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Biblioteca Nacional da França e Internet: a pesquisa de documentos imagéticos sobre a dança de corte francesa nos séculos XVI e XVII

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32 
ST 1 – IMAGENS E HISTÓRIA DA ARTE 
BIBLIOTECA NACIONAL DA FRANÇA E INTERNET: A PESQUISA DE DOCUMENTOS 
IMAGÉTICOS SOBRE A DANÇA DE CORTE FRANCESA NOS SÉCULOS XVI E XVII 
 
NATIONAL LIBRARY OF FRANCE AND INTERNET: RESEARCH OF IMAGETIC 
DOCUMENTS ABOUT COURT FRENCH DANCE IN XVI AND XVII CENTURIES 
 
Bruno Blois Nunes5 
Mestrando em História (UFPEL) 
bruno-blois@hotmail.com 
 
 
Resumo: O trabalho, ora apresentado, aborda o uso da tecnologia da Internet para a 
viabilização de uma pesquisa histórica, cujas fontes não estão disponíveis no Brasil. Esta 
pesquisa tem como foco o estudo das imagens das danças de corte francesa nos séculos XVI e 
XVII além dos tratados de dança editados no mesmo período. Por meio desse acesso 
tecnológico, na Biblioteca Nacional da França, foram encontrados manuscritos, livros, tratados 
e imagens referentes à temática em questão. As bibliotecas, instituições que tem o dever de 
preservar seu acervo histórico, também se utilizam da Internet como meio de disponibilizar 
seus documentos ao público em geral e com isso reduzir o manuseio decorrente da pesquisa in 
loco. Foi o avanço da tecnologia que permitiu a disponibilização desses trabalhos por meio da 
reprodução digitalizada dos mesmos. O uso do scanner, copiando os documentos para um 
espaço online, evita o manuseio excessivo de obras bastante deterioradas pela ação do tempo. 
Algumas dessas obras têm, no seu original, difíceis interpretações seja por serem manuscritas, 
pela fonte tipográfica ser de tamanho reduzido ou pela dificuldade na tradução do idioma. 
Entretanto, a maioria delas possui condições de tradução e pesquisa. Dessa maneira, a 
Biblioteca Nacional da França será nosso principal local para a pesquisa de fontes primárias 
sobre o assunto. 
 
Palavras-chave: Internet, Biblioteca Nacional da França, Dança de Corte 
 
Abstract: The work, presented here, discusses the use of Internet technology to make possible 
a historical research whose sources are not available in Brazil. This research focuses on the 
study of images of the French court dances in the sixteenth and seventeenth centuries beyond 
the dance treatises published during the same period. Through this technological access, in the 
National Library of France, were found manuscripts, books, treatises and images related to the 
topic in question. Libraries, institutions have had the mission to preserve its historical record 
also use the Internet as a means of making available its documents to the general public, and 
thereby reduce handling resulting from the on-site research. It was the advancement of 
technology that allowed the release of these works through reproduction scanned them. Using 
the scanner, copying documents for an online space, avoid excessive handling works quite 
deteriorated by time. Some of these works have, in their original, difficult interpretations 
because they are handwritten, by the typeface be reduced in size or by the difficulty in 
 
5 Orientadora Profª. Drª. Elisabete Leal - Doutora em História (UFRJ) - elisabeteleal@ymail.com 
 
 
 
33 
translating the language. However, most have conditions of translation and research. Thus, the 
National Library of France will be our main site for research of primary sources on the subject. 
 
Keywords: Internet, National Library of France, Court Dance 
 
Introdução 
 Está sendo realizada uma pesquisa histórica sobre as danças de corte na França, cujas 
fontes não se encontram no Brasil. Esse é o principal desafio a ser superado no decorrer do 
estudo. O trabalho em questão tem seu foco nos séculos XVI e XVII e se utiliza, 
essencialmente, de fontes primárias encontradas no site da Biblioteca Nacional da França. 
 Graças a Internet, hoje podemos acessar documentos, arquivos, fotos, músicas, vídeos 
dos mais diversos locais do mundo. Interessa-nos, nessa apresentação, mostrar a 
potencialidade do uso da Internet em pesquisas históricas cujas fontes primárias não se 
encontram próximas do local do pesquisador. 
 
