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Tipos de Organização Textual

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Prévia do material em texto

PROF. RENATO PORPINO
2
MODOS DE ORGANIZAÇÃO TEXTUAL
1. Narração
Modalidade em que um narrador, participante ou não,
conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num
determinado tempo e lugar, envolvendo certos
personagens. Há uma relação de anterioridade e
posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Estamos cercados de narrações desde as que nos contam
histórias infantis até às piadas do cotidiano.
3
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar,
uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras
mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função
caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se
até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de
anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com
palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma
descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o
texto se Pega. Tem predominância em gêneros como:
cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.
4
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um
assunto, discorrer sobre ele e defender uma tese.
Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter
expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um
saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos,
expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo.
O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um
determinado assunto por meio de pesquisas, dados
científicos... A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula,
resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos
de revistas e jornais, etc.
5
3.2 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias
de um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar,
também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo
de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias.
Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo
predominante em: sermão, monografia, dissertação, tese,
ensaio, editorial de jornais e revistas.
6
4. Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e
simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no
modo imperativo, porém nota-se também o uso do
infinitivo e o uso do futuro do presente do modo
indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e
instruções para montagem ou uso de aparelhos e
instrumentos; textos com regras de comportamento; textos
de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas,
cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
OBS1.: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos
acima. Alguns outros consideram que existe também o tipo
predição (PREDITIVO).
7
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer
em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo
predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões
meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.
OBS2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou
Conversacional. Entretanto, esse nada mais é que o tipo
narrativo aplicado em certos contextos, pois toda
conversação envolve personagens, um momento temporal
(não necessariamente explícito), um espaço (real ou
virtual), um enredo (assunto da conversa) e um narrador,
aquele que relata a conversa.
Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo
predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica,
chat, etc.
8
QUESTÕES DE PROVA
1. A Carta de Pero Vaz de Caminha
De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem
formosa. Pelo sertão, pareceu nos do mar muito grande,
porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e
arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até
agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem
nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos.
Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e
temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque,
neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá.
Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa
que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem
das águas que tem.
(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. 
p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)
9
QUESTÕES DE PROVA
A respeito do trecho da Carta de Caminha e de suas
características textuais, é correto afirmar que:
A) No texto, predominam características argumentativas e
descritivas.
B) O principal objetivo do texto é ilustrar experiências
vividas através de uma narrativa fictícia.
C) O relato das experiências vividas é feito com aspectos
descritivos.
D) A intenção principal do autor é fazer oposição aos fatos
mencionados.
E) O texto procura despertar a atenção do leitor para a
mensagem através do uso predominante de uma
linguagem figurada.
10
QUESTÕES DE PROVA
2. Em todos os trechos a seguir podemos comprovar a
participação do narrador nos fatos mencionados, EXCETO:
A) “Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande,...”
B) “... Porque a estender a vista não podíamos ver senão
terra e arvoredos,...”
C) “... Parecendo-nos terra muito longa.”
D) “Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro...”
E) “Mas, a terra em si é muito boa de ares,...”
11
QUESTÕES DE PROVA
TEXTO 4 – POR QUE SÃO ASSIM?
Mariana Sgarioni
Daniel Blair tem 4 aninhos e achou que seu
cachorrinho de apenas uma semana de vida estava muito
sujo. O melhor jeito encontrado para um banho rápido foi
atirar o animal na água do vaso sanitário – e dar descarga.
Por sorte, a mãe descobriu a tempo, e bombeiros
resgataram o animalzinho ainda vivo no esgoto. O caso
aconteceu no início de junho, na Inglaterra, e chamou a
atenção das câmeras do mundo inteiro. Muitos
perguntaram: será que Daniel seria um psicopata
divertindo-se com o sofrimento do bicho?
Provavelmente não. Nesses casos, o que pode
existir é o transtorno de conduta – comportamento que
viola regras sociais importantes.
12
QUESTÕES DE PROVA
O texto 4 deve ser classificado como:
a) informativo, já que traz informações sobre um fato real
ocorrido;
b) dissertativo-argumentativo, pois inclui-se no debate
científico sobre os psicopatas;
c) descritivo, porque acumula qualidades e características
do temperamento psicopata;
d) dissertativo-expositivo, visto que simplesmente traz um
fato ao conhecimento do público, sem discuti-lo;
e) narrativo, uma vez que apresenta uma série de ações
em sequência cronológica.
13
Leitura e Interpretação Textual
Devido a sua relevância em provas de concurso público, é
fundamental analisar seus diversos aspectos e principais
desdobramentos. Tal análise será realizada a partir de três
aspectos principais: a leitura do texto, a leitura das
questões e a análise das opções.
