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1 Características gerais dos Fungos Profa. Dra. Vanessa Santos Disciplina de Microbiologia SERES VIVOS PROCARIONTES - Reino Monera EUCARIONTES - Protista - Fungos - Vegetais - Animais Fungos- Classificação Introdução Ciência que estuda os fungos: Micologia Até 1969: vegetais Últimos dez anos: incidência de infecções nosocomiais de origem fúngica ̃ 1,5 milhões espécies (5% classificadas) ̃ 100 patogênicas FUNGOS Seres vivos eucarióticos com um só núcleo, como as leveduras, ou multinucleados, como os fungos filamentosos ou bolores e cogumelos. 2 Fungos: estrutura celular Parede: presença de quitina, proteínas e lipídios Membrana citoplasmática: semipermeável, dupla camada lipoproteica (fosfolipídios) e polissacarídeos. Núcleo: DNA linear Limitado por membrana nuclear Contém as histonas e as proteínas básicas Fungos: estrutura celular Ribossomos: síntese protéica; Mitocôndria: fosforilação oxidativa; Retículo endoplasmático: síntese de proteínas e lipídios, desintoxicação celular e transporte intracelular; Aparelho de Golgi: armazenamento de substâncias que serão excretadas. - Fungos pluricelulares / filamentosos - Fungos unicelulares / leveduras - Maioria saprófito, alguns parasitas de animais ou plantas, outros como simbiontes. Características gerais • Tolerância a ambientes com alta pressão osmótica (alta concentração de solutos). • Exemplo: compota no frigorífico • Necessitam de água e luz • Crescimento lento (15 dias) • Tolerância a temperaturas extremas: (‐5 °C e 50 °C) Nutrição e metabolismo 3 Fungos O reino Fungi se divide em seis grupos. Importância médica: Zigomicetos Deuteromicetos Ascomicetos Basidiomicetos Esta divisão baseia-se nas estruturas reprodutivas colônias Leveduriformes Filamentosas Fungos: Morfologia Fungos / Leveduras Requerem mais umidade que a maioria dos bolores. A temperatura ideal para seu crescimento varia de 25C e 30C e o crescimento é favorecido pelo pH ácido. Multiplicam-se melhor quando estão em anaerobiose. Açucares são a melhor fonte de energia, embora leveduras oxidativas sejam capazes de oxidar ácidos orgânicos e álcool. Ex.: Candida Unicelulares, pastodas ou cremosas Células esféricas ou ovais Reprodução por brotamento (assexuada) ou sexuada Fotomicrografia de microscópio eletrônico de varredura demonstrando um fungo unicelular dando origem a novos brotos por reprodução assexuada Fungos / Leveduras 4 - Podem se reproduzir sexualmente ou assexualmente, ou pelos dois processos simultaneamente. Formam colônias que podem ter aspecto cotonoso, serem secas, úmidas, compactas, aveludadas, gelatinosas, com cores variadas. - São menos exigentes que as leveduras em relação a umidade, ph, temperatura e nutrientes. - São em sua maioria “aeróbios”, por isso seu crescimento nos alimentos se limita á superfície em contato com o ar. Ex.: Neurospora: produz esporos que permanecem viáveis no ambiente por muitos anos. É comum em pães. Fungos filamentosos / Bolores Corpo constituído por dois componentes: Corpo de frutificação (responsável pela reprodução por meio de esporos e o Micélio (trama de filamentos/hifas). Dependendo do tipo de fungo, pode apresentar tipos de hifas diferentes: ex.: hifas septadas Características: algodonosas, aveludadas, pulvurulentas Diversas pigmentações Fungos filamentosos / Bolores Micélio: Vegetativo: sustentação e absorção de nutrientes Aéreo: estruturas de reprodução dos fungos importantes para a classificação Fungos filamentosos / Bolores Hifas Fungos filamentosos / Bolores Podem ser: • Septadas • Cenocíticas 5 Fragmentação: a maneira mais simples de um fungo filamentoso: um micélio se fragmenta originando novos micélios. Brotamento: algumas leveduras se reproduzem por brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células. Reprodução