Internet 
 Nos dias de hoje, temos acesso a uma infinidade de volume de dados que cresce 
exponencialmente devido a uma ferramenta chamada Internet. Podemos achar praticamente 
de tudo quando se pesquisa online. Se não tivermos acesso à informação, poderemos, ao 
menos, contatar que possa fornecê-la sem precisar sair de casa (LÉVY, 1999, p. 88). 
 A cada dia que passa, a navegação na Internet torna-se cada vez mais acessível 
principalmente após o desenvolvimento da World Wide Web no início dos anos 90 (LÉVY, 
1999, p. 131 e 237). Com o avanço da Internet e a facilidade de navegação cada vez maior, foi 
encontrada uma solução para a pesquisa de fontes primárias de uma maneira inovadora: 
através da utilização da tecnologia das bibliotecas virtuais, do acesso ao site da Biblioteca 
Nacional da França, foram encontrados manuscritos, livros e imagens produzidos nos séculos 
em questão que servirão de fontes primárias para meu trabalho. 
 Mesmo com todas as vantagens que essa nova maneira de pesquisa nos proporciona, a 
Internet tem também suas desvantagens. A maior dificuldade enfrentada durante a pesquisa 
de documentos foi a extrema dificuldade na obtenção de trabalhos de complementação desse 
artigo como os artigos internacionais sobre a dança, a corte francesa, o Renascimento e 
imagem que não se encontram na Biblioteca Nacional da França. A visualização desses textos é 
limitada, sua compra é dificultada pelo valor elevado e o acesso a esses documentos fica 
restrito a um número reduzido de pesquisadores. 
 
 
 
34 
 Esse tipo situação pode acabar impossibilitando o acesso as informações necessárias 
para as complementações de muitos trabalhos acadêmicos que necessitem desses materiais o 
que acarreta numa elitização do conhecimento. 
 
Bibliotecas e Mundo Moderno 
 As bibliotecas, instituições que tem o dever de preservar seu acervo histórico, também 
se utilizam dos navegadores como meio de disponibilizar seus documentos ao público em geral 
e com isso reduzir o manuseio decorrente da pesquisa in loco. Com poucos cliques, obras do 
século XVI e XVII, por exemplo, podem ser acessadas em instituições de acervos históricos 
espalhadas pelo mundo todo. Uma das últimas Bibliotecas que entrou na era digital foi a 
Biblioteca Apostólica Vaticana, em janeiro de 2013.6 
 O emprego de uma ferramenta de acesso (a Internet) para a pesquisa de fontes que se 
encontram muito distantes do local de estudo do pesquisador, não resulta sempre em êxito. 
Embora a pesquisa online possua muitas de vantagens (acesso as fontes de forma mais rápida, 
possibilidade de pesquisa 24 horas por dia e muito dos materiais requisitados sejam obtidas de 
forma gratuita), alguns problemas são enfrentados pelo caminho como: valores de aquisição 
de artigos científicos a preços elevados e uma grande quantidade de informação acessível aos 
pesquisadores sem as referências necessárias. 
 
Biblioteca Nacional da França 
 A Biblioteca Nacional da França possui um vasto acervo para pesquisas de caráter 
histórico. Atualmente, de acordo com o próprio site, a ferramenta Gallica possui mais de 2,5 
milhões de documentos disponíveis para pesquisa. Foi como uma forma de facilitar o acesso a 
esses documentos que essa ferramenta de busca foi criada. 
 No site da Biblioteca Nacional da França é exposta uma definição explicando o 
aplicativo: 
 
Gallica se définit comme une bibliothèque numérique à vocation 
encyclopédique constituée à partir des collections existantes, 
 
6Informações sobre a abertura da Biblioteca Apostólica Vaticana foram encontrados no link: 
<http://www1.folha.uol.com.br/tec/2013/01/1223635-biblioteca-do-vaticano-e-aberta-a-internautas.shtml>. 
Acessado em: 10/05/2015. 
 
