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Parasitologia Taenia solium

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Medicina – 3º Período – Arielle Moraes
Parasitologia Básica – Taenia solium e T. saginata – Teníase 237
Protozoologia
A tênia diz respeito a duas espécies, que pode ser a Taenia solium e a Taenia saginata. As tênias, das duas espécies, apresentam apenas um hospedeiro intermediário e um hospedeiro definitivo. O hospedeiro definitivo de ambas é o homem, porém os hospedeiros intermediários são diferentes, sendo o suíno da T. solium e o bovino da T. saginata. 
Temos duas patologias completamente diferentes relacionadas com uma dessas espécies. Ambas as espécies são capazes de desenvolver uma doença, uma parasitose, conhecida como teníase. Ou seja, a teníase pode ser desenvolvida tanto pela T. solium quanto pela T. saginata. O que caracteriza a teníase é o fato de ser observada a presença do verme adulto de Taenia sp no intestino do hospedeiro definitivo. 
Também temos outra parasitose com um quadro clínico, que quando apresentado e sintomático, é mais grave que a teníase. Essa doença é a cisticercose. A cisticercose só pode ser desenvolvida pela T. solium, e essa doença se caracteriza pela presença da larva de T. solium principalmente no tecido muscular do hospedeiro definitivo. Vocês vão perceber que nessa situação o homem deixa de ser o hospedeiro definitivo e passa a ser o hospedeiro intermediário acidentalmente. Além da presença da larva no tecido muscular, também é possível ter a neurocisticercose, cisticercose do globo ocular, entre outros, então não é só no tecido muscular que esse cisticerco estará. É possível observar esse cisticerco no tecido do sistema nervoso central, assim como no globo ocular.
Então agora sabemos efetivamente que quando há verme adulto no intestino do hospedeiro definitivo é teníase, e a cisticercose é a presença da forma larvar no tecido muscular ou outros do hospedeiro intermediário acidental. Isso não varia. Lembrando que só a T. solium pode gerar a cisticercose. 
Epidemiologia
▪ Maior prevalência em regiões com inspeção sanitária precária – falta de fiscalização no comércio de carnes
▪ Brasil – cidades do interior
▪ Hábitos – judeus ortodoxos (não consomem carne suína) e indianos (não consomem carne bovina) 
▪ Hábitos de defecar no solo
▪ Fezes humanas como adubo
▪ Abate clandestino
▪ A fiscalização quando presente é eficiente. Por isso em grandes centros urbanos a taxa é menor
Transmissão
▪ Teníase
 - Passivo oral através da ingestão de carne crua ou mal cozida de bovinos (T. saginata) ou suínos (T. solium) 
▪ Cisticercose Humana
 - Hetero-Infecção: ingestão de proglotes grávidos ou ovos viáveis de T. solium na água, alimentos, o superfície corpórea.
 - Auto-Infecção externa: ingestão de ovos de seu próprio parasita que são levados a boca pelas mãos contaminadas ou pela coprofagia.
 - Auto-Infecção interna: durante vômitos ou outros movimentos retroperistálticos do intestino, proglotes ou ovos chegam ao estômago sofrendo digestão parcial
Características Gerais
▪ Ausência de aparelho digestório – se alimenta por absorção
▪ Segmentos do corpo (estróbilo) em proglotes – corpo poroso que facilita a absorção
▪ Hermafroditas – não possuem dimorfismo sexual
▪ Escolex com 4 ventosas – escolex é a “cabeça” da tênia
▪ Corpo achatado dorso-ventralmente
Verme Adulto
▪ Escolex 
▪ Rostro ou Rostelo – parte mais escura no meio
▪Presença de ventosas que permite sua fixação na parede intestinal
▪ Proglotes jovens – mais próximas do escolex
▪ Proglotes maduras
▪ Proglotes grávidas – possuem motilidade própria, podendo se soltar do parasita e sair livres junto às fezes
▪ Corpo (ou estróbilo) poroso, dividido em segmentos (proglotes) 
▪ A segmentação permite que ele se dobre
T. solium
▪ Escolex armado – presença de ganchos ou aculhos
▪ Rostro com duas fileiras de ganchos, totalizando 50 ganchos
▪ Até 4 metros 
▪ Poucas ramificações uterinas – útil na diferenciação de espécies
T. saginata
▪ Escolex desarmado
▪ Rostro não possui ganchos
▪ Até 12 metros
▪ Muitas ramificações uterinas
Ovos
▪ Indistinguíveis 
▪ Forma ovoide, tendendo a esférico
▪ 30 a 40 um
▪ Espesso embrióforo formados basicamente por quitina
▪ Quando eliminados já são infectantes
▪ Parte interior é a oncosfera (larva) e a exterior é o embrióforo
Estrutura Parasitária Infectante
Se o hospedeiro definitivo fizer ingestão da carne crua ou mal cozida de um suíno contaminado pelo Cysticercus celulose (presente na carne do suíno), esse indivíduo irá adquirir a teníase. Isso porque por mais que o indivíduo seja induzido a responder cisticercose, devido ao hospedeiro estar ingerindo o cisticerco na carne crua ou mal cozida do suíno, sempre que a fonte de infecção for a carne crua ou mal cozida, seja do suíno ou do bovino (Cysticercus bovis) contaminado, a doença a ser desenvolvida será a teníase, e não a cisticercose. 