nos fungos assexuada Reprodução nos fungos assexuada Esporulação: nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Cada células dessas, um esporo conhecido como conidiósporo (do grego, kónis = poeira), ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo mofo, bolor etc. Fotomicografia eletrônica de varredura mostrando o corpo de frutificação do Penicillium sp. frequente bolor encontrado em frutas. Os pequenos e leves esporos esféricos (conidiósporos) brotam de conídios que surgem na extremidade de uma hifa especializada, o conidióforo Reprodução nos fungos sexuada Núcleo haplóide de uma célula doadora + penetra no citoplasma de uma célula receptora ‒ Núcleos + e - = Zigoto Meiose : Zigoto > células haplóides Tubos germinativos Tubos germinativos Hifas verdadeiras Hifa que se forma quando da germinação do esporo, e que tem a função de iniciar o processo de infecção www.medizin-forum.de/prostatitis/fungal-d.html 6 Clamidósporo Clamidósporo !!! Estruturas de resistência FUNGOS DIMÓRFICOS Fungos que podem apresentar tanto a forma leveduriforme quanto filamentosa, dependendo da condição de incubação. Para cada espécie o fator que leva a esta mudança varia. Ex:Paracoccidioides brasiliensis: temperatura (25oC - filamentoso; 35oC ‒ leveduriforme) Doenças causadas por fungos Micoses superficiais ou cutâneas: Pele, pêlos e unhas Micoses subcutâneas e sistêmicas: Micoses mais graves Derme, sistema respiratório, órgãos internos Micoses superficiais DERMATOFITOSES Agentes etiológicos: Tricophyton, Microsporum e Epidermophyton Características: Lesões de contornos arredondados Bordas vesiculosas Podem aparecer em qualquer parte do corpo 7 Micoses superficiais PTIRIASE VERSICOLOR Agente etiológico: Malassezia furfur Características: Atinge áreas mais oleosas Formam manchas brancas na pele “Micose de praia” CANDIDÍASE Causada por espécies do gênero Candida: C. albicans C. tropicalis C. krusei C. guilliermondii C. stellatoidea C. pseudotropicalis C. parapsilosis Micoses subcutâneas Candidíase Fatores predisponentes: Alterações hormonais Antibioticoterapia prolongada Corticoterapia prolongada Queda na imunidade Micoses subcutâneas Candidíase manifestações clínicas: Boca, pele, unha, região perianal, vagina, sistema digestivo, urinário, pulmões e endocárdio. Formas graves: sistêmica de difícil solução Micoses subcutâneas 8 Cavidade Oral Bebês (sexto ao décimo dia) Pseudomembranosa Crônica Queilite angular Micoses subcutâneas Candidíase manifestações clínicas: Micoses sistêmicas • PARACOCCIDIOIDOMICOSE Agente etiológico: Paracoccidioides braziliensis • Características • Micose de difícil diagnóstico • Lesão inicial-pulmonar • Atinge agricultores, fumantes e alcoolatras • Ulceras crônicas e progressivas na pele e mucosa Inalação Evolução: Pulmão : cura ou tornar-se latente Forma grave: juvenil Forma crônica: unifocal ou multifocalMicoses sistêmicas • PARACOCCIDIOIDOMICOSE • Formas de transmissão: Manifestações orais: Pápulas: mucosa com aspecto de amora Gengivite e estomatite ‒ garganta e boca Exodontia : sem cicatrização Micoses sistêmicas • PARACOCCIDIOIDOMICOSE 9 • ASPERGILOSE • Agente etiológico: Aspergillus fumigatus • Características: • Alergias em pessoas normais • Sinusite, pneumonia e fungemia (pessoas neutrôpenicas) • Aspergilose invasiva Cancer hepático Micoses sistêmicas Micoses sistêmicas CRIPTOCOCOSE Agente etiológico: Cryptococcus neoformans Características: Localização: Pulmão (primária e asssintomática) Localização: SNC (meningoencefalites) Presentes no solo Excretas de pássaros FUNGOS (COMESTÍVEIS) Fermentação: Cevada = cerveja Uva = vinho Cana = álcool, aguardente Fabricação de queijos Roquefort Camembert Gorgonzola Culinária Cogumelos Penicilina
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