 
 
35 
composées de documents écrits imprimées (livres, revues, journaux, 
partitions) et d’images imprimées (estampes, cartes, photographies), 
ansi que d’enregistrements sonores.7 
 
 Pela ferramenta de busca Gallica existe a possibilidade de fazer o download gratuito 
dessas fontes primárias sejam elas livros, manuscritos, poemas, partituras. Também é possível 
executar o download de uma página em específico caso o pesquisador não necessite do 
documento completo. O acesso a distância e as transferências de dados (tanto o upload como 
o download) são uma das principais funções conquistadas pelas pessoas quando se utilizam de 
ferramentas tecnológicas para a pesquisa (LÉVY, 1999, p. 93 e 94). 
 Foi possível encontrar livros como, por exemplo, Orchésographie et traicté en forme de 
dialogue, par lequel toutes personnes peuvent facilement apprendre et practiquer l'honneste 
exercice des dances de Thoinot Arbeau de 1589. Além do seu conteúdo descritivo, as 
aproximadamente 40 xilogravuras, as explicações dadas quanto aos passos de dança, aborda 
também a etiqueta necessária num salão de baile durante um evento que envolva dança. Além 
desse tratado, Apologie de la danse et la parfaicte méthode de l’enseigner tant aux cavaliers 
qu’aux dames de F. de Lauze publicado em 1623 e um documento que trata da Implantação da 
Académie Royale de Danse (1661) também foram encontrados. 
 Foi o avanço da tecnologia que permitiu a disponibilização dessas fontes primárias, 
possivelmente, reprodução realizada por meio de scanner. O uso do mesmo, copiando os 
documentos para um espaço online, evita o manuseio excessivo de obras bastante 
prejudicadas pela ação do tempo. 
 
Fontes Primárias 
 Há uma infinidade de livros, manuscritos, imagens e partituras que podemos acessar 
através do site da Biblioteca Nacional da França. Entre as obras escritas entre o século XVI e 
XIX que servirão futuramente de fontes primárias foram encontradas: 
 
1) De arte saltandi et choreas ducendi de Domenico da Piacenza (ou Ferrara) [1401-1500], 55 
páginas: Domenico da Piacenza foi professor de futuros maîtres de danse como Antonio 
 
7 “Gallica se define como uma biblioteca digital de missão enciclopédica constituída a partir de coleções 
existentes, compostas de documentos escritos impressos (livros, revistas, jornais, partituras) e de 
imagens impressas (estampas, cartas, fotografias), assim como gravações sonoras” tradução do autor do 
artigo. 
 
 
 
36 
Cornazzano e Guglielmo Ebreo. Seu tratado é um dos primeiros registros escritos sobre dança 
que chegaram até nós. 
 
2) S’ensuit l’art et instruction de bien dancer de Michel Toulouze [1496-1501], 24 páginas: obra 
reeditada em fac-símile em Londres no ano de 1936 e não possui capa. Trata em particular da 
basse danse, possui diversas partituras e no seu final apresenta uma imagem. 
 
3) Ad suos compagnones studiantes... de Antonius Arena (1538), 95 páginas: poema cômico 
escrito em latim macarrônico que fazia parte de uma coleção de ensaios dirigida aos seus 
colegas estudantes de direito na Universidade de Avignon (ARCANGELI, 2008, p. 288; NEVILE, 
2008, p. 19). O autor dava instruções sobre a arte da dança e considerava a mesma como única 
maneira de jovens ganharem respeito de jovens mulheres (ARCANGELI, 2008, p. 288; WILSON, 
2008, p. 173). 
 
