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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO AMBIENTAL 1. Princípio do direito ao meio ambiente equilibrado: Conservação das propriedades e das funções naturais do meio de forma a permitir a existência, evolução e o desenvolvimento dos seres vivos. O direito sente necessidade de estabelecer normas que assegurem o equilíbrio ecológico. A função do direito ambiental é apresentar regras que possam prevenir, evitar e reparar esse desequilíbrio. O desequilíbrio ecológico não é indiferente ao direito, pois o Direito Ambiental realiza-se somente em uma sociedade equilibrada ecologicamente. 2. Princípio do direito à sadia qualidade de vida: O Instituto de Direito Internacional afirmou que ‘’todo ser humano tem direito de viver em um ambiente sadio.’’ Não basta viver ou conservar a vida, é justo buscar e conseguir a qualidade de vida. A saúde não existe somente como uma contraposição a não ter doenças, devemos levar em conta o estado dos elementos do meio para ver se estes estão em um estado de sanidade. 3. Princípio da sustentabilidade: Esse princípio é uma combinação de diversos elementos: a integração da proteção ambiental e o desenvolvimento econômico, a necessidade de preservar os recursos naturais para o beneficio das gerações futuras, o objetivo de explorar os recursos naturais de forma sustentável, e o uso equitativo dos recursos. 4. Princípio do acesso equitativo aos recursos naturais: Os bens que integram o meio ambiente planetário devem satisfazer as necessidades comuns de todos os habitantes da Terra. Os usuários só poderão usar os bens ambientais na proporção de suas necessidades presentes e não futuras. 5. Princípios usuário-pagador e poluidor-pagador: O uso dos recursos naturais pode ser gratuito como pode ser pago. O que define isso é sua raridade, o uso poluidor e a necessidade de prevenir catástrofes. O princípio usuário-pagador contém também o princípio poluidor-pagador, isto é, aquele que obriga o poluidor a pagar a poluição que pode ser causada ou que já foi causada. O princípio usuário-pagador não é uma punição, pois mesmo sem existir ilicitude no comportamento do pagador ele pode ser implementado. 6. Princípio da precaução: Este princípio visa à durabilidade da sadia qualidade de vida das gerações humanas e à continuidade da natureza existente no planeta. A implementação deste princípio não tem por finalidade imobilizar as atividades humanas. 7. Princípio da prevenção: É dever da justiça de evitar a consumação de danos ao meio ambiente. Este assunto vem sendo salientado em convenções, declarações e sentenças de tribunais internacionais, como na maioria das legislações internacionais. Várias convenções internacionais apontam para a necessidade de prever, prevenir e evitar na origem as transformações prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. Todos esses comportamentos dependem das atitudes do ser humano em não agirem sem prévia avaliação das consequências. Sem uma informação organizada e sem pesquisa não há prevenção. 8. Princípio da reparação: Quando ocorre um dano ao meio ambiente surge a discussão jurídica da obrigação de reparação desse dano no plano internacional. No Direito interno, o Brasil adotou na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente a responsabilidade objetiva ambiental, tendo a Constituição brasileira de 1988 considerado imprescindível a obrigação de reparação dos danos causados ao meio ambiente. 9. Princípio da Informação: Visa formar a consciência ambiental, mas com canais próprios, administrativos e judiciais, para manifestar-se. O grande destinatário da informação, o povo em geral, tem o que dizer e opinar. A informação ambiental não tem um fim exclusivo de formar a opinião pública. As informações recebidas pelos órgãos públicos devem ser transmitidas à sociedade civil. 10. Princípio da participação: Segundo a Declaração do Rio de Janeiro na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento de 1922: ‘’O melhor modo de tratar as questões do meio ambiente é assegurando a participação de todos os cidadãos interessados, no nível pertinente.’’ A participação dos indivíduos e associações na formulação e na execução da política ambiental foi marcante nos últimos anos. 11. Princípio da obrigatoriedade da intervenção do Poder Público: Devemos confiar às instituições nacionais competentes a tarefa de planificar, administrar e controlar a utilização dos recursos ambientais dos Estados, com o fim de melhorar a qualidade do meio ambiente.
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