Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 APOSTILA TEÓRICA BIOQUÍMICA CURSO: BIOMEDICINA Profa. Andréa Carla Leite Chaves 2 AMINOÁCIDOS 1. CONCEITOS: Aminoácidos (aa) - unidades fundamentais das proteínas; Peptídeos- pequenas cadeias de 2 ou mais aa unidos por ligação covalente; Polipeptídeos- cadeias extremamente longas de muitas unidades de aa; Proteínas- moléculas constituídas de polipeptídeos. 2. ABREVIATURAS DOS AMINOÁCIDOS: Aminoácido Abreviaturas Alanina Ala A Arginina** Arg R Asparagina Asn N Ácido aspártico Asp D Ácido glutâmico Glu E Cisteína Cys C Glicina Gli G Glutamina Gln Q Histidina** His H Isoleucina* Ile I Leucina* Leu L Lisina* Lys K Metionina* Met M Fenilalanina* Phe F Prolina Pro P Serina Ser S Tirosina Tyr Y Treonina* thr T Triptofano* trp W Valina* Val V * aa essenciais ** aa essenciais apenas na infância 3. ESTRUTURA GERAL DOS AMINOÁCIDOS: 3 4. CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Os aa podem ser classificados de acordo com o grupo R: Grupos R apolares (hidrofóbicos): Alifáticos: Aromáticos Tiol Característica: Não interagem com a água em pH fisiológico; Grupos R polares (não carregados): Álcoois Amidas Tiol Aromático Característica: Possuem grupos funcionais que formam ponte de H com a água; 4 Grupos R carregados: Ácidos (carregados negativamente) Básicos (carregados positivamente) Característica: Têm carga líquida negativa ou positiva em pH fisiológico; Os aa estão ionizados em solução aquosa: OS AA SÃO SUBSTÂNCIAS ANFOTÉRICAS: Podem agir como ácido (doador de prótons) ou base ( aceptor de prótons) - OS AA TEM PODER TAMPONANTE: pK – é a medida da tendência do grupo para ceder o próton (H+) Poder tamponante: Nas vizinhanças do pK, uma quantidade relativamente grande de OH- ou H+ produz poucas mudanças no pH, portanto o tamponamento é eficaz na vizinhança do valor do pK (zona de tamponamento). Ex: Ala - pK1 = 2,34 e pK2= 9,69, força tamponante na região de pH de 1,34-3,34 e 8,7-10,7; Valores de pK dos grupos ionizáveis de alguns aa a 25C Aminoácido pK1 -COOH pK2 -NH3 pK3 grupo R Gly 2,34 9,6 Ala 2,34 9,69 Leu 2,36 9,60 Ser 2,21 9,15 Thr 2,63 10,43 Gln 2,17 9,13 Asp 2,09 9,82 3,86 Glu 2,19 9,67 4,25 His 1,82 9,17 6,0 Cys 1,71 10,78 8,33 Tyr 2,20 9,11 10,07 Lys 2,18 8,95 10,53 Arg 2,17 9,04 12,48 5 PEPTÍDEOS Ligação peptídica: ligação covalente entre o grupo carboxila de um aa e o grupo -amino de outro aa, é uma ligação extremamente forte; Estrutura da serilglicilleucina - tripeptídeo PEPTÍDEOS COM ATIVIDADE BIOLÓGICA: Hormônios: insulina, glucagon, corticotrofina, ocitonina; Aspartame (aspartilfenilalanil metiléster) – adoçante artificial; Cefalinas: formados no SNC e induzem a analgesia; Antibióticos 6 PROTEÍNAS Macromoléculas mais importantes e abundantes das células, extremamente versáteis em suas funções. 1. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS: 1.1. Estrutura primária: Sequência de aa que caracteriza peptídeos e proteínas, é mantida pela ligação peptídica; 1 2 3 4 5 6 7 8 9 NH3+ -Ala- Gly- Asp- Gly- Lis- Arg- Glu- Ala- Ala- COO - 1.2. Estrutura secundária: Maneira pela qual resíduos sucessivos de aa estão arranjados no espaço, é determinada pela interação de grupos R próximos entre si. É a forma mais estável da proteína em um determinado conjunto de condições fisiológicas. Dois tipos principais: -Hélice Características: estrutura espiral, consistindo de um esqueleto polipeptídico central espiralado com os grupos R projetados para fora da hélice. Confere resistência física e insolubilidade a pH 7,0 e 37C. Ligações que estabilizam e mantem a estrutura: Pontes de H entre cada H ligado ao N da ligação peptídica e o O da carbonila do quarto aa da sequência polipeptídica. As -hélices são interligadas por pontes de sulfeto. Aa predominantes: hidrofóbicos (Phe, Ile, Val, Met e Ala) Aa que restringem a formação da -hélice: Aa com grupos R carregados (Asp, Glu, Lis, Arg e Hys); Aa com grupos R volumosos (Ser, Trp, Leu, Tre); prolina Exemplo: - queratina (cabelo, lã, unhas, garras, escamas, cascos) -pregueada ou -folha: Características: O esqueleto da cadeia polipeptídica se dispõe em zigue-zague, quase completamente estendido. São insolúveis a pH 7,0 e 37C, mas são flexíveis, distendem-se e são facilmente dobráveis. Ligações que estabilizam e mantem a estrutura: Pontes de H intercadeia (2 ou mais cadeias polipeptídicas ) ou intracadeia (uma única cadeia polipeptídica dobrando-se sobre si mesma). A organização das folhas pregueadas pode ser paralela ou antiparalela. Aa predominantes: Aa com grupos R pequenos (Gly e Ala) Exemplo: Fibroína (proteína da seda e teia de aranha), imunoglobulinas. 1.3. Estrutura terciária: Estrutura tridimensional da proteína, informa como a cadeia polipeptídica se arranja no espaço, como ela se dobra sobre si mesma. É conferida pela interação a longa distância na sequência de resíduos de aa. Ligações que estabilizam e mantêm a estrutura: Interações hidrofóbicas, pontes de H, ligações iônicas, pontes de sulfeto. 7 1.3. Estrutura quaternária: Característica de proteínas oligoméricas - proteínas que possuem 2 ou mais cadeias polipeptídicas separadas (subunidades). Cada uma das subunidades é uma cadeia polipeptídica com estrutura secundária e terciária característica que se combinam para formar a estrutura quaternária. Ligações que estabilizam e mantêm a estrutura: Interações hidrofóbicas, pontes de H, ligações iônicas. Exemplo: hemoglobina 2. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS: 2.1. Classificação de acordo com a forma: CLASSE CARACTERÍSTICA EXEMPLOS Proteínas fibrosas Cadeias polipeptídicas compridas, estendidas ao longo de um eixo. Geralmente são insolúveis em água e têm função estrutural e protetora * Queratina (cabelo, lã) * Fibroína (seda) * Colágeno e elastina (pele, parede vasos sanguíneos) * Actina, miosina (músculo) Proteínas globulares Cadeias polipeptídicas enroladas na forma globular ou esférica. Geralmente são solúveis em água, difundem-se facilmente e têm função móvel e dinâmica. * Anticorpos * Hemoglobina * Mioglobina 2.2. Classificação de acordo com a composição: CLASSE CARACTERÍSTICA EXEMPLOS Proteínas simples Constituídas apenas por aa. Ribonuclease Quimiotripsinogênio Proteina Grupo prostético Proteínas conjugadas Constituídas da parte proteica (apoproteína) e de grupos químicos que não são aa (grupo prostético) * Lipoproteínas * Glicoproteínas * Fosfoproteínas * Metaloproteínas * Hemoproteínas Lipídeos Carboidratos Grupos fosfato Ferro, cobre, zinco Heme ferroporfirina) 8 2.3. Classificação de acordo com a função biológica: CLASSE FUNÇÃO EXEMPLOS Enzimas Proteínas altamente especializadas com função catalítica; Tripsina, Quimiotripsina, Ribonuclease Proteínas transportadoras Ligam e transportam moléculas ou íons de um orgão para o outro; Albumina, Hemoglobina,Lipopoproteínas Proteínas nutrientes e de reserva Servem como fonte de energia* ou estocam substâncias**; * Caseína, * Ovoalbumina, ** Ferritina Proteínas contratéis ou de movimento Conferem às células e organismos capacidade de movimento, contração ou mudança de forma; Actina, Miosina, Tubulina Proteínas estruturais Conferem firmeza ou proteção a estruturas biológicas; Colágeno, Elastina, Queratina Proteínas de defesa Defendem o organismo da invasão de outras espécies* ou contra lesões**; * Imunoglobulinas * Venenos e toxinas ** Fibrinogênio Proteínas reguladoras (hormônios) Regulam as atividades celulares e fisiológicas; Insulina Glucagon Corticotrofina Outras proteínas Funções diversas de difícil classificação; Monelina, Resilina 3. DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS: Algumas condições como aquecimento, valores extremos de pH, exposição a altas concentrações de ureia, detergentes ou agitação vigorosa podem causar a perda das estruturas secundárias, terciária e quaternária das proteínas com consequente perda da atividade biológica (sem rompimento da estrutura primária). 4. SOLUBILIDADE DAS PROTEÍNAS: Varia de acordo com: pH (menor solubilidade no PI) Temperatura ( temperatura = desnaturação = insolubilidade) Concentração de sais ( “salting in”- solubilidade pela adição de sais e “salting out”- precipitação da proteína pela adição de sal) PiSolu bilid ade pH Solu bilid ade [Sal] “sal ting in” “salting out”Solu bilid ade Temperatura 9 5. SEPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS /AMINOÁCIDOS: Características que são utilizadas para separar/purificar proteínas: Tamanho, carga, hidrofobicidade, solubilidade e atividade biológica. Ponto isoelétrico: pH no qual as proteínas apresentam a carga líquida igual a zero. pH igual ao PI molécula com carga zero Não ocorre migração das molécula se submetidas a um campo elétrico. pH abaixo do PI molécula na forma catiônica (carga positiva) migra para o polo negativo no campo elétrico. pH acima do PI molécula na forma aniônica (carga negativa) migra para o polo positivo no campo elétrico. Principais métodos utilizados: Eletroforese e cromatografia Eletroforese: É uma técnica de separação de moléculas que consiste na migração de moléculas com carga, numa solução, em função da aplicação de um campo elétrico. A velocidade da migração depende da força do campo aplicado (voltagem), da carga (determinada pelo PH da eletroforese e PI da molécula) e do tamanho (moléculas menores migram mais rápido do que as maiores) das moléculas. Pode ser usado com suporte: papel ou gel (amido, agarose e poliacrilamida). Cromatografia: Consiste na passagem das moléculas (fase móvel) através de uma coluna (fase estacionária). Dependendo da escolha da coluna, as moléculas podem ser separadas de acordo com a sua carga (IEX – cromatografia de troca iónica), sua hidrofobicidade (HIC – cromatografia de interação hidrofóbica ou de fase reversa), seu tamanho (GF – filtração em gel) ou pela sua capacidade de se ligar a grupos químicos particulares (cromatografia de afinidade). De troca Iônica De interação hidrofóbica Filtração em gel De afinidade 10 ENZIMAS 1. CONCEITOS GERAIS: Enzimas são proteínas com atividade catalítica. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas. Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reação, sem no entanto participar dela como reagente ou produto. As enzimas atuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações. As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular 2. NOMENCLATURA DAS ENZIMAS: Existem 3 métodos para nomenclatura enzimática: Nome Recomendado: Mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com enzimas; Utiliza o sufixo "ase" para caracterizar a enzima. Exs: Urease, Hexoquinase, Peptidase, etc. Nome Sistemático: Mais complexo, nos dá informações precisas sobre a função metabólica da enzima. Ex: ATP-Glicose-Fosfo-Transferase Nome Usual : Consagrados pelo uso; Exs: Tripsina, Pepsina, Ptialina. 3. PROPRIEDADES DAS ENZIMAS: São extremamente eficientes, aceleram em média 109 a 1012 vezes a velocidade da reação, transformando de 100 a 1000 moléculas de substrato em produto por minuto de reação; Atuam em concentrações muito baixas, em condições suaves de temperatura e pH; Possuem todas as características das proteínas São altamente específicas. Especificidade pode ser: absoluta, de grupo ou estereoisomérica; A atividade enzimática pode ser regulada; Estão quase sempre dentro das células, e compartimentalizadas (unilocular ou bilocular); Isoenzimas: Catalisam a mesma reação, mas, apresentam diferenças estruturais e eficiência catalítica diferentes; 4. ESTRUTURA DA ENZIMA Sítio ativo ou catalítico: dado pelo arranjo tridimensional especial dos aminoácidos de uma determinada região da molécula, geralmente complementar ao substrato, é ideal espacial e eletricamente para a ligação do mesmo; Sítio alostérico: dado pelo arranjo tridimensional especial dos aminoácidos de uma determinada região da molécula onde se liga os reguladores positivos ou negativos. Cofatores enzimáticos: São pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas que são necessárias para a função de uma enzima, na ausência deles, a enzima é inativa; Ex: íons metálicos (Zn+2, Fe+2), coenzimas (NAD+, FAD+, Coenzima A); HOLOENZIMA: Enzima (fração proteica) + Cofator; APOENZIMA: Fração proteica de uma enzima COENZIMAS: São compostos orgânicos, quase sempre derivados de vitaminas, que atuam em conjunto com as enzimas. GRUPO PROSTÉTICO: Coenzima que não se dissocia da enzima 11 5. COMO AS ENZIMAS ATUAM 6. FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE REAÇÃO (VR) DE UMA REAÇÃO ENZIMÁTICA: Concentração de S (substrato) Concentração da enzima [E]: quanto maior a [E] maior a