4) Il Ballarino de Fabritio Caroso (1581), 424 páginas: manual de dança dedicado a grã-duquesa 
Bianca Capello de Medici. Em 1600 ele edita Nobilità di Dame uma versão com uma maior 
variedade de passos. 
 
5) Traité de danses: auquel est amplement résolue la question, à savoir s’il est permis aux 
chrestiens de danser de Lambert Daneau (1582), 98 páginas: trata-se de uma crítica quanto à 
degeneração da corte pelo fato da mesma permitir práticas como dança e jogo. A obra 
apresenta alguns sonetos no seu início, não possui imagens e o índice encontra-se no final do 
livro. 
Daneau comentava que a inconveniência de homens e mulheres dançando juntos 
davam maldosos testemunhos de concupiscência deixando claro que a dança era uma 
invenção do diabo (1582, p. 32). O autor chegava a comparar os dançarinos a bêbados 
cambaleantes e, até mesmo, desprovidos da razão (DANEAU, 1582, p. 15). Por causa disso, os 
homens cristãos não tinham nenhuma razão para amá-la (1582, p. 12). 
O pastor não considerava todo divertimento como sendo proibido, mas a dança era 
algo ilícito, condenável (FÉLICE, 1881, p. 195). 
 
 
 
 
37 
6) Balet Comique de la Royne de Baltasar Beaujoyeulx (1582), 166 páginas: Realizado em torno 
da fábula de Circé descrita por Homero em sua Odisséia, (BEAUJOYEULX, Baltasar, 1582, p. 
74d)8, a preocupação do ballet era de representar, alegoricamente, a atual situação política da 
França (McGOWAN, 2008b, p. 105). Sua intenção principal era provar que a ordem 
(representada pelo rei e seus colegas divinos Júpiter, Minerva e Mercúrio) vence a batalha 
contra a desordem (representada por Circé) através da dança, da música e do verso 
(McGOWAN, 2008a, p. 115). 
 
7) Orchésographie et traicté en forme de dialogue, par lequel toutes personnes peuvent 
facilement apprendre et practiquer l'honneste exercice des dances de Thoinot Arbeau (1589), 
210 páginas: uma das obras mais importantes sobre as danças de corte. Contém partituras 
musicais que trazem uma explicação do posicionamento de pés em cada nota musical, em 
diferentes danças da época. 
 
8) Trois Dialogues de l'exercice de sauter et voltiger en l'air de Arcangelo Tuccaro (1599), 408 
páginas: foi uma das fontes italianas encontradas que conta com o auxílio de diversas imagens, 
algumas coloridas. Entretanto, a obra do acrobata é pouco referida nas pesquisas acadêmicas 
que envolvem dança.9 
 
9) Nuove Inventioni di balli de Cesare Negri (1604), 309 páginas: é considerado o primeiro 
texto que menciona o uso da posição en dehors dando início à elaboração das cinco posições 
básicas do ballet definidas por Pierre Beauchamps. Na verdade, foi lançada uma edição menos 
completa dois anos mais cedo que se chama Le Grazie d’Amore. 
 
10) Traitté contre les danses de Jean Boiseul (1606), 50 páginas: um dos críticos do período 
quanto a arte da dança. Boiseul, que era um pastor, censurava o comportamento dissimulado 
que se sincroniza, perfeita e estranhamente, ao som da música (ARCANGELI, 2008, p. 287). 
Para o pastor a dança continha “movimentos atraentes para o pecado” de afeição 
 
8 No final do texto do Balet la comique de la Royne há quatro comentários sobre a peça nas páginas 74 e 
75. 
9Para um maior entendimento da pouca referência a obra do italiano ver Renaissance Dance and 
Writing: the case of Arcangelo Tuccaro de Alessandro Arcangeli. 
 