As tênias são grandes parasitas que apresentam o corpo achatado dorso ventralmente, em forma de fita de cor branca ou amarelada (por isso pertencem à classe Cestoda). Seu corpo é dividido em escólex ou cabeça, colo ou pescoço e estróbilo ou corpo. Os adultos das duas espécies são hermafroditos. A T. solium é menor e pode atingir até cinco metros de comprimento; já a T. saginata pode chegar a 12 metros. As larvas de tênias são denominadas cisticercos e podem atingir até 12 mm de comprimento.
Cisticercose
A fonte de infecção principal são água e alimentos. Porém a estrutura parasitária infectante não é o cisticerco, mas sim ovos de T. solium, e a forma de infecção é a via fecal-oral. Ou seja, tem que haver um hospedeiro definitivo apresentando teníase por T. solium, com vermes adultos no intestino, esse verme adulto eliminando ovos junto às fezes no ambiente, e por uma deficiência higiênico-sanitária um outro indivíduo ingere esses ovos e se contamina pela via fecal-oral. Dessa forma vai haver a contaminação e, assim, haverá a cisticercose. 
Ocorre somente se houver a ingestão de ovos da T. solium. Isso se dá pela adaptação e evolução parasitária dessa espécie. Pode ser que amanhã ou depois, ovos da T. saginata também consigam desenvolver a mesma patologia. Porém atualmente não se tem relatos. 
A ingestão de ovos viáveis de T. solium, eliminados por portadores de teníase, leva ao desenvolvimento da cisticercose humana.  Podem ocorrer várias formas de transmissão. A autoinfecção externa ocorre quando um portador de T. solium elimina ovos e proglotes e os leva, acidentalmente, à boca, por meio de mãos contaminadas. A autoinfecção interna pode ocorrer durante vômitos ou movimentos retroperistálticos do intestino, quando as proglotes grávidas ou os ovos de T. solium atingem o estômago, sofrem a ação do suco gástrico e promovem a ativação das oncosfera no intestino delgado, gerando um ciclo auto infectante.  E a heteroinfecção ocorre quando o homem ingere os ovos de T. solium por meio de água ou alimentos contaminados. 
Ciclo Biológico da Teníase
A estrutura parasitária infectante é o cisticerco presente na carne crua ou mal cozida. Então só vai haver teníase quando houver a ingestão do cisticerco na carne crua ou mal cozida, seja do suíno ou do bovino.
No interior deste cisticerco, presente na carne suína ou bovina, a gente observa o escolex invaginado, e esse escolex é como se fosse a cabeça do parasita. Este cisticerco, no caso da carne bovina, é o cisticerco bovis, e no caso da carne suína é o cisticerco celulose. 
A partir do momento que este cisticerco, que é uma vesícula com tamanho de 2 a 3 cm, presente na carne for ingerido por um hospedeiro definitivo, nesse momento estará ocorrendo a infecção e o desencadeamento da teníase. 
Ao chegar no intestino essa carne sofre digestão e o escolex sofre evaginação (deixa de ser invaginado), e consequentemente, na alça intestinal principalmente do intestino delgado, esse escolex se fixa na mucosa através de suas ventosas. No caso da Taenia solium, além das ventosas como estrutura parasitária de fixação, observamostambém duas fileiras de aculhos, ganchos que também serão utilizados no processo de fixação. Uma vez fixado, esse escolex começa a se nutrir. Porém há um detalhe: esse parasita, esse verme adulto, não apresenta tubo digestório, sendo o tubo digestório incompleto ou ausente. Então a nutrição desse parasita se dá pela absorção de nutrientes via estróbilo, que é o corpo do parasita. Lembrando que o corpo é segmentado e cada segmento recebe a denominação de proglote. As últimas proglotes são as proglotes grávidas, enquanto as proglotes jovens estão mais próximas do escolex e as proglotes maduras são intermediárias, entre as duas. 
Esse indivíduo começa a eliminar junto às suas fezes os ovos de tênia. Se a ingestão tiver sido realizada da carne bovina, do cisticerco bovis, os ovos de tênia que ele vai eliminar obviamente serão da Taenia saginata. Se for o cisticerco celulose, da carne suína, os ovos de tênia eliminados serão da Taenia solium. 