1. Da leitura do texto:
A leitura será realizada em dois momentos:
Leitura Perceptiva - É aquela que se faz apenas para que o
cérebro tome conhecimento do tema abordado, do
vocabulário, das principais relações textuais…
Leitura Analítica - É aquela pormenorizada. Nessa leitura,
alguns aspectos devem ser destacados, analisados e
compreendidos. Sendo assim, vejamos:
14
Aspectos a serem observados na Leitura Analítica:
1. Devem ser destacadas as teses dos parágrafos;
2. Devem ser feitas paráfrases dessas teses;
3. Deve-se entender a tese do texto;
4. Deve-se compreender a relação entre tese e título;
5. Deve- se compreender quais são as relações semântico-
referenciais existentes entre as palavras;
6. Deve- se, dentro do contexto, achar os melhores
significados dos vocábulos desconhecidos.
15
2. Da leitura das questões:
1. Os enunciados precisam ser lidos calmamente;
2. Só deve haver resposta uma vez que houver compreensão
do enunciado;
3. Cuidado com asformas negativas;
Ex.: “... Todas estão corretas, exceto:
Ex.: “Marque a que não está correta...”
Ex.: “ Assinale a incorreta...”
16
3. Da análise das opções:
1. Opções sinônimas tendem ao erro;
2. Opções opostas entre si tendem ao erro;
3.1. Principais erros de compreensão textual
- A generalização – Afirmar categoricamente algo que está
além do que é abordado no texto, alegando que tal
afirmação abrange a todos os seres;
Ex.: a) Todos sempre observam que…
- A hiper-restrição – Afirmar categoricamente e de forma
muito restritiva algum conteúdo do texto;
Ex.: b) A população tem a mesma forma de agir…
17
- A contradição – É afirmar categoricamente um conteúdo
que seja oposto à argumentação do texto;
Ex.: “ Os bancos médios têm recebido apoio do mercado
internacional...”
a) O mercado internacional sempre apoiou os bancos
nacionais;
- A extrapolação – É afirmar categoricamente um conteúdo
que vá além daquilo que o texto afirma;
Ex.:” A penitenciária de Catanduvas tem possibilidade de
receber 350 detentos condenados por crimes hediondos...”
a) Os condenados por crimes hediondos cumprirão suas
penas na penitenciária de Catanduvas.
18
- A redução – É compreender literalmente um fragmento
que deveria ser compreendido figuradamente;
Ex.: “ Todos observam à distância a máquina do judiciário...”
a) A expressão “máquina do judiciário” foi empregada
denotativamente.
OBS.: Interpretação e Compreensão (implícitos e explícitos)
19
COESÃO
Ex.:
O presidente do país tem diversas funções a cumprir. Essas
responsabilidades, entretanto, devem ser planejadas.
O aluno com tanta seriedade e disciplina, que conseguirá a
vaga.
O presidente do Flamengo, Eduardo B. de Melo, afirmou
que a CBF não autorizou a mudança de sede. Segundo
o dirigente, o fato não prejudicará as receitas do clube.
20
COM RELAÇÃO À POSIÇÃO DO REFERENTE
21
MODOS DE ORGANIZAÇÃO TEXTUAL
Nós temos no semelhante um aliado para os embates da
vida. Os homens mesmos precisam reconhecer isso,
inclusive naquelas situações em que julgam,
equivocadamente, não precisar de alguém. Portanto, tal
aliança precisa ser estabelecida sobre alicerces firmes. O
que nos tornará pessoas mais sensíveis e nos fará enxergar
no próximo um amigo.
A) 2 B) 3 C) 4 D) 5 E) 6
22
COESÃO COM PRONOMES DEMONSTRATIVOS
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Pessoas
Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino
Singular Plural Singular Plural
1ª este estes esta Estas Isto
2ª esse esses essa essas Isso
3ª aquele aqueles aquela aquelas aquilo
São também pronomes demonstrativos:
1º) o, a, os, as - quando equivalem a isto, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas;
Ex: Imagino o que ela já sofreu. (=aquilo)
2º) mesmo e próprio, quando reforçam pronomes pessoais ou fazem referência a
algo expresso anteriormente; Ex: Eu mesma vi a cena repetir-se.
3º) tal e semelhante, quando equivalem a esse, essa, aquela.
Ex: Em tais ocasiões é preciso prudência. (=essas)
23
DEMONST. ENDOFÓRICOS
(USO EM RELAÇÃO A OUTROS ELEMENTOS DO TEXTO)
A) Este(s), esta(s) e isto – referem-se classicamente a
elementos posteriores ( REFERÊNCIA CATAFÓRICA), mas é
possível que eles façam referência a termo anterior
também (REFERÊNCIA ANAFÓRICA);
Ex: Este é um dos meus maiores prazeres: a aprovação de
meus alunos.
B) Esse(s), essa(s) e isso - referem-se a elementos
anteriores (REFERÊNCIA ANAFÓRICA),
Ex: A vida é uma maravilha. Isso ninguém pode tirar de nós.