 
 
38 
desordenada e efeito pernicioso que incitavam a luxúria e desejos horríveis (BOISEUL, 1606, p. 
15, 21 e 49). 
 
11) Apologie de la danse et la parfaicte méthode de l’enseigner tant aux cavaliers qu’aux 
dames de F. de Lauze (1623), 77 páginas: tratado de dança divido em duas partes (uma para os 
cavalheiros e outra para as damas), o qual não possui nem ilustração nem notas musicais das 
danças comentadas. 
 
12) Apologie pour la danse aux dames de Mastrecht de Manley (1662), 26 páginas: trata-se de 
uma resposta dada pelo Monsieur R. de Manley a uma carta do Monsieur Barão de Languedoc 
sobre questões envolventes à dança. 
 
13) Etablissement de l’Académie royale de danse en la ville de Paris (1663), 11 páginas: 
documento sobre a criação da Academia Real de Dança na França. Fundada em 1661, comsede em Paris, a Académie Royale de Danse exprimia o objetivo de desenvolver uma dança 
polida e cortesã (BURKE, 1994, p. 62; KASSING, 2007, p. 104). Sua fundação era dada pelo fato 
do rei Luís XIV desejar que a França mantivesse elevados padrões de dança (PREST, 2008, p. 
238). 
 
 Além das fontes que continham como conteúdo a dança, uma das fontes essenciais 
para a compreensão da idealização de um íntegro cortesão chama-se Il Cortegiano, escrito 
pelo italiano Baltasar Castiglione. Na Biblioteca Nacional da França, se encontra uma tradução 
em francês chamada Le Parfait Courtisan de 1585. Esse livro foi de grande repercussão na 
corte francesa e teve um enorme impacto na formação do perfeito homem cortês 
(McGOWAN, 2008b, p. 96). 
 Outra fonte interessante encontrada no mesmo período foi Le cérémonial françois 
(1649) de Theodore Godefroy. Nessa imensa fonte (2 tomos de mais de 1000 páginas cada um) 
podemos localizar assuntos destinados a coroações, casamentos reais, extratos de discurso, 
atos de sermões dos reis, procissões solenes. 
 Muito embora, muitas das fontes encontradas (tanto antes quanto após a finalização 
do anteprojeto de pesquisa) não reúnam imagens, elas são de grande auxílio para o 
entendimento do grupo social estudado: a sociedade de corte francesa dos séculos XVI e XVII. 
 
 
 
39 
 
Tratados de Dança e suas Imagens 
 Os registros coreográficos de dança na corte francesa nos séculos XVI e início do XVII 
possuem um grande problema. Na sua grande maioria temos somente a revelação do 
posicionamento dos bailarinos em lugares determinados e carece de informações acerca das 
mudanças de posicionamento dos mesmos e tempo gasto para locomoção de um lugar ao 
outro do lugar (NEVILE, 2008, p. 24). 
 Tuccaro10 estava ciente da dificuldade existente para captar uma imagem em 
movimento pelo fato que era de extrema necessidade a visualização do movimento sendo 
realizado (McGOWAN, 2008a, p. 39). Talvez seja esse fato, que tenha feito o autor utilizar 
imagens mais elaboradas e com auxílios diversos para que o observador fosse mais apto na 
compreensão da mesma. 
 
 
Figura 1 - Salto com as duas mãos sobre o cavalete. 
 
Fonte: Imagem do tratado Trois Dialogues de l’exercice de sauter et voltiger en l’air de 
Arcangelo Tuccaro (1599). Biblioteca Nacional da França. 
 
