo ainda a linha de raciocínio temos as informações que se desfazem pois com a transmissão da informação para um agente que não esteve no local, criando um lapso na transmissão de informação se esvaindo com o tempo e com o excesso de burocratização de procedimento.
Como mencionado no início por ser integrante de um Batalhão Especializado

Outros materiais