Vr; Temperatura: A formação do complexo ES exige quantidade de energia na forma de calor para se completar. Geralmente quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação, até se atingir a Temperatura ótima; a partir dela, a atividade volta a diminuir, por desnaturação da molécula; PH: A formação do complexo ES deve-se à formação de ligações iônicas ou pontes de H que podem ser afetadas pelo pH do meio. pH ótimo, é o pH onde a Vr é igual a Vmáx da reação. Extremos de pH podem levar a desnaturação da enzima; 7. CINÉTICA ENZIMÁTICA: Uma reação enzimática pode ser expressa pela seguinte equação: E + S <==> [ES] ==> E + P 7.1. Equação de Michaelis-Menten: Km de um substrato para uma enzima específica é característico, e nos fornece um parâmetro de especificidade deste substrato em relação à enzima. Km = [S] onde Vr = Vmáx/2. Quanto menor o Km, maior a especificidade, e vice-versa R eação n ão-cata lisada Reação cata lisada En erg ia L ivr e R ea ge nte s Pr odutos R ea ge ntes Pr odutos B a rre ir a e ner g ia S en tido d a re aç ã oS en tido d a re aç ã o B a rr ei ra e ne rg i a V oV oV o [S ][S ][S ] Sem in ib idor + In ib idor N ão-C om petitivo + In ib idor C om petitivo Sem in ib idor 12 8. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA: Os inibidores enzimáticos são compostos que podem diminuir a atividade de uma enzima. A inibição enzimática pode ser reversívelou irreversível; Inibição Enzimática Reversível Competitiva: Quando o inibidor (I) se liga reversivelmente ao mesmo sítio de ligação do substrato; Efeito é revertido aumentando-se a concentração de substrato [S] Este tipo de inibição depende das concentrações de substrato e de inibidor. Inibição Enzimática Reversível Não-Competitiva: O I e o S ligam-se em sítios diferentes na E; Este tipo de inibição depende apenas da concentração do inibidor. Inibição incompetitiva É uma não-competitiva onde o I liga-se depois do substrato ligar. Inibição enzimática irreversível: Ocorre modificação covalente e definitiva no sítio de ligação ou no sítio catalítico da enzima; GRÁFICOS: Inibidor Competitivo Inibidor não-competitivo 9. REGULAÇÃO ENZIMÁTICA: A velocidade de reação das enzimas pode ser regulada por variação na [E] ou de [S] ou por inibição enzimática. Modelos de regulação enzimática mais conhecidos: Modulação Alostérica Ocorre nas enzimas que possuem um SÍTIO DE MODULAÇÃO, ou ALOSTÉRICO, onde se liga de forma não-covalente um modulador alostérico que pode ser positivo (ativa a E) ou negativo (inibe a E). Modulador induz modificações conformacionais na estrutura da E, modificando sua afinidade pelo S; Ex: inibição por "FEED-BACK", onde o próprio P da reação atua como modulador da E. Modulação Covalente: Ocorre modificação covalente da molécula da E, com conversão entre formas ativa/inativa. O processo ocorre principalmente por adição/remoção de grupamentos fosfato de resíduos específicos de serina, treonina ou tirosina (Quinases – fosforilação; Fosforilases-desfosforilação). Ex: fosforilação da glicogênio sintetase sua atividade; Indução e repressão da síntese da enzima: Alteração na quantidade de E, geralmente são produzidaas por hormônios; Ex: [glicose] sangue insulina síntese de E do metabolismo da glicose; Pró-enzimas ou zimogênios: Perda de parte da cadeia peptídica tornam a enzima ativa; Ex: pepsinogênio (inativo) pepsina (ativa) + fragmentos; 13 LÍPIDES OU LIPÍDIOS Substâncias orgânicas oleosas ou gordurosas, insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (clorofórmio, éter). São compostos de baixa polaridade com grandes proporções de hidrocarboneto. Principais lipídeos: Ácidos graxos (AG) Triacilglireróis ou triglicerídeos (TG) Fosfoglicerídeos ou Fosfolipídeos (FL) Esfingolípides Ceras Estéroides e seus ésteres de ácidos graxos Outros lipídeos 1. Ácidos graxos: Unidades fundamentais da maioria dos lipídios. Alguns AG SATURADOS E INSATURADOS de ocorrência natural em animais: Número carbonos Número duplas Nome comum Nome sistemático Fórmula 12 0 Láurico n-Dodecanóico CH3 (CH2)10COOH 14 0 Mirístico n-Tetradecanóico CH3(CH2)12COOH 16 0 Palmitico n-Hexadecanóico CH3(CH2)14COOH 18 0 Esteárico n-Octadecanóico CH3(CH2)16COOH 20 0 Araquídico n-Eicosanóico CH3(CH2)18COOH 24 0 Linocérico n-Tetracosanóico CH3(CH2)22COOH 9 1 16 1 Palmitoléico cis-9-Hexadecenoato CH3(CH2)5 CH=CH (CH2)7COOH 1 9 18 1 Oleico* cis-9-Octadecenoato CH3(CH2)7 CH=CH (CH2)7COOH 1 6 18 2 Linoleico** cis-9, 12- Octadecadienoato CH3(CH2)4(CH=CHCH2)2 (CH2)6COOH 1 3 18 3 Linolênico*** cis-9, 12, 15- Octadecatrienoato CH3CH2(CH=CHCH2)3 (CH2)6COOH 20 4 Araquidônico cis-5, 8, 11, 14- Icosatetraenoato CH3(CH2)4 (CH=CHCH2)4 (CH2)2COOH * Omega 9 (9), ** Omega 6 (6), *** Omega (3); ÁCIDOS GRAXOS TRANS Presente naturalmente no leite e gordura animal de ruminantes; Produzida industrialmente e comercializada a partir de 1911; CIS: forma em que os ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) geralmente são encontrados - Com os hidrogênios da dupla ligação para o mesmo lado; TRANS: hidrogênios dispostos transversalmente Hidrogenação: processo artificial para tornar os óleos mais estáveis e mais sólidos - quanto mais sólido, mais hidrogenado. São aterogênicas e aumentam a resistência a insulina (aumenta o risco de diabetes) Não há dúvida que quanto menor o consumo de gordura trans menores são os riscos à saúde 14 2. Triacilglicerídeos ou triglicerídeos (TG) Ésteres do álcool glicerol com três ácidos graxos (AG); Podem ser simples (AG iguais-R1=R2=R3); conjugados (AG diferentes-R1R2=R3); AG saturados (sólidos –gordura animal); AG insaturados (líquidos – gordura vegetal); Funções: Lipídios de reserva, isolamento térmico, proteção contra choques mecânicos; 3. Fosfoglicerídeos ou fosfolipídeos (FL) Possui 2 AG esterificados aos 1º e 2º OH do glicerol e 3º OH forma ligação éster com o ácido fosfórico; Lipídeos polares –anfipáticos – principais constituintes das membranas; Podem conter grupos ligados por ligação éster ao ácido fosfórico; 4. Esfingolipídeos São formados por um AG de cadeia longa mais esfingosina e derivados (ceramida); Três principais famílias de esfingolipídeos: * Esfingomielina - cabeça polar – fosfocolina -bainha de mielina das células nervosas); * Cerebrosídeos – glicoesfingolipídios – cabeça com uma ou mais unidades de açucar- membranas celulares do cérebro; * Gangliosídeos – glicoesfingolipídios – cabeça com uma ou mais unidades de açucar- superfície das células – composição e variação dos resíduos de açucar variedade estrutural ( ex: antígenos do grupo sanguíneo ABO). 