 
10 Arcangelo Tuccaro autor da obra Trois Dialogues de l’exercice de sauter et voltiger em l’air (1599). 
 
 
 
40 
 Talvez seja em vista disso que em algumas de suas imagens, como a apresentada 
acima, é notória a utilização da adição de aspectos geométricos em suas ilustrações na 
tentativa de tornar o movimento da imagem mais compreensível aos olhos dos leitores de sua 
obra. Contudo, mesmo com aplicação de desenhos mais elaborados, não creio que seja o 
melhor recurso para a leitura imagética do movimento, apenas um novo auxílio. 
 Muitas imagens encontradas na obra do acrobata italiano são coloridas e possuem um 
acabamento muito satisfatório para um trabalho da época. 
 
 
Figura 2 - Salto passando dentro dos círculos. 
 
Fonte: Imagem do tratado Trois Dialogues de l’exercice de sauter et voltiger en l’air de 
Arcangelo Tuccaro (1599). Biblioteca Nacional da França. 
 
 Todavia, ao vermos a imagem de uma pessoa parada no ar, temos a percepção que 
aquele indivíduo não está de fato parado. A forma repentina de retirada do tempo da cena, 
constrói a representação do instante que foi ocultado (ENTLER, 2007, p. 36). 
 Outro tratado que também possui reproduções imagéticas bem elaboradas é Nuove 
inventioni di balli (1604) do autor italiano Cesare Negri. 
 
 
 
 
41 
 
Figura 3 - Aprendizagem da capriuola in terzo com utilização de apoio 
 
Fonte: Imagem do livro Nuove inventioni di balli de Cesare Negri (1604). Biblioteca Nacional da 
França. 
 
 A imagem acima mostra um indivíduo utilizando de objetos apoiadores para a 
realização de um movimento. As ilustrações possuem uma clareza visível se comparadas as 
xilogravuras do tratado escrito por Thoinot Arbeau. 
 Arbeau em seu tratado Orchésographie (1589) faz valer o uso de xilogravuras em sua 
obra na demonstração de tambores, música militar, passos de uma dança chamada gaillarde,11 
les bouffons,12 além de partituras musicais. Talvez, possamos chamá-lo de um tratado, no 
 
11 Dança que deveria consistir de seis passos e seus movimentos deveriam ser executados 
graciosamente (ARBEAU, 1589, p. 40e). Traduzido pelo autor do artigo. 
12Dança para comemorar os feriados sagrados de março, os dançarinos executavam gesticulações 
militares vestidos com ricos cintos e chapéus e traz consigo pequenas espadas na mão direita e 
pequenos escudos na mão esquerda (ARBEAU, 1589, p. 97d e 98e). Traduzido pelo autor do artigo. 
 
 
 
42 
mínimo, inovador na medida que partituras de danças com notas musicais dispostas 
verticalmente vinham acompanhadas dos seus respectivos passos. 
 
 
 Figuras 4, 5 – Passos de Gaillarde, Tablatura de branle. 
 
Fonte: Imagens do livro Orchésographie de Thoinot Arbeau (1589). Biblioteca Nacional da 
França. 
 
 A imagem à esquerda possui uma explicação de marcações dos pés em uma dança 
muito executada no período (a Gaillarde). Já na imagem à direita, temos uma dança que conta 
com o auxílio de uma partitura musical para sua melhor compreensão. Embora mesmo com 
uma melhor explicação dos passos realizados através das imagens colocadas na obra, as 
mesmas ainda estão em um formato bem rudimentar (McGOWAN, 2008a, p. 36 e 37). Apesar 
do auxílio do texto junto a imagem como complemento da explanação didática, o leitor da 
fonte necessita um alto grau de compreensão visual sobre o conteúdo retratado (MARCONI; 
SOUZA; DYSON, 2007, p. 5). 
 
As Imagens dos Bailes de Corte 
Muitas representações dos bailes da corte podem ser encontradas em locais que 
tratam sobre o assunto. Encontram-se imagens sobre os bailes das cortes do século XVI e XVII 
que são reproduzidas por artistas do mesmo período em que as festas são realizadas. 
 