OBS.: Fazendo referência a dois termos anteriores,
empregam-se ESTE... (para o último, termo mais próximo)
e AQUELE... (para o primeiro, termo mais distante).
Ex: As seleções de Brasil e de Argentina têm ótimos camisas
10. O d______ é o Messi e o d_________ chama-se
Neymar.
24
QUESTÕES DE PROVA
Prestes a completar 80 anos, Renato Aragão reclama da
perseguição ao humor politicamente incorreto, visto hoje
como preconceituoso. O humorista, que aniversaria na
próxima terça (13) e também comemora 55 anos do
personagem Didi em 2015, relembra que na época de Os
Trapalhões (1966-1995), negros e gays sabiam que as
piadas eram apenas de brincadeira. "Naquela época, essas
classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não
se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para
sacanear", desabafa.
25
QUESTÕES DE PROVA
"Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos
homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não
era para atingir, para sacanear", desabafa. A justificativa
das formas dos demonstrativos sublinhados é,
respectivamente:
(A) tempo distante / referência a termos citados
anteriormente;
(B) lugar afastado / referência a algo próximo ao
enunciador;
(C) referência a um elemento mais afastado no contexto /
referência pejorativa;
(D) referência a um termo próximo do leitor / tempo
distante;
(E) tempo longínquo / referência pejorativa.
26
QUESTÕES DE PROVA
É justo que as mulheres se aposentem mais cedo? A
questão acerca da aposentadoria das mulheres em
condições mais benéficas que aquelas concedidas aos
homens suscita acalorados debates com posições não
somente técnicas, mas também com muito juízo de valor
de cada lado. Um fato é certo: as mulheres intensificaram
sua participação no mercado de trabalho desde a segunda
metade do século 20. Há várias razões para isso.
Mudanças culturais e jurídicas eliminaram restrições sem
sentido no mundo contemporâneo: um dos maiores e mais
antigos bancos do Brasil contratou sua primeira
escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984.
(...)
27
QUESTÕES DE PROVA
“Há várias razões para isso.” A forma do pronome
demonstrativo sublinhado é justificada pelo fato de
(A) se referir a um fato futuro na progressão do texto.
(B) fazer alusão a um acontecimento do momento.
(C) localizar o tema como de autoria do interlocutor.
(D) se prender a uma afirmação feita anteriormente.
(E) realizar a seleção entre dois termos, destacando o mais
distante.
28
QUESTÕES DE PROVA
“Se no banco da escola ou no banco dos réus. Anteontem,
o Congresso Nacional sinalizou que prefere a segunda
opção”. A forma correta dos demonstrativos na
substituição do termo sublinhado é:
(A) esse/àquele;
(B) este/àquele;
(C) aquele a esse;
(D) aquele a este;
(E) esse a este.
29
LINGUAGEM DENOTATIVA E CONOTATIVA
Quando o emissor busca objetividade de expressão da
mensagem, utiliza a linguagem denotativa, com função
referencial. As palavras são empregadas em sua significação
usual (literal, real), referindo-se a uma realidade concreta
ou imaginária.
A linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja,
não produz emoção ao leitor. É informação bruta com o
único objetivo de informar. É a forma de linguagem que
lemos em jornais, bulas de remédios, em um manual de
instruções etc.
Conotação (linguagem conotativa) é o emprego de uma
palavra tomada em um sentido incomum, figurado,
circunstancial, que depende sempre do contexto. Muitas
vezes é um sentido poético, fazendo comparações. É a
associação subjetiva, cultural e/ou emocional, que está para
além do significado estrito ou literal de uma palavra, frase
ou conceito.
30
Ex.:
Os domadores conseguiram enjaular a fera.
Ele ficou uma fera quando soube da notícia.
Aquela aluna é fera na matemática.
O elefante é um mamífero.
Já li esta página do livro.
Você é o meu sol!
Minha vida é um mar de tristezas.
Você tem um coração de pedra!
A empregada limpou a casa.
31
INTERTEXTUALIDADE
Intertextualidade acontece quando há uma referência
explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode
ocorrer com outras formas de texto (música, pintura, filme,
novela etc.).
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o
objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo,o
autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a
indicação é oculta. Por isso, é importante para o leitor o
conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer
e identificar quando há um diálogo entre os textos. A
intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias
da obra citada (paráfrase) ou contestando-as, ironizando-as
(paródia).
32
PARÁFRASE
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do
texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para
atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto
citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito.
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(GONÇALVES DIAS, “Canção do exílio”).
33
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(DRUMMOND, “Europa, França e Bahia”).
34
PARÓDIA
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros
textos, há uma ruptura com as ideologias impostas. Ocorre,
aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é
retomada para transformar seu sentido. Alguns autores
fazem uso contínuo desse recurso (Ex.: discursos de
políticos são abordados de maneira cômica e contestadora,
provocando risos e reflexão).
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(GONÇALVES DIAS, “Canção do exílio”).
35
Paródia
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).

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