15 5. Esteroides Colesterol- componente de membrana, precursor de hormônios esteróides, vitamina D e sais biliares; Hormônios sexuais – androgênios e estrogênios; Progesterona Hormônios da córtex adrenal: cortisona, cortisol, aldosterona Sais biliares 6. Ceras Ésteres de AG de cadeia longa (14 a 36C) com álcoois de cadeia longa (16 a 22 C); Principal função: proteção (pele, cabelo, lã, pelo, folhas); 7. Outros lipídeos Vitaminas (A, E, K), ubiquinonas, prostaglandinas, tromboxanas, Prostaciclinas, Leucotrienos; 8. Características e reações químicas dos lipídeos (PRÁTICA) 8.1. Ponto de fusão: depende: * PM ( PM PF); * insaturações ( lig. duplas PF); Porcentagem total de ácidos graxos Saturados Insaturados C4-C12 C14 C16 C18 C16 + C18 Estado (TA) Azeite <2 <2 13 3 80 Líquido Manteiga 11 10 26 11 40 Pastosa Gordura bovina <2 <2 29 21 46 Sólida 8.2. Solubilidade: depende do peso molecular ( PM solubilidade); 8.3. Hidrólise de triglicerídeos: Hidrólise ácida: TG + H2O * AG + glicerol * H+ ou lipases Hidrólise básica - Saponificação: TG + 3 NaOH ou KOH H2O sal de AG (sabão) + glicerol Triglicerídeos formam sabões com bases fortes como KOH e NaOH Índice de saponificação: mg de KOH necessárias para saponificar completamente uma grama de gordura. Quanto > PM < índice de saponificação; 8.4. Rancificação: * Ocorre com triglicerídeos insaturados * Hidrólise enzimática por bactérias de AG de cadeia curta Ác. de cheiro desagradável * Oxidação de TG insaturados pelo oxigênio do ar: TG irradiação radical livre + O2 peroxiradical + H+ hidroperóxido aldeidos + O2 ácidos de cadeia curta de cheiro desagradável; * Antioxidantes e hidrogenação podem reduzir a reação de autoxidação; 8.5. Hidrogenação ou adição de iodo * Ocorre com triglicerídeos insaturados * Quebra das duplas ligações com adição de hidrogênioou iodo * Índice de iodo: n de g de iodo que reage com 100 g de gordura, indica o grau de insaturação da gordura; (> índice de iodo > n de insaturações). Palmitato de miricila (cera de abelha) 16 CARBOIDRATOS, GLICÍDEOS OU SACARÍDEOS São aldeídos ou cetonas poliidroxílicos de fórmula empírica (CH2O)n, onde n= n de C. ex: glicose n=6, fórmula: C6 H12 O6; 1. MONOSSACARÍDEOS (MS) OU AÇUCARES SIMPLES São poliidroxialdeídos ou poliidrocetonas sólidos, cristalinos, incolores, muito solúveis em água, que geralmente tem sabor doce; 3 C Triose Fórmulas de projeção de Fisher 4 C Tetrose Ligações horizontais: estão na frente do papel 5C Pentose Ligações verticais: estão atrás do papel 6 C Hexose 7 C Heptose Os MS têm centros de assimetria Todos MS (exceção: diidroxiacetona) possuem 1 ou mais C assimétricos ou quirais e ocorrem em forma isoméricas oticamente ativas. Prefixos D e L são usados em referência à configuração do carbono quiral mais distante do átomo de carbono da carbonila; As pentoses e as hexoses formam anéis 17 2. DISSACARÍDEOS (DS) Dois ou mais MS unidos covalentemente através de uma ligação glicosídica. Ligação glicosídica: Podem ser facilmente hidrolisadas por fervura em ácidos diluídos ou por ação de enzimas; Principais: sacarose, lactose, maltose 3. OLIGOSSACARÍDEOS: Constituídos de 3 a 12 unidades de MS. Exemplos: rafinose e estaquiose São oligossacarídeos não metabolizados pelo homem; atravessam o estômago e o intestino delgado sem serem digeridos, chegando ao intestino grosso onde são fermentados pelas bactérias anaeróbias intestinais, produzindo gases e podendo levar ao quadro de flatulência, quando o paciente se queixa de eructações frequentes (arrotos), ruídos, distensão, desconforto e/ou dor abdominal. A hidrólise da rafinose produz glicose, frutose e galactose. A hidrólise da estaquiose produz 2 moléculas de galactose, uma de glicose e uma de frutose. 18 4. POLISSACARÍDEOS (PS) OU GLICANOS: Constituídos de 12 ou mais unidades de MS; Homopolissacarídeos: Constituídos apenas de um tipo de MS, ex: amido (glicose); Heteropolissacarídeos: Constituídos por mais de um tipo de MS, ex: ácido hialurônico (D-glicuronato + N-acetil-glicosamina); 4.1. Polissacarídeos de Reserva PS Fonte MS Tipo de ligação Amido Vegetais (raízes tuberosas e sementes) Glicose -amilose (D-glicose (1 4)- sem ramificação; amilopectina (D-glicose (1 4)- com ramificação do tipo (1 6); Glicogênio Animais (fígado e Músculos) Glicose D-glicose (1 4)- com ramificação do tipo (1 6); Dextrana Leveduras e bactérias Glicose D-glicose (1 6)- com ramificação do tipo (1 2), (1 3), (1 6); Amilopectina (24 a 30 glicoses ramificação) Glicogênio (8 a 12 glicosesramificação) 4.2. Polissacarídeos estruturais PS Fonte Tipo de ligação Celulose Parede celular protetora das plantas (haste, caule, tronco) D-glicose (1 4)- sem ramificação; (celulase) Quitina Carapaças ou exoesqueletos de lagostas e caranguejos N-acetil-glicosamina (1 4); PS ácidos do Tecido conjuntivo Substância fundamental Cartilagem Pele Ácido hialurônico (D-glicuronato - N-acetil-glicosamina (1 3) e (1 4);; (hialuronidase) Condroitina (D-glicuronato - N-acetil-glicosamina) Dermatana sulfato (D-Iduronato - N-acetil-glicosamina- -4-sulfato) 19 4.3. OUTROS POLISSACARÍDEOS 4.3.1. Glicoproteínas São proteínas que contém carboidrato em sua estrutura; Geralmente são proteínas secretadas pelas células; Fazem parte do envoltório celular; Participam de reconhecimento de superfície celular, antigenicidade; EX: Imunoglobulinas - sintetizadas e excretadas pelos plasmócitos; 4.3.2. Glicosaminoglicanos ou proteoglicanos (mucoproteínas) São complexos grandes de carboidrato associado a pequenas quantidades de proteína; Estabilizam e suportam os componentes celulares e fibrosos do tecido; Presentes no tecido conjuntivo, secreções mucosas, cartilagens, tendões, pele, líquido sinovial, lubrificante das articulações esqueléticas; EX: Sulfato de condroitina, ácido hialurônico, heparina; 4.4. FIBRAS ALIMENTARES Fibras Alimentares Classificação Solúveis Insolúveis Tipos Pectinas, gomas e mucilagens* Celulose, hemicelulose** Fonte Frutas, verduras, aveia e leguminosas Cascas das frutas, farelo de trigo e cereais integrais Ações • Retardam a absorção da glicose • Redução no esvaziamento gástrico Diminuem o nível do colesterol sanguíneo • Protegem contra o câncer de intestino • São prebióticos • Aumentam o bolo fecal • Estimulam o peristaltismo intestinal • Previnem a constipação intestinal * pectinas: polissacarídeo de ácido galacturônico; gomas: polissacarídeos complexos; mucilagens: secreção rica em polissacarídeos, encontrada nas raízes de plantas aquáticas e também envolvendo algumas sementes. ** hemicelulose: mistura de polímeros de hexoses, pentoses e ácidos urônicos, que podem ser lineares ou ramificados que estão ligados por pontes de hidrogénio à celulose. ATENÇÃO: Para as fibras exercerem suas ações no organismo é necessário a ingestão de bastante líquido 4.5. INDICE GLICÊMICO x CARGA GLICÊMICA Índice Glicêmico (IG) - Indica a velocidade de absorção dos carboidratos independentemente da quantidade da porção. Usa sempre como referência um alimento controle, geralmente a glicose ou o pão branco. Geralmente é calculado em cima de uma porção fixa de 50g do alimento. Carga Glicêmica (CG) - é um produto do IG e da quantidade de carboidrato presente na porção de alimento consumido, comparado com o alimento padrão. Leva em consideração as diferentes quantidades utilizadas. Classifica os alimentos com base no seu potencial de aumento da glicose sanguínea associado às refeições. Classificação dos Níveis De IG Baixo = Valores menores ou iguais a 75 Médio = Valores entre 76 e 94 Alto = Valores iguais ou maiores que 95 Classificação dos Níveis De CG Baixa = Valores menores ou iguais a 10 Média = Valores entre 11 e 19 Alta = Valores iguais ou maiores que 20 Para saber mais sobre a resposta glicêmica de alguns alimentos brasileiros, acesse a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos através do link http://www.intranet.fcf.usp.br/tabela/lista.asp?base=r 20 METABOLISMO CELULAR Metabolismo energético significa o estudo da liberação de energia dos alimento e sua forma de utilização, estocagem e transformação. Anabolismo e catabolismo Bioenergética - Estudo das trocas energéticas na célula - G = variação de energia livre G negativo - reação energeticamente favorável G positivo - reação energeticamente desfavorável Durante o metabolismo as enzimas acoplam reações energeticamente favoráveis para possibilitar a ocorrência de um reação energeticamente desfavorável Durante o metabolismo moléculas transportadoras ativadas levam a energia liberada no catabolismo para ser usada no anabolismo Durante o metabolismo ocorrem reações de oxidação e redução Oxidação - perda de elétrons (desidrogenação) Redução - ganho de elétrons (hidrogenação) Como o ATP é produzido na célula? Fosforilação à nível do substrato O ATP é gerado quando um fosfato de altaenergia é diretamente transferido de um composto fosforilado ao ADP Fosforilação oxidativa Os elétrons do NADH2 (FADH2) são passados através de transportadores até chegar no oxigênio. A transferência de elétrons libera energia que é utilizada para a síntese do ATP Vias metabólicas de produção de energia-Catabolismo Fase 1- Hidrólise dos nutrientes em subunidades menores e Absorção Fase 2- Conversão dos monômeros em formas que podem ser completamente oxidadas Carboidratos Glicose ou frutose Convertidos em AcetilCoA Ácidos graxos Convertidos em AcetilCoA Aminoácidos Desaminação Remoção da amônia Entram em vários pontos do catabolismo Fase 3- Ciclo do ácido cítrico Descarboxilação - formação de CO2 à partir dos carbonos das moléculas orgânicas Formação de coenzimas reduzidas NADH + H+ e FADH2 Formação de compostos precursores de moléculas importantes. Exemplo: produz oxaloacetato que será importante para a formação de glicose (gliconeogênese) Cadeia Respiratória – Transporte de elétrons e fosforilação oxidativa Ocorre na membrana interna da mitocôndria possui um sistema de transporte de elétrons Elétrons do NADH e do FADH2 passam através dos complexos proteicos e liberam prótons da matriz mitocondrial para o espaço da membrana interna. O complexo ATP sintase da membrana interna usa o potencial energético do gradiente de prótons para sintetizar ATP (fosforilação oxidativa) 1 NADH 3 ATPs; 1 FADH2 2 ATPs. Formação de ATP, H2O Liberação de calor Formação de radicais livres 21 METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 1. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS 2. GLICÓLISE Degradação da glicose para fornecimento de energia; A glicose entra na célula através de um mecanismo de transporte facilitado (transportadores GLUT) ou através de um mecanismo de cotransporte (acoplado ao movimento de Na+); Reação geral da glicólise aeróbica (células com mitocôndria e suprimento de O2): Glicose + 2 ADP + 2 Pi + 2 NAD+ 2 Piruvato + 2 ATP + 2 NADH + 2H+ + 2 H2O - Fase de investimento de energia (Gasto de 2 ATPs) - Fase de geração de energia (Síntese de 4 ATPs + 2 NADH + 2 Piruvatos) - Saldo final: 2 ATPs + 2 NADH + 2 Piruvatos Reação geral da glicólise anaeróbica ou fermentação (tecidos sem mitocôndria ou células sem oxigênio suficiente): Glicose + 2 ADP + 2 Pi 2 Lactato + 2 ATP + 2 H2O 2.1. Destinos alternativos do piruvato: Redução do piruvato a lactato: reação reversível (citosol) * Lactato desidrogenase: músculo exercício leva a um de NADH no citoplasma que reage com o piruvato lactato; * Importante nas hemácias, leucócitos (pouca ou nenhuma mitocôndria); * Acidose lática: Glicólise anaeróbica como fonte emergencial de ATP: IM, embolia pulmonar, hemorragia O2 glicólise anaeróbica lactato sangue (acidose lática); Descarboxilação oxidativa: reação irreversível (mitocôndria) * Piruvato desidrogenase: piruvato Acetil CoA CK (músculo cardíaco); Carboxilação do piruvato em oxaloacetato: reação irreversível (mitocôndria) * Piruvato carboxilase: piruvato oxaloacetato CK; Redução do piruvato a etanol (microrganismos): reação reversível (citosol) * Piruvato descarboxilase e desidrogenase alcoólica: piruvato acetaldeído etanol; 22 VIA DAS PENTOSES-FOSFATO OU VIA DA HEXOSE MONOFOSFATO OU VIA DO FOSFOCLICONATO Via que ocorre no citosol da célula OBJETIVOS: Geração de NADPH (Poder redutor nas biossínteses- Exemplo: síntese de AG e esteróides) Formação de ribose 5-P (Entra na composição de: ATP, CoA, NAD+, FAD+, RNA e DNA); Mecanismo de utilização de açucares de 5 carbonos