 
 
43 
 Muito do que está colocado na imagem vem da experiência do artista e seu 
entendimento por um determinado assunto. Nas representações de bailes, coroações, 
nascimentos, casamentos e outros eventos importantes temos que compreender que muito 
do aprendizado e experiência do autor, possivelmente, podem ser passados para o seu 
instrumento de trabalho durante a realização de suas obras. 
 A imagem de Luís XIV, provavelmente, foi uma das mais representadas de todos os 
tempos. Sua imagem era produzida das mais distintas formas: em pedra, bronze, terracota, 
pintura, tapeçaria além de ser projetada em poemas, peças teatrais, óperas, ballets (BURKE, 
1994, p. 13 e 28). Como um exemplo de ballet, nós temos o famoso Ballet de la Nuit de 1653. 
 
Figura 6 – Traje do Ballet de la Nuit - Rei Louis XIV fantasiado de sol. 
 
Fonte: Collection: Michel Hennin. Estampes relatives à l'Histoire de France. Biblioteca Nacional 
da França. 
 
 Na última cena do ballet, o rei Luís XIV aparecia representando o sol. Era uma 
metáfora que significa a vinda de um período próspero e radiante que acabaria com a 
escuridão francesa do período (PREST, 2008, p. 234) [grifo do autor]. 
 
 
 
44 
 Embora o rei Luís XIII também tenha adotado a utilização do sol como simbolismo nas 
cerimônias de Royal Entrées, em ballets, e medalhas (PREST, 2008, p. 232), foi o seu filho que 
acabou aclamado como o Rei Sol. 
 As fantasias de músico também se fizeram presentes nesse famoso balletdemonstrando a relevância de determinado assunto para o período. 
 
Figura 7 – Traje do Ballet de la Nuit – Fantasia de um tocador de alaúde. 
 
 Fonte: Collection: Michel Hennin. Estampes relatives à l'Histoire de France. Biblioteca Nacional 
da França. 
 
 Na imagem acima, vemos a fantasia de um tocador de alaúde. Os alaúdes, as liras, 
harpas e flautas acompanhavam a parte musical vocal dos espetáculos enquanto o 
acompanhamento da dança começou a ser feito pelos violinos que, desde a metade do século 
XVI, estavam sendo usado na substituição de outros instrumentos (McGOWAN, 2008a, p. 
78).13 
 Outra imagem bem interessante é, a comumente chamada, Bal du duc de Joyeuse 
instalada em Londres. A pintura representa um baile oferecido pelo rei Henrique III para a 
 
13Para maiores informações sobre essa separação, McGowan indica a leitura da página 166 do livro 
Music in the English Courtly Masque (1604-1640) de Peter Walls, editado em 1996. 
 
 
 
45 
celebração do casamento do duque Anne de Joyeuse (duc de Joyeuse) e Marguerite de 
Lorraine em setembro de 1581. Na representação, o casal parece se preparar para dançar uma 
pavane com todo requinte e elegância que são necessários à essa dança (McGOWAN, 2008b, 
p. 104). 
 
Figura 8 - Bal du duc de Joyeuse. 
 
Fonte: Artista francês anônimo do século XVI (1581 – 1582). Site da Biblioteca Nacional da 
França. 
 
 O que temos diante dos olhos trata-se de uma representação de um casamento, uma 
representação de uma dança, uma representação à maneira de um autor, acima de tudo, 
desconhecido. A grande maioria dos espectadores do baile parecem, estranhamente, não 
prestar atenção no casal executando uma dança (McGOWAN, 2008b, p. 104). O autor da obra 
parece ter um objetivo muito maior na representação do acontecimento em si (do casamento 
e baile dos noivos) do que encarregar-se de transmitir com sua imagem uma representação da 
dança. 
 
 
 
46 
 A imagem abaixo mostra um baile na corte dos Valois. O desconhecimento do seu 
autor pode dificultar um pouco a análise da imagem, mas, mesmo assim, ela transparece uma 
questão bem interessante: a sensação de movimento na cena. 
 