Só que além dos ovos de tênia sendo eliminados junto às fezes, nós também podemos observar as proglotes sendo eliminadas. Então ovos ou proglotes são eliminados junto às fezes. 
Se existe suspeita de uma doença parasitária, e a partir dessa suspeita o médico pede o exame copro parasitológico, o paciente faz a coleta da amostra fecal e encaminha para o laboratório, e esse laboratório encontra ovos de tênia. De que maneira nós podemos, morfologicamente, diferenciar esses ovos de tênia? Não tem como, pois os ovos são iguais para ambas espécies de tênias, são indistinguíveis morfologicamente. Então ao analisar os ovos eliminados pelas fezes do hospedeiro, não tem como dizer de qual espécie ele é. 
Contudo, se for observada eliminação de proglotes junto a esses ovos, aí sim será possível chegar ao nível de espécie, uma vez que as proglotes grávidas de Taenia solium apresentam poucas ramificações uterinas, diferente das proglotes grávidas de Taenia saginata que apresentam muitas ramificações uterinas. Então essa é uma diferença clássica que o profissional do laboratório consegue analisar e chegar ao nível de espécie. Chegando ao nível de espécie temos uma informação relevante e importante. 
Além disso temos que lembrar que essas proglotes possuem atividade motora própria, e consequentemente, o paciente parasitado com o verme adulto de tênia em seu intestino, quando esse paciente dorme e reduz seu metabolismo, essas proglotes grávidas mais distais se desprendem do parasita e pela sua atividade motora própria consegue por si só ser eliminada via reto. Isso acontece geralmente quando essas pacientes estão dormindo, e quando acordam se deparam com essa estrutura parasitária que mede cerca de meio centímetro, ou seja, tem tamanho para serem identificadas pelo próprio paciente como uma estrutura estranha eliminada por ele, e consequentemente, o paciente irá colocar essa proglote em um potinho e levar ao médico. O médico precisa ter noção de que a estrutura estranha levada pelo paciente é uma estrutura parasitária, e que não basta ser solicitado nesse momento o exame copro parasitológico. O médico deve, em posse dessa proglote, enviá-la ao laboratório para uma identificação ao nível de espécie. Então o médico terá em mãos a estrutura parasitária que pode fazer diagnóstico conclusivo de espécie. Se simplesmente fosse solicitado o exame copro parasitológico e o médico descartasse a estrutura levada pelo paciente, nesse exame copro parasitológico pode ser que não seja encontrado nenhuma proglote, mas sim somente os ovos de tênia e então não conseguirá saber de qual espécie é essa estrutura. Mesmo sabendo que o tratamento é o mesmo, e mesmo iniciando esse tratamento sem saber de qual espécie se trata, é importante que consiga chegar a um diagnóstico a nível de espécie para que seja incluída ou excluída a possibilidade desse paciente estar apresentando também cisticercose. Importante: mesmo que seja feito o exame laboratorial pela avaliação da proglote, o exame copro parasitológico ainda não deve ser descartado.
Nesse momento temos ovos e/ou proglotes no ambiente. Esses ovos ou proglotes deverão ser ingeridos para dar continuidade ao ciclo biológico, seja pelo bovino ou pelo suíno, T. saginata ou T. solium respectivamente. Se o bovino ingerir a T. solium, ou o contrário, nada acontece, não há continuidade no ciclo pois o parasita morre e o hospedeiro não desenvolve parte do ciclo, encerrando-se nesse momento, dado a especificidade do parasita na escolha de seus hospedeiros. Então o parasita é extremamente específico na escolha de seus hospedeiros.
Seja o bovino ou o suíno, independente da conformação morfofisiológica desses dois hospedeiros intermediários, visto que o bovino possui quatro estômagos e o suíno apenas um. Independentes dessas particularidades, o ovo ou a proglote repleta de ovos de passarão pelo estômago e chegarão no intestino onde esses ovos sofrerão eclosão e irão liberar a larva que está em seu interior, a oncosfera. Essa oncosfera vai penetrar na mucosa intestinal do bovino ou do suíno, chegará na submucosa e consequentemente na circulação sanguínea, principalmente venosa. 
Na circulação venosa, essa oncosfera percorrendo a circulação irá sofrer ação do sistema imunológico e, consequentemente, para evitar sua eliminação, essa oncosfera penetra no tecido muscular, visto que possui um tropismo pelo tecido muscular. Penetrando no tecido muscular, essa oncosfera irá induzir a formação do cisticerco, ou seja, da vesícula, e no interior desse cisticerco a oncosfera irá se transformar no escolex invaginado. Na musculatura, seja do bovino ou do suíno, este cisticerco bovis ou celulose respectivamente estará apenas aguardando ser ingerido por um hospedeiro definitivo, ou seja, ambos são animais de produção e uma vez sendo abatidos e sendo utilizados para alimentação humana, se essa carne estivar mal cozida ou crua, consequentemente esse cisticerco permanecerá viável e infectante. Assim o ciclo biológico da teníase é fechado.