GLICONEOGÊNESE (NEOGLICOGÊNESE): Síntese de glicose à partir de lactato, piruvato, glicerol (TG) e aminoácidos (aa) glicogênicos; Reação geral da neoglicogênese: 2 Piruvatos + 4 ATP + 2 GTP + 2 NADH + 2H+ + 4 H2O Glicose + 2 NAD+ + 4 NADPH + 2 GDP + 6 Pi 3.1. Reações gerais da gliconeogênese: 7 reações da glicólise são reversíveis e usadas na síntese de glicose à partir de piruvato e lactato; 3 reações são irreversíveis e devem ser contornadas por 4 reações na gliconeogênese. Defosforilação da glicose 6-P e glicose: Glicose 6-fosfatase*: glicose 6-P + H2O glicose + Pi * Enzima presente no fígado e nos rins e não no músculo 4. METABOLISMO DO GLICOGÊNIO: 4.1. Glicogênese: A síntese do glicogênio é feita à partir de glicose, no citosol e requer energia do ATP Enzima reguladora: Glicogênio sintase 4.2. Glicogenólise: A quebra do glicogênio liberando glicose 1-P Enzima reguladora: Glicogênio fosforilase 5. REGULAÇÃO DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO Regulação alostérica das enzimas glicogênio sintase (efetor positivo: glicose 6P) e da glicogênio fosforilase ( efetores negativos: Gli, Gli-6P e ATP e no músculo Ca++ e AMP) Regulação hormonal 6. REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS INSULINA (células beta do pâncreas): Estimula a captação de glicose pelas células (músculos, fígado e tecido adiposo); Estimula a glicólise: síntese aumentada das enzimas da via glicolítica no fígado; Estimula a glicogênese e inibe glicogenólise: glicogênio sintase ativa e glicogênio fosforilase inativa; GLUCAGON (células alfa do pâncreas): Bloqueia a glicólise: síntese diminuída das enzimas da via glicolítica no fígado; Estimula a gliconeogênese: Inibe glicogênese e ativa glicogenólise: glucagon e epinefrina nos hepatócitos e epinefrina nos músculos glicogênio sintase inativa e glicogênio fosforilase ativa; 23 24 CICLO DE CORI (GLICÓLISE/GLICONEOGÊNESE 25 26 6. ALTERAÇÕES DO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS: HIPOGLICEMIA A hipoglicemia transitória pode causar disfunção cerebral, enquanto a severa e prolongada causa morte cerebral. A prevenção ou correção da hipoglicemia falha quando as secreções de glucagon e epinefrina são deficientes. Tipos de hipoglicemia: Pós-prandial: causada pela liberação exagerada de insulina após uma refeição hipoglicemia transitória (tratamento pequenas refeições com pouco carboidrato); De jejum: pacientes com lesão hepatocelular, com tumores nas células beta pancreáticas ( produção de insulina), com insuficiência adrenal ou indivíduos em jejum que tenham consumido grandes quantidades de álcool; DIABETES MELLITUS É uma doença metabólica hereditária, caracterizada pela insuficiência da ação hormonal da insulina. As alterações causadas pela deficiência relativa ou parcial da insulina são agravadas por um excesso de glucagon. Sinais e Sintomas Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar: Muita sede; Vontade de urinar diversas vezes; Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o habitual); Fome exagerada; Visão embaçada; Infecções repetidas na pele ou mucosas; Machucados que demoram a cicatrizar; Fadiga (cansaço inexplicável); Dores nas pernas por causa da má circulação. Em alguns casos não há sintomas. Isto ocorre com maior frequência no diabetes tipo 2. Neste caso, a pessoa pode passar muitos meses, às vezes anos, para descobrir a doença. Os sintomas muitas vezes são vagos, como formigamento nas mãos e pés. Portanto, é importante pesquisar diabetes em todas as pessoas com mais de 40 anos de idade. Diabetes Tipo 1 O diabetes Tipo 1 aparece como resultado de uma destruição das células beta produtoras de insulina por engano, pois o organismo acha que são corpos estranhos. Issoé chamado de resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide. Os pesquisadores não sabem exatamente por que isso acontece. No diabetes, porém, encontram-se vários fatores que parecem estar ligados ao diabetes tipo 1. Entre eles incluem-se a genética, os auto- anticorpos, os vírus, o leite de vaca e os radicais livres do oxigênio. Diabetes Tipo 2 Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos. Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência insulínica". O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina. 27 Diabetes Gestacional Na gravidez, duas situações envolvendo o diabetes podem acontecer: a mulher que já tinha diabetes e engravida e o diabetes gestacional. O diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez. Pode persistir ou desaparecer depois do parto. DIAGNÓSTICO DO DIABETES: Valores de glicose plasmática (mg/dL) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos. Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2015-2016 *O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por no mínimo 8 h. **Glicemia plasmática casual é aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição. ***Os sintomas clássicos do DM incluem poliúria, polidipsia e perda não explicada de peso. Nota: o diagnóstico do DM deve sempre ser confirmado pela repetição do teste em outro dia, a menos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM. Para maiores informações veja: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2015-2016. Disponível em: http://www.diabetes.org.br/sbdonline/images/docs/DIRETRIZES-SBD-2015-2016.pdf 28 OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS – CICLO DE KREBS E CADEIA RESPIRATÓRIA CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO/ CICLO DE KREBS FUNÇÕES DO CICLO: - Descarboxilação oxidativa – formação de CO2; - Síntese de 1 ATP diretamente por volta (SuccinilCoA Succinato; - Produção das coenzimas reduzidas NADH2 e FADH2; - Produção de intermediários importantes no metabolismo: Ex: oxaloacetato será utilizado na síntese de glicose na gliconeogênese; BALANÇO FINAL DO CICLO: 1 ATP (diretamente), 4 H+ (3 NADH e 1 FADH2) formam ATP na cadeia respiratória 29 CADEIA RESPIRATÓRIA - TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Membrana interna da mitocôndria possui um sistema de transporte de elétrons Sistema de transporte de elétrons - rota final comum através do qual os elétrons derivados dos diferentes combustíveis corporais na forma de NADH2 e FADH2 fluem para o O2; formando a H2O; Membrana mitocondrial interna: impermeável a íons e moléculas pequenas ( H+, Na+, ATP, ADP, piruvato); Matriz: enzimas responsáveis pela oxidação de AG, aa e piruvato e enzimas do CK, contem NAD+, FAD+, ADP e Pi; Durante o transporte de elétrons também ocorre a formação de compostos reativos de oxigênio (radicais livres) A energia do transporte dos elétrons é armazenada na forma de ATP (fosforilação oxidativa); Energia não capturada liberada na forma de calor; Elétrons do NADH e do FADH2 passam através dos complexos proteicos e liberam prótons da matriz mitocondrial para o espaço da membrana interna. Coenzimas ricas em energia: NADH+ e FADH2; 1 NADH+ 3 ATPs; 1 FADH2 2 ATPs. 30 O complexo ATP sintase da membrana interna usa o potencial energético do gradiente de prótons para sintetizar ATP (fosforilação oxidativa) Energia livre do gradiente de prótons (elétrico e de pH) armazenada na forma de ATP (fosforilação oxidativa); Energia não capturada liberada na forma de calor; Quando prótons atravessam para a matriz mitocondrial ATP sintase ATP; Desacopladores: Aumento da permeabilidade da membrana mitocondrial Aumento velocidade de transporte de elétrons Não ocorre formação de gradiente Diminução da fosforilação oxidativa Diminuição da síntese de ATP. 31 METABOLISMO DE LIPÍDEOS 1. DIGESTÃO, ABSORÇÃO E TRANSPORTE DOS LIPÍDEOS Mobilização de lipídeos endógenos Lipoproteina % Apoproteína Origem Principal função Q 2 Intestino Transporte TG exógeno (I F) VLDL 5 a 8 Fígado e intestino Transporte TG endógeno (F - TP) IDL 15 Intravascular Intermediário LDL 20 a 24 Intravascular Transporte CO p/ tecidos HDL 50 Fígado e intestino Transporte de CO ( TP - F) 32 33 2. DEGRADAÇÃO DOS TRIGLICERÍDEOS (LIPÓLISE) 2.1. Destino do glicerol: pode ser convertido em glicose (gliconeogênese), degradado a CO2 + H2O ( glicólise). 2.2. Degradação oxidativa dos ácidos graxos Pode ser dividida em 3 etapas: 2.2.1. Ativação dos AG (citosol): AG + ATP + CoA-SH Acil-S-CoA + AMP + PPi 2.2.2. Transporte do Acil-S-CoA (Ácido graxo ativado) do citosol para o interior da mitocôndria Acil-S-CoA + carnitina Acil-carnitina + CoA-SH Acil-carnitina + CoA-SH Acil-S-CoA + carnitina 2.2.3. -Oxidação do AG: Cada dois carbonos dos ácidos graxos irá gerar um AcetilCoA Acil-S-CoA + CoA-SH CH3-(CH2)6-CO-S-CoA + Acetil-CoA A oxidação de ácidos graxos com mesmo número de carbonos insaturados é mais rápida do que a degradação dos ácidos graxos saturados; A síntese do ATP vem da oxidação dos Acetil-CoA no ciclo de Krebs e cadeia respiratória e do transporte de elétrons dos NADH e dos FADH2 na cadeia respiratória; Cada volta -oxidação 34 3. FORMAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS (CETOGÊNESE): Ocorre no fígado; Oxidação de AG Excesso de Acetil-CoA Oxidação ou convertido em corpos cetônicos (CC) - Acetoacetato, -hidroxibutirato e Acetona; Distribuição da energia obtida pela oxidação dos AG no fígado para todo o organismo tecidos periféricos (mús. esquelético, cérebro e coração) CC regeneram Acetil-CoA CK ATP; CC são ácidos fortes (pKa 3,5) aumento de CC cetoacidose diminui pH do sangue impedindo a ligação da Hb ao O2 em excessocomamorte; 4. BIOSSÍNTESE DE TRIGLICERÍDEOS (LIPOGÊNESE) 1. Biossíntese de ácidos graxos Ocorre no citosol da célula 1 ETAPA: Conversão do citrato em Acetil CoA no citosol: Citrato + Co-A + ATP Acetil-CoA (cit) + ADP + Pi Enzima reguladora: Citrato Liase 2 ETAPA: Formação do malonil-CoA: Acetil-CoA (cit) + ATP + CO2 + H2O malonil-CoA + ADP + Pi + H+ 3 ETAPA: Síntese do ácido graxo de 16 carbonos (ácido palmítico): O ácido palmítico é precursor de outros AG de cadeia longa e de alguns AG insaturados Enzima reguladora: Acetil CoA carboxilase 4 ETAPA: Elongação e insaturação dos ácido graxos: Elongação de AG: Ocorre no retículo endoplasmático e na mitocôndria através da adição de grupos acetil (malonil-CoA) Insaturação cis 9 – reação oxidativa catalizada Acil-CoA oxigenase; 35Ác. palmítico (C16) dessaturação elongação Äc. Palmitoléico (C16 9 ) Ác. esteárico (C18) Elongação dessaturação AG saturados superiores Ác. oleico (C18 9 ) Plantas e alguns peixes Linoléico (C18 9,12 ) Plantas e alguns peixes dessaturação -linolênico (C18 9,12,15 ) -linolênico (C18 6,9,12 ) elongação outros ácidos poliinsaturados dessaturação Araquidônico Prostaglandinas 2. Biossíntese de triglicerídeos: AG + glicerol Triacilglicerol (TG) 5. METABOLISMO DO COLESTEROL 5.1. Síntese do colesterol Acetil-CoA AcetoacetilCoA 3-Hidroxi-3-metilglutarilCoA Colesterol 5.2. Degradação do colesterol O colesterol não pode ser metabolizado a CO2 e H2O; O colesterol é o precursor dos hormônios esteroides: glicocorticoides (ex: cortisol), mineralocorticoides ( ex: aldosterona) e hormônios sexuais ( andrógenos, estrógenos e progestógenos); Parte do colesterol sofre a ação de bactérias no intestino e é eliminado; No fígado parte do colesterol é transformada em ácidos biliares primários sais biliares primários e secundários (fígado) canal biliar duodeno bactérias transformam os sais biliares novamente em ácidos biliares secundários parcialmente eliminados nas fezes (0,5g/dia); 6. REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE ÁCIDOS GRAXOS Síntese: Ativação: citrato e insulina; Inibição: Acil-CoA, glucagon e epinefrina Degradação: Ativação: glucagon, adrenalina, hormônios da tireoide, hormônio do crescimento ativam a enzima Lipase hormônio sensível (tecido adiposo) libera AG no sangue aumento da oxidação pelos músculos e fígado; Inibição: Insulina, glicocorticóides inibem a enzima Lipase hormônio sensível (tecido adiposo) diminui a liberação de AG no sangue; 36 7. REGULAÇÃO DO METABOLISMO DO COLESTEROL A enzima 3-Hidroxi-3-metilglutarilCoA redutase (HMG-CoA redutase), que catalisa a reação 3-Hidroxi-3- metilglutarilCoA mevalonato, é a enzima limitante da velocidade de síntese do colesterol. Esta enzima pode sofrer diversos tipos de controle metabólico. Regulação hormonal: A enzima HMG-CoA redutase: É ativada pelos hormônios insulina e tiroidianos; É inibida pelos hormônio glucagon. Inibição alostérica: A enzima HMG-CoA redutase é inibida pelo excesso de melovanato e de colesterol produzidos na via. Inibição genética: O aumento da produção ou captação de colesterol causa uma inibição na expressão do gene da HMG- CoA redutase. Inibição por drogas: Drogas derivadas da estatina (lovastatina, mevastatina) inibem a enzima HMG-CoA redutase. 