Figura 9 – Bal à la cour des valois. 
 
Fonte: Artista francês anônimo do século XVI (1580). Site da Biblioteca Nacional da França. 
 
 O movimento da dança é, provavelmente, um dos assuntos de maior dificuldade da 
escrita não importando o quão apropriado o seu método (WILDEBLOOD, 2010, p. 13). O 
movimento, embora ausente, é idealizado. Muitas vezes, “um instante-síntese do movimento” 
manifesta a ação não presente na imagem (ENTLER, 2007, p. 38). Alguns elementos podem dar 
“pistas visuais” para indicar se determinado objeto representa estar em movimento: gestos, 
postura corporal, objetos em suspensão, dispositivos gráficos indicadores de movimentos são 
alguns deles (MARCONI; SOUZA; DYSON, 2007, p. 5) 
 A conclusão da presença de mobilidade dentro de uma obra que envolva a 
representação do movimento dependerá da capacidade do observador de perceber o 
movimento (MARCONI; SOUZA; DYSON, 2007, p. 5). 
 
 
 
47 
 Abaixo nós temos uma imagem que retrata um baile na corte de Henrique IV realizada 
por Louis de Caullery. 
 
Figura 10 - Bal sous Henri IV 
 
Fonte: Louis de Caulerie (primeiro quarto do século XVII). Biblioteca Nacional da França. 
 
 O local utilizado para a dança é um pouco maior. Ao fundo, há um longo corredor que 
parece não fazer parte do espaço da dança. 
 A interpretação do leitor conta com grande parcela do uso de sua imaginação e 
entendimento da época para uma leitura visual mais adequada. 
 O observador pode até ser conduzido para a cena, mas essa percepção envolverá 
falhas. O espectador não poderá olhar ao redor da cena nem se mover na mesma, do mesmo 
modo que os objetos da cena não se moverão, causando uma ilusão de realidade incompleta 
(GIBSON, 1960, p. 224). 
 A inexatidão das descrições de muitas formas de dança exige da nossa capacidade de 
análise das variadas danças do passado. A reconstrução dos gestos, as durações dos 
movimentos são irreproduzíveis pelos padrões oferecidos dos tratados de dança da época. A 
 
 
 
48 
falta de uma linguagem técnica nesses tratados termina prejudicando os pesquisadores da 
área (McGOWAN, 2008a, p. 32). 
 
Considerações Finais 
 A imagem possui um objetivo primordial: servir como instrumento de ligação entre o 
passado e o presente na tentativa de aproximar a experimentação daquele período 
representado. 
 Para o estudo de uma série de danças, em um espaço de tempo vai desde o reinado de 
Francisco I até a consolidação do Estado por Luís XIV, as quais não possuem registros 
audiovisuais, os documentos iconográficos e o texto que ajudam no entendimento dos passos 
encontradas nas fontes primárias são a principal ferramenta para elaboração de um estudo 
focado nas danças de corte. Algumas obras possuem somente a descrição textual do 
movimento o que faz com que a imaginação do pesquisador se evidencie na tentativa da 
melhor conexão possível entre o texto lido e o movimento executado sem imagem. 
 Por outro lado, também temos obras descritivas das danças desse período com 
imagens e partituras. Imagens que tem como seu principal objetivo representar a maneira 
como essas danças de corte eram executadas. 
 Os resultados finais ainda não são conclusivos, pois farão parte de um projeto de 
pesquisa mais aprofundado e que levará um tempo maior de pesquisa na área. Contudo, os 
resultados encontrados até agora são satisfatórios, pois demonstram rápido acesso a essas 
obras originais e o custo zero para obtenção dessas fontes. 
 Todos os livros, manuscritos e documentos, até então obtidos por download, estão 
num bom estado de conservação o que facilita para o historiador na sua tradução e utilização 
como fonte primária dessas obras que são, acima de tudo, patrimônio cultural francês. 
 
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