Repetindo: 
Após serem liberadas por um indivíduo infectado para o meio exterior, as proglotes grávidas cheias de ovos, se rompem por contração da sua musculatura, ou decomposição de sua estrutura pela dessecação, e liberam milhares de ovos no solo. Se mantidos em condições adequadas de umidade e protegidos da luz solar, esses ovos podem se manter infectantes por vários meses. 
O hospedeiro intermediário, no caso da T. solium – o porco, e no caso da T. saginata – o boi, ingere os ovos, os quais atingem o estômago, sofrem a ação da pepsina e passam a ter sua casca amolecida pela ação conjunta da bile, do colesterol e da tripsina ao chegarem ao intestino. O embrião hexacanto é então liberado, penetra na mucosa intestinal com auxílio dos acúleos, permanecendo aí por aproximadamente quatro dias. Após esse período, penetram nas vênulas, atingindo as veias e os vasos linfáticos do mesentério. Atingem a circulação e são transportados a muitos órgãos e tecidos, até o local de implantação, podendo se alojar em vários locais, principalmente no cérebro e nos músculos de maior movimentação, como masseter, língua e coração. O embrião pode crescer até cerca de um cm e manter alguma quantidade de líquido em seu interior, originando uma estrutura denominada cisticerco, no prazo de 10 ou 12 semanas. No caso da T. solium, o cisticerco é denominado Cysticercus cellulosae e no caso da T. saginata, Cysticercus bovis, que pode sobreviver por até dois anos. 
Ao ingerir carne crua ou malcozida de porco ou boi contaminada, o homem adquire a infecção. O cisticerco ingerido sofre ação do suco gástrico e atinge o duodeno. Na mucosa do intestino delgado, após evaginação, o cisticerco fixa-se por meio do escólex e a partir daí transforma-se numa tênia adulta, que pode atingir vários metros de comprimento. Após três meses do início da infecção, as proglotes grávidas começam a ser eliminadas. As proglotes grávidas de T. solium são desprovidas de movimentos próprios, em virtude da musculatura menos desenvolvida, sendo eliminadas passivamente com as fezes do hospedeiro.A T. saginata apresenta uma capacidade locomotora maior, sendo possível a eliminação ativa de suas proglotes pelo ânus e raramente pela boca do hospedeiro. Várias proglotes grávidas se desprendem do estróbilo diariamente. T. solium libera em uma única vez de três a seis proglotes, enquanto a T. saginata libera de oito a nove. 
Ao ingerir os ovos ou anéis de T. solium, o homem assume o papel de hospedeiro intermediário e desenvolve a cisticercose. Nesse caso, o embrião penetra a mucosa duodenal, atinge a circulação passa a localizar-se em órgãos como cérebro, olhos e tecido celular subcutâneo.
Ciclo Biológico da Cisticercose
O homem, uma vez ingerindo os ovos ou proglotes da T. solium, por via fecal-oral, passa a ser hospedeiro intermediário acidental. Vai desenvolver todo ciclo biológico no homem como se ele fosse um hospedeiro intermediário acidental, vai chegar na musculatura do homem, e consequentemente, o ciclo acaba aí. O ciclo para na musculatura do homem pois não há canibalismo. Acontece com o homem da mesma forma que com o bovino ou suíno, visto que os ovos chegam no intestino, se rompem, liberam a oncosfera, e essa oncosfera invade mucosa, submucosa e ganha a circulação venosa, onde pelo tropismo muscular irá chegar na musculatura. Esse desenvolvimento do ciclo gera a cisticercose humana. A cisticercose é causada pela forma larvar do parasita, e não pelo verme adulto. Após penetrar no tecido, o parasita ainda pode alcançar os olhos, cérebro ou pulmões, criando formas variadas da cisticercose.
Repetindo: Uma pessoa contaminada com teníase (Taenia solium) elimina em suas fezes proglotes grávidos, repleto de ovos. Esses ovos no ambiente contaminarão água e hortaliças. Ao ingerir essa água e esses alimentos contaminados, esses ovos entrarão no aparelho digestivo humano e eclodirão devido a enzimas produzidas durante a digestão. Ao eclodir o embrião hexacanto atravessará a mucosa intestinal adentrará a corrente sanguínea espalhando-se por diversos órgãos do corpo, incluindo sistema nervoso central causando neurocisticercose.
Outra forma de se adquirir cisticercose é através da autoinfecção, que consiste na eclosão de ovos dentro do aparelho digestório, antes de elimina-los com as fezes. Da mesma forma que acontece na ingestão dos ovos, o embrião hexacanto penetrará pela mucosa intestinal e alcançará a corrente sanguínea onde se dissipará por outras regiões do organismo.

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