37 REGULAÇÃO DO METABOLISMO DO COLESTEROL 38 7. PERFIL LIPÍDICO Segundo as recomendações do Consenso, o termo tradicional - lipidograma - foi abandonado, adotando-se a denominação perfil lipídico, que é composto pelas dosagens de colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), HDL - colesterol (HDL-C), LDL - colesterol (LDL-C); Colesterol Não-HDL (CT – HDL-c). A doença arterial coronariana (DAC) se relaciona em proporção direta e duplicada com níveis de colesterol séricos. Diferentes estudos corroboram a hipótese de que cada 1% de redução dos níveis de colesterol está associado à queda de 2% de risco de DAC. Outros estudos baseados em angiografias demonstram que a queda de 26% dos níveis de colesterol LDL se relacionou com menor progressão da DAC em 49% dos casos, estabilização das lesões em 33% dos casos, regressão em 18% dos casos e com diminuição de 47% de eventos coronarianos. Estudos clínicos e epidemiológicos têm demonstrado que o aumento das concentrações dos níveis de triglicerídeos pode ser considerado um fator de risco independente para aterosclerose. As tabelas a seguir foram extraídas da V Diretriz de dislipidemia e prevenção da aterosclerose 2013. Disponível em: http://www.anad.org.br/profissionais/images/v_diretriz_brasileira_de_dislipidemias.pdf A V Diretriz de dislipidemia está resumida no artigo publicado nos “Arquivos Brasileiros de cardiologia”. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2013004100001 VALORES REFERENCIAIS DO PERFIL LIPÍDICO PARA ADULTOS MAIORES DE 20 ANOS 39 METABOLISMO DE PROTEÍNAS 1. DIGESTÃO: - Estômago: pepsinogênio (zimogênio – inativo) pepsina (enzima ativa) - Intestino Delgado: tripsinogênio, quimiotripsinogênio, procarboxipeptidase tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidase, Aminopeptidases Proteínas Peptídeos Aminoácidos livres Capilares sanguíneos Fígado 40 DEGRADAÇÃO OXIDATIVA DOS AMINOÁCIDOS Aumenta com: * Ingestão de excesso de aa com relação às necessidades p/ síntese proteica; * Jejum ou Diabetes mellitus – carboidratos não são disponíveis; * Aa liberados em excesso durante a degradação normal de proteínas; Os esqueletos carbônicos dos aa são degradados por 20 vias diferentes Todas as vias catabólicas dos aa convergem formando 5 produtos que entram no CK e são completamente degradados à CO2 e H2O. Existem 3 tipos de aminoácidos: Aminoácidos glicogênicos: - podem ser convertidos em piruvato ou intermediários do ciclo de Krebs Aminoácidos cetogênicos – podem ser convertidos Acetil CoA Aminoácidos glico-cetogênicos Algumas doenças genéticas humanas que afetam o metabolismo de aa Nome Enzima ou processo defeituoso Aa envolvido Albinismo Tirosina 3-monoxigenase Tir Alcaptonúria Homogentisato 1,2-dioxigenase Fen Homocistinúria Cistationina -sintetase Cys Fenilcetonúria Fenilalanina 4- monoxigenase Fen Hipervalinemia Valina transaminase Val ETAPAS DA OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS 1. Transferência dos grupos -amino é catalisada pelas transaminases Durante a degradação oxidativa ocorre a remoção dos grupos amino dos aa; Se não utilizados pelo organismo estes grupos são coletados e convertidos em uréia e excretados; Transaminação: -amino é transferido do aa ao -cetoglutarato formando o -cetoácido correspondente e o glutamato. Reação catalisada pelas transaminases. 2. A amônia é formada à partir do glutamato Glutamato NH4+ A amônia é uma substância muito tóxica (neurotóxica), principalmente no cérebro (a amônia livre (NH3) pode penetrar as membranas e entrar nas células cerebrais e sua mitocôndria. A entrada de amônia na mitocondria diminui oxidação da glicose e a formação de ATP, diminui a produção de neurotransmissores e altera o pH celular. 41 3. A amônia se transforma em glutamina para ser transportada dos tecidos periféricos para o fígado Nos músculos a amônia é transportada para o fígado na forma de alanina (Ciclo da glicose-alanina) A glutamina e a alanina são compostos não-tóxicos, neutros, que atravessamfacilmente as membranas celulares; 4. No fígado a glutamina e alanina são convertidas novamente em amônia Ciclo da glicose-alanina 5. No fígado a amônia é convertida em ureia no ciclo da ureia Defeitos genéticos no ciclo da ureia levam a um excesso de amônia no sangue (desordens mentais, desenvolvimento retardado podendo levar ao coma e morte. 6. A ureia é lançada no sangue, filtrada pelos rins e eliminada na urina. RESUMO 42 3. BIOSSÍNTESE DOS AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS Aa essenciais Aa não essenciais Arginina* Alanina Histidina* Asparagina Isoleucina** Aspartato Leucina** Cisteína Lisina Glutamato Metionina Glutamina Fenilalanina Glicina Treonina Prolina Triptofano Serina Valina** Tirosina * Essenciais apenas durante a infância, sendo que mais tarde passam a ser sintetizados pelo nosso organismo. ** BCAA - "Branch Chain Amino Acids" que significa "aminoácidos de cadeia ramificada" CONVERSÃO DOS AMINOÁCIDOS EM PRODUTOS ESPECIALIZADOS Os aminoácidos são unidades construtoras de proteínas e de muitos compostos nitrogenados com funções fisiológicas importantes, como por exemplo: PORFIRINAS - heme (hemoglobina, mioglobina, citocromos, etc.) CREATINA – Sintetizada a partir de glicina, arginina e metionina- Fosfocreatina (depósito de fosfato de alta energia no músculo) . A degradação da creatina gera a creatinina que é excretada na urina HISTAMINA – Sintetizada à partir da Histidina – poderoso vasodilatador reações alérgicas e inflamatórias; SEROTONINA – Sintetizada à partir do Triptofano percepção de dor, regulação do sono, temperatura e pressão arterial; CATECOLAMINAS - dopamina, norepinefrina e epinefrina. Sintetizadas à partir de Tirosina neurotransmissores (cérebro e sistema nervoso autônomo) e hormônios (controle do metabolismo de carboidratos e lipídeos) MELANINA - Sintetizadas à partir de Tirosina pigmento que dá cor principalmente aos olhos, cabelos e pele. 43 EFEITOS METABÓLICOS DO GLUCAGON 44 EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA 45 RELAÇÕES INTERTECIDUAIS NO ESTADO ABSORTIVO * Transportador de glicose insulino-dependente 46 RELAÇÕES INTERTECIDUAIS NO JEJUM 47 RELAÇÕES INTERTECIDUAIS DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO
Compartilhar