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z z Placenta e Membranas Fetais Professora: Patrícia Souza Curso de Saúde Integrada Biomedicina, Enfermagem, Farmácia e Nutrição z Placenta ▪ Órgão fetomaternal, formada por dois componentes: ▪ Porção fetal: formada por uma parte do saco coriônico; ▪ Porção materna: formada por uma parte do endométrio. z ▪ Placenta + cordão umbilical: ▪ Formam um sistema de transporte de substâncias entre mãe e feto; ▪ Entra → nutrientes e oxigênio; ▪ ← Sai excretas e CO2 z ▪ Funções: ▪ Proteção; ▪ Nutrição; ▪ Respiração; ▪ Excreção; ▪ Produção hormonal. z Decídua ▪ Endométrio gravídico; ▪ Camada funcional do endométrio na mulher grávida; ▪ Separada após o parto. z ▪ Denominação da decídua de acordo com o local de implantação: ▪ Decídua basal: parte da decídua abaixo do concepto formando a parte materna da placenta; ▪ Decídua capsular: parte da decídua que cobre o concepto; ▪ Decídua parietal: parte restante da decídua. z ▪ Em resposta à ação da progesterona: ▪ Células do tecido conjuntivo endometrial; ▪ Reação decidual – mudanças vasculares e celulares → células deciduais. ▪ Acúmulo de glicogênio e lipídio no citoplasma das células – células + claras z Desenvolvimento da Placenta ▪ Caracterizada: ▪ Rápida proliferação do trofoblasto e desenvolvimento das vilosidades coriônicas e saco coriônico; ▪ 3ᵃ semana: arranjos anatômicos – trocas fisiológicas entre mãe-feto; ▪ 4ᵃ semana: formação de uma complexa rede vascular que se desenvolve na placenta; z ▪ As vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico até o início da 8ᵃ semana; ▪ Com o crescimento do saco coriônico, as vilosidades associadas à decídua capsular são comprimidas – redução do suprimento sanguíneo; z ▪ Degeneração dessas vilosidade – produção de área sem vilosidades → córion liso. ▪ Degeneração dessas vilosidade – produção de área sem vilosidades → córion liso. ▪ As vilosidades associadas com a decídua basal - aumentam de n°, ramificam-se e aumentam – chamado de córion viloso ou frondoso. z Junção Fetomaternal A parte fetal da placenta (córion viloso) ↓ Fixada A parte materna da placenta (decídua basal) Pela Capa citotrofoblástica (camada externa de células trofoblásticas na superfícicie materna da placenta) z ▪ Vilosidades coriônicas – presas à decídua basal pela capa citotrofoblástica ancoram o saco coriônico à decídua basal. ▪ Artérias e veias endometriais passam livremente nas aberturas da capa citotrofoblástica e se abrem no espaço interviloso. z Forma da Placenta ▪ Determinado pela forma da área de vilosidades coriônicas persistentes: ▪ Normalmente é uma área circular – formato discoide; z ▪ Vilosidades coriônicas invadem a decídua basal erodindo o tecido – ampliar o espaço interviloso. ▪ Erosão produz várias áreas cuneiformes da decídua – septos placentários projetados para a placa coriônica z ▪ Os septos placentários dividem a parte fetal da placenta em áreas irregulares convexas – cotilédones; ▪ Cada cotilédone será formado por vilosidades-tronco (2 ou mais) e vilosidades ramificadas. z zzz Decídua Capsular ▪ Camada sobre o saco coriônico – cápsula sobre a superfície externa do saco coriônico; zzz ▪ Crescimento do concepto – decídua capsular projeta-se para a cavidade uterina; ▪ Torna-se mais delgada; ▪ Com o desenvolvimento – fusão da decidua capsular com a parietal. z z z ▪ 22 a 24 semanas: ▪ Redução do suprimento sanguíneo para a decidua capsular: ▪ A decidua capsular degenera e desaparece. z Espaço Interviloso ▪ Surge a partir: ▪ 2ᵃ semana → lacunas no sinciciotrofoblasto → redes lacunares; ▪ O alargamento das redes lacunares forma o espaço interviloso – cheio de sangue materno. z ▪ Dividido pelos septos placentários – não atingem a placa coriônica (parte do córion associada à placenta); z ▪ Sangue materno: ▪ → no espaço interviloso pelas artérias espiraladas da decídua basal; ▪ Passam pela abertura na capa citotrofoblástica; ▪ Banha as vilosidades; ▪ ← pelas veias endometriais. zzz Membrana Amniocoriônica ▪ O saco amniótico cresce mais rápido que o saco coriônico; ▪ Âmnio + córion liso = membrana amniocoriônica. zzz▪ Membrana amniocoriônica se funde com a decidua capsular; ▪ Após degeneração da decidua capsular adere a decidua parietal. ▪ Membrana que se rompe no trabalho de parto. z Circulação Placentária ▪ Vilosidades coriônicas: fornecem uma grande área de superfície; ▪ Os materiais podem ser trocados através das membrana placentária; ▪ Membrana fina e interposta entre o feto e a circulação materna; ▪ Formada por tecidos extrafetais. z Circulação Fetoplacentária ▪ Sangue sai: artérias umbilicais; ▪ No local onde o cordão umbilical se fixa à placenta → ramificação em artérias coriônicas – placa coriônica; ▪ Entram nas vilosidades coriônicas; ▪ Formam um sistema arteriocapilar venoso; ▪ Normalmente não há mistura de sangue materno-fetal. z Circulação Fetoplacentária ▪ Sangue entra: veia umbilical; ▪ Sangue oxigenado passa por veias → convergindo na veia umbilical. z Circulação Maternoplacentária ▪ Sangue entra no espaço interviloso → através das artérias espiraladas da decídua basal; ▪ Placa coriônica; ▪ Troca de produtos metabólicos e gasosos; ▪ Retorno à circulação materna: veias endometriais. z Membrana Placentária (ou Barreira Placentária ▪ Formada por tecidos extrafetais; ▪ Separam o sangue materno do fetal; ▪ 20ᵃ semana: formada por 4 componentes: ▪ Sinciciotrofoblasto; ▪ Citotrofoblastos; ▪ Tecido conjuntivo das vilosidades; ▪ Endotélio dos capilares fetais. z ▪ Após a 20ᵃ semana: degeneração do citotrofoblasto; ▪ Durante o 3ᵃ trimestre: formação dos nós sinciciais (agregados nucleares); ▪ Final da gravidez: material fibrinoide se forma sobre a superfície das vilosidades. z Funções da Placenta ▪ Metabolismo; ▪ Transporte de gases e nutrientes; ▪ Secreção endócrina. z Metabolismo ▪ Sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos; ▪ Fonte de nutrientes e energia para o embrião e o feto. z Transporte Placentário ▪ Transporte em ambas as direções – facilitado pela grande área de superfície da membrana placentária; ▪ Principais mecanismos de transporte: ▪ Difusão simples; ▪ Difusão facilitada; ▪ Transporte ativo; ▪ Pinocitose. z Transporte de Gases ▪ Oxigênio, dióxido de carbono e monóxido de carbono: ▪ Atravessam a membrana placentária por difusão simples; ▪ A quantidade de oxigênio que chega ao feto é geralmente fluxo-limitada e não difusão- limitada. z Síntese e Secreção Endócrina da Placenta ▪ Usando precursores do feto e/ou da mãe – sinciciotrofoblasto da placenta sintetiza hormônios proteicos e esteroides; ▪ Hormônios proteicos: ▪ Gonadotrofina coriônica humana (hCG); ▪ Somatotrofina coriônica humana ou lactogênio placentário humano; ▪ Tireotrofina coriônica humana; ▪ Corticotrofina coriônica humana. z ▪ Hormônios esteroides: ▪ Progesterona; ▪ Estrogênio. Síntese e Secreção Endócrina da Placenta z Âmnio e Líquido Âmniótico ▪ Âmnio – saco amniótico membranoso cheio de líquido; ▪ Aumento do âmnio – ocupa gradualmente a cavidade coriônica e forma o revestimento do cordão umbilical;z ▪ Líquido amniótico: ▪ Derivado inicialmente do líquido tecidual materno – difusão através da membrana amniocoriônica da decídua parietal; ▪ Um pouco de líquido é produzido pelas células amnióticas. z ▪ Difusão de líquido através da placa coriônica a partir do sangue presente no espaço interviloso da placenta; ▪ Secretado pelo trato respiratório e gastrintestinal fetal; ▪ A partir da 11ᵃ semana o feto contribui expelindo urina. z Significância do Líquido Amniótico ▪ Permite o crescimento externo uniforme do embrião; ▪ Atua como barreira contra infecção; ▪ Permite o desenvolvimento do pulmão fetal; ▪ Evita a aderência do âmnio ao embrião; ▪ Protege o embrião contra lesões recebidas pela mãe; z ▪ Ajuda a controlar a temperatura do corpo embrionário, mantendo-a relativamente constante; ▪ Permite que o feto se mova livremente, contribuindo para o desenvolvimento muscular; ▪ Auxilia a manutenção da homeostasia de líquido e eletrólitos. Significância do Líquido Amniótico zz z Vesícula Umbilical ▪ Observada na 5ᵃ semana; ▪ Grande com 32 dias de gestação; ▪ Diminui a partir de 10 semanas para um resquício; ▪ Muito pequena em 20 semanas. z Significância da Vesícula Umbilical ▪ Transferência de nutrientes para o embrião durante a 2ᵃ ou 3ᵃ semana – antes do estabelecimento da circulação uteroplacentária; ▪ O sangue desenvolve-se a partir do mesoderma extraembrionário bem vascularizado que cobre a parede da vesícula umbilical no início da 3ᵃ semana – continua se desenvolvendo até a ativação do fígado na 6ᵃ semana; z Significância da Vesícula Umbilical ▪ Durante a 4ᵃ semana, a parte dorsal da vesícula umbilical é incorporada no embrião como o intestino primitivo. O endoderma dá origem ao epitécio da traqueia, brônquios, pulmões e aparelho digestivo; ▪ Células germinativas primordiais aparecem no revestimento endodérmico da parede da vesícula umbilical na 3ᵃ semana e migram para as gônadas em desenvolvimento. z Alantoide ▪ A formação do sangue ocorre em sua parede da 3ᵃ à 5ᵃ semana. ▪ Os seus vasos sanguíneos tornam-se a veia e artérias umbilicais; ▪ A porção intraembrionária vai do umbigo até a bexiga, com a qual é contínua; z Membranas Fetais em Gestações Múltiplas ▪ Associadas a maiores riscos de morbidade e mortalidade fetais; ▪ Riscos progressivos com o aumento do número de fetos. zzz Gêmeos e Membranas Fetais ▪ Gêmeos dizigóticos (DZ) ou fraternos: originados de dois zigotos zzz Gêmeos e Membranas Fetais ▪ Gêmeos monozigóticos (MZ) ou idênticos: originados de um zigoto. z Gêmeos Dizigóticos ▪ Mesmo sexo ou não; ▪ Geneticamente diferentes; ▪ 2 âmnios e 2 córions z ▪ Córion e placentas fundidos. z Gêmeos Monozigóticos ▪ Mesmo sexo; ▪ Geneticamente idênticos; ▪ Fisicamente similares; ▪ Surgido no estágio de blastocisto – embrioblasto se divide z ▪ Derivado de mórulas z ▪ Cada embrião em seu saco amniótico; ▪ Mesmo saco coriônico e mesma placenta. z Outros Tipos de Nascimentos Múltiplos ▪ Trigêmeos: ▪ Um zigoto e serem idênticos; ▪ Dois zigotos – gêmeos idênticos e um diferente; ▪ Três zigotos – mesmo